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Representantes do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) se reuniram, na noite dessa quarta-feira, 25, para avaliar a nova proposta feita pelo governo federal aos professores das universidades federais, em greve há 70 dias, e sinalizou que deverá rejeitá-la.

 

A proposta do Ministério do Planejamento foi apresentada na terça-feira, 24 e, segundo Josevaldo Cunha, diretor do comando de greve do Andes, manteve a 'essência' da proposta anterior, que tinha sido apresentada no início do mês, e por isso não agrada. Os docentes de cada instituição deverão discutir a proposta em assembleias locais até segunda-feira, 30.

 

Segundo um informe do comando de greve dos professores, "o texto mantém a desestruturação da carreira docente, pois propõe pequenas mudanças relativas à promoção na carreira docente e às tabelas salariais correspondentes. A expectativa, no entanto, era que o governo absorvesse as críticas feitas pelo comando nacional de greve e apresentasse nova proposta que, de fato, atendesse às nossas reivindicações".

 

Acordo

Já a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), entidade que representa parcela menor da categoria, decidiu nessa quarta-feira que aceita a proposta do governo. Para a federação, as reivindicações foram atendidas e a orientação para os sindicatos filiados ao Proifes é para que a greve seja interrompida.

 

Na proposta apresentada, foram oferecidos reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes – antes alguns níveis da carreira receberiam apenas 12%, não incluída a inflação do período. Além disso, a data para entrada em vigor do aumento foi antecipada do segundo semestre de 2013 para março do ano que vem. O aumento será dado de forma parcelada até 2015.

 

O MEC (Ministério da Educação) divulgou nota defendendo que atendeu às reivindicações principais das representações sindicais e disponibilizou cerca de R$ 4,2 bilhões para a reestruturação da carreira docente, “com o objetivo de valorizar a titulação e dedicação exclusiva”. A pasta criticou a posição da Andes e disse que “não há que se falar em desestruturação de carreira”.


R7