Falar três idiomas ou ter um mestrado pode até garantir uma contratação em uma empresa renomada, mas a sua permanência, que é o mais importante, dependerá muito mais das suas atitudes. Como a maioria dos profissionais passam boa parte do seu tempo no ambiente de trabalho, mais do que em suas próprias casas, eles acabam confundido as relações de trabalho e, com isso, passam a ter comportamentos inadequados. Mas, até quando esses comportamentos não geram uma punição mais severa?

postura

De acordo com um levantamento realizado pelo Curriculum, a falta de postura e atitudes inadequadas foram os motivos de advertência apontados por 34,1% das empresas que participaram da pesquisa. O baixo desempenho ficou em segundo lugar (28,1%), seguido pelo fato do profissional não estar alinhado com valores e objetivos da empresa (20,4%).

Cada instituição possui suas próprias normas e regras de condutas, informadas ao colaborador no momento da sua contratação. Caso o funcionário descumpra com essas obrigações, o empregador tem o direito de aplicar penalidades. Quando isso ocorre, a legislação trabalhista prevê duas punições ao trabalhador, a suspensão e a demissão por justa causa.

A advertência não está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas é comum ser aplicada pela empresa quando a mesma considera que a conduta praticada não foi tão grave e serve também como uma chance para que o funcionário mude o seu comportamento. Ela também não tem caráter punitivo, principalmente se for apenas uma conversa. Porém, havendo várias advertências para o mesmo funcionário, tal fato pode até motivar uma demissão por justa causa.

Segundo Anelise Maria dos Santos, coordenadora de Recursos Humanos da Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), os maiores erros cometidos pelos funcionários são faltas constantes, desrespeito à hierarquia e falta de respeito com os colegas de trabalho. Ela também explicou que a primeira atitude a ser tomada pelos gestores deve ser a advertência oral mas, nos casos mais graves e reincidentes, é necessário fazer uma advertência escrita. “Aqui, temos um sistema onde colocamos todas as informações do funcionário e a empresa pode utilizar esse histórico se houver um novo problema ou precise respaldar uma suspensão ou demissão”.

Anelise também explicou que é possível analisar como será a conduta do funcionário ainda na contratação. “Para ter informações sobre a conduta do funcionário, sempre solicitamos uma declaração de conduta, documento onde a última empresa do colaborador pode falar tudo sobre o comportamento dele. Quando este documento não é solicitado, ligamos para empresa e pedimos informação sobre a pessoa que queremos contratar. Essa é uma forma bem eficiente de evitar futuros imprevistos”, concluiu a coordenadora de RH. 

Confira agora quais são as atitudes que geram punição no trabalho:

  1. Exemplos de indisciplina leve - repreensão oral ou por escrito

Atrasos

Uniforme incompleto ou traje inadequado

Falhas de procedimento sem risco aos outros ou prejuízo financeiro

Problemas de comportamento

Fofocas que dificultam a admissão, o remanejamento ou a demissão de colegas ou superiores

  1. Casos que podem gerar suspensão

Não usar equipamentos de proteção industrial mesmo após aviso

Assinar lista de presença para os colegas em um treinamento

Vazar informações da empresa, mesmo que sem querer

  1. Condutas que rendem desligamento

Fraude ou comportamento antiético

Vazamento intencional de dados secretos

Negociações à revelia do chefe que deem benefícios ao funcionário ou lesem a empresa

Insubordinação (ou descumprimento de ordens diretas do chefe)

Abandono de emprego por 30 dias ou mais, sem aviso

Condenação criminal, depois de esgotados todos os recursos

Embriaguez no trabalho

Brigas, calúnia e difamação de colegas e superiores

 

Fonte: Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil

Morreu nessa madrugada de terça-feira, 24, o Alexandre Rodrigues de Carvalho que por muitos anos esteve como motorista da família Simplício em Floriano.

galego

Galego, como era conhecido, estava em casa quando se sentiu mal e foi a óbito. Ele foi vítima de um infarto.

Alexandre era casado com a professora Maria da Conceição com quem teve três filhas.

O corpo está sendo velado na casa dos familiares à Rua Manoel Lapa, a poucos quarteirões do Colégio Fauzer Bucar.

 

Da redação

pisO prazo para o pagamento do abono salarial ano-base 2016 foi prorrogado e os trabalhadores poderão sacar o benefício a partir desta quinta-feira (26). O dinheiro ficará disponível até 30 de dezembro. Quase 2 milhões de trabalhadores não retiraram os recursos, o que corresponde a 7,97% do total de pessoas com direito ao benefício. O valor ainda disponível chega a R$ 1,44 bilhão.

O pagamento do abono do PIS/Pasep começou em 27 de julho de 2017 e terminou no último dia 29 de junho, mas foi aberto um novo período pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Este é o terceiro ano consecutivo em que ocorre prorrogação. No ano passado, essa mesma medida foi tomada.

Os empregados da iniciativa privada, vinculados ao Programa de Integração Social (PIS), sacam o dinheiro nas agências da Caixa Econômica Federal. Para saber se tem algo a receber, a consulta pode ser feita pessoalmente, pela internet ou no telefone 0800-726-0207.

Para os funcionários públicos vinculados ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), a referência é o Banco do Brasil, que também fornece informações pessoalmente, pela internet e pelo telefone 0800-729-0001.

Tem direito ao abono salarial quem trabalhou formalmente por pelo menos um mês em 2016 com remuneração média de até dois salários mínimos. O valor que cada trabalhador tem para sacar depende de quanto tempo ele trabalhou. Quem trabalhou o ano todo recebe o valor cheio, que equivale a um salário mínimo (R$ 954). Quem trabalhou por apenas 30 dias recebe o valor mínimo, que é R$ 80.

Além do tempo de serviço, para ter direito ao abono de 2016, o trabalhador deveria estar inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter tido seus dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O abono salarial do PIS/Pasep é um benefício pago anualmente com recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), abastecido por depósito feitos pelos empregadores do país. Além do abono salarial, o FAT custeia o programa de Seguro-Desemprego e financia programas de desenvolvimento econômico. Os recursos do abono que não são sacados pelos trabalhadores no calendário estabelecido todos os anos retornam para o FAT, para serem usados nos demais programas.

Vale lembrar que o pagamento do benefício referente ao ano-base 2017 também começa na próxima quinta-feira. A estimativa é que sejam destinados R$ 18,1 bilhões a 23,5 milhões de trabalhadores.

Conforme o calendário de pagamento, quem nasceu de julho a dezembro, recebe o benefício ainda este ano. Já os nascidos entre janeiro e junho, terão o recurso disponível para saque em 2019. Em qualquer situação, o dinheiro ficará à disposição do trabalhador até 28 de junho de 2019, prazo final para o recebimento.

 

Com informações da Agência Brasil.

Tomaz Silva/Agência Brasil

Anatólio em uma de suas visitas que fez a imobiliária para entregar a documentação referente ao processo de aquisição de um apartamento financiado com  recursos do Programa Minha Casa Minha Vida, foi informado que deveria apresentar entre outros documentos pendentes, uma declaração de comprovação de renda atualizada e com assinatura reconhecida em cartório.

Animado com a possibilidade de realizar o sonho de comprar o seu apartamento moderno em área de condomínio fechado com muro alto, grades reforçadas, área de lazer e sistema de segurança eletrônica, e ainda se acostumando com a idéia, achando meio desafiante romper com uma longa tradição de residir em casa com amplo quintal onde a vizinhança toda se conhece se cumprimenta e bate papo sentados na calçada e ir residir em um condomínio fechado de apartamentos cenário que se aproxima muito das características das fortalezas da época medieval, segunda feira por volta das 9:00hs chega ao cartório, se dirige ao setor de entrega de senha e recebe a senha número 166. Cartório lotado, a longa espera faz com que Anatólio não resista ao cansaço e tire um longo cochilo chegando inclusive a sonhar.

No sonho recebe uma ligação de um colega de infância que reside em Brasília. O celular chama e Anatólio atende:

- Alô quem está falando?
Almeida – É o Almeida, tudo em paz Anatólio?
Anatólio – Tudo, só não está melhor porque estou enfrentando uma fila Quilométrica de um cartório aqui em Teresina, cheguei, já faz uma hora e meia, minha senha é a 166, tú acreditas que agora é que estão atendendo a 66, são 100 pessoas na minha frente sem contar com o grupo dos prioritários. Isso tudo para conseguir um reconhecimento de firma em uma
declaração.
Almeida – Não acredito Anatólio, pensei que as coisas por aí estavam melhor, e não foi no Piauí que a Assembléia Legislativa aprovou uma Lei para criar mais cartórios? Parece-me que dezenove só para Teresina.
Anatólio – Tem até concurso já realizado, mas parece que tem muitas forças ocultas, muitos poderosos impedindo que as coisas avancem neste setor. Estou até com medo de ter que adiar o sonho de comprar meu primeiro apartamento financiado, por sinal muito moderno, segundo a propaganda da construtora terá até abatimento nas contas de energia por conta da captação de energia através de painéis fotovoltaicos que também serão instalados. Hoje é o último prazo para complementar a documentação, já estou preocupado com tanta demora neste atendimento.
Almeida – Pois é Anatólio, fico aqui imaginando o quanto o processo de desenvolvimento de Teresina é comprometido com coisas desse tipo. Um sistema Cartorial ainda provinciano feito para atender demandas de meados do século XIX ainda permanece o mesmo numa capital de quase um milhão de habitantes. Seja forte amigo isso não pode comprometer seus objetivos.
Exatamente as 15:00 horas o sonho é interrompido e Anatólio acorda espantado com alguém lhe chamando dizendo que o painel chama a senha 166.
Enquanto é atendido reflete e relembra que durante as aulas de história que frequentou e em leituras diversas aprendeu que o Brasil e o Piauí tiveram suas bases de desenvolvimento referenciadas por um sistema latifundista, escravocrata, patrimonialista e concentrador.
Enquanto muitas coisas avançaram o sistema cartorial como um importante serviço criado para dar o suporte burocrático necessário a esse sistema patrimonialista permanece funcionando em quantidade e em condições insuficientes para atender as demandas da população crescente, situação que precisa ser revertida.
Terminado o atendimento Anatólio sai com a certeza de que poderá continuar a luta para atingir o seu objetivo, porém sem conformismo e certo de que será preciso uma árdua luta para que Teresina se desvencilhe desse atraso.
*Técnico em Agropecuária, Lic. Em Pedagogia com Especialização em Gestão do Trabalhochiquinho 1
Pedagógico/Extensionista Rural do EMATER-PI

 

*Francisco de Assis Santos