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Foi na raça, no sufoco e na emoção, mas o Brasil venceu a primeira na Copa do Mundo. Com gol de Philippe Coutinho aos 45 minutos do segundo tempo e Neymar, logo depois, aos 51, a seleção de Tite venceu a Costa Rica por 2 a 0 e se aproximou da classificação para a próxima fase. Com a vitória o time chega aos quatro pontos, enquanto o adversário está precocemente eliminado no Grupo E, sem nenhum ponto em dois jogos.

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Assim como na estreia, o Brasil dominou as ações no primeiro tempo. Com a marcação alta, fazendo pressão na saída de bola da Costa Rica, a seleção de Tite conseguiu assustar já aos 25 minutos de bola rolando. No bico da grande área, Marcelo tentou um arremate rasteiro e ela caiu nos pés de Gabriel Jesus, que dominou e encheu o pé para o fundo das redes. O árbitro já havia parado o lance, marcando posição irregular do atacante.

Só que o lance acordou a Seleção Brasileira. Na sequência, Philippe Coutinho lançou Neymar nas costas da marcação. O camisa 10 sairia frente a frente com Kaylor Navas, mas errou o domínio e a bola acabou nas mãos do goleiro. Na pressão, Marcelo e Coutinho arriscando duas finalizações de fora da área, uma atrás da outra, mas ambas saíram pela linha de fundo. A esta altura da partida a Costa Rica estava completamente fechada no campo defensivo.

Em cobrança de escanteio, aos 38 minutos, Paulinho se enrolou com a marcação e caiu dentro da grande área, pedindo o pênalti. O árbitro não entendeu o lance como falta e deixou o jogo seguir. Apesar das boas chances criadas no primeiro tempo, o Brasil levou pouco perigo ao gol da Costa Rica – a maioria das oportunidades saíram pela linha de fundo.

CRESCEU DEMAIS

Mas o segundo tempo mudou completamente a história da partida. Muito mais aceso, o Brasil poderia ter aberto o placar já aos dois minutos. Numa bobeira da marcação costa-riquenha, Navas errou na saída de bola e jogou nos pés de Fagner. O lateral cruzou na medida para a pequena área, onde estava Neymar, mas o goleiro se recuperou e ficou com ela.

Gabriel Jesus apareceu na sequência em outro cruzamento, só que desta vez o atacante conseguiu subir mais do que todo mundo e testar no travessão. No rebote, Paulinho dominou e rolou para Philippe Coutinho, que arriscou de primeira contra o gol. No meio do caminho a marcação conseguiu desviar para escanteio. A pressão do Brasil vinha principalmente pelas pontas, com os jogadores de trás aparecendo na grande área.

Outro grande momento aconteceu aos 10 minutos, com Paulinho aparecendo pela direita e cruzando rasteiro, na marca do pênalti, para Neymar, que bateu de primeira, para mais uma defesa de Navas. Em outro lance incrível do Brasil, a zaga da Costa Rica tentou cortar um contra-ataque, mas a bola caiu nos pés do camisa 10. Frente a frente com o goleiro, o craque tentou bater colocado, mas acabou jogando para fora.

HAJA CORAÇÃO

Aos 32 minutos, Neymar recebe belo lançamento pela esquerda, corta a marcação e cai na grande área. O holandês Bjorn Kuipers marcou a penalidade máxima em cima do atacante, mas, na revisão pelo vídeo (VAR) o árbitro voltou atrás e marcou simulação do camisa 10. O lance, na reta final do segundo tempo, mexeu com a confiança do Brasil. Neymar e Philippe Coutinho se destemperaram e receberam cartões amarelos.

Mas a pressão surtiu efeito aos 45 minutos, quando o torcedor já estava desesperado nas arquibancadas. Marcelo cruzou, Gabriel Jesus ajeitou e Philippe Coutinho, que vinha de trás, bateu de bico para o fundo das redes. A emoção tomou conta dos jogadores, inclusive do técnico Tite. Na sequência, aos 51, Douglas Costa recebeu no contra-ataque e só escorou para Neymar, sem goleiro, fechar a primeira vitória do Brasil na Copa do Mundo.

PRÓXIMO JOGO

Na próxima quarta-feira, dia 27 de junho, o Brasil decide a classificação contra a Sérvia em Spartak, às 15 horas, pela 3ª e última rodada do Grupo E. No mesmo dia e horário a Costa Rica enfrenta a Suíça em Nizhny Novgorod.

 

futebolinterior

azulA Seleção Brasileira não usa o seu uniforme azul em uma Copa do Mundo desde 2 de julho de 2010, quando foi derrotada por 2 a 1 pela Holanda e acabou eliminada nas quartas de final na África do Sul. Após amarelar em 2014, o Brasil voltará a recorrer ao seu segundo uniforme em 2018, contra a Costa Rica, a partir das 9 horas (de Brasília) desta sexta-feira, em São Petersburgo.

Apesar de a última lembrança ser negativa, a Seleção Brasileira costuma se sair bem quando atua de azul em Copas do Mundo. Ao todo, foram sete vitórias, um empate e somente duas derrotas com a cor, ambas para a Holanda.

A primeira participação do Brasil de azul em uma Copa do Mundo foi por acaso. Em 1938, a equipe de Leônidas da Silva abriu mão do até então tradicional branco porque essa também era a cor da Polônia, adversária da estreia. Com camisas de tonalidade azul clara improvisadas, o time nacional protagonizou um dos mais disputados jogos dos Mundiais e venceu por 6 a 5 ao término da prorrogação. Parou nas semifinais, derrotado pela campeã Itália com um pênalti polêmico, e ficou com a terceira colocação ao ganhar da Suécia.

Os suecos foram justamente os próximos que enfrentaram uma Seleção Brasileira de azul. Em 1958, sediando a Copa do Mundo, eles não quiserem ceder ao Brasil o direito de jogar o duelo final de amarelo – cor que, por meio de eleição, aposentou o branco após a grande frustração no Maracanaço de 1950. E foi com o seu segundo uniforme, como seria oficializado a partir de então, que o país de Pelé e Garrincha ganhou da canarinha Suécia por 5 a 2 e enfim comemorou um título mundial.

Para convencer o Brasil de que o azul seria favorável naquela decisão, o chefe de delegação Paulo Machado de Carvalho disse que os jogadores estariam protegidos pelo manto da padroeira Nossa Senhora de Aparecida. O desenhista gaúcho Aldyr Schlee, criador do uniforme amarelo, contesta essa versão e assegura que também havia previsto o azul como uniforme reserva brasileiro.

Seja como for, a Seleção Brasileira só jogaria novamente de azul na Copa do Mundo de 1974, quando conheceu a sua primeira derrota com a cor. Primeiro, porém, superou a rival Argentina por 2 a 1. Contra o Carrossel Holandês de Cruyff, não houve jeito – derrota por 2 a 0 e eliminação em solo alemão.

Na Copa do Mundo seguinte, o Brasil fez com que o azul não virasse um trauma ao reencontrar a Polônia e ganhar por 3 a 1. Depois, em 1994, o time tetracampeão mundial bateu recorde e atuou três vezes com a camisa reserva, com direito a uma vitória sobre a algoz Holanda, por 3 a 2. Os outros jogos foram contra a Suécia, um empate por 1 a 1 e um suado triunfo por 1 a 0.

Em 2002, quando foi pentacampeão mundial, o Brasil usou azul em um dos jogos mais difíceis daquela campanha vitoriosa na Ásia, a vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra. Foi por esse mesmo placar que a Holanda bateu o time de Dunga em 2010, na África.

Nesta sexta-feira, será a vez de Tite comandar uma azulada Seleção Brasileira. O técnico já teve essa experiência recentemente, comemorando uma vitória por 3 a 0 em um amistoso contra a Rússia, anfitriã da Copa do Mundo.

Confira os jogos de Copa do Mundo em que o Brasil vestiu azul:

Brasil 6 x 1 Polônia – 1938

Brasil 5 x 2 Suécia – 1958

Brasil 2 x 1 Argentina – 1974

Brasil 0 x 2 Holanda – 1974

Brasil 3 x 1 Polônia – 1978

Brasil 1 x 1 Suécia – 1994

Brasil 3 x 2 Holanda – 1994

Brasil 1 x 0 Suécia – 1994

Brasil 1 x 2 Holanda – 2010

 

gazetaesportiva

daniloO lateral direito Fagner será a única novidade da formação brasileira contra a Costa Rica, às 9 horas (de Brasília) desta sexta-feira, em São Petersburgo. Não por vontade do técnico Tite. Danilo acusou uma contusão muscular na região direita do quadril e acabou vetado pelo departamento médico após passar por exames.

Antes do Mundial, a intenção de Tite não era contar com Danilo nem com Fanger como titular da posição. O veterano Daniel Alves sofreu uma lesão ligamentar no joelho direito às vésperas da convocação, defendendo o Paris Saint-Germain na final da Copa da França, e não pôde ser chamado pelo treinador.

Fagner saiu atrás na disputa com Danilo porque também estava em recuperação de uma contusão, muscular na coxa direita, durante a preparação da Seleção Brasileira.

Conhecido de Tite dos tempos de Corinthians, Fagner atuou na Seleção Brasileira sob o comando do técnico tanto quanto Danilo. Cada um esteve quatro vezes em ação, contra 14 de Daniel Alves.

O restante da escalação do Brasil será o mesmo do empate por 1 a 1 com a Suíça, pela primeira rodada do grupo E do Mundial. Confira o time: Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho, Willian, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus.

 

gazeta

Lionel Messi voltou a passar em branco e a seleção da Argentina sofreu uma dura derrota para a Croácia nesta quinta-feira, pelo Grupo D da Copa do Mundo. Rakitic, Modric e companhia aprontaram em Nizhny Novgorod e aplicaram 3 a 0 no time sul-americano com um placar que pode ajudar a encerrar de forma precoce a trajetória argentina pela Rússia.

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Num dos resultados mais inesperados deste Mundial, a Argentina voltou a exibir os mesmos erros da estreia, quando empatou com a Islândia por 1 a 1. Com Messi novamente inoperante no ataque, o time comandado pelo técnico Jorge Sampaoli foi alvo fácil dos croatas. Modric, Rakitic e Rebic balançaram as redes.

E contaram com uma ajuda decisiva do goleiro Caballero, no primeiro gol, que abriu a porta para a grande vitória dos croatas, líderes da chave, com seis pontos e aproveitamento de 100% até agora. A Islândia aparece em segundo lugar e a Argentina, em terceiro, ambos com um ponto.

A Nigéria, que enfrentará a Islândia nesta sexta, ainda não pontuou. Deste jogo e da próxima rodada vai depender o futuro da Argentina na Copa. Os atuais vice-campeões mundiais agora vão depender de uma combinação de resultado para avançarem às oitavas de final. Também vão precisar fazer sua parte e vencer a Nigéria na rodada final, no dia 26, próxima terça.

Para o duelo desta quinta, Sampaoli promoveu três alterações na equipe titular e até mudou o esquema tático. As mudanças visavam favorecer a participação de Messi no setor ofensivo. Mas, novamente, o atacante do Barcelona deixou a desejar em solo russo.

O JOGO

Com três mudanças em relação à estreia, a Argentina demorou para se encontrar em campo nesta quinta, graças principalmente à falta de entrosamento do seu trio defensivo. Tanto que Caballero foi exigido logo aos 4 minutos de jogo, em chute cruzado de Perisic, pela esquerda. Uma outra chance croata, pela direita, também causou preocupação na torcida sul-americana.

A resposta do time de Sampaoli veio aos 12. Meza acertou forte chute, mas viu a bola desviar na defesa e sair. Foi o necessário para dar leve susto na Croácia e manter o rival mais cauteloso em campo. O jogo, então, ganhou em equilíbrio no primeiro tempo, com as duas seleções mais cuidadosas.

As mudanças na escalação e no esquema argentino tinham por objetivo favorecer Messi lá na frente. Mas, enquanto o time sul-americano sofria ameaças pelas laterais, em razão das opções do seu treinador, tampouco ameaçava no ataque. A bola simplesmente não chegava ao craque do time, sem um armador.

Numa rara oportunidade, aos 29, Messi pressionou o goleiro pela esquerda. E, no rebote, Enzo Pérez mandou para fora, mesmo diante do gol aberto. A Croácia respondeu com um lindo levantamento na área de Modric para cabeçada perigosa de Mandzukic, aos 31. O atacante da Juventus mandou para fora.

Antes do fim da etapa inicial, com um duelo de jogadas mais ríspidas, a Croácia teve grande chance para abrir o placar. Foi aos 46, quando Rebic recebeu ótimo lançamento pela esquerda, mas dominou mal, atrasou o lance e acabou batendo para longe do gol.

CROÁCIA DESLANCHA

O segundo tempo começou mais aberto, com as duas equipes exibindo posturas mais francas, em busca do ataque. Mas um erro incrível de Caballero mudou todo o panorama do jogo. Logo aos 7 minutos, o goleiro argentino tentou repor a bola encobrindo Rebic, sem sofrer maior pressão na saída de bola. Porém, a finalização foi fraca e o croata acertou belo chute de primeira, estufando as redes.

Após o gol, Sampaoli reforçou o ataque da sua equipe. Colocou Pavón e Higuaín nos lugares de Salvio e Agüero, totalmente apagado em campo. Ao mesmo tempo, a Croácia recuou para neutralizar as investidas. E deixou Mandzukic "de plantão" na área adversária. Assim, ele quase anotou o segundo, aos 20 minutos.

Preocupado, Sampaoli deu sua última cartada e colocou Dybala em campo. Mas a almejado gol acabou saindo do outro lado do campo. Aos 35, Modric arriscou forte chute de fora da área e Caballero não alcançou: 2 a 0. A essa altura, parte da torcida argentina lamentava e parte vaiava o goleiro.

Dentro de campo, o jogo ganhou em lances mais violentos, quase todos protagonizados pelos argentinos, quase desesperados diante do placar. A Croácia sustentou a boa vantagem com certa tranquilidade nos minutos finais e ainda acertou o travessão, aos 41, com Rakitic.

Antes do apito final, o mesmo jogador do Barcelona anotou o terceiro gol dos croatas, num vacilo geral da defesa sul-americana para selar a segunda vitória nesta Copa do Mundo, ainda sonhando em repetir a grande campanha de 1998, quando foi a terceira colocada.

 

Agência Estado

Foto: REUTERS/Ivan Alvarado