frankaguiar2442013O cantor piauiense Frank Aguiar, referência do forró, abriu as portas da casa dele para o programa Hoje em Dia da Rede Record e, ao som da música “Prenda minha”, um dos maiores sucessos do artista, mostrou a coleção de chapéus, retratos e até a coleção de cachaças de várias partes do Brasil. "Considero essa coleção sofisticada e chic", comenta o piauiense de Itainópolis, sul do Piauí.

 

Frank Aguiar comentou que a própria casa dele foi o palco para a gravação do DVD de 20 anos. “Cerca de mil pessoas estiveram aqui na minha casa para a gravação do DVD, foi uma grande festa e foi muito gostos. Agora a sala de gravação virou o quarto da Valentina, da minha filha mais nova”, comenta o cantor bem sorridente, lembrando ainda que participaram da gravação artistas como Dorgival Dantas, Reginaldo Rossi e Fernando Mendes, entre outros.

 

O cantor comentou da família dele que vive no Piauí. “Minha mãe está em depressão [especialmente após o atentado que sofri], mas todo dia eu ligo pra ela, peço a bênção aos meus pais, converso com ele e nunca esqueço da minhas origens. Esse é o tema do meu filme, mostrando uma pessoa que veio do nada, lutou e mostrou o que é um brasileiro que não desiste nunca”, comentou o piauiense emocionado.

 

Artista, famoso, cantor e até político, afinal é vice-prefeito do município de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Frank Aguiar fez questão de mostrar que é uma pessoa com as outras, simples, inclusive com direito a superstições, como mostra ao comentar que não sai de casa sem o chapéu. “Uma vez estava em viagem para Goiânia para ver meu amigo Amado Batista, vi que estava sem o chapéu e voltei para pegar.

 

A casa do cantor já recebeu muitas visitas ilustres, comenta o artista para a apresentadora Chris Flores do programa Hoje em Dia da Rede Record. “Já estiveram aqui para jantar pessoas como o ex-presidente Lula, a presidenta Dilma”, comenta o piauiense.

 

180graus

juninaUma das manifestações culturais mais tradicionais do Brasil, as Festas Juninas entrarão no calendário de promoção do mercado internacional de turismo. Durante reunião promovida pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), em Brasília, com a diretoria da instituição e ainda com secretários de Turismo e Cultura de 12 estados, foi discutida a participação de grupos culturais na Copa do Mundo de 2014. O objetivo é traçar metas para 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil.

 

Do Piauí, a presidente da Fundação Estadual de Cultura (Fundac), Bid Lima, marcou presença na reunião, assim também como representante da Secretaria de Turismo. Esse foi o primeiro de uma série de encontros que ainda ocorrerão até a definição do que cada estado e capital vai apresentar.

 

O presidente da Embratur, Flavio Dino, acredita que é preciso agregar os festejos juninos ao calendário nacional de promoção turística do país. “Esses são nossos objetivos para garantir a internacionalização desse evento, que marca a identidade nacional e a diversidade brasileira como traços distintos e únicos no mundo”, afirmou.

 

As estratégias englobam ações de comunicação, como a promoção da viagem de jornalistas internacionais durante os festejos (já a partir deste ano), a inclusão dos eventos no calendário de ações da Embratur, além de campanhas de publicidade.

 

Segundo Flávio Dino, pesquisas evidenciam que para o turista estrangeiro, a cultura brasileira é um dos principais atrativos que temos. Ele enfatizou a necessidade de divulgar os festejos juninos em feiras, workshops e seminários, e ainda a capacitação de agentes e demais pessoas responsáveis por esse intercâmbio turístico.

 

govpi

Começou ainda pela madrugada a movimentação de colaboradores e fiéis da Paróquia de Santa Cruz na  comunidade Alto da Cruz em Floriano, no Festejo de Santa Cruz. O templo religioso que fica nas proximidades da praça do bairro é comandado pelo frade franciscano frei Miguel Evaristo que contou com apoio da comunidade para organizar a festa católica que vem se realizando ao longo dos últimos anos.
joelaltocruz22042013Pessoas de todas as idades participaram da Alvorada e estavam em carros e motos num trajeto que se realizou por algumas ruas da comunidade, em seguida todos participaram de café da manhã.  Barracas já estão montadas nas proximidades do templo religioso com bebidas e comidas onde as pessoas ficam para se confraternizar durante a noite, após cada celebração.

freeimiguel22042013Acompanhado de amigos o ex-prefeito Joel Rodrigues, líder do PTB local, estava  presente e por alguns minutos esteve em conversa com o frei Miguel que coordena o evento religioso. O festejo que teve início hoje, 24, vai se estender até o dia 03 de maio.  È uma prática do nosso dia a dia participar de eventos religiosos e nessa comunidade já participamos por diversas vezes e graças a Deus, por mais um ano estamos junto com a comunidade fazendo parte desse evento cultural religioso.

Da redação

IMAGEM: assessoria

guilhermeUm sentimento de estranhamento com o mundo. Essa foi a mola propulsora para "Condição Humana (Sobre o Tempo)", álbum que marca a volta de Guilherme Arantes após sete anos sem um disco de inéditas. O cantor que imortalizou temas ecológicos ("Planeta Água") e baladas românticas ("Cheia de Charme") afirmou  que o Brasil vive hoje uma nociva "monocultura".

 

"Existe esse cenário de balada em um país infantilizado como Brasil, um país que perdeu a profundidade. Agora é uma coisa rasa, é só festa. É só sertanejo, pagode. É só cana, laranja e boi. O Brasil emburreceu devido à monocultura", disse.

 

O raciocínio do compositor se alongou em mais de uma hora de conversa, em que ele teorizou que a monotonia invadiu não só as paradas de sucesso, mas todo o país. Na parte cultural, no entanto, algo começou a mudar quando um grupo de "excluídos", que antes consumiam o que "a TV aristocrata produzia", passou a determinar o dial da rádio e o tema das novelas.

 

"Foi uma inserção no mercado de uma massa de excluídos. São goianos, são sertanejos, é o mundo da agromúsica. Houve essa inclusão das festas populares. Você tem a ascensão de uma classe média negra, que é quando surge o pagode; da classe média baiana, que dá no axé; de Goiânia com o sertanejo, e agora com o Pará", explicou.

 

Mas, segundo ele, a inserção é natural. "O Brasil canta música brasileira, antes de mais nada. O que é criticável é o pragmatismo desse mundo globalizado. Nós temos regiões do país onde ninguém sabe quem é Milton Nascimento".

 

Para escapar do desânimo que o assolou, Guilherme construiu --da concepção até a instalação dos cabos elétricos-- o Coaxo do Sapo. Metade estúdio, metade pousada, é na Bahia onde Guilherme se retirou para "oxigenar ouvindo outras coisas". "Mais do que minha carreira, estou estrategiando a música. Isso deu um gás pra fazer esse disco".

 

Embora "Condição Humana" seja um disco para cima, com canções de amor e uma produção que resgata o pós-progressivo dos anos 1970, Guilherme se permite fazer uma análise social: "Faz-de-conta que eu não sei / Que o mundo está na mão / Da quadrilha de gravata / Que me assalta todo mês", canta na nova "Moldura do Quadro Roubado".

 

"Eu resolvi fazer um disco para colocar para fora essa visão de um mundo que me preocupa. Você liga a TV e só tem religião. Você vira canal e só tem igreja. O que é isso? Nosso dial é uma vergonha. Nossa televisão está alugada para pastor".

 

"Sobre o Tempo"

Com o segundo título do disco, "Sobre o Tempo", Guilherme revela um lado mais positivo e colaborativo nesse novo e estranho mundo. Venerado por artistas alternativos da dita nova MPB, o compositor abriu as portas para conversar com seus contemporâneos, e foi direto no convite: "Estava decidindo os coros para as músicas e pensei: podia juntar todo esse pessoal que diz gostar de mim".

 

Deu certo. Mariana Aydar, Adriano Cintra, Kassin, Curumin, Bruna Caram, Thiago Petit, Tiê e Tulipa Ruiz, entre outros, cantam em "Onde Estava Você" e "O Que Se Leva". Com Marcelo Jeneci, que também toca acordeão nesta última, Guilherme guarda um carinho especial: "A gente tem uma ligação que é um algo mais. Tem algo que me liga profundamente com ele."

 

"Existe esse cenário de balada em um país infantilizado como Brasil, um país que perdeu a profundidade. Agora é uma coisa rasa, é só festa"

 

Com o frescor desses contatos, o compositor disse que enxerga uma esperança. "Esses jovens trazem de volta o piano, que é um instrumento aristocrático, é uma galera que está procurando uma música mais densa. É uma geração que está trazendo de volta a harmonia".

 

Guilherme também se sentiu desafiado. "Todo mundo fala que o Jeneci é meu sucessor, que o Silva é minha extensão. Isso me deu a gana de dizer: 'opa, não estou morto, não'. E isso é bom. Pela primeira vez, tenho concorrentes", disse aos risos.

 

O cantor e compositor renega a ideia de que agora está sendo redescoberto --"estou sendo redescoberto há anos" --, e reafirma que sua verve melódica e romântica finalmente venceu uma batalha iniciada nos anos 1980, com o que ele chama de "música feita para homens".

 

"Minha música surgiu, agradou do ponto de vista da mulher e desagradou aqueles homens de coturno, aquela coisa que parecia a juventude 'hitlerista'. Trinta anos depois, eu dou o troco. O rock masculino ficou para trás, hoje são um bando de homem chato e machista. A transgressão mais forte foi a feminina", comemorou com uma promessa para quem ainda tem restrições ao seu estilo: "Hoje até os roqueiros com uma pegada mais forte vão ouvir (o novo álbum) e achar um discaço."

 

Uol