palestraTeve início na manhã desta segunda feira, 18 e vai até a terça, 19, o Seminário Internacional de Educação, realizado pela Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) em parceria com o Fórum Estadual de Educação (FEE), no auditório da Associação Piauiense de Municípios (APPM). A abertura contou com a apresentação do Coral da Seduc.



O Fórum Estadual de Educação constitui-se em um espaço privilegiado de interlocução entre a sociedade civil e o governo, subsidiando a elaboração do Plano Nacional de Educação, assim como, promovendo encontro de educadores com a temática: Aula-Oficina Internacional sobre currículo contextualizado e diversidade cultural.



Eliana Mendonça, superintendente de ensino superior, que na ocasião representou o secretário Átila Lira, falou sobre a importância do evento. “Esse fórum é muito importante e queremos que todos aproveitem muito bem essas oficinas, para melhoramos cada vez mais a qualidade do ensino público”, declarou.



Um dos objetivos do Fórum é motivar os profissionais de educação para uma prática pedagógica de qualidade, tendo como foco principal a aprendizagem significativa dos alunos da Educação Básica.



O Dr. Alfred Daniel Frederick, da State University of New York (USA) deu uma palestra onde falou de suas experiências educacionais em várias partes do mundo. O público alvo do evento são professores de Educação Básica, professores formadores, pedagogos, gestores escolares de educação básica, profissionais da educação interessados, pesquisadores na área da educação, gerentes de GREs e demais profissionais interessados.



O coordenador geral do FEE/PI, José Ribamar Rodrigues ressalta a importância de participar do seminário. “A importância maior é transferir para as pessoas uma nova mentalidade de trabalho do currículo, principalmente para os técnicos e gestores da educação”, destacou.




Seduc

A greve de professores das instituições federais de ensino superior completa um mês neste domingo com 84,7% das universidades do País sem aulas. Sem acordo com o governo, a paralisação que atinge milhares de alunos não tem prazo para terminar. Ao todo, professores 50 das 59 universidades federais e de cinco dos 40 institutos tecnológicos mantidos pelo governo federal estão de braços cruzados.

 

O movimento grevista foi deflagrado no dia 17 de maio. Desde então, inúmeras manifestações e protestos foram realizados pelos professores, que pedem aumento salarial e reestruturação da carreira, entre outras reivindicações.

 

Após 30 dias de greve, o vice-presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Luiz Henrique Schuch, avalia que o movimento tem “características extraordinárias”, e pode crescer ainda mais.

 

— Se o governo não mudar de postura e vier com propostas muito efetivas, que envolvam uma estabilidade jurídica em relação às condições de trabalho nas universidades federais, é um movimento que tende a radicalizar.

 

Mesmo tendo a rotina afetada e correndo o risco de perder o semestre letivo, muitos alunos apoiam a paralisação dos professores. Em entrevista, o presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Daniel Iliescu, afirmou que o momento é importante “não só para defender os professores, mas também para reivindicar melhorias reais na educação”.

 

Diálogo

Em reunião realizada na terça-feira, 12, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, propôs uma trégua de 20 dias entre governo e professores. Os lados, no entanto, não chegaram a um acordo.

 

De acordo com o MEC (Ministério da Educação), o secretário propôs que o salário dos servidores do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação fosse tomado como referência para os professores.

 

Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, 19, no Ministério do Planejamento. Segundo a pasta, nesta data, será apresentada uma proposta de carreira “baseada em critérios de mérito acadêmico e valorização da dedicação ao ensino, à pesquisa e à extensão”.


R7

sisu620As inscrições para a segunda edição do ano do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começaram à 0:00h desta segunda-feira, 18. O prazo termina às 23:59h do dia 22 de junho. A primeira chamada será divulgada no dia 25 de junho.  As vagas disponíveis podem ser consultadas no site do Sisu.

 

Pelo sistema, os estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em outubro de 2011 podem disputar 30.548 vagas em 55 instituições públicas de ensino superior com campi em 180 municípios de 21 estados brasileiros. Segundo o Ministério da Educação, 8.688 vagas serão selecionadas por meio de ações afirmativas.

 

Entre os dias 18 e 22, o MEC divulgará, todos os dias, a classificação parcial e a nota de corte dos candidatos para consulta. No próprio sistema, o estudante pode tirar dúvidas sobre notas de corte, datas das chamadas, período de matrículas nas instituições, resultados e lista de espera.

 

 

Quem pode participar do sistema?

Na segunda edição do Sisu deste ano (2º/2012), só pode se inscrever quem fez o Enem em outubro de 2011. Quem já participou de edições anteriores do Sisu - e foi ou não aprovado - também pode participar, desde que tenha feito o Enem 2011. Se o candidato está matriculado em alguma instituição pública de ensino superior e for selecionado pelo Sisu, ele deverá optar por um dos cursos.

 

É importante ressaltar que algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento da inscrição, se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação.

 

Que documentos são exigidos para participar?

Para se inscrever no Sisu, o único dado necessário é o número de inscrição no Enem 2011, e a senha do Enem. Não é necessário fazer um novo cadastro. Caso o aluno não se lembre de sua senha, deverá recuperá-la no site do Enem. Ao acessar o Sisu, o sistema importa automaticamente as notas do candidato no exame nacional.

 

Porém, para realizar a matrícula na instituição, o candidato selecionado deverá ter os documentos exigidos pela universidade, instituto ou centro universitário.

 

O Sisu tem política de ação afirmativa?

Sim, mas elas variam de acordo com cada instituição. Nesta edição, 8.688 das mais de 30 mil vagas são reservadas para candidatos que se encaixem nos critérios de ação afrmativa. Há cursos em que só existe a ampla concorrência. Em outros, é possível se inscrever pela ampla concorrência ou por ações afirmativas, de acordo com o perfil do candidato. Essa escolha é feita no momento da inscrição.

 

Cada instituição decide se usará uma cota (reserva de vagas), para que candidatos de ações afirmativas concorram apenas entre si pelas vagas, ou se adotará a modalidade bônus, em que esses candidatos recebem uma pontuação extra e concorrem com os demais vestibulandos.

 

Após a seleção, os candidatos aprovados para as vagas de ações afirmativas deverão apresentar documentos comprovando que cumprem todos os requisitos das cotas.

 

Como funciona a inscrição e para que serve a nota de corte?

A partir da zero hora do dia 18, os participantes do Sisu poderão se inscrever em duas opções de cursos. A inscrição poderá ser alterada quantas vezes for necessário até a data limite da seleção, no dia 22. O Sisu considerará válida apenas a última alteração feita. Os candidatos poderão acompanhar o andamento do processo por meio de um boletim de acompanhamento, que estará disponível todos os dias pelo sistema.

 

Diariamente, durante esse período, o Sisu calculará e divulgará as notas de corte temporárias de cada curso. Elas servem como referência para que os candidatos calculem se suas notas são suficientes para serem aprovados, e, caso contrário, possam alterar a inscrição.

 

Como funciona a seleção?

Após o período de inscrição, o sistema selecionará automaticamente os candidatos com maior pontuação, na quantidade referente ao número de vagas em cada curso. O resultado desta seleção será divulgado na primeira chamada, no dia 25.

 

Os candidatos selecionados em sua primeira opção de curso devem fazer a matrícula entre os dias 29 de junho e 2 de julho. Eles não poderão participar das chamadas seguintes. Quem for selecionado na segunda opção continuará participando da seleção, mesmo se fizer a matrícula no mesmo período, e poderá ser convocado na segunda chamada, que será divulgada no dia 6 de julho, para sua primeira opção de curso.

 

A matrícula dos convocados na segunda chamada acontece nos dias 10 e 11 de julho.

 

Como funciona a lista de espera?

No dia 6, o Sisu abre as inscrições para a lista de espera, que podem ser feitas até 12 de julho. Para se inscrever, é preciso acessar o sistema durante esse período especificado, no boletim de acompanhamento, clicar no botão que correspondente à confirmação de interesse em participar da lista de espera do Sisu. Dessa lista podem participar tanto quem não foi convocado em nenhuma chamada quanto quem foi selecionado em sua segunda opção - mesmo tendo feito matrícula.

 

Porém, cada candidato só poderá disputar as vagas remanescentes relativas à sua primeira opção. A lista será divulgada em 17 de julho. A partir daí, a seleção será feita gradativamente.


G1

Quando a diretora da Escola Municipal Casa Meio Norte, em Teresina, Osana Santos Morais, começou a trabalhar como professora no colégio, na época de sua fundação, há 12 anos, os alunos que estudavam os primeiros anos do ensino fundamental tinham 15 anos, 16 anos, em uma clara defasagem entre idade e série.



“Alguns alunos chegavam armados. Vinham com facas, revólveres. A gente ia mudando, pedindo para que deixassem as armas na entrada da escola, abraçando, dizendo que deixassem as armas e pegassem depois.



Alguns não pegavam mais e a gente ia se desfazendo. Passamos dois anos nessa luta”, afirmou Osana Santos Morais, que conta que em 12 anos, 30 alunos morreram porque foram para o tráfico de drogas e a criminalidade. Três deles morreram em conflitos entre criminosos ou com a polícia.



Dez anos depois, na entrada da Escola Municipal Casa Meio Norte, as estudantes e bailarinas Larissa Leandra, de 11 anos, e Wilklistene Batista, 10 anos, estudantes do 6° ano, ensaiam a declamação do poema “Clarear”, de autoria de um estudante do 9° ano da escola Anderson de Oliveira, que iam apresentar em uma solenidade de entrega pela Assembleia Legislativa do Piauí do título de cidadão piauiense do escritor paulista Ignácio de Loyola Brandão, autor do romance “Zero”, de quem são fãs e leitoras.



A escola mantém um coral, um corpo de balé e um teatro. Dois dos dançarinos do Corpo de Balé passaram nos testes e foram selecionados para a Escola do Bolshoi, em Santa Catarina, mas os pais não aceitaram que fossem estudar balé clássico fora do Piauí.



Essas duas realidades separadas por uma década têm um indicador, a média geral de 6,4 que a Escola Casa Meio Norte conseguiu no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Na Casa Meio Norte, cada criança lê 40 livros paradidáticos por mês, escrevem seus próprios livros e têm um Salão do Livro onde dão autógrafos em suas obras.



Os alunos do 6° ao 9° lêem dez livros por mês, porque são mais volumosos, mas lêem todos os clássicos da literatura brasileira como Machado de Assis, Artur de Azevedo e José de Alencar, fazem resumos das obras escritos e orais.



A diretora pedagógica da Casa Meio Norte, Ruthnéia Vieira Lima Costa, conta que quando a escola começou a funcionar no bairro Cidade Leste, a imagem era de fome e miséria.



A maioria dos pais das crianças era desempregados, vivia de subemprego e 90% eram alfabetizados. Também havia muitos pais que eram dependentes químicos, atuavam no tráfico de drogas e eram acusados de assaltos. O bairro era frequente no noticiário policial.



A solução encontrada pela direção foi levar a comunidade e os pais dos alunos para dentro da escola. Hoje pela manhã, as mães dos alunos têm aulas de ginástica dentro do colégio, onde adquirem boa forma. “Nós chamamos a comunidade para administrar conosco. Era uma região muito perigosa, de violência”, acrescentou Ruthnéia.



Ensino humanizado, crianças alfabetizadas

Ruthnéia Costa Vieira afirmou que a escola começou a trabalhar o que foi chamado de acolhida, para humanizar as crianças e dar para elas os valores. “Não era só conteúdo que iria melhorar o Ideb ou qualquer prova. O que iria melhorar o ensino era humanizar as pessoas, fazer com que se sentissem sujeitos, que a história delas fosse construída por elas.



O primeiro passo para se conseguir esse Ideb era mudar esse perfil de crianças tratadas como objetos, frutos da desigualdade social, e passassem a ser tratadas como pessoas para ser amadas e com grande potencial de aprendizado.



“Por isso, a escola tomou uma posição de mediadora para que a chegada aqui não reproduza a desigualdade para que elas possam entrar em qualquer curso, em qualquer universidade”, destacou Ruthnéia.



A escola recebe ajuda para sua manutenção do Grupo Meio Norte, que fornece a sede da escola, o fardamento escolar, alimentação, divulgação dos eventos, promoção das festas do Dia das Crianças, Natal, verba para a compra de livros paradidáticos e está instalando acesso à internet, já que o colégio não tinha laboratório de informática, além de fornecer bancadas, móveis e construir a quadra de esportes. O colégio é da Prefeitura de Teresina.



Muitos pais se matricularam no Programa Brasil Alfabetizado para acompanhar os deveres escolares dos filhos. Eles participam das reuniões convocadas pela escola. “Nós temos um lema: escola não é depósito.



É um espaço de convivência entre gestores e pais e temos um Projeto Família na Escola, para ensinar os pais a serem pais. Hoje nossos professores estão dando aula de ginástica para as mães. “Um dos nossos propósitos é que esse muro de tijolos da escola deixe de existir”, falou Ruthnéia Vieira.



Escola na zona rural tem Ideb de 7,7

Durante o período de chuvas, os professores da Escola Municipal Laurindo de Castro, no povoado Poço, na zona rural e a 38 quilômetros da zona urbana de Teresina, saem das salas de aulas e vão atravessar os alunos, todas as crianças, em uma ponte sobre um riacho, que fica coberta pelas águas.



A ponte e o riacho dividem os povoados Poço e Boqueirão. O ônibus vai pegar as crianças até a ponte e, no outro lado, uma Kombi as espera para seguir até a escola.



Para chegar à Escola Municipal Laurindo de Castro é preciso percorrer um emaranhado de estrada e de mata. A escola atende aos filhos dos lavradores e de mães que saem de casa para trabalhar como empregadas domésticas ou diaristas em residências no centro de Teresina, capital do Piauí.



A escola, porém, é um oásis no meio de cenário tão desolador. Seu teto estava coberto de bandeirolas e balões de comemoração das festas juninas, as salas de aulas são coloridas com mensagens, desenhos, números e palavras separadas por sílabas.



Em uma das salas, a professora de alfabetização ensina as palavras e os números com ajuda de um CD com músicas infantis como “Aquarela”, interpretada pelo cantor e compositor Toquinho. De difícil acesso, a Escola Municipal Laurindo de Castro tem muito que ensinar ao país.



Sua média no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) é de 7,7, o melhor índice entre as escolas públicas do Nordeste e um dos sete melhores índices do Brasil.



A professora Ingrid Maria de Oliveira Vaz afirma que quase todos os pais dos alunos não têm escolaridade para ajudar as crianças nos deveres escolares feitos em casa.



“O perfil exato é de que todos os alunos são da zona rural e por serem estudantes rurais enfrentam mais dificuldades porque seus pais não são escolarizados. A maioria vive dos recursos do Programa Bolsa Família”, adiantou Ingrid Maria de Oliveira Vaz.



O estudante Luiz Reis de Oliveira, de sete anos, do 2° ano do ensino fundamental, sai de casa às 6:30h, no povoado rural Centro da Maroca, entra no ônibus escolar que vai pegar outras crianças e chega na Escola Municipal Laurindo de Castro, às 8:00h, horário do início das aulas. “Demora, mas aqui a gente aprende a ler, escrever e a contar rápido. Eu gosto daqui”, fala Luiz Reis de Oliveira.




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