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cuevaUm dia após o técnico Jorge Sampaoli dizer que a polêmica envolvendo Cueva, que se envolveu em uma briga numa casa noturna na noite de sexta-feira e foi suspenso preventivamente pelo Santos, era assunto para a diretoria do clube, o superintendente de futebol Paulo Autuori concedeu entrevista coletiva no CT Rei Pelé.

O principal tema, é claro, foi o peruano. Autuori revelou que Cueva não vai treinar com o elenco até segunda ordem e tratou o meia como um "problema do clube", já que ele está fora dos planos do técnico Jorge Sampaoli.

– Já falei de direitos e deveres. Não se pode analisar coisas de maneiras isoladas. É preciso ter cuidado. Ele vai estar na seleção peruana (para a disputa de amistosos na próxima semana) e vamos definir as coisas com o departamento jurídico neste período. Temos que ter muito cuidado porque o jogador é um patrimônio do clube.

Autuori foi mais contundente ao citar o histórico do atleta, com confusões quando era atleta do São Paulo e atrasos no Santos:

– Ninguém está julgando ninguém. Se puder analisar o contrato de um jogador, lá tem coisas bem explícitas. Ele admitiu o que aconteceu, que é um erro. Pouco inteligente é aquele que não aprende com os próprios erros. Sábio é quem aprende com o erro dos outros – afirmou o dirigente.

 

Cueva foi contratado em fevereiro, do Krasnodar, da Rússia, por US$ 7 milhões – que serão pagos em parcelas até 2022, quando termina o contrato dele com o Santos. No acordo, os europeus emprestaram o jogador ao Santos até dezembro, mas com previsão de compra obrigatória.

O peruano chegou como estrela, mas ainda não convenceu: fez 17 jogos e nenhum gol. Sampaoli já explicitou que não conta com o atleta, que foi relacionado uma única vez nos últimos quatro meses. O Santos tentou negociá-lo, mas não conseguiu.

– Temos as coisas muito claras. Temos tempo até ele voltar da seleção para analisar. Ele já falou da possibilidade de sair para outro clube. Não foi possível por conta da relação com seu clube da Rússia – emendou o dirigente, citando a necessidade de autorização do Krasnodar para transferências no momento.

Outro lado
Em entrevista ao site "RPP", do Peru, Cueva disse:

– Eu me defendi de uma agressão, me defendi de uma pessoa X. Ele me agrediu com uma garrafa, e não vou ficar de braços cruzados ou esperar que comece a sangrar para revidar.
O curioso é que, na entrevista ao site peruano, Cueva disse que "estava jantando com um amigo para ver uma proposta do Goiás" e que, "quando estava indo para casa", recebeu "agressões verbais". O local onde ocorreu o caso, porém, não é um restaurante, mas uma conhecida casa noturna na orla da praia de Santos. Vale ressaltar também que o prazo para inscrições de reforços em clubes da Série A se encerrou na última sexta, dia do ocorrido.

Na entrevista ao site peruano, Cueva disse ainda que pede "desculpas pelo caso" e que não estava "faltando com respeito a um torcedor do Santos".

 

GE

Foto: Ivan Storti/Santos FC