Os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) se reuniram nesta quarta-feira, 18, para discutir e decidir sobre a campanha salarial da categoria e definir um calendário de paralisações da categoria. Na Assembleia ficou acordado que a partir de hoje, 18, os professores da Universidade Estadual do Piauí estão em estado de Greve.
“Esse estado de greve é para sinalizar ao Governo do Estado que a categoria vai entrar em greve no dia 15 de maio, ou até mesmo antes disso, caso não seja discutidos junto às autoridades públicas as reivindicações dos docentes. Nós já estamos tentando um diálogo com o Governo desde o dia 19 de março, e até agora não obtivemos respostas”, informou Daniel Sólon, professor da UESPI e diretor do CSP com Lutas.
Durante a assembleia ficou definido o calendário de mobilização da categoria. No dia 25 de Abril os professores da UESPI farão uma paralisação, juntamente com os docentes da Universidade Federal do Piauí (UFPI); já no dia 4 de maio haverá mais uma paralisação de advertência, e por último no dia 15 de maio será deflagrada a greve geral dos Professores da UESPI.
Os professores reivindicam aumento no salário de acordo com o proposto pelo Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos (Dieese) que estipula o salário para professores de nível 1, em R$ 2.393,32. “Nós queremos um piso salarial que valorize nossa carreira, hoje um professor da UESPI de 20h com especialização, ganha apenas R$ 1.071,00 o que é bem abaixo da média. Enquanto isso técnicos de outros setores do governo, com apenas nível médio, chegam a ganhar mais de R$ 1.400”, alertou.
Na assembleia também tratou sobre a questão das nomeações dos concursados (para o quadro docente efetivo), e sobre os problemas enfrentados no campus do interior do Estado. Segundo a Adcespi o que é estabelecido por lei pelo próprio governo é que até julho de 2013, todos os servidores da instituição sejam efetivados, mas a realidade hoje está distante disso.
Os docentes querem que o Governo convoque todos os professores aprovados no concurso e também os classificáveis para cobrir o déficit de docentes na UESPI. Para Wagner Costa, que ficou classificado em primeiro lugar no concurso realizado pela Secretaria de Educação em 2011 e ainda não foi chamado, a medida daria melhores condições à instituição no interior do estado. “Em Piripiri, onde fiquei classificado, o curso de Letras só possui um professor efetivo e cinco substitutos, sendo que ainda há um déficit grande de docentes.
A nomeação dos aprovados e classificados como eu, daria um oxigênio a mais para estes cursos que necessitam além de mais docentes, de infra-estrutura para continuarem formando novos profissionais”, ressaltou. A reunião aconteceu hoje às 9:00h, no auditório central da UESPI, campus Poeta Torquato Neto.
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