enem052012O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, anunciou nesta quinta-feira, 26, que o edital com as modificações no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será publicado na próxima segunda-feira, 30. As mudanças foram classificadas por ele como "melhorias" para tornar o processo seletivo ainda mais transparente em todo o país. O Ministério da Educação anunciou, em maio, que criaria "filtros mais precisos" para avaliar a prova de redação dos candidatos.

 

Costa participou de evento da 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a SBPC, que acontece até esta sexta-feira, 27, em São Luis (MA).

 

“Será instituída uma banca com três corretores específicos para a redação. Isso vai facilitar e reduzir o tempo de correção de uma das partes mais demoradas e complexas do exame. Além disso, haverá a redução para 200 pontos, na pontuação da redação, que anteriormente era de 1.300”, afirmou o presidente.

 

 Abertura de edital

Luiz Claudio disse também que na próxima segunda-feira, 30, o Inep lançará um edital específico para a parte que engloba a redação da prova nacional. “Na semana que vem, nós vamos lançar um edital de R$ 2 milhões para buscar novos conhecimentos e práticas para a correção da redação. Queremos envolver a sociedade nessa prática que transformou o ingresso do brasileiro ao ensino superior”, disse.

 

Além dessas mudanças, o Instituto planeja criar e publicar um guia da redação para o participante do exame nacional. “O intuito é tornar o processo ainda mais prático, ágil e transparente. Essas modificações vão permitir justamente o entendimento de todos sobre o Enem”, garantiu.

 

Na visita, o presidente de Inep aproveitou ainda para ressaltar a importância da realização da SBPC de forma inclusiva. “Um evento com a SBPC permite a verdadeira integração da teoria à prática. A troca de conhecimentos e o entendimento de que a ciência e tecnologia podem ser pesquisadas, estudadas por todo mundo”, finalizou Luiz Claudio.


G1

A greve dos professores das universidades federais já dura 72 dias e aumenta a probabilidade de que o calendário letivo de 2012 tenha que ser estendido até o início de 2013. Na maioria das 57 instituições, a paralisação teve início antes do encerramento do primeiro semestre. Com isso, quando a greve terminar, será necessário concluir as atividades para só então dar início ao segundo semestre de 2012.

 

O reitor da UnB (Universidade de Brasília), José Geraldo, explica que, quando a greve for encerrada, o calendário deverá ser reorganizado.

 

— O semestre letivo não coincide com o ano fiscal. É provável que a gente entre [com as atividades letivas] em 2013 com a reposição. Mas já vivemos experiências de outras greves em que foi possível organizar isso de modo qualificado.

 

Reitores de instituições das cinco regiões do País descartam a possibilidade de cancelar o semestre e apostam na reposição. Na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), os professores encerraram as atividades antes da paralisação, mas o semestre não foi oficialmente finalizado porque a maioria não lançou as notas no sistema. Como as aulas foram concluídas, o reitor Carlos Alexandre Netto acha que não será necessário comprometer as férias de janeiro com a reposição – isso se a greve não se prolongar por muito tempo.

 

Além dos professores, os técnicos administrativos das universidades federais estão em greve desde 11 de junho. Em algumas universidades, a paralisação dos servidores também atrapalha o calendário, já que serviços como o lançamento de notas e matrículas podem ficar comprometidos. O governo espera resolver a situação com os professores para depois iniciar a negociação com os técnicos.

 

O reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho, diz que a paralisação dos técnicos administrativos também é decisiva no calendário de aulas.

 

— Assim que os professores retornarem, nós vamos tentar corrigir o calendário. Mas, se não for resolvida a questão dos técnicos, nós não temos como começar o semestre seguinte. Nossa expectativa é que haja logo uma negociação também com essa categoria.

 

Atéa próxima segunda-feira (30), professores se reunirão em assembleias para deliberar sobre o fim da greve. Na última quinta-feira (26), docentes de pelo menos 11 universidades federais já rejeitaram a proposta apresentada pelo governo na terça-feira (24) e mantiveram a paralisação. São elas as universidades federais: UFRJ (do Rio de Janeiro), de UFSM (de Santa Maria) , UFPE (de Pernambuco), UFRPE (Rural de Pernambuco), do Ufes (Espírito Santo), de UFU (Uberlândia), UnB (de Brasília), UFPB (da Paraíba), UFBA (da Bahia), UFG (de Goiás), UFPel (de Pelotas) e UFRRJ (Rural do Rio de Janeiro).

 

Na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), os docentes aceitaram a proposta do governo, mas o fim da paralisação ainda depende da aprovação em um plebiscito.


Agência Brasil



O secretário Municipal de Educação Jardel Viana preocupado com a segurança dos estudantes da zona rural, ressaltou numa entrevista ao piauinoticias.com que fez solicitações junto ao Departamento Nacional de Insfraestrutura (jardevianaseducDNIT) para que sejam colocados redutores de velocidade em determinados em trechos de rodovia federais que tem algumas escolas municipais nas suas proximidades, como são os casos das localidade Grota Seca, L-3 e Papapombo, mas até agora não obteve nenhuma resposta.
 
 

O educador relatou o caso que aconteceu na comunidade Boqueirão, onde uma criança de uma unidade de ensino municipal foi atropelada, tão somente depois, colocaram o redutor de velocidade.




“Queremos aqui reiterar  nosso pedido ao DNIT, que é quem cuida dessa parte, pois há uma preocupação nossa com as nossas crianças, elas  precisam do mínimo de tranquilidade para chegar em suas casas, então a gente pede esse apoio e o reforço da comunidade, para que possa nos ajudar nesse pedido”, apela o professor acrescentando que é uma necessidade que não pode mais ser protelada, tem que ser urgente para que os pais  desses estudantes tenham segurança quanto aos seus filhos.
 
 
 
Da redação
IMAGEM: piauinoticias.com

greve copy copyOs reitores das instituições federais de educação superior têm se manifestado de forma otimista em relação à proposta apresentada pelo governo federal à categoria docente. Para alguns dos dirigentes, os pontos apresentados durante as negociações de terça-feira, 24, atendem demandas estruturais importantes e representam a oportunidade de o movimento encerrar a paralisação.

 

Os reitores concordam que a retomada das atividades é essencial para a continuidade dos esforços em torno de melhorias ainda em discussão. Isso porque a proposta do governo contempla a constituição de grupo de trabalho, formado por reitores e representantes sindicais dos docentes, para tratar, nos próximos 180 dias, de questões ainda abertas.

 

Para a vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Maria Lúcia Cavalli Neder, reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, a criação do grupo de trabalho, que discutirá normas e critérios de avaliação, bem como a carga horária, vai ao encontro da autonomia universitária. “Espero que nossos professores possam avaliar positivamente a proposta e voltar imediatamente ao trabalho. Já são mais de 60 dias parados, comprometendo esse semestre e o próximo”, pondera.

 

A reitora ressalta que a proposta do governo aos docentes contempla princípios defendidos pela Andifes. “A união entre ensino, pesquisa e extensão, tripé da universidade, só se dá com a valorização da dedicação exclusiva, pontos fortes da proposta”, explica. Para Maria Lúcia, a valorização da titulação docente também é ponto importante, uma vez que contribui para a qualidade da universidade e estimula o professor a prosseguir nos estudos para a ascensão na carreira. Nesse sentido, a reitora aponta como ganho a oportunidade de o professor chegar ao topo não muito perto da aposentadoria, o que está contemplado pela proposta.

 

Também na avaliação do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro de Freitas Dourado, a proposta contempla as necessidades básicas da universidade pública ao fortalecer a dedicação exclusiva e a formação docente. “A afirmação do mérito, melhoria do salário inicial da carreira, tornando-a mais atrativa, bem como a antecipação dos reajustes salariais para março do próximo ano, possibilitam enfrentarmos os desafios seguintes de forma concreta”, argumenta o reitor. Ele acrescenta que a constituição do grupo de trabalho vai permitir que se pense com mais tranquilidade em questões de suma importância, como a carreira docente e a articulação entre a graduação e a pós-graduação, refletida na carga horária.

 

Dourado acredita que é o momento de retornar ao trabalho para que se avance nas discussões em torno de melhorias. “É chegada a hora para que a greve se encerre, retomando atividades e calendário, para que nossos estudantes retomem as atividades com qualidade”, afirma. “Então, poderemos nos debruçar sobre a pauta de negociação dos técnicos. Estou otimista, para que se finde a greve docente e passemos às questões seguintes.”

 

A constituição do grupo de trabalho também é vista como avanço importante pelo reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Antônio Levi da Conceição. “Devemos retomar as atividades urgentemente, de forma a usar esse espaço oferecido para garantir o aperfeiçoamento dos pontos”, diz. “Nossa responsabilidade, agora, é a de nos debruçarmos sobre a proposta, que traz alternativas bastante concretas, a fim de conseguirmos consolidar os avanços sinalizados.”

 

A possibilidade de estipulação de cota de docentes para concursos e um número de níveis mais razoáveis para progressão na carreira são outros pontos que Levi avalia como ganhos. “Essa flexibilidade é bastante positiva em alguns cursos, como medicina, engenharia e direito, nos quais a participação de profissionais com inserção no mercado é importante para a capacitação desse docente”, explica.

 

O reitor da Universidade Federal de São Carlos, Targino de Araújo Filho, concorda com a importância estratégica dos trabalhos do grupo. “Questões estratégicas como as que estão postas precisam de tempo para ser discutidas. A questão salarial é crucial, sem dúvida, e acredito que os sindicatos devam chegar num acordo, nesse momento”, sugeriu. “Mas a constituição desse grupo, além da questão imediata salarial — pleito legítimo, já que a defasagem é muito alta —, garante a devida atenção também aos pontos estruturantes, como as condições de professor titular, a carga horária e a estrutura da carreira, entre outros.”

 

Conquistas — A preservação dos princípios fundamentais da vida universitária na proposta do governo é destacada pelo reitor da Universidade Federal do Ceará, Jesualdo Pereira Farias. “A proposta contempla a união entre ensino, pesquisa e extensão, assim como a valorização da dedicação exclusiva e a titulação docente, que são os pilares da universidade”, avalia. Entre as conquistas, Farias aponta a redução dos níveis de progressão na carreira para que o docente progrida até o nível de professor titular. Para o reitor, a antecipação dos aumentos salariais para março também traz ganhos visíveis, bem como o aumento, para que nenhuma categoria tenha perdas na projeção até 2015.

 

Farias vê bases sólidas para que se discuta o fim da paralisação. “Estamos muito próximos de terminar essa greve, a partir desse avanço que foi conseguido”, diz. “Essa proposta de carreira, associada à lei que cria novos cargos, mais a medida provisória que concedeu aumento de 4% à categoria, demonstra o esforço do governo de compreender o papel da universidade brasileira”, salienta. “Mesmo num contexto de crise internacional, o governo está entendendo que investir na educação é a saída para enfrentar a competitividade internacional, que o país precisa.”

 

A disposição de investir em educação, mesmo num cenário de crise, é ponto importante também para o reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Souza Júnior. “O esforço do governo para atender as reivindicações dos docentes, entre as várias áreas do funcionalismo mobilizadas, demonstra relevância ao preservar a carreira das injunções da economia para os três anos próximos”, avalia. “Temos algo muito concreto na mesa, é um enorme progresso. Eu vejo assim, e segmentos sindicais importantes compreendem do mesmo modo.”

 

Souza Júnior vê um avanço, que considera notável, em relação ao que havia há dois meses. “Há condições de recuperar aquilo que é o interesse maior nosso, cumprindo os objetivos essenciais da universidade, preservando seu fim essencial.”

 

Compromisso — O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Carlos Alexandre Netto, é mais um dirigente que aponta avanços na proposta do governo. “O governo levou em conta a maioria dos pontos levantados anteriormente pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), principalmente em relação ao mesmo nível de aumento para os professores ingressantes, assim como o compromisso com a questão dos professores de ensino fundamental e médio dos colégios de aplicação e técnico.”

 

Netto considera a atenção dada aos professores titulares como incorporação de uma demanda antiga da comunidade universitária. “A condição de titular passar para dentro da carreira, assim como a possibilidade de estender a limitação percentual de entrada, mostra que o governo deu sinais de que realmente estava disposto a negociar”, argumenta.

 

Para o reitor, a composição de grupo de trabalho é outro fator que configura disposição ao diálogo. “Uma das causas do movimento foi um sentimento, por parte dos sindicatos, de que não estava havendo um diálogo produtivo”, opina. Ele acredita, dada a diversidade do sistema, que apenas o debate pode fazer as demandas pontuais gerarem avanços para o conjunto de instituições. “A criação do grupo mostra desejo de realmente conhecer as peculiaridades e tratá-las de maneira produtiva".


Ascom/ Mec