O brasileiro Guilherme Augusto Terra Rosa, de 23 anos, está preso há 39 dias em Barcelona. Acusado de abuso sexual, o piloto de avião e skatista estava na cidade espanhola desde 31 de maio deste ano para conhecer a região e gravar vídeos de manobras.Terra Rosa estava hospedado em um apartamento no centro de Barcelona. Ele pretendia voltar ao Brasil na segunda quinzena de agosto, mas acabou preso antes disso.
Quem acusa o brasileiro de abuso sexual é a colombiana Ginna Paola Pineda, que vive em Barcelona. Ela foi levada ao apartamento em que Terra Rosa estava hospedado por Ícaro Ricardo Correia, um amigo do skatista.No apartamento, a colombiana manteve relações sexuais com Ícaro Ricardo Correia e Guilherme Augusto Terra Rosa. A divergência entre as partes começa, contudo, no relato desses atos.Segundo a família do brasileiro, as relações foram consensuais. A colombiana contesta essa versão.
Havia mais pessoas no apartamento, e um grupo de amigos de Guilherme e Ícaro teria assediado Ginna. Segundo a família do skatista, isso revoltou a colombiana, que trocou ofensas com os rapazes e deixou o apartamento.
"Um dia depois, dois oficiais apareceram por lá. Como era de manhã, meu irmão foi o primeiro a acordar e atendeu. Eles perguntaram se ele era o Guilherme e o prenderam", relatou Luis Henrique Terra Rosa, irmão do skatista.
Guilherme, Ícaro e os outros rapazes que estavam no apartamento já prestaram depoimento. A responsável pela acusação também foi ouvida na penitenciária La Modelo, onde o brasileiro está sob custódia.
Neste mês, Luis Henrique usou a rede social Facebook para organizar um protesto contra a situação de Guilherme. Ele agendou um evento para a Embaixada da Espanha no Brasil, em São Paulo. O grupo se reuniu no Cemitério da Consolação e marchou até o local.
"O protesto não teve tanta gente por ter sido feito de manhã e no meio da semana, mas quem foi fez algo bem organizado. Um assistente da embaixada me recebeu, disse que estava ciente e explicou que não podia ajudar porque a função deles é cuidar dos espanhóis que estão no Brasil", disse Luis Henrique.
Depois disso, a família de Guilherme interpelou o Itamaraty em busca de informações sobre o caso. Um representante da Embaixada do Brasil na Espanha visitou o brasileiro, mas disse que não podia acelerar o caso.Há cerca de 20 dias, a mãe de Guilherme, Isabel Batista Terra Rosa, viajou para Barcelona a fim de dar suporte ao brasileiro.
"Segundo a minha mãe, ele está mais calmo. Um pouco depressivo e angustiado, mas mais calmo. Minha mãe disse que um juiz vai se posicionar até segunda-feira", completou o irmão do skatista.
O UOL Esporte tentou contato com o Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, órgão ligado ao Itamaraty, mas não teve sucesso nas ligações.
Fonte: UOL