O Flamengo-PI deu um passo importante rumo à classificação para Copa do Brasil 2014. Na tarde deste domingo, 22, no Estádio Lindolfo Monteiro a Raposa empatou em 3 a 3 com o Piauí, garantiu o título simbólico do primeiro turno e, de quebra, a vaga na decisão da Copa Piauí.
O destaque da partida, no entanto, andou longe de vestir a camisa rubro-negra. Silas marcou os três gols do Piauí e disparou na artilharia da competição com cinco gols. Rian (duas vezes) e Laércio descontaram para o time de Paulo Moroni.
Com o resultado, o Flamengo-PI fecha o primeiro turno com sete pontos ganhos e na liderança. Enquanto isso, o Piauí termina em terceiro com quatro pontos. Os dois times voltam a campo daqui a uma semana, na abertura do returno. A Raposa encara o 4 de Julho, na segunda-feira, 1. Já o Enxuga Rato recebe o Picos no próximo domingo, 30. Os dois jogos acontecem no Lindolfo Monteiro.
"Recebi essa proposta. Acabei aceitando pra não ficar parado". Heroi do Inter na histórica conquista do Mundial de clubes em 2006, Adriano Gabiru definiu desta forma a decisão que tomou para dar prosseguimento na sua carreira. Desde junho deste ano, ele foi parar no Combate Barreirinha, time do futebol amador de Curitiba, por falta de opções.
"Por enquanto quero jogar. Não tenho empresário mais, sou eu mesmo eu que resolvo, falo com os caras. A gente conversa. Se não acertar, não posso fazer nada. Vou continuar jogando aqui até aparecer algo", se resignou a dizer o atleta de 36 anos ao UOL Esporte.
O último time profissional que Gabiru defendeu as cores foi o Guarani de Bagé em 2012. Mas o volante ficou três meses e meio parado no clube do Rio Grande do Sul até decidir voltar para casa e esperar propostas, que não vieram. Foi quando ele optou por se aventurar no futebol amador.
No Combate Barreirinha, Gabiru disse que existe cobrança dos torcedores e reclamou da qualidade dos gramados do futebol amador. Ele recebe por jogo (não revelou quanto), que dá para ajudar no sustento da família, que também mora em Curitiba. Seu contrato vai até o final do atual campeonato, sem garantia de renovação.
Gabiru manteve a postura humilde ao rejeitar o status de estrela do time. "Em todos os clubes que joguei, nunca fui estrela. Outros jogadores tem mais estrela. Sempre dei meu máximo, mas craque nunca fui. Muitos são bem melhores".
Além do Inter, Adriano Gabiru teve passagem curta pela seleção brasileira, e defendeu as cores do Olympique de Marselha, Figueirense, Sport, entre outros clubes. Desde 2008, o volante passou a jogar por clubes de divisões cada vez menores, até parar no futebol amador. Ele disse não conseguir explicar o porquê do declínio na carreira
"Não sei, cara. O empresário também às vezes ajuda, às vezes complica. Acabou dando errado, não tem como explicar. Fui cada vez mais descendo. Acontece com alguns, aconteceu comigo. Não tem explicação. Acabou não dando certo".
Mas o herói do Inter em 2006 é enfático quando questionado se ainda pode jogar em alto nível no futebol profissional. Apesar das dificuldades, Gabiru mostra otimismo em conseguir cravar uma vaga em um clube da Série A ou da B em 2014.
"Tenho condições sim, com certeza. Se tiver oportunidade de jogar, com certeza, ôxe. Esse ano, sei lá, ou ano que vem. Já recebi ligações. Quero fazer uma pré-temporada boa, porque treino aqui, mas é de terça a quinta, não é todo dia".
Demorou, mas o Tiradentes-PI se achou em campo até encontrar o caminho dos gols. Depois do festival de finalizações frustradas no primeiro tempo, o Tigre goleou o Viana por 11 a 1, na rodada de abertura do Campeonato Brasileiro Feminino. Com o placar, o time piauiense se candidatou a liderança do grupo no ‘passeio’ realizado, neste sábado (21), no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina.
Rayssa (três vezes), Bel (três vezes), Leiliane, Eliene, Ana Maria, Adriana e Alice foram as responsáveis pelo placar elástico da partida. Venina, aos 34 mintuos do segundo tempo, diminuiu para o Viana em meio à enxurrada de bolas no fundo das redes da goleira maranhense Cuca.
Com a vitória, o Tiradentes-PI é líder do grupo 4 com três pontos, enquanto o Viana busca na próxima rodada reverter o quadro e diminuir o saldo de gols negativo depois do confronto em Teresina.
O técnico do Tiradentes-PI, Elivaldo Morais, não escondeu o descontentamento com as atletas pela falta de padrão e ritmo. A pressão pelo resultado fazia com que, de forma individual, as jogadoras de meio campo buscassem resolver de imediato a partida. O treinador não perdoava nas críticas e gritos à beira do gramado.
Aos 13 minutos do primeiro tempo, um chutão de Leiliane serviu Rayssa no ataque. A jogadora carregou a bola e iniciou a contagem abrindo o placar. Depois do gol, a equipe quase levou um empate, mas esbarrava na falta de pontaria e inspiração das jogadoras de criação, que insistiam em finalizar pelo alto.
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As cobranças no intervalo surtiram efeito. A atacante Rayssa infernizava a defesa maranhense com trombadas e disputas de bolas sob posse das jogadoras do Viana. Quando tomava a bola, finalizava. Em uma das conclusões, a jogadora achou a trave. A bola sobrou para Leiliane, que ampliou para 2 a 0 logo no início do segundo tempo da partida.
Com a típica faixa branca que carrega na testa, Leiliane voltou a aparecer no jogo. De falta, a meio campo cruzou e encontrou Bel livre na grande área que, de cabeça, espantou de vez a tensão do lado piauiense.
O quarto gol era questão de tempo. Antes dos 10minutos do segundo tempo, Leiliane e Ana Maria sobem juntas ao ataque e tabelam entre si para deixar o Tigre confortável no duelo. Com o placar em 4 a 0, era natural que as piauienses reduzissem a velocidade. Não foi o que aconteceu.
Com a equipe mais solta, Eliene arrisca dribles nas laterais de campo e motiva o restante do time a tornar o placar elástico. Ela mesma tratou de resolver a situação. Do meio da rua, a camisa 7 arriscou e acertou. Depois dela, Rayssa, Bel, Adriana e Alice trataram de ampliar a vantagem e deixar a partida uma verdadeira festa piauiense.
Mano Menezes não vai ter perdão. Após a saída conturbada do treinador do comando técnico do Flamengo, a diretoria rubro-negra já bateu o martelo: vai cobrar, "centavo por centavo", a multa rescisória estipulada em contrato. O valor é de R$ 1,1 milhão e corresponde a dois meses de salário do técnico.
A cláusula foi colocada no contrato como forma de proteção às duas partes. O vínculo valia até o fim de 2014 e a multa deveria ser paga em caso de rescisão unilateral, como foi o caso de Mano Menezes. Na próxima segunda-feira, o técnico e seu representante jurídico serão notificados sobre a rescisão e a necessidade de pagamento da multa.
Ainda que entre esta verba "extra" no caixa rubro-negro, a diretoria estuda com cautela os nomes disponíveis no mercado. Internamente, os dirigentes garantem que não há hipótese de elevar a proposta feita por Mano Menezes para conseguir outro profissional. O teto está estipulado e fica abaixo, por exemplo, do que recebia Abel Braga no Fluminense, o que dificultaria uma possível negociação.
Celso Roth, outro nome citado, sofre grande rejeição interna pelo trabalho desempenhado em 2005, que deixou o clube à beira do rebaixamento, e está descartado. Com isso, ganhou força a ala da diretoria que defende a manutenção de Jayme de Almeida no comando, prática exercida na Gávea há anos, como nos casos de Carlinhos, Andrade e Rogério Lourenço.