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atletO clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, ficará marcado somente pelos tristes acontecimentos fora de campo. Se no gramado o futebol apresentado foi muito pobre, fora dele alguns torcedores protagonizaram cenas de horror, como racismo, brigas e muita confusão. Por tudo o que aconteceu de lamentável nesse domingo, as duas equipes podem perder mando de campo no Brasileirão.


As imagens do que aconteceu no Mineirão já chegaram no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que vai denunciar as duas equipes. As possíveis punições, no entanto, vão depender de qual artigo os clubes vão ser enquadrados, que pode variar de multa até a perda do mando de campo.


O que não é nenhuma novidade no histórico recente do maior clássico mineiro. Cruzeiro e Atlético foram punidos por brigas de suas torcidas nas edições 2013 e 2014 do Brasileirão, sempre nos jogos do segundo turno, assim como nesta temporada.

Em 2013, no Independência, o mando era do Atlético, que pegou um jogo de punição. Mesmo visitante, o Cruzeiro foi punido em duas partidas, já que sua torcida foi considerada responsável pela confusão. Os dois clubes tiveram de jogar a 100 quilômetros de Belo Horizonte. Uberlândia foi a cidade escolhida por ambos. A Raposa pagou os mandos perdidos contra a Ponte Preta (ainda na edição de 2013) e contra o São Paulo (2ª rodada de 2014), enquanto o Galo enfrentou o Corinthians, na abertura da competição de 2014.

A punição referente ao Brasileirão de 2013 não foi o suficiente para evitar novos confrontos entre cruzeirenses e atleticanos. Tanto que na edição seguinte teve mais briga entre torcedores e mais punições. O Cruzeiro recebeu o Atlético no Mineirão e integrantes de torcidas organizadas dos dois clubes usaram bombas dentro do estádio, quebraram cadeiras e até tentaram invadir um dos bares do local.

Multa de R$ 50 mil para cada um dos rivais, mais a perda de campo em uma partida. O Cruzeiro abriu o Brasileirão de 2015 contra o Corinthians, em Cuiabá. Já o Atlético recebeu o Fluminense em Brasília, na rodada seguinte.

Punição ficaria para 2020
Restando seis rodadas para o término do Brasileirão, dificilmente Cruzeiro e Atlético perderão mando de campo ainda nesta temporada. Em caso de uma possível punição, os recursos podem postergar a decisão final do STJD. Foi justamente o que aconteceu nas temporadas anteriores. Em 2014, por exemplo, o clássico foi disputado em setembro de 2014. Com recursos, Galo e Raposa só pagaram o mando no Brasileirão do ano seguinte.

 

yahooesportes

marcaoQual é a formação ideal do Fluminense de Marcão, aquela que, para o bem ou para o mal, fica na boca do torcedor? Ela tem Ganso e Nenê juntos ou só há espaço para um? E no ataque: Marcos Paulo ou João Pedro? Yuri ganhou a vaga mesmo no meio? As perguntas são muitas, mas elas indicam a indecisão que vem marcando o curto trabalho de Marcão à frente do Flu. Não poderia ser diferente. Desde que foi efetivado como treinador, o ex-volante só repetiu a escalação em uma oportunidade: do oitavo para o nono jogo.


Nem todas as mudanças passaram por decisões técnicas. Entre lesões, suspensões e convocações de atletas para a Seleção Brasileira Olímpica, Marcão foi obrigado a fazer alterações no time titular. Nesse domingo, na derrota para o Internacional por 2 a 1, no Beira-Rio, somente uma troca em relação ao confronto de quinta contra o São Paulo: saiu Ganso, entrou Nenê. De acordo com o ex-volante, a motivação foi por um desgaste físico do camisa 10.

- Estamos vindo de alguns jogos desgastantes. Conversamos antes dessa partida. Era uma partida muito difícil, que precisaria que todos tivessem 100%. Ele não estava 100% e optamos pelo Nenê - afirmou, sem entrar em muitos detalhes.

Não é a primeira vez que Ganso é relegado ao banco de reservas. No fim de outubro, contra a Chapecoense, o meia foi barrado para a entrada de Wellington Nem, em um esquema que visava explorar mais os contra-ataques e a velocidade dos dois jogadores de lado do campo. Não deu muito certo, e o Flu tropeçou em pleno Maracanã por 1 a 1. No jogo seguinte, Ganso voltou ao onze inicial, na derrota para o Ceará por 2 a 0, e foi mantido contra Vasco e São Paulo.

O fato de mexer tanto na equipe impede uma evolução. Quando Marcão parecia ter achado uma formação e sistema ideal, com Yuri e Allan protegendo a zaga e Ganso mais adiantado auxiliando Yoni González e Marcos Paulo, veio a mexida supracitada em Porto Alegre. O Tricolor até teve atuação superior ao do Inter, mas falhou, principalmente, nas conclusões e no último passe. Nenê não teve desempenho convincente.

Se modifica com frequência principalmente o meio-campo e o ataque, por outro lado mantém uma base na linha defensiva. Mas chama atenção a insistência em Gilberto, que não vive bom momento e é um dos jogadores mais cobrados pela torcida. Volta e meia os torcedores questionam o motivo de Igor Julião não ganhar chances. Até Pablo Dyego, que chegou a ser improvisado em algumas partidas na lateral direita em substituição feita ao longo de um encontro, é lembrado.

O revés no Beira-Rio colocou o Fluminense à beira do precipício. Décimo-sexto colocado com 34 pontos, o Tricolor pode retornar à zona de rebaixamento em caso de vitória do Botafogo sobre o Avaí nesta segunda, às 20h, no Nilton Santos. O Flu só volta a campo no sábado para enfrentar o Atlético-MG, no Mineirão, às 19h.

Todas as escalações de Marcão no Fluminense (os nomes com asterisco são que entraram no time)

Grêmio: Muriel; Gilberto, Nino, Yuri, Caio Henrique; Allan, Daniel, Ganso; Nenê, João Pedro, Yoni
Botafogo: Muriel; Gilberto, Nino, Digão*, Caio Henrique; Allan, Daniel, Ganso; Nenê, João Pedro, Yoni
Cruzeiro: Muriel; Gilberto, Nino, Frazan*, Orinho*; Yuri*, Daniel, Ganso; Nenê, João Pedro, Yoni
Bahia: Muriel; Gilberto, Nino, Digão*, Orinho; Aírton*, Daniel, Nenê; Wellington Nem*, João Pedro, Yoni
Athletico-PR: Muriel; Gilberto, Nino, Frazan*, Caio Henrique*; Allan*, Daniel, Ganso*; Nenê, João Pedro, Yoni
Flamengo: Muriel; Gilberto, Nino, Frazan, Caio Henrique; Allan, Daniel, Ganso; Wellington Nem*, Yoni, Nenê
Chapecoense: Muriel; Gilberto, Nino, Digão*, Caio Henrique; Allan, Daniel, Nenê; Wellington Nem, Yoni, Marcos Paulo*
Ceará: Muriel; Gilberto, Nino, Digão, Caio Henrique; Yuri*, Daniel, Ganso*; Nenê, Yoni, Marcos Paulo
Vasco: Muriel; Gilberto, Nino, Digão, Caio Henrique; Yuri, Allan*, Daniel; Ganso, Yoni, Marcos Paulo
São Paulo: Muriel; Gilberto, Nino, Digão, Caio Henrique; Yuri, Allan, Daniel; Ganso, Yoni, Marcos Paulo
Internacional: Muriel; Gilberto, Nino, Digão, Caio Henrique; Yuri, Allan, Daniel; Nenê*, Yoni, Marcos Paulo

 

Lançe

Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C

 

O segurança do Mineirão que foi alvo de injúria racial na tarde desse domingo após o jogo entre Cruzeiro x Atlético-MG, pela 32ª rodada do Brasileirão, conversou com o GloboEsporte.com na manhã desta segunda-feira. Fábio Coutinho, de 42 anos, desabafou a respeito do episódio triste vivido por ele, quando foi ofendido por um torcedor do Galo.

- Passei a noite em claro, minha esposa não foi trabalhar hoje. Ela está comigo aqui. Só tenho ela aqui, sou do Rio de Janeiro. Meus filhos moram no Rio, são adolescentes. Quando a ficha caiu, fiquei muito chateado. Meus filhos fizeram contato e disseram que viram na rede social: 'Ele cuspiu na sua cara'. Aí eu disse não foi bem assim, disfarcei - contou Fábio Coutinho.

A confusão começou após o clássico, que foi marcado por brigas generalizadas em diversos setores dentro do estádio. Em determinado momento da confusão, a Polícia Militar precisou usar spray de pimenta para apartar a briga e, a torcida do Atlético-MG que estava em menor número no estádio, queria acessar uma área restrita, segundo o segurança, que explicou a situação.

- Situação lastimável. Era uma área restrita aos profissionais da imprensa, ocorreu um tumulto numa outra extremidade da torcida do Atlético, e os policiais intervieram com uso de spray de pimenta. A gente abriu uma exceção para crianças. Até a vovó do Galo. Eu, pessoalmente, retirei ela. Alguns outros, poucos baderneiros infiltrados, queriam adentrar a área restrita da imprensa e da torcida do Cruzeiro. Eu, juntamente com apenas quatro ou cinco vigilantes, impedimos o acesso deles. Não fizemos o uso de força ou violência - contou Fábio, que é carioca e mora em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte há seis anos.

 

O segurança contou ainda que levou uma cusparada do torcedor. No vídeo acima é possível ver o momento em que o torcedor dispara palavras de cunho racistas.

- Nós verbalizamos e, infelizmente, no primeiro momento, eram dois ou três. Um deles cuspiu na minha face. E com o dedo empurrando meu rosto, eu virei para ele e disse: "Pô... Você cuspiu na minha cara. É feio. Nenhuma sociedade no mundo permite isso". Alguns torcedores retiraram ele. Depois ele retornou e disse: "Você pôs a mão em mim. Olha sua cor". Eu disse: "Você é racista! Você é racista!" Aí, os demais torcedores pararam na hora e retiraram ele.

Profissionalismo

O segurança explicou como se manteve em calma diante da tamanha agressão. Fábio ainda contou que os colegas ficaram muito chateados com a situação.

- Na hora meus colegas ficaram baqueados: 'Pô, cara! O cara cuspiu na sua cara'. Todo mundo falou: ´Você não merecia isso, você é um cara tranquilão'. Eu disse para meus colegas: 'Vamos esquecer isso e continuar nosso serviço'. gente tá ali para servir".
- Não quero me vitimizar, não quero ter uma causa particular. É uma causa um tanto quanto coletiva. Muitas vezes, o segurança é mau visto. Eu disse: "Ninguém vai agredir ele, deixa ele". Como nós estávamos em menor numero, se tivéssemos agredido ele, nós perderíamos a razão e todos os outros torcedores viriam em cima da gente. Eu me mantive calmo.

- Eu sou profissional da área, nós não podemos retribuir uma agressão, mesmo que seja uma agressão baixa como esta, nós somos capacitados, somos instruídos - contou o segurança.
Fábio Coutinho é atleticano e revelou chateação com o ocorrido.

- De uma certa forma eu fiquei bem chateado. Eu sou imparcial. Mas eu sou atleticano, e sofrer uma agressão da própria torcida assim... "Olha sua cor, macaco", ninguém entendeu. A gente não acha que vai acontecer com a gente, mas acontece - concluiu o segurança que trabalha no Mineirão há três anos.

O torcedor que cometeu o ato de injúria racial não foi identificado até a publicação desta matéria.

 

GE

 

 

 

A derrota para o Atlhletico Paranaense deixou o São Paulo com chances reduzidas de assegurar a vaga direta na Libertadores da América 2020 através do Brasileirão, pelo menos no cenário atual. Segundo o matemático Tristão Garcia, do site Infobola, o Tricolor tem 11% de possibilidades de alcançar o G4 depois de cair em casa na rodada e ver mais uma vitória do Grêmio. Outro que está com esperanças mínimas é o Corinthians (4%)

No entanto, um detalhe pode modificar esse panorama: o título do Flamengo na Libertadores. Caso o time carioca vença o River Plate na decisão, mais uma vaga direta para a competição sul-americana será aberta no Brasileirão, o que beneficiaria o quinto colocado, posição atual do São Paulo. O Corinthians está em oitavo, mas só três pontos atrás do Tricolor.

Pelas contas de Tristão Garcia, no cenário atual, o Flamengo já está garantido na etapa de grupos da Libertadores do ano que vem. Palmeiras e Santos se encontram com 99% da vaga assegurada. Na sequência, o Grêmio, com 83%. Além do São Paulo e Corinthians, o Inter também sonha e tem a mesma chance do Timão (4%).

Quem também pode se infiltrar no G4 é o Athletico-PR, atual sexto colocado do Campeonato Brasileiro, com 50 pontos. O Furacão já está, porém, na Libertadores do ano que vem, pois venceu a Copa do Brasil.

 

gazetaesportiva