Dois dias depois da eliminação para o Grêmio na Copa Libertadores, o diretor de futebol Alexandre Mattos, o gerente Cícero Souza e o técnico Luiz Felipe Scolari deram uma entrevista de uma hora na Academia de Futebol. A cúpula aproveitou para mostrar confiança no trabalho do treinador, mantido no cargo depois da terceira queda em mata-mata em 2019.

• O Felipe é o nosso treinador, tem contrato conosco. Esses dias foram de muitas especulações. Não passou pela cabeça dele ou pela nossa fazer alguma troca. Vamos lembrar que ele é o campeão brasileiro, seis, sete, oito meses atrás. Invencibilidade, recorde atrás de recorde, então vamos prosseguir naquilo que entendemos ser o melhor para o Palmeiras - afirmou Mattos.
• Em 2015 fizemos uma revolução de 27, 28 jogadores e as coisas funcionaram bem no mata-mata. Houve mobilização. não que em pontos corridos não funcionasse, porque depois de seis ou sete anos ficamos entre os dez. Em 2016 o foco era o Brasileiro, 22 anos sem ganhar. Tanto que jogamos com reservas na Copa do Brasil. Fizemos o contrário do restante, jogamos com reservas contra o Grêmio. Por termos saído em 2016 da Libertadores na fase de grupo, foi uma decisão minha e do presidente, detectamos a mudança de perfil e buscamos Felipe Melo, Michel Bastos. Sem entrar no mérito de quem deu certo ou não. Algo precisa mudar e naturalmente vai acontecer. Agora não é hora de apontar dedo, tirar quatro, cinco seis. Defendemos o título, o campeonato nacional, um dos mais difíceis do mundo. O Brasileiro tem peso, não ganhávamos há 22 anos, agora são dois títulos e um vice. Tudo será levado em conta na hora que acabar os campeonatos, comissão técnica, diretoria, ter ideia do que precisa ser alternado - acrescentou.

Scolari tem contrato até o fim de 2020 com o Verdão e multa de um mês de salário. Tendo apenas o Brasileiro a disputar, o time está a três pontos do líder Flamengo e enfrenta o rival no domingo. Apesar das recentes críticas, o técnico se mostra confiante no seu método de trabalho. Quando perguntado especialmente sobre o exagero de laterais na área na terça, ele rebateu.

- Eu tenho lateral ao lado da área, um jogador que sabe arremessar. Quantas chances tivemos? Vou pedir aos jogadores do Grêmio não colocar a bola para fora. Por que não vou usar? Tenho opções. Vocês veem pelos olhos de vocês, não vou seguir este repertório, vou seguir o meu repertório. É bonito porque algumas pessoas acham, eu tenho de jogar no que eu posso causar mais problema ao adversário. Em 2016 tinha o Cucabol. Tem que pedir para o Grêmio não jogar a bola para lateral - acrescentou.

lançe

O presidente do Avaí, Francisco Battistotti, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, explicou os motivos que fizeram o clube vender o mando de campo diante do Flamengo. A partida agendada para o próximo dia 7, às 17h, foi confirmada pela CBF para o Mané Garrincha, em Brasília.

O principal motivo, de acordo com o dirigente, foi uma punição imposta pela CBF que impede o Avaí de atuar na Ressacada a partir de sexta-feira caso o clube não instale um gerador de energia elétrica. O prazo inicial era até o começo da Copa América, mas o Leão conseguiu a prorrogação, porém, sem conseguir regularizar a situação a tempo.

– O gerador será alugado, mas precisamos de uma estrutura. Quando terminamos a iluminação, fui à CBF pedir um prazo maior para a colocação do gerador, pois é um estádio de 35 anos. Mas não nos foi fornecido. Na terça-feira, dia 20, recebemos o documento da CBF dizendo que tínhamos até dia 30 para colocar o gerador. Fui até o Rio de Janeiro ao lado do Marquinhos para discutir essa situação. A resposta deles é que não tinha volta. A empresa responsável pelo gerador só consegue nos entregar tudo pronto entre 15 e 20 de setembro, ou seja, antes do segundo jogo que temos na Ressacada – falou Battistotti.

O presidente do Avaí justificou, ainda, que não se trata de uma venda de mando de campo de forma deliberada. No entendimento de Battistotti, o Avaí está sendo punido. Em meio a isso, o dirigente apontou que a negociação para levar o jogo contra o Flamengo para outra cidade teve início apenas depois da resposta final da CBF em relação que o clube não teria novo período para se adequar.

– Saiu na imprensa que o jogo do Flamengo estava vendido há muito tempo e que o gerador seria usado como desculpa. Totalmente "fake news". O jogo do Flamengo começou a ser negociado na quarta-feira da semana passada, quando o Avaí não conseguiu mais recorrer - destacou.
Ainda segundo o presidente, o clube foi procurado em 2017, quando também estava na primeira divisão, para vender o mando de campo em quatro rodadas - Flamengo, Corinthians, Palmeiras e Vasco -, mas nunca aceitou.

– Só estamos vendendo por conta dessa situação existente após recorrer à CBF. Essa é minha explicação. O Avaí não está vendendo o mando de campo de forma deliberada, mas, sim, devido à condição imposta pela CBF, que jogássemos em Porto Alegre ou Curitiba. O Avaí não pode jogar a partir do 30 até o final da Série A na Ressacada se não colocar o gerador de energia elétrica.

Apesar de não tratar o jogo em Brasília como venda de mando de campo, Battistotti reconheceu que o Avaí vai ter um lucro maior em relação se o confronto do próximo dia 7 de setembro fosse na Ressacada. No domingo, por exemplo, o Leão teve uma renda bruta de R$ 371.176,00 no duelo diante do Corinthians, pela Série A. Contra o Flamengo, o clube azurra não terá participação na bilheteria, mas vai receber pela negociação em duas vezes. A primeira parcela na assinatura do contrato e a outra parte 48 horas antes de a bola rolar.

– Não posso falar em valores por conta da cláusula de confidencialidade, mas o Avaí vai receber entre oito e dez vezes a mais do que seria na Ressacada, mas isso não foi o motivo para levar o jogo a Brasília. A motivação foi para evitar uma punição ainda maior da CBF – completou.

Os ingressos para o jogo entre Avaí x Flamengo no Mané Garrincha, em Brasília, começam a ser vendidos nesta sexta-feira. Os ingressos custam entre R$ 60 e R$ 240. Como o mando do jogo é do Avaí, os sócios do clube terão o mesmo benefício se a partida fosse na Ressacada, ou seja, casos estejam em dia com a mensalidade basta a apresentação da carteirinha para ter acesso ao estádio.

GE

Foto: Rafael Sousa / NSC TV

Chega de saudade. Nesta quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), a seleção feminina entrará em campo contra a Argentina no primeiro desafio desde a eliminação para a França na Copa do Mundo. Será a estreia da sueca Pia Sundhage à frente da equipe verde e amarela. Bicampeã olímpica pelos Estados Unidos e finalista da Rio 2016 pela Suécia, a treinadora terá no Torneio Uber Internacional, no Pacaembu, a chance de começar a implementar as mudanças que começou a fazer desde que assumiu o cargo há um mês.

Pia não teve muito tempo de trabalho. Herdou alguns membros da comissão técnica de Vadão, como a auxiliar Bia Vaz e o preparador físico Fábio Guerreiro, e preferiu manter a base de jogadoras que foi para o Mundial. Para conhecer a realidade do futebol local, assistiu a três jogos do Campeonato Brasileiro in loco e já planejou viagens pelo país e pelo exterior para ver as atletas atuando em seus clubes.

A treinadora também inovou ao convocar atletas mais jovens, como a meio-campista Yaya, do São Paulo, e a meia-atacante Vic Albuquerque, do Corinthians — essa última chamada às pressas após o corte de Marta por lesão. Na coletiva após o treino de quarta, Pia avaliou que mesclar jovens com jogadoras mais experientes trará “equilíbrio” ao time. Outro nome que chamou atenção foi o de Chú, que atua no futebol chinês, onde se respeita a “obediência tática” prezada pela treinadora.

As 23 convocadas se apresentaram na segunda-feira, em São Paulo e o grupo teve três treinos antes da estreia desta quinta. Pia não deu pistas do time titular, e devido ao tempo curto, optou por definir algumas prioridades nesta primeira fase de trabalho, que tem como objetivo final a Olimpíada de Tóquio, em 2020: organização na defesa, balanço defensivo e triangulação para ajudar na criação de jogadas no ataque.

“Depois de alguns jogos provavelmente veremos mais mudanças. Para conseguir o que eu quero, meu trabalho é fazer com que todas estejam na mesma página em termos de organização. E isso leva tempo”, projetou.

Ao longo da semana, Pia trabalhou ao lado de Jonas Urias e Simone Jatobá, escolhidos pela CBF para assumir as seleções sub-20 e sub-17, respectivamente. Com experiência nas categorias de base na Suécia, a treinadora espera trazer sua experiência para ajudar no planejamento dessas equipes. As escolhas — nomes com ampla experiência na modalidade e indicações do supervisor de competições de futebol feminino da CBF, Romeu Castro — mostram uma nova postura da entidade em relação ao futebol praticado por mulheres.

O primeiro desafio de Pia no que parece ser uma nova página no futebol feminino brasileiro será diante da Argentina, que alcançou um resultado histórico na Copa do Mundo da França ao conquistar seus primeiros pontos na história da competição com um empate sofrido contra o Japão e outro buscado heroicamente contra a Escócia nos minutos finais.

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foto: Mauro Horita/CBF

De acordo com o jornalista Gianluca Di Marzio, da Sky Sports italiana, Barcelona e Paris Saint-Germain chegaram a um acordo por Neymar, e a contratação do brasileiro deve ser oficializada em breve.

Ainda não há informações sobre valores, tempo de contrato e nem modelo de negociação. No entanto, nas reuniões anteriores, a ideia do clube catalão era envolver jogadores como Dembelé e Raktic, a fim de diminuir a pedida do Paris Saint-Germain, que seria de 220 milhões de euros (cerca de R$1 bilhão).

Gianluca Di Marzio é conhecido por ser influente no mercado da bola e, inclusive, foi quem antecipou o interesse do Flamengo em Balotelli, que posteriormente acabou fechando com o Brescia, da Itália.

gazetaesportiva