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carilleO técnico Fábio Carille confirmou que recebeu uma sondagem do Atlético-MG para assumir a vaga de Oswaldo de Oliveira, demitido do clube mineiro. Entretanto, o treinador do Corinthians disse ter descartado imediatamente qualquer possibilidade de negociação.

 

"Por minha vontade, nada me tira do Corinthians. Tem que ser uma coisa que me seduz demais. Nem me refiro a questão de valores, mas de projeto, tempo de trabalho, essas coisas", disse o técnico.

 

Carille também afirmou que não vê falta de ética do Atlético-MG em procurá-lo. "Foi apenas uma sondagem. Tenho um contrato e tudo pode acontecer. Tenho certeza que se tivesse aberto uma proposta, o Atlético teria procurado o Corinthians. Gostei da atitude do Atlético. Fico feliz pelo reconhecimento", completou.

 

Curiosamente, Oswaldo de Oliveira foi contratado pelo Corinthians em 2016 justamente para ocupar o lugar de Carille, que havia sido efetivado pela diretoria. Pouco tempo depois, o presidente Roberto de Andrade mudou de ideia e resolveu ir atrás de um treinador com maior currículo.

 

Carille está no Corinthians desde 2009, mas se tornou técnico do time, de fato, no fim de 2016. Anteriormente, foi auxiliar técnico e chegou a assumir interinamente a equipe algumas vezes.

 

Agência Estado

titEm entrevista exclusiva ao Estado nesta quinta-feira na sede da CBF, no Rio, o técnico da seleção brasileira, Tite, falou sobre Copa do Mundo, Neymar e os últimos preparativos para o Mundial da Rússia. "A seleção está em um processo de consolidar e evoluir ainda", disse o treinador. Tite também apontou que o time pode ter novidades. "Para usar um termo próprio de carnaval, eu preciso de um ritmista". Sobre a derrota do PSG para o Real Madrid na última quarta-feira, o treinador procurou o tirar o peso do resultado das costas de Neymar. "PSG está construindo uma equipe para ser forte lá na frente, o ano que vem."

 

Estamos a quatro meses da Copa do Mundo. Em que estágio está a seleção brasileira?

 

Ela está em um processo de consolidar e evoluir ainda. Eu tenho repetido isso há algum tempo, dei essa mesma resposta um tempo atrás. Os estágios que ela vai atingindo a gente procura de alguma forma consolidar e ampliar. Sendo mais específico em termos táticos, os enfrentamentos contra linhas de cinco defensores, com três meio-campistas e dois que marcam mais atrás, mecanismos que a gente possa encontrar para ser mais objetivos mantendo um equilíbrio da equipe.

 

Isso foi pouco testado, você não teve oportunidades de atuar contra seleções que jogam desta maneira. Isso torna ainda mais importante esses dois amistosos, contra Rússia e Alemanha?

 

Um dos aspectos que eu gostaria de ter mais e que a gente procurou agora foi de jogar contra equipes que têm essa característica. Para sentir essas dificuldades, para encontrar mecanismos que possam furar esses bloqueios sem se fragilizar. O grande mérito contra a Inglaterra foi ter um primeiro e um segundo tempo mantendo posse de bola, sendo agressivo, não sendo muito contundente, não criando muito, porque o adversário nos neutralizou. Em contrapartida, em nenhum momento a equipe se desestruturou e deu ao adversário a possibilidade de jogar, mesmo sendo em Wembley, mesmo sendo a seleção da Inglaterra jogando em casa, que tinha conseguido contra Alemanha. Então, manter essa estrutura e encontrar atletas armadores que possam jogar no campo adversário, nas entrelinhas adversárias, de dar amplitude, esses mecanismos.

 

Esse encontro de atletas significa que podemos ter uma surpresa no sentido de novidade na próxima convocação. Esses amistosos fecharão o grupo?

 

Eu gosto de falar de merecimento, mas o merecimento tem um limite, que é a necessidade da equipe. O que quero dizer com isso é que daqui a pouco vou ser injusto. Alguém que merecia ser convocado, não vai ser convocado. Vou dar um exemplo: talvez um lateral-esquerdo que merecia ser convocado não vai ser convocado. Mas, pela necessidade da equipe, não posso botar três laterais esquerdos, porque daqui a pouco preciso de um articulador, um jogador de armação. Para usar um termo próprio de carnaval, eu preciso de um ritmista. Aí, para encontrar esse jogador, mesmo que ele não esteja na melhor das condições, mas pela necessidade da equipe, que a seleção precisa, vai ser convocado um atleta.

 

Você falou que não pode convocar três laterais-esquerdos, mas, por exemplo, testar o Marcelo no meio de campo não seria uma opção?

 

Seria, esse seria um dos grandes objetivos que eu faria se tivesse mais tempo, como tenho pouco tempo, daqui a pouco vou tentar adaptar alguém que não é específico. Vou te dar um exemplo claro do jogo do PSG contra o Real Madrid. Há uma bola em que o Neymar está pelo centro, ele infiltra e o Dani Alves está no lado direito, não mais o Mbappé. Só que ele está tão na pressão do jogo e a cabeça dele funcionando a milhão que ele dá o passe um pouco mais avançado, porque, quando deveria ter sido um pouco mais atrás, porque é o Dani. Quando tu mexe na estrutura, aquilo que já está mais organizado se perde. Quando tu tem só 17 jogos, quando tu tem o pouco tempo que eu tenho, é um dilema. Por isso, se eu tivesse mais tempo, eu teria trabalhado com ele nesse setor.

 

Neymar, quando foi para o PSG, tinha o objetivo pessoal de, digamos, cortar o caminho para ser o melhor do mundo, mas também a responsabilidade de levar o PSG ao protagonismo na Europa. A situação ficou mais difícil com a derrota para o Real Madrid. Você teme que se, em um primeiro momento, ele não atingir esse objetivo de levar o PSG ao protagonismo na Europa isso possa ter reflexo na seleção?

 

Quem pensa que o protagonismo de uma equipe pode se dar em um ano só da formação dela, pensa muito pequeno, e não sabe como uma equipe é construída, maturada, evoluída, errada, acertada. É um processo de crescimento que o PSG e o Neymar vão passar juntos.

 

Na cabeça dele funciona desse jeito? Ele tem essa compreensão?

 

O atleta compreende futebol e compreende a estrutura do futebol muito mais longe do que vocês imaginam. Às vezes, ele não tem a condição de externar a ideia dele, mas ele sabe muito. Eu vi uma manifestação numa grande equipe brasileira onde houve troca de técnico e dois atletas falaram que enquanto não houver estrutura mais consolidada, a gente fica sem saber o rumo. Os atletas falaram isso. Na hora que as pessoas têm a responsabilidade, o comando tem que compreender dessa forma. Isso se chama não ficar em cima de um resultado. Eu estou falando isso do PSG, ele está construindo uma equipe para ser forte lá na frente, o ano que vem.

 

PSG e Real Madrid têm seis jogadores que devem ir para a Copa do Mundo. Alguns deles vão ficar pelo caminho, porque o time vai ser eliminado agora. Ficar quatro meses cumprindo tabela é bom ou é ruim?

 

Tem os dois lados. Sem formatar em grau de importância maior. Todos os atletas que são convocados ficam entre clube e seleção. “Não posso me machucar porque tem a seleção, e é o Mundial”. Vão trabalhar isso conforme a maturidade deles. A minha orientação é jogar de forma competitiva, tal qual tu faz sempre. Se quiser se segurar, aí aumenta a chance de poder se machucar. Mas isso trabalha na cabeça do atleta. Jogar em alto nível até a final te dá ritmo de competição mas te desgasta física e mentalmente. Para nós fazermos esta entrevista, mentalmente ela nos absorve, para a capacidade de dar uma resposta, em cima da resposta vocês pegam um gancho e reformatam uma outra pergunta. Em contrapartida tu pode não ter um desgaste físico, mas tu não está em ritmo de competição.

 

Vamos ter na Copa do Mundo, pelo perfil dos jogadores que você tem, daqueles 15 ou 16 que você tem definido, vários jogadores que viveram a frustração de 2014. Já aconteceu em outras copas também de jogadores não ganharem na primeira experiência e na segunda Copa, mais experientes, quatro anos depois, com mais cancha, acabarem conquistando o título. O que tem de bom e o que tem de ruim em relação a esses jogadores que porventura vão estar no seu time?

 

Sem ter um resposta definitiva, mas para que as pessoas apenas refletirem. Por um lado, imagino o orgulho que é estar técnico e atleta da seleção brasileira em um Mundial em que teu país é sede. Mas, por outro lado, vi o quanto isso é “pressionante”. É uma pressão desumana, porque a exigência é ganhar de todo mundo, passar por cima de todo mundo, menos que isso não serve. Em contrapartida, ela te gera experiências, aprendizados que se dão ganhando, empatando e perdendo também. Então, traz-se sim uma experiência, alguns atletas que tiveram um desempenho abaixo da expectativa, mas também porque a expectativa era muito alta.

 

Por que o amistoso com a Alemanha?

 

Fantasminha aqui na frente. Se tiver de enfrentar na Copa, não vou ter de responder tantas e tantas vezes, “a Alemanha veio aqui, venceu e foi campeã” e tudo mais. Está aqui, vamos jogar de novo, passou uma nova etapa, mas não passou a etapa da Alemanha de 2002.

 

Você vai querer desempenho ou resultado?

 

Desempenho antes. Isso é convicção. Tu não muda com o tempo a sua opinião? Para essa situação, não. Ela é primeiro de desempenho, vou cobrar jogar bem. Atleta tem de estar mentalmente forte e jogar bem. Isso eu vou cobrar e isso eu cobro de mim antes. O resultado eu não posso controlar. E lá nós vamos ter um desafio inclusive mental. Contra a Alemanha, que nos venceu, dentro da nossa casa, jogar lá na casa deles e ter que jogar bem. O atleta tem de sentir prazer em jogar futebol. Se ele não sentir prazer, ele não vai jogar na sua plenitude.

 

Você falou em jogar bonito. Existe, ainda que de uma forma incipiente, no Brasil uma discussão sobre drible e passe. Temos poucos dribladores hoje em dia e temos bons passadores, mas não o ideal, dizem. Quanto driblar e quanto passar?

 

Futebol bonito, jogar bem, corre paralelamente a bom resultado. Uma coisa não é excludente da outra, é paralela a outra e aumenta a tua chance de vencer. Não falo isso por ser filósofo, falo porque tendo um pouquinho de inteligência, sabemos que jogando bem eu estou um pouquinho mais perto de ganhar. Desempenho e resultado vai estar sempre associado. No futebol menos, vôlei mais, basquete mais, mas vai estar sempre associado. Afora te gerar confiança. Quando tu perde um jogo e joga bem, a tua confiança permanece, mas quando perde e joga mal, a confiança cai.

 

Nesse contexto, é preciso saber quando fazer uma coisa, quando fazer outra e o que fazer?

 

Entrando no lado passe e drible. No último terço do campo, é a nossa essência, é o drible, a finta, o lance pessoal. É procurar isolar o William ou isolar o Douglas Costa no um contra um, atravessar uma bola, fazer um lançamento, uma inversão que a marcação de cobertura esteja longe para que o talento apareça, a caneta apareça, a carretilha apareça, que a finta apareça e que desmonte a equipe adversária. Mas essa situação de drible não pode acontecer no primeiro terço do campo, porque ali é zona de segurança, então ali é o passe seguro. Numa faixa intermediária, segundo terço do campo, a responsabilidade é encontrar onde eu vou atacar.

 

Estadão

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

wellingtonAinda sem estrear pelo Internacional, Wellington Silva esteve presente nas páginas policiais. E da Espanha. Na última terça-feira, um juiz reativou o processo em que o Ministério Público de Valência pede punição a todos os jogadores envolvidos na controversa partida entre Zaragoza e Levante pela última rodada do Campeonato Espanhol de 2011.

 

Ao todo, são 41 envolvidos, incluindo todos os 36 jogadores relacionados para o confronto, entre eles, além do atacante brasileiro, nomes conhecidos no cenário mundial, como Ander Herrera (hoje no Manchester United), Gabi (agora no Atlético de Madrid) e Ponzio (do River Plate).

 

Todos os acusados correm o risco de pegar uma pena de dois anos de prisão, além da suspensão de seis anos do esporte. A investigação da justiça espanhola se dá pela suspeita de manipulação do resultado, que terminou com vitória do Zaragoza por 2 a 1, livrando a equipe de Aragão do rebaixamento.

 

A investigação traz ainda que o Zaragoza desembolsou mais de R$ 3,5 milhões para persuadir o Levante e manipular o resultado. Todos os jogadores envolvidos já negaram, em meio a improvável condenação por prisão, de acordo com a legislação local, que prevê que, em caso de condenação igual ou inferior a dois anos e na ausência de antecedentes, os atletas não precisarão cumprir a pena na cadeia, mesmo que haja condenação.

 

Cabe destacar que, depois de um recurso dos promotores em Valência, local em que o jogo de 2011 foi disputado, o caso, denunciado pelo presidente da La Liga, Javier Tebas, foi reaberto após apelação da promotoria.

 

Sobre Welligton Silva, o jogador revelado pelo Fluminense entrou aos 11 minutos do segundo tempo, na ocasião. Em nota, Alexandre Soares, procurador e advogado do brasileiro, afirmou que "Wellington Silva já prestou esclarecimentos à justiça espanhola, na qual negou, veementemente, qualquer conhecimento ou participação neste episódio, caso tenha ocorrido".

 

RESPOSTA COMPLETA DO ESTAFE DE WELLINGTON SILVA

"Sobre as informações de um possível envolvimento do atleta Welligton Silva com manipulação de resultado no jogo entre Levante e Zaragoza, pelo campeonato espanhol, de 2011, o procurador e advogado do jogador, Alexandre Soares, esclarece que:

 

'Todas as pessoas envolvidas neste jogo, entre atletas titulares, reservas e dirigentes, já foram investigados sobre o caso.

 

Wellington Silva já prestou esclarecimentos à justiça espanhola, na qual negou, veementemente, qualquer conhecimento ou participação neste episódio, caso tenha ocorrido.

 

O atleta nunca recebeu qualquer valor ou contato de ninguém a respeito desses fatos, colocando à disposição, inclusive, voluntariamente, a quebra do seu sigilo fiscal e bancário.

 

Com uma possível reabertura do processo para avaliação em segunda instância, a pedido do Ministério Público, que foi arquivado em primeira por falta de provas, o jogador continua à disposição para qualquer esclarecimento que ainda se fizer necessário".

 

Lançe

Foto: Ricardo Duarte / Divulgação

neyOs primeiros 90 minutos do duelo mais esperado da Liga dos Campeões entre Real Madrid e Paris Saint-Germain não foram nada bons para Neymar e seus companheiros. Depois de perder diversas chances ainda enquanto o placar estava em igualdade, os franceses foram dominados nos minutos finais e acabaram com a desvantagem de 3 a 1 para o jogo da volta, em Paris.

 

Depois de abrir o placar no primeiro tempo e ver o Real Madrid empatar de pênalti, a volta para o intervalo marcou um jogo equilibrado até a parte final. Nos últimos 10 minutos, porém, os merengues conseguiram marcar duas vezes e saíram com a vantagem. Na zona mista, Neymar lamentou a desatenção e a falta de “maturidade do time francês”.

 

“Acredito que pecamos em alguns momentos. Não tivemos tranquilidade e nem maturidade na segunda metade do segundo tempo. Faltou um algo mais para nossa equipe e agora temos de ajeitar algumas coisas. Não fizemos uma partida ruim, mas temos que melhorar se quisermos passar do Real e chegar na próxima fase”, disse Neymar.

 

Protagonista ao lado de Cristiano Ronaldo, Neymar viu o português marcar dois gols e sair de campo como o principal jogador do duelo. Apesar da atuação apagada, o brasileiro é lembrado como o responsável pela “remontada” do Barcelona sobre o próprio PSG, quando os catalães fizeram 6 a 1 depois de perder por 4 a 0 no primeiro jogo. O feito, segundo o atacante, pode ser repetido já que a desvantagem é menor.

 

“Acho que está difícil, mas nada é impossível no futebol. Ano passado passei uma situação muito pior e conseguimos passar. Espero que possa fazer um jogo melhor, que a gente possa conseguir avançar”, comentou o camisa 10 do PSG.

 

gazeta

Foto: Gabriel Bouys/AFP