Em casa, o pivô sergipano Mardney recebeu nesta segunda-feira o prêmio Bola de Ouro por ter sido o melhor jogador e artilheiro da Taça Brasil de Futsal, 1ª divisão, quando defendeu o Cajuína-PI. Ao lado da família, ele foi muito aplaudido no Teatro Atheneu, mas deixou claro que não gostou da notícia de que não poderia disputar a Superliga com a camisa do Real Moitense.
"Cheguei em Aracaju hoje (segunda-feira) para disputar a Superliga com o Real Moitense, mas a liberação do Cajuína não chegou em tempo e infelizmente não vou poder jogar. Seria uma grande oportunidade de defender meu Estado, mas paciência. O ano foi muito produtivo, consegui este prêmio e o sonho de vestir a camisa da seleção continua", afirmou Mardney.
Em abril, ele passou a ser observado de perto pela Confederação Brasileira de Futsal após ser o artilheiro com oito gols da Taça Brasil, que aconteceu em Moita Bonita. Neste período ele chegou a ser cogitado em clubes da Rússia. Ele ainda foi artilheiro do Cajuína no Campeonato Piauiense.
Depois de passar 13 meses preso em regime fechado, condenado por causar um incêndio em sua própria casa em Munique (Alemanha), Breno começou a reconstruir sua vida em agosto deste ano, quando passou ao semi-aberto na cadeia de Munique. Agora, tudo que ele quer é voltar a jogar futebol profissionalmente, algo que não faz há mais de um ano e meio.
Condições psicológicas para isso, segundo ele, não faltarão. Em entrevista ao UOL Esporte, o zagueiro de 24 anos afirmou que "não vê a hora" de poder voltar aos gramados. E promete fazer de tudo para "ser o Breno de antigamente", quando fez ótima temporada no São Paulo em 2007 e foi vendido ao Bayern de Munique, onde hoje trabalha na loja oficial de segunda a sexta.
"Acho não, tenho certeza de que tenho condições. Estou contando os dias, não vejo a hora desse dia chegar. Se depender da minha vontade, serei sim o Breno de antigamente e retribuirei todo o carinho que a torcida do São Paulo tem demonstrado nesse momento de dificuldade da minha vida", declarou.
Quando voltar a jogar, Breno já tem destino certo: o São Paulo, clube que o revelou e com o qual mantém contato frequente. No fim de 2012, as partes acertaram um vínculo válido até 2015 e o clube paga uma pequena quantia mensal ao atleta. Segundo Alexandre Soares, empresário de Breno, o contrato é de produtividade.
"O contrato tem várias cláusulas de produtividade. Quando ele retornar ao Brasil, muda. Quando começar a treinar, muda de novo. Quando jogar, outra mudança. O São Paulo primeiro quer recolocá-lo no futebol", explicou o agente.
De acordo com Alexandre Soares, Breno voltará ao Brasil no máximo em agosto do ano que vem. Os advogados e representantes dele estão preparando um documento para antecipar este prazo – pode ser, então, que ele volte em meados de abril, para se preparar visando ao Brasileirão. O zagueiro, neste momento, não quer pensar em prazos.
"No momento eu só penso no meu futuro. Quero cumprir as minhas obrigações com a justiça alemã, para depois retomar a minha carreira e viver feliz no Brasil com a minha esposa e meus filhos. Sinto falta do contato e do convívio com as pessoas. O povo brasileiro é muito caloroso", declarou.
Por conta das pendências com a justiça alemã, Breno, condenado a 3 anos e 9 meses de prisão, não pode comentar nada sobre o incidente que poderia ter acabado com sua carreira. No período em que ficou em regime fechado, via a esposa e filhos a cada 15 dias, durante uma hora. Dentro do presídio, tinha dois medos.
"O medo que tive foi de a minha família passar dificuldades e eu não poder fazer nada, além da incerteza de não saber quando iria sair da prisão e o que iria acontecer (no futuro)".
O receio tem uma explicação. Quando atuava no Bayern, o zagueiro recebia um salário de aproximadamente R$ 300 mil. Sem trabalhar, os vencimentos, claro, foram cortados. Renata, sua esposa, passou a viver com uma ajuda de custo do São Paulo e com a renda do aluguel de um imóvel no Brasil - a soma dá aproximadamente R$ 9 mil. O luxo ficou de lado, e a família passou a ter um padrão de vida bem mais modesto.
"Rico no sentido financeiro não (era). Sou rico porque tenho uma família maravilhosa que me apoia. Quanto à situação financeira, realmente tivemos que nos adaptar à realidade. Foi uma redução muito significativa, porém nós conseguimos nos adaptar", disse o atleta, que, diante de tudo o que passou, se vê um homem mais maduro.
"Eu sou o mesmo, porém tenho certeza que estou muito mais maduro. Tudo o que aconteceu na minha vida me fez rever alguns valores e hoje poder dizer que sou uma pessoa muito melhor", finalizou.
Depois do estudo, o Vasco da Gama passou à ação. Conforme o diretor jurídico do clube, Gustavo Pinheiro, havia revelado, o Cruz-maltino, após 'ok' do presidente Roberto Dinamite, entrará nesta terça-feira com pedido junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ganhar os três pontos do duelo contra o Atlético-PR, no último domingo. A partida foi vencida pelo Furacão por 5 a 1 e decretou o rebaixamento da equipe de Adilson Batista.
O clube carioca, que terá 3 a 0 a seu favor assinalado caso vença uma futura disputa judicial e evitará a queda, alega em seu pedido que o reínicio da partida após a pancadaria generalizada que ocorreu nas arquibancadas da Arena Joinville entre as duas torcidas fere o Regulamento Geral de Competições da CBF. Em seu artigo 21, o documento prevê que o árbitro do jogo tem 30 minutos e mais meia hora adicional para definir o recomeço de um duelo. No caso deste domingo, o jogo foi retomado após 71 minutos da sua paralisação.
De acordo com o vice-presidente de futebol do Vasco, Ercolino de Luca, que confirmou a ação vascaína ao GE, o clube busca seus direitos conforme prevê o regulamento. Em sua fala, o diretor também afirmou que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro foi coagido por membros do Atlético-PR e da CBF para reiniciar o jogo, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, que teve todas as suas partidas importantes sendo iniciadas no mesmo horário.
"Vamos tentar entrar com o recurso. Está dentro da lei, do artigo que diz o limite para acréscimo. O clube tentou que a partida não reiniciasse, mas o árbitro foi pressionado a continuar o jogo", disse Ercolino, referindo-se às tentativas do presidente Roberto Dinamite em impedir que o time do Vasco voltasse para o gramado. "Ele não queria voltar com a partida. Disse que poderia ser responsabilizado pelo que acontecesse", falou, já comentando a situação do juiz.
Procurado pela Rádio Globo, o presidente do STJD, desembargador Flávio Zveiter, rejeitou o argumento do Vasco para buscar evitar o segundo rebaixamento em cinco anos. Segundo o desembargador, o Tribunal analisará somente possíveis punições aos clubes pela briga de torcidas, que deixou três torcedores feridos.
"Não existe essa discussão, o que será analisado pelo Tribunal é a responsabilidade dos clubes, do árbitro ou de alguma das torcidas. Nada além disso", pontuou Zveiter, também avaliando a acusação de que Ricardo Marques teria sido pressionado a reiniciar a partida. "Toda apuração é necessária, mas um árbitro da Fifa não pode sofrer pressão. Duas horas antes da partida ele é o único responsável, nem o presidente da CBF pode interferir. Pelas imagens que eu vi, o árbitro não poderia ter começado a partida sem a presença da Polícia Militar e apenas com 90 seguranças particulares."
Dono da terceira pior campanha do campeonato, o Vasco agora parece disposto a buscar na Justiça a fuga de um rebaixamento que se desenhou ao longo de toda a temporada. Caso o clube saia vencedor do recurso, o Criciúma será o quarto clube rebaixado para a Segunda Divisão. Além disso, a perda dos três pontos conquistados deixará o Atlético-PR na quarta colocação, garantindo o Botafogo na Libertadores e deixando a vaga do Furacão na dependência de uma vitória do Lanús sobre a Ponte Preta na decisão da Copa Sul-Americana. O resutaldo da final será conhecido na noite de quarta-feira, antes do início de qualquer julgamento sobre o caso.
O goleiro inglês Stuart Tomlinson, de 28 anos, anunciou que será lutador do WWE, o principal evento de luta livre nos Estados Unidos, após ter deixado os campos de futebol em julho por causa de uma lesão no joelho.
Tomlinson foi atleta de equipes como Burton Albion, Port Vale e Crewe Alexandra, atuando pela terceira e quarta divisões do Campeonato Inglês nos últimos dez anos. De porte atlético, o goleiro também trabalha como modelo e já apareceu na capa da revista Men's Health.
"Ansioso pelo novo emprego no WWE", escreveu Tomlinson em seu perfil no Twitter, sendo parabenizado por seus seguidores pelo novo desafio.
Alguns jogadores também brincaram com o goleiro. "Tudo de bom, parceiro! Espero que se dê melhor na luta livre do que no futebol e na carreira como modelo", disse Tom Pope, atacante do Port Vale.
"Eu definitivamente comprarei um boneco de ação seu", prometeu Matt Bell, zagueiro do Leek Town.