O Palmeiras segue procurando reforços durante a parada do futebol por conta da pandemia de coronavírus. O alvo mais recente é o colombiano Daniel Muñoz, que atua na lateral-direita.
O jogador é um dos destaques do Atlético Nacional, mas é justamente isso que pode complicar a negociação, já que o time colombiano acionou o Palmeiras na Justiça e ganhou uma ação na Fifa recentemente, referente à negociação do atacante Miguel Borja.
Muñoz é um pedido de Vanderlei Luxemburgo e chegaria para disputar posição com Marcos Rocha, que atualmente não tem uma sombra à altura no elenco. O Atlético Nacional está disposto a negociar o jogador, mas só vai abrir negociações quando houver um acerto sobre o caso de Borja.
O lateral de 23 anos, que já vem se tornando presença constante nas convocações da seleção colombiana, começou a carreira no Rionegro Águilas e, após três temporadas, se transferiu para o Atlético Nacional, onde rapidamente conquistou uma vaga entre os titulares. No início do ano, ele chegou a enfrentar o Palmeiras em empate sem gols pela Florida Cup.
Que clubes europeus observam de perto o futebol de Everton Cebolinha, não é novidade para ninguém. E um desses interessados, inclusive, já fez proposta para ter o atacante, mas ouviu uma resposta negativa do Grêmio.
Segundo o empresário Márcio Cruz, que agencia a carreira de Everton, o Milan fez uma oferta em julho de 2019, na principal janela de transferências da Europa, mas o Grêmio não aceitou. Os valores, porém, não foram confirmados.
"Na janela de transferências do verão de 2019, o Milan realmente fez uma proposta ao Grêmio, mas o clube não aceitou", disse o empresário, que mantém contatos com o clube italiano.
"Em novembro, eu estive em Milão e tive uma breve conversa com Maldini, mas eles me disseram que em janeiro não fariam proposta. Com esse problema do coronavírus, não sabemos o que pode acontecer", explicou.
Meses depois da procura do Milan, Cebolinha renovou com o Grêmio até o fim de 2022, o que aumentou a multa rescisória para um valor "acima de 60 milhões de euros", segundo anúncio da diretoria tricolor na época.
Além do Milan, outras equipes fizeram sondagens ao camisa 11, que tem sido presença constante na lista de Tite na seleção brasileira. O Everton, da Inglaterra, é um dos interessados no atacante, mas as negociações estão paradas durante a pandemia.
O meia equatoriano Juan Cazares, que tem contrato com o Atlético-MG até o fim deste ano, disse que gostaria de jogar pelo Corinthians. Em entrevista ao "Canal del Fútbol", do Equador, o jogador de 28 anos fez elogios ao Timão e disse que o clube é, ao lado do Flamengo, o mais poderoso do Brasil.
– Sim (gostaria de jogar pelo Corinthians). É uma equipe muito grande do Brasil. Uma equipe muito forte. Flamengo e Corinthians são os mais poderosos daqui (do Brasil). Como não vou gostar de vestir a camisa de uma equipe tão grande é o Corinthians? – declarou.
Na sequência, Cazares complementa sua fala, mas o áudio da entrevista é prejudicado pela baixa qualidade da transmissão.
– Ainda estou aqui. Não sei. Não posso dizer muito. Aqui na cidade todo mundo torce para a equipe, se escutam que eu quero ir, então... – afirmou. O Corinthians tentou a contratação de Cazares no ano passado, quando era comandado por Fábio Carille. Porém, em novembro o treinador foi demitido, e o desejo alvinegro esfriou. Tiago Nunes, contratado para dirigir o Timão em 2020, não se interessou pela chegada do equatoriano.
– Hoje não (há desejo de contratar Cazares), mas ele interessou uma época – disse o presidente corintiano, Andrés Sanchez, em entrevista ao jornalista Jorge Nicola na última quarta-feira.
No começo do ano, Cazares esteve perto de trocar o Atlético-MG pelo Al Ain, dos Emirados Árabes. O então técnico da equipe, Rafael Dudamel, declarou que o jogador não estava com a cabeça no Galo. Dono de 100% dos direitos econômicos do atleta, o clube mineiro pedia 4 milhões de euros para liberá-lo.
Cazares se tornou o estrangeiro que mais partidas fez pelo Atlético, ao atingir 200 jogos em 2019 e superar o ex-zagueiro Benito Fantoni. Ele chegou no clube em 2016, em uma transação que envolveu imbróglio com o Banfield, da Argentina, que até hoje move recurso judicial para ser ressarcido pelo Alvinegro. Na época, o Corinthians também tentou contratá-lo.
A diretoria atleticana acredita que o técnico Jorge Sampaoli pode recuperar o futebol de Cazares, que tem carreira no Galo marcada pela oscilação.
As negociações para a renovação de contrato do equatoriano estão estacionadas.
A Conmebol e a Fifa dizem que o calendário das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 não vai mudar. Ou seja, até contra ordem, haverá 18 rodadas, turno e returno, na classificação para o Mundial, o que significa que o torneio pode terminar apenas na data Fifa de março de 2022. Se isto se confirmar, o Brasil deve ficar sem enfrentar nenhum adversário de nenhuma outro continente, exceto a América do Sul, até junho de 2022.
Depois da derrota para a Bélgica, nas quartas-de-final da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a seleção brasileira só enfrentou um rival europeu. Ganhou da República Tcheca, em Praga, no dia 26 de março de 2019. A dificuldade para escolher adversários europeus já é conhecida e explicada pela comissão técnica da seleção. Primeiro pela Liga das Nações, depois pelas eliminatórias da Eurocopa, o que torna difícil para os sul-americanos se encontrarem com a elite do futebol europeu.
Mas a Argentina enfrentou a Alemanha em outubro e o Uruguai jogou contra a Hungria. O problema a partir de agora não será o calendário europeu, mas o sul-americano. Como a Conmebol não cancelou a Copa América, apenas a transferiu de 2020 para 2021, as datas de junho do ano que vem também ficarão comprometidas para confrontos apenas contra sul-americanos. O correto seria anular o torneio continental.
Isto não aliviaria completamente o calendário, porque haverá Eurocopa no mesmo período. Mas seria possível marcar amistosos contra europeus eliminados da Euro. Para a edição de 2016, por exemplo, a Holanda não se classificou. Ou seja, haveria chance de algum adversário forte.
Da maneira como a Conmebol definiu o calendário, só haverá datas para amistosos e possíveis tentativas para enfrentar rivais da Europa em junho e setembro de 2022. Na história, o Brasil só ficou os quatro anos do ciclo do mundial, sem enfrentar europeus, antes das Copas de 1930, 1934, 1938, 1950 e 1954.
Em 1956, a seleção excursionou à Europa onde realizou sete partidas, contra Portugal, Suíça, Áustria, Tchecoslováquia, Áustria, Turquia e Inglaterra. Dois anos depois, venceu o Mundial na Suécia. Nas dezesseis Copas seguintes, o Brasil sempre fez intercâmbio e conquistou cinco destes dezesseis mundiais. Sempre enfrentou europeus antes de chegar ao ano da Copa do Mundo.
Em 2018, Tite pode ter um problema extra. Se também não será bom para as principais seleções da Europa não jogar contra sul-americanos, para o treinador do Brasil faltarão testes contra escolas diferentes da sul-americana.