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cavaniO Uruguai garantiu a liderança do Grupo A da Copa do Mundo durante a tarde desta segunda-feira. Em Samara, a seleção sul-americana dominou a Rússia desde o começo da partida e provocou a primeira derrota dos donos da casa ao ganhar por 3 a 0.

Com nove pontos em três partidas, o Uruguai é o primeiro time a assegurar 100% de aproveitamento na fase classificatória. A Rússia, com seis pontos, termina no segundo lugar. Nas oitavas de final, as duas seleções cruzam com os classificados do Grupo B, integrado por Espanha e Portugal, que entram em campo ainda nesta segunda.

Às 15 horas (de Brasília) de sábado, em busca de uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo, o Uruguai volta a campo para enfrentar o segundo colocado do Grupo B, no Estádio Fisht. Já a Rússia, às 11 horas de domingo, pega o líder do Grupo B, no Estádio Luzhniki.

O Jogo – O Uruguai saiu na frente logo aos nove minutos do primeiro tempo, quando Betancur foi derrubado por Gazinskii perto da entrada da grande área. Suarez cobrou a falta forte e rasteiro, no canto esquerdo do experiente Akinfeev, que não conseguiu defender.

O time sul-americano aumentou sua vantagem no marcador aos 22 minutos da etapa inicial. Após cobrança de escanteio de Torreira pela direita, Dzyuba afastou de cabeça. No rebote, Laxalt bateu forte, a bola desviou em Cheryshev e matou o goleiro Akinfeev.

Em desvantagem no placar, a Rússia passou a jogar com um a menos ainda no primeiro tempo. Smolnikov, que já havia recebido o cartão amarelo, cometeu falta dura em Laxalt e acabou expulso pelo senegalês Malang Diedhiou. Para recompor o lado direito, o técnico Stanislav Cherchesov trocou Cheryshev pelo brasileiro Mario Fernandes.

A etapa complementar do confronto travado entre Uruguai e Rússia em Samara foi de poucas emoções. Em um dos raros momentos de alegria na partida, a torcida local celebrou a saída de Miranchuk para a entrada de Smolov, que teve performance apenas discreta.

O Uruguai, com a liderança do grupo praticamente garantida e em superioridade numérica, diminuiu o ritmo durante o segundo tempo. Na tentativa de melhorar a criatividade de sua equipe, o técnico Oscar Tabarez trocou Betancur pelo cruzeirense Arrascaeta.

O Uruguai encerrou o marcador aos 45 minutos do segundo tempo. Após cobrança de escanteio de Arrascaeta pela direita, Godin subiu e cabeceou firme. Akinfeev espalmou e o atacante Cavani, oportunista, completou no rebote para marcar seu primeiro gol na Copa do Mundo.

 

gazetaesportiva

Foto: Emmanuel Dunand/AFP

O técnico da França, Didier Deschamps, confirmou nesta segunda-feira que poupará titulares contra a Dinamarca, nesta terça, em Moscou – em partida que vale a liderança do Grupo C da Copa do Mundo. Ele não confirmou quais jogadores serão preservados, mas a tendência é de que metade da equipe principal ganhe descanso. Os franceses já estão classificados.

– Quando você consegue seis pontos nos dois primeiros jogos, sabe que está classificado. Nós queremos ser os primeiros do grupo. Mas temos que levar em conta diferentes parâmetros, temos que avaliar situações individuais. Alguns jogaram demais, outros têm cartões amarelos. Se eu puder preservar alguns jogadores antes das oitavas... depois disso, não será mais possível. Não é um único critério que prevalece. Eu posso ter que poupar alguns. E a situação é diferente para cada jogador, para cada posição – disse o treinador.

Segundo o jornal “L’Équipe”, a provável escalação tem: Mandanda, Sidibé, Varane, Kimpembe e Hernandez; Kanté, N’Zonzi, Dembélé, Griezmann e Lemar; Giroud. Com isso, seriam poupados o goleiro Lloris, o lateral-direito Pavard, o zagueiro Umtiti, os meias Pogba e Matuidi e o atacante Mbappé.

O técnico Didier Deschamps também foi questionado se a França estava disposta a ajudar a Dinamarca. Um empate no jogo desta terça-feira é interessante para as duas equipes: garante os franceses em primeiro e assegura a classificação dos dinamarqueses. Mas o treinador rejeitou a ideia.

– Não vamos ajudar a Dinamarca agora. Nós queremos ser os primeiros do grupo, mas nunca vou dizer para o meu time que vamos jogar para empatar. Vamos jogar para ganhar, e a Dinamarca também. Talvez um empate sirva para os dois, mas eu nem quero falar sobre isso. Eu quero que meu time entre em campo e faça tudo para ganhar – afirmou Deschamps.

O Grupo C tem uma situação curiosa. Seus classificados vão cruzar, nas oitavas de final, com quem passar no Grupo D, o da Argentina. Mas como a equipe de Messi vem fracassando no começo da competição, caberá ao primeiro colocado enfrentá-la na próxima etapa caso ela consiga avançar. O segundo enfrentaria a Croácia (a Nigéria também tem chances). Daí a pergunta para Deschamps: é melhor ser segundo?

– Eu não quero pensar sobre isso, nem falar sobre isso. Nós queremos ganhar o grupo.

França e Dinamarca se enfrentam às 11h desta terça-feira, com transmissão ao vivo da TV Globo, do SporTV e do GloboEsporte.com. Nas duas primeiras rodadas, os Bleus venceram Austrália (2 a 1) e Peru (1 a 0).

 

GE

guerreroNo Brasil, o Flamengo se reapresenta nesta segunda-feira no Ninho do Urubu. Na Rússia, o camisa 9 do time deixou claro que ainda não sabe o que será do seu futuro no clube. Paolo Guerrero concedeu coletiva em Sochi, onde a seleção do Peru (já eliminada) cumpre tabela diante da Austrália nesta terça. Ele reforçou que irá se juntar aos companheiros de clube após o retorno ao Brasil.

No entanto, o peruano admitiu indefinição sobre o que pode acontecer após o término de seu contrato.

– Tenho contrato até agosto. Neste momento, estou na seleção. Depois tenho que retornar ao Brasil e me reintegrar ao grupo, ao Flamengo. Por ora, estou com a seleção, mas tenho contrato até agosto e isso está claro. Não sei o que vai acontecer. Creio que está nas mãos do Flamengo. Eu sigo sendo parte do Flamengo, mas estou com minha seleção e estou focado na partida desta terça – disse o atacante.

Depois da derrota para a França, no fim da semana passada, Guerrero já havia dito que estava liberado para jogar pelo clube carioca. O jurídico do Flamengo também entende que o atacante está apto atuar até que o mérito da liminar seja julgado. Ele teve o contrato reativado quando a Justiça da Suíça concedeu o efeito suspensivo e tem vínculo com o clube até 10 de agosto.

O Rubro-Negro aguarda o peruano após o Mundial, e ainda há expectativas por conversas.

Antes da Copa, houve desgaste entre Guerrero e a diretoria do Flamengo. Principalmente pela suspensão de seu contrato durante o período de punição por doping. Nas conversas iniciais pela renovação, também não foi encontrado um denominador comum. O atacante pedia longo prazo e esperava receber vencimentos do período suspenso.

Enquanto isso, o Flamengo se movimentou nos últimos dias para reforçar o seu ataque. O atacante Fernando Uribe chegou ao Rio de Janeiro no fim de semana e estará na reapresentação do elenco, nesta segunda-feira. O centroavante colombiano, de 30 anos, vai realizar exames médicos e assinar contrato antes de ser anunciado oficialmente.

 

GE

Foto: Reuters

capitaoOs estrangeiros consideram curioso, os brasileiros já aceitam, quem não é do futebol geralmente acha o máximo. A ideia do técnico Tite de revezar a faixa de capitão da seleção brasileira a cada partida é uma inovação na história da equipe em Copas do Mundo e uma exceção na modalidade, pois carregar a braçadeira de qualquer time costuma ser sinônimo de respeito e reconhecimento.

Em toda a história da seleção em Mundiais, é a primeira vez em que o sistema de rotação de capitães é utilizado. O Brasil começou com o lateral Marcelo, escalado na função contra a Suíça, depois teve Thiago Silva diante da Costa Rica e deverá contar com outro nome escolhido para o jogo com a Sérvia. A definição é sempre anunciada às vésperas de cada jogo.

A própria Fifa foi pega de surpresa. Poucos dias antes da Copa, o site oficial da entidade publicou reportagem em que indicou Neymar como o capitão do Brasil. O camisa 10, porém, só teve essa oportunidade com Tite em uma ocasião, na partida contra o Paraguai, ano passado, pelas Eliminatórias.

O treinador prega ser válido o rodízio para promover uma divisão de responsabilidades e não deixar um jogador só com o papel de líder. A rotatividade também é uma ferramenta para dar moral e premiar os destaques da equipe. Prova disso é Tite ter definido 15 capitães diferentes em 22 jogos no comando. Quem mais esteve no cargo foi Daniel Alves, quatro vezes, seguido por Miranda, com três.

O sistema causa estranhamento em jornalistas de outros países, que costumam questionar Tite sobre o assunto nas entrevistas. Em clubes europeus, há uma hierarquia de capitães, em certas vezes com até quatro opções para o posto. Mexer nessa posição costuma ser delicado e envolver vaidades.

“Antes da Copa, coloquei para vocês que havia uma série de atletas com maturidade suficiente para continuar esse rodízio de capitães”, disse Tite na última semana. O elenco garante entender a posição do treinador e assimilou desde a estreia dele, em junho de 2016, que as vagas de titular estariam em disputa aberta, mas a braçadeira de capitão jamais teria dono.

OPINIÕES

Para quem têm experiência na área de gestão de pessoas, a iniciativa de Tite ajuda a seleção a se fortalecer.

“A medida que o Tite coloca a faixa no braço de vários jogadores, está dando a devida importância para cada um deles. Se ele só deixa o Neymar como capitão, é como se o Neymar fosse o diretor da seleção, como se só ele fosse importante”, diz o master coach da Sociedade Brasileira de Coaching (SBCoaching), Liamar Fernandes, que trabalha há 43 anos com desenvolvimento e gestão de pessoas.

Segundo Fernandes, o fato de conseguir se relacionar bem com o elenco e ganhar respeito pela decisão incomum no futebol confere ao treinador habilidades desejadas em líderes de grandes empresas.

Já para o especialista em gestão e liderança Renato Grinberg, a postura com os capitães se assemelha a uma abordagem moderna no mercado empresarial chamada open space. Nela, desde funcionários mais simples até os diretor corporativos dividem o mesmo espaço, em um processo de empoderar quem poderia se sentir inferior.

Por outro lado, o presidente da Associação Paulista de Psicologia do Esporte, João Ricardo Cozac, considera o processo como negativo. “Esse tipo de situação fragiliza ainda mais a noção de união, de coesão, de grupo, de força de equipe. A ausência de um líder acaba fragilizando ainda mais o universo tanto individual como coletivo do time”, analisa Cozac.

 

gazetaesportiva

Wilton Junior/Estadão