Diferente do que foi especulado nos últimos dias, o Santos não está tentando a contratação do meia Diego junto ao Flamengo. Pelo menos foi o que garantiu o presidente José Carlos Peres.
"Não, com certeza não. O salário do Diego ultrapassa nosso teto salarial", disse o presidente alvinegro ao jornalista Jorge Nicola. Diego tem contrato com o Flamengo até o dia 31 de dezembro deste ano e não sabe se vai permanecer. O salário do meia giraria em torno de R$ 750 mil.
Apesar de ser reserva no Mengão, Diego é considerado um jogador muito importante dentro do elenco e também tem moral com o técnico português Jorge Jesus.
Hoje com 35 anos, Diego foi revelado nas categorias de base do Santos e formou uma dupla de sucesso com Robinho. Depois, passou por Porto-POR, Werder Bremen-ALE, Juventus-ITA, Wolfsburg-ALE, Atlético de Madrid-ESP e Fenerbahçe-TUR.
O jogador está no Flamengo desde 2016 e nesta temporada fez dez partidas. No total, com a camisa rubronegra, Diego disputou 170 jogos e marcou 38 gols.
Com o futebol paralisado e ainda sem previsão de retorno pela pandemia de coronavírus, a Fifa recomendou, entre outras medidas, que contratos de jogadores que se encerram no meio do ano sejam estendidos até a data em que a atual temporada europeia possa, enfim, ser finalizada. O mesmo princípio se aplicaria a contratos que teriam início em julho deste ano.
A medida afetaria a situação de jogadores como o zagueiro Thiago Silva e o atacante uruguaio Edinson Cavani, ambos do Paris Saint-Germain, o meia Willian e o atacante Pedro, ambos do Chelsea, e o meia espanhol David Silva, do Manchester City, todos com contratos se encerrando no fim da atual temporada (veja mais atletas na mesma situação).
A Fifa também afirmou que, como consequência das mudanças nos contratos, permitiria uma alteração na janela de transferências da Europa. O período de transações de jogadores ocorre anualmente durante as férias de verão, entre as temporadas.
Em comunicado, a Fifa explica que as datas de fim e início de contratos têm como base os intervalos entre temporadas, e por isso, diz a entidade, "esta medida preserva a intenção original das partes ao firmar o contrato e contribuirá para manter a integridade e a estabilidade do esporte".
As diretrizes foram aprovadas por um grupo de trabalho formado para buscar soluções durante a crise da Covid-19, com representantes de clubes, jogadores, ligas, federações nacionais e confederações. As medidas já receberam também o respaldo do Bureau do Conselho da Fifa.
A Fifa afirmou, ainda, que encoraja clubes e jogadores a "trabalharem juntos para encontrar acordos e soluções durante o período em que o futebol está suspenso".
Os impactos do coronavírus estão refletindo até mesmo na Copa do Mundo de 2022 , que será realizada no Qatar. As inaugurações dos estádios que estão sendo construídos para a competição estavam previstas para o primeiro semestre, mas não acontecerão justamente por conta da covid-19.
Como em todo mundo, as competições esportivas estão suspensas no Qatar. Assim, os estádios Al-Rayyan, Education City, e Al-Bayyt não tem data para receber seus primeiros jogos. Os estádios já estão praticamente concluídos. As obras no país estão avançando a cada dia e nenhuma está atrasada.
O caso do Education City é curioso. Entre os dias 26 a 30 de março estava prevista uma competição para inaugurar o estádio. Participariam Portugal, Croácia, Suíça e Bélgica e a expectativa dos organizadores era de que as equipes viajassem ao país com força máxima. Mas, claro, o torneio não aconteceu.
O Comitê de Organização e Legado do país precisará de opções alternativas, entre elas, que no caso de retomar atividades esportivas regularmente em todo o mundo e terminando completamente o coronavírus, amistosos de seleções para serem disputados na capital em Doha.
A organização de um novo campeonato semelhante ao torneio internacional que ocorreria no mês passado, aproveitando para inaugurar outros estádios que ficariam prontos até que os esportes, em especial o futebol, possam ser retomados.
A partir de hoje (7), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) destinará R$ 19,1 milhões a clubes que disputam as Séries C e D do Campeonato Brasileiro, A1 e A2 do Brasileiro Feminino, e também para as 27 federações estaduais. Segundo a entidade, 140 equipes serão beneficiadas com o repasse para "cumprir seus compromissos com os jogadores e jogadoras durante o período de paralisação do futebol" em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
O repasse às federações é de R$ 3,24 milhões, sendo R$ 120 mil por entidade estadual. Já o auxílio aos times é equivalente a duas vezes a folha salarial média dos atletas por divisão, conforme o sistema de registro de contrato da CBF. A distribuição será a seguinte:
Série C: R$ 4 milhões para 68 clubes - R$ 200 mil por clube
Série D: R$ 8,16 milhões para 20 clubes - R$ 120 mil por clube
A1 Feminina: R$ 1,92 milhão para 16 clubes - R$ 120 mil por clube
A2 Feminina: R$ 1,8 milhão para 36 clubes - R$ 50 mil por clube
"O Romeu (Castro), que é supervisor do futebol feminino (na CBF) nos procurou e viu a situação dos times. Honestamente, tenho certeza que muitas pessoas pensaram que a CBF não iria ajudar, mas essa gestão tem sido muito responsável com a modalidade. O valor, claro, não soluciona todos os problemas das equipes, mas ajuda bastante", analisa à Agência Brasil Lauro Tentardini, diretor do Iranduba, um dos clubes da primeira divisão do Brasileiro Feminino.
A medida se dá uma semana após capitães dos times das Séries C e D pedirem, em carta, apoio financeiro para as agremiações terem como honrar os salários em meio a paralisação. No ano passado, a CBF anunciou uma receita de R$ 957 milhões - quase R$ 300 milhões a mais que em 2018 - e superávit de R$ 190 milhões. "Diferentemente das Séries A e B, as equipes da nossa divisão não recebem cota, somente o apoio logístico, que a gente cita e agradece. É uma iniciativa de união, com anuência dos presidentes e dos clubes, devido ao impacto econômico da pandemia", explicou à Agência Brasil o zagueiro Danny Moraes, do Santa Cruz, da Série C, antes da CBF anunciar o repasse.
"Acho que é uma medida acertada e justa da CBF. Ficou excepcional, a meu ver", comentou à Agência Brasil o advogado Filipe Rino, que auxiliou os capitães da Série D na elaboração da carta. Sobre a outra demanda dos times da quarta divisão (manutenção da fórmula de disputa definida para 2020), a entidade esperará o retorno das atividades para decidir.
Na última sexta-feira (3), a CBF anunciou a isenção de taxas relativas ao registro de contratos e à transferência de atletas por tempo indeterminado. Segundo a entidade, os clubes terão uma economia de R$ 4 milhões nos primeiros três meses de aplicação. A confederação também adiantou uma parcela de R$ 600 mil referente aos direitos de TV a cada time da Série B e R$ 900 mil de taxa de arbitragem aos 479 árbitros do quadro - a estimativa, porém, é que cerca de 10 mil pessoas atuem na atividade em ligas, federações e organizações amadoras pelo país.
"O nosso objetivo, com essas novas medidas, é fornecer um auxílio direto imediato. Mas, além disso, temos que seguir trabalhando para assegurar a retomada do futebol brasileiro no menor prazo possível, quando as atividades puderem ser normalizadas", declarou o presidente Rogério Caboclo ao site oficial da CBF.
As Séries A, B, C e D ainda não têm previsão de início. Já os torneios nacionais em andamento (Brasileiros Feminino e Copa do Brasil, por exemplo) estão paralisados e, por enquanto, sem retorno confirmado, assim como os campeonatos estaduais (exceto o Amazonense, cancelado). A incerteza sobre a continuidade dos regionais preocupa mais de 80% dos clubes do país, que têm essas competições como a principal - às vezes, a única - da temporada.