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cucaCuca não é mais o técnico do São Paulo. O treinador pediu demissão nesta quinta-feira à tarde, um dia depois da derrota por 1 a 0 sofrida para o Goiás, no estádio do Morumbi, na capital paulista, pela 21.ª rodada do Campeonato Brasileiro. A tendência é que Vagner Mancini, atual coordenador técnico, assuma o comando da equipe e possa ficar para a sequência da temporada de 2019.


Contratado em abril deste ano, o treinador deixa o São Paulo com um aproveitamento de 47,4%. Em 26 jogos - contando Brasileirão, Campeonato Paulista e Copa do Brasil - foram nove vitórias, 10 empates e sete derrotas.

FRUSTRAÇÃO
Diante do Goiás, Cuca montou um time que não conseguiu chutar a gol com a bola rolando - o lateral-esquerdo Reinaldo desperdiçou uma cobrança de pênalti no segundo tempo -, tampouco oferecer grandes perigos ao adversário. A derrota provocou xingamentos da torcida. O técnico, em sua entrevista coletiva após a partida, disse que faria o mesmo se estivesse nas arquibancadas do estádio do Morumbi.

O São Paulo voltou bem após a parada da Copa América, em julho, mas o time caiu de rendimento nas últimas rodadas do Brasileirão. Dos últimos 18 pontos disputados, o time conquistou apenas cinco. Perdeu para Goiás, Internacional e Vasco, empatou contra Grêmio e CSA e venceu apenas o Botafogo nesta caminhada. Nem a contratação de dois pesos pesados do futebol, o lateral-direito Daniel Alves e o lateral espanhol Juanfran, foi suficiente para dar rumo ao time.

SITUAÇÃO
O São Paulo tem 35 pontos em 21 partidas e ocupa a sexta colocação na tabela de classificação. Hoje estaria classificado às fases eliminatórias da próxima edição da Copa Libertadores. Na próxima rodada, a 22.ª, o time tricolor encara o líder Flamengo, neste sábado, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Desde o começo de 2018 passaram seis pessoas pelo cargo de técnico do São Paulo. Além de Cuca, o time foi comandado por Dorival Júnior, Diego Aguirre, André Jardine e Vagner Mancini, este como interino.

 

futebolinterior

 

corUm time valente, que criou boas chances de gol mesmo jogando fora de casa, pagou o preço pela derrota na partida de ida e, embora eliminado, saiu de cabeça erguida. A introdução desta análise poderia ser sobre a eliminação do Corinthians para o Flamengo na Copa do Brasil, mas trata de uma nova queda, desta vez na semifinal da Copa Sul-Americana para o Independiente del Valle, do Equador.

Três meses depois da derrota no Maracanã, o Timão repetiu o enredo em Quito e deu adeus ao sonho do título continental inédito, que representaria muito ao clube em termos financeiros e desportivos.

Há pontos positivos a serem destacados no empate em 2 a 2 com Independiente del Valle - e este texto irá abordá-los - mas urge ao Corinthians aprender com os erros e evoluir se quiser terminar o ano dignamente, entre os primeiros do Brasileirão.

E isso não se refere só à (falta de) concentração e mesmo organização nas derrotas em Itaquera nos dois mata-matas citados. Há outros pontos problemáticos que atormentam a equipe desde o começo do ano e não são corrigidos.

A dificuldade para enfrentar times que priorizam a posse da bola é um deles. O Corinthians sofreu diante do Santos, tendo sido derrotado duas vezes pelo rival no ano; do Fluminense, adversário contra quem só conseguiu um ponto em três jogos na temporada; e agora do Del Valle.

Embora haja evolução ofensiva depois da Copa América, o Timão ainda está longe de ser um time envolvente. Pelos jogadores que tem, poderia criar mais.

Para buscar uma vitória por dois gols de diferença no Equador, Carille decidiu arriscar e promoveu muitas mudanças na equipe, algo que não é habitual em seu trabalho. Várias vezes contestado por seu pragmatismo, o técnico foi bem ao buscar alternativas técnicas e táticas, embora nem todos tenham gostado da escalação e das mudanças feitas por ele no segundo tempo ("por que Mateus Vital não jogou?" ou "pra que colocar mais um volante no fim?" foram algumas das contestações da Fiel nas redes sociais).

O comandante alvinegro apostou em uma equipe mais forte fisicamente e experiente, com média de idade de 29,9 anos. O Timão perdeu velocidade, mas ganhou mais presença de área e poder de fogo na bola aérea.

O Corinthians começou no 4-1-4-1, que variava para 4-3-3, com Love aberto pelo lado esquerdo. Depois, porém, o camisa 9 foi puxado para o meio, próximo a Boselli. Ramiro também recuou um pouco mais para ajudar Ralf na saída de bola. Formou-se um 4-2-3-1 ou 4-4-2
Não foi um primeiro tempo brilhante, mas bastante eficiente do Corinthians. O time da casa trocava passes em seu próprio campo para tentar desgastar os brasileiros a quase 3 mil metros de altitude, mas o Timão também soube ler o jogo. Roubando a bola na intermediária e saindo em velocidade, a equipe abriu o placar e só não fez o segundo porque Love parou no travessão.

Quando o intervalo veio, a sensação era de que a classificação, antes improvável, era bem possível. Porém, o ritmo do segundo tempo foi abaixo, talvez pelo desgaste físico da equipe. Há que se reconhecer também a qualidade dos equatorianos, extremamente rápidos e letais nos contra-ataques, como já havia sido visto em Itaquera

Com o passar do tempo, Carille foi lançando o time para frente e, consequentemente, oferecendo mais espaços ao adversário. O Corinthians passou a fazer um jogo que não está acostumado e, apesar da entrega e da coragem, não conseguiu evitar a queda na Sul-Americana.

Ligado, raçudo e com alternativas técnicas e táticas, o Timão entregou no Equador o que sua torcida pede e pagou o preço da atuação pífia no duelo de ida. Ponderar as coisas boas apresentadas em Quito não significa ignorar todos os problemas da temporada. O Corinthians ainda pode mais e tem lições a tirar desta nova eliminação. Se tivesse feito isso após a derrota na Copa do Brasil, talvez as coisas tivessem sido diferentes na última quarta-feira.

 

Globoesporte

gabigolUm drible, um susto e um atropelamento. A rigor, Flamengo e Inter tiveram apenas 15 minutos de jogo equilibrado na noite de quarta-feira no Maracanã. Mas ainda assim a oitava vitória consecutiva do líder do Brasileirão apresentou nuances interessantes que deixam lições e apontam maturidade.

O talento de Everton Ribeiro abriu o caminho diante de um Colorado que aprendeu com a eliminação na Libertadores e chegou ao Maracanã ainda mais fechado defensivamente. A displicência de Willian Arão e Rodrigo Caio permitiu um impensável empate do adversário com dois jogadores a menos. E a chacoalhada acendeu uma equipe que parecia morosa para construir o placar com autoridade e fazer valer o ingresso dos quase 65 mil presentes. No fim, a "fusão" Gabigol e Arrascaeta fez a diferença mais uma vez.

 

Os 76% de posse de bola, 22 finalizações contra duas e oito chances reais de gol diante de apenas uma do Internacional deixam claro a superioridade rubro-negra no Maracanã. O lance do pênalti sobre Gabriel, no entanto, fez a diferença para o desenrolar do jogo e a qualidade técnica de Everton Ribeiro foi determinante para isso. O raciocínio rápido para driblar Nonato e achar o centroavante aos 15 desorganizou a estratégia defensiva até então bem executada pelos colorados.

Ao contrário das quartas de final da Libertadores, quando apostou em D´Alessandro e Rafael Sobis, Odair Hellmann escalou o Inter com quatro volantes e congestionou o meio de campo. O Flamengo não encontrava espaços a partir da intermediária ofensiva e trabalhava a paciência para se aproximar do gol de Marcelo Lomba. O drible do camisa 7 desmontou a segunda linha de quatro dos gaúchos e o vacilo de Klaus completou o serviço que resultou em pênalti, expulsão de Bruno e gol.

 

Com um a menos, o Inter ficou ainda mais retraído e tentava ao menos proteger sua área. Em alguns momentos, Guerrero era o jogador mais avançado praticamente na meia-lua, e o Flamengo acabava apelando para chutes de média distância. A expulsão do peruano aos 43, no entanto, sepultou as chances coloradas e a etapa final passou a ser praticamente protocolar. "Praticamente" por conta do segundo ponto de destaque da partida: o cochilo da defesa rubro-negra.

 

Os nove jogadores atrás da linha da bola e bem recuados indicavam um Internacional preocupado em não sofrer uma goleada, até que Patrick partiu sozinho em disparada. Ganhou dividida com Arão, ganhou dividida com Rodrigo Caio, e o buraco na entrada da área permitiu que Edenilson, livre, empatasse o jogo três minutos após a volta do intervalo. Incredulidade no Maracanã, e chacoalhão determinante para mudar a postura do Flamengo daí em diante.

 

Em inferioridade numérica, nem mesmo o mais otimista dos colorados seria capaz de acreditar em segurar o empate por mais de 40 minutos. Menos ainda com o que o time de Jorge Jesus passou a jogar. O Flamengo voltou a ser o Flamengo líder do campeonato. Intenso, envolvente e letal. Como se não bastasse, contou com o padrão Arrascaeta de decidir jogos.

O uruguaio escorou dois cruzamentos de Rafinha para resolver a parada. De cabeça, para o fundo das redes. De pé esquerdo, para servir Bruno Henrique. Pronto: 3 a 1 no placar, dez gols e oito assistências para o camisa 14 no Brasileirão e mais três pontos no topo da tabela.

 

Com o corpo inclinado e tocando os dedos, Gabigol e Arrascaeta repetiram a comemoração da "fusão" em referência ao desenho animado Dragonball Z. Soma de forças que mais uma vez fez a diferença a favor de um Flamengo que se deu o direito até de vacilar, mas não deu chance para mais um adversário da parte de cima da tabela.

 

GE

Foto: André Mourão / FotoFC

barbieriO que os corredores das Laranjeiras contam é que a saída do técnico Oswaldo de Oliveira será questão de tempo. A diretoria do Fluminense deve promover a mudança em breve e já há nomes no radar para substituir o veterano treinador.

Um deles é Maurício Barbieri, de perfil mais jovem, como o antecessor Fernando Diniz. Os números do técnico, à frente de Flamengo e Goiás, animaram e, caso a troca no comando aconteça, Barbieri tem boas chances.

 

 

 

 

Lançe

Foto: diariodegoias.com.br