Cesare Prandelli se mostrou muito respeitoso à Seleção Brasileira na véspera do amistoso de quinta-feira, na cidade suíça de Genebra. Satisfeito por enfrentar um futuro concorrente pelo título da Copa das Confederações, o técnico da Itália elogiou especialmente um dos convocados pelo colega Luiz Felipe Scolari.
“Enfrentaremos um time rico em talento, com jogadores técnicos. O brasileiro que mais temo? Neymar”, disse Prandelli, sem hesitar e sem dar valor às críticas que o atacante do Santos tem enfrentado por sua queda de rendimento.
O respeito do técnico italiano é tamanho que ele se recusou a confirmar a escalação de sua equipe, ao contrário de Felipão. “Não digo porque não quero dar nenhum tipo de vantagem ao adversário. Apesar de ser amistoso, é um jogo importante para nós. Deveremos estar conscientes e determinados, com ideias claras do que fazer em campo”, pregou.
Prandelli ainda recorreu à sua memória afetiva sobre confrontos históricos com o Brasil. “O que mais me marcou foi aquele da Copa do Mundo de 1982, em que a Itália derrubou todos os prognósticos”, recordou, sorridente, sobre a Tragédia do Sarriá.
O técnico Luiz Felipe Scolari confirmou que Kaká vai começar no banco o amistoso diante da Itália, nesta quinta-feira, em Genebra (Suíça). O treinador, porém, deve escalá-lo como titular na partida contra a Rússia, na próxima segunda, em Londres.
“Minha ideia é utilizá-lo no decorrer no jogo de amanhã. Vamos ver o transcorrer do jogo. É dar oportunidade para ele para que mostre o seu potencial”, disse Felipão, em entrevista coletiva.
Além do jogador do Real Madrid, o técnico falou sobre as variações táticas testadas no primeiro treino, na última terça, e já descartou uma delas: utilizar o sistema 3-5-2.
“Testei ontem e vi que não funcionou”, analisou Felipão. Ele colocou David Luiz, Thiago Silva e Dante na defesa, com Daniel Alves e Marcelo como alas, além de Fernando na cabeça de área.
Com o fim do 3-5-2, a seleção deve enfrentar a Itália com: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Filipe Luis; Fernando, Hernanes e Oscar; Hulk, Neymar e Fred.
Nesta quinta-feira, o mundo todo vai parar para acompanhar o amistoso entre Brasil e Itália, uma das maiores rivalidades do planeta bola – jogo que já decidiu, inclusive, duas Copas do Mundo: 1970 e 1994, ambas com vitórias canarinho.
Ao todo, foram 15 encontros entre as seleções durante a história, com oito vitórias brasileiras e cinco italianas, além de dois empates.
Uma dessas igualdades aconteceu há 16 anos, em amistoso válido pelo Torneio da França, uma competição preparatória para a Copa de 1998 e que ainda teve as seleções de França e Inglaterra.
Foi um verdadeiro jogão, com vários craques para os dois lados. No fim das contas, 3 a 3, com reação brasileira após os europeus abrirem 3 a 1.
Na Foto Histórica acima, o atacante Ronaldo (à época Ronaldinho), então grande esperança verde e amarela para buscar o penta no ano seguinte, disputa bola com Albertini, da Itália. A partida foi em 8 de junho de 1997.
O Brasil jogou com Taffarel; Cafu, Aldair, Célio Silva Silva e Roberto Carlos; Mauro Silva (Flávio Conceição), Dunga, Leonardo e Denílson; Ronaldo e Romário. O técnico era o “Velho Lobo” Zagallo.
Já a Itália mandou a campo Pagliuca; Panucci, Cannavaro, Costacurta e Maldini (Di Livio); Dino Baggio (Fuser), Di Matteo, Albertini e Lombardo; Del Piero e Vieri (Inzaghi). O comandante era Cesare Maldini.
Os gols da partida foram marcados por Del Piero (2) e Albertini, para a Itália, e Lombardo (contra, desviando chute de Roberto Carlos), Ronaldo e Romário para o Brasil – no ano seguinte, porém, o “Baixinho” acabaria cortado da Copa do Mundo.
O grande destaque do jogo, porém, foi o meia-atacante Denílson, que fez chover no estádio Gerland, em Lyon, com seu conhecido arsenal de dribles. No ano seguinte, ele se transferiu para o Betis, da Espanha, naquela que foi durante muitos anos a transação mais cara da história do futebol brasileiro.
O empate contra a Itália foi a segunda partida brasileira no Torneio da França. A estreia havia sido um 1 a 1 com a seleção anfitriã, enquanto o último duelo foi uma vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, com gol de Romário.
Apesar de ter terminado a competição invicta, a equipe comandada por Zagallo acabou com o vice no torneio amistoso, já que a Inglaterra venceu dois jogos e terminou com seis pontos, contra cinco do Brasil.
Indigesto. Essa é a melhor definição do empate que o Picos viu acontecer no jogo contra o Flamengo-PI, no último sábado, 16. O gol rubro-negro, que mudou os rumos da partida, fez com que o treinador do Picos, Cleojones Silva, o “Ferrim Cearense”, repensasse em um time mais ofensivo dentro de campo.
Na expectativa de que suas ‘exigências’ sejam apresentadas ao grupo até a sexta-feira, 22, Ferrim espera a chegada de mais um atacante, um meia e um zagueiro, que estão sendo negociados no Ceará, Alagoas e Pernambuco. Os jogadores devem compor o grupo que vai jogar com duas baixas para o próximo confronto: os laterais Fabiano e Lanlan.
“ Vamos trabalhar mais a parte ofensiva e o posicionamento também. Vou esperar a chegada dos jogadores que eu pedi para arrumamos o time. Até o empate, nós estávamos com o rendimento melhorando a cada dia. E, com essas mudanças, a tendência é o time crescer para buscarmos a vitória” - afirmou Ferrim.
De acordo com o treinador, os laterais ainda seguem do departamento médico, agora tentado recuperar a parte física. Ferrim acredita que os jogadores não estarão em condição de jogo até a próxima semana.
Esperando ter os reforços à disposição, o Picos entra em campo no próximo sábado, 23, quando joga contra o 4 de Julho, às 17 horas, na Arena Ytacoatiara, em Piripiri. O confronto é válido pela nona rodada do Piauiense.