• hospital-de-olhos.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg

A equipe do Globo Repórter esteve em Teresina no final do mês de agosto gravando matérias especiais para o programa que foi ao ar na noite dessa sexta-escolapiauiense13102012feira, 12. A editora do Globo Repórter, Angela Garambone, e a jornalista Beatriz Castro mostraram como Professores oferecem um dos melhores ensinos públicos do país às crianças de zona rural do Piauí. A matéria foi gravada na escola pública Laurindo de Castro, área rural de Teresina. A escola  já esteve entre as dez melhores do país. Mesmo sem muitos recursos, os professores oferecem ensino de qualidade às crianças da região.

 

Veja a matéria completa:

O que faz a diferença numa escola? Os alunos? Os professores? O material didático? “Toda criança tem direito de ler o mundo. Transportar os livros pra sua cabeça”, leu um menino.

A educação é como um quebra-cabeça. Uma peça sozinha não é nada. Mas juntando uma a outra vão surgindo formas, figuras. Basta ter atenção e cuidado.

“Cuidado com o aluno, com a família do aluno, com a tarefa”, disse a diretora da escola Maria Pereira.

 

Maria Pereira é diretora da escola Laurindo de Castro. Da última vez em que foi avaliada, em 2009, a instituição conseguiu nota 7,7 no Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Ficou entre as dez melhores do país.

 

À primeira vista a escola chama atenção pela simplicidade. Não parece diferente de tantas outras escolas públicas do Nordeste. Mas lá dentro diariamente acontece uma revolução com resultados extraordinários. Nós viemos até o povoado Fazenda Boqueirão, na área rural de Teresina, para tentar entender como essa escola consegue oferecer um ensino de excelência aos alunos de baixíssima renda.

 

Logo na entrada a gente percebe os principais compromissos da escola. Eles estão estampados em frases por toda a parte. ‘Nosso maior patrimônio é o aluno’. Mais adiante, ‘Nosso maior objetivo é o sucesso do aluno’. Pra completar, ‘Nosso sonho é superar a expectativa da família’.

 

“Na sociedade que a gente vive onde só se destacam as escolas particulares ter uma escola pública na zona rural nessa qualidade é um privilégio sim”, disse ex-aluno Paulo Henrique Coutinho.

 

Privilégio é palavra rara por aqui. Um lugar de casa e gente muito simples. José Raimundo tem apenas 7 anos. E se arruma todo pra ir à escola. Ele nunca se atrasa.

“Sempre sai cedo e eu brigando com ele: menino, a kombi passa bem aqui, tu escuta a zoada. Se eu perder a kombi, a senhora é que é culpada”, contou a avó de José Raimundo, Francisca dos Santos Câmara.

 

Essa é uma oportunidade única na vida do menino, filho do pedreiro Domingos e neto de Francisca, que não aprendeu a ler.

“Eu quero que ele continue estudando pra que um dia ele possa realizar o sonho dele de ser um engenheiro. Será um orgulho para mim e pra toda a minha família”, afirmou o pedreiro Domingos Carlos Câmara.

 

O pai destaca uma das razões do sucesso da escola rural.

“Se a criança passar dois ou três dias sem ir pro colégio, eles já vêem o que aconteceu, por que a criança está faltando”, contou Domingos.

 

E lá vai ele. Todo orgulhoso.

“Por que você gosta dessa escola?”, perguntou a repórter Beatriz Castro.

“Porque eles incentivam muito as pessoas a aprender”, respondeu José Raimundo Câmara.

 

Poeira. Muito calor. Na zona rural, a distância é uma dificuldade a mais. O transporte escolar se torna essencial para evitar a evasão. E logo cedinho, a kombi vai passando e pegando um a um. As mães ficam preocupadas.

“Porque é longe, é velho o carro”, disse uma mãe.

“Como você gostaria que fosse?”, quis saber a repórter.

“Fosse um transporte maior, mais espaço pra eles”, respondeu outra mãe.

As crianças se acomodam como podem. Não há cinto de segurança e elas não percebem os perigos. Gostam mesmo é de viajar de pé.

 

De um ponto o carro não pode passar. As crianças vão ter que seguir um trecho a pé. Vamos ver quantas crianças vieram no transporte escolar – 19. Superlotação.

É a ponte que as crianças tem que enfrentar todos os dias. É antiga, de madeira, muito estreita.

 

Eles passam devagarzinho, com cuidado, embaixo passa o riacho São Vicente, que na época da chuva chega a transbordar, passa em cima da ponte. Algumas tábuas estão soltas, o corrimão não é muito seguro. Mas é por onde as crianças passam todas as manhãs pra chegar à escola.

O esforço é recompensado. Os alunos são acolhidos com carinho. A aula já começa a todo vapor.

Nenhuma turma tem mais de 20 alunos. Isso permite que a professora dê atenção a cada um.

“Às vezes uns são mais lentos que os outros, mas conseguem, é só a gente acreditar e persistir”, explicou a professora Ingrid Maria Verçosa.

 

Se a criança apresentar problemas, os pais são avisados e o período escolar passa a ser integral.

Dá gosto de ver o interesse até dos mais novinhos.

“A criança já cresce sabendo escolher uma leitura, sabendo fazer uma tarefa e não dependendo tanto dos pais, até porque 50%, 60%, 70% dos pais não sabem ler”, afirmou a professora Antônia Soares Oliveira.

 

E pensar que no início desse ano a maioria dessas crianças não sabia nem segurar o lápis. O desenvolvimento delas é impressionante. Já estão juntando as sílabas para formar as primeiras palavras. Vou pedir emprestado o caderno da Maria Fernanda pra mostrar a letra dela. Olha só que capricho, que letra bonita e a Maria Fernanda tem só 4 anos de idade.

A criança com necessidades especiais também é bem-vinda.

“Saber que o nosso filho vai ser bem recebido, que ele vai ser aceito com o problema que ele tem e que ele não vai ser excluído. Ah, não tem presente maior”, ressaltou a mãe de aluno, Lismary Araújo.

 

Esses alunos frequentam as aulas regulares, mas também têm uma sala só pra eles. Um lugar de brincadeira, conversas, desenhos e progressos.

“Meu exemplo maior é o Josiel. Ele chegou na escola de cadeira de roda, não falava, hoje ele já fala, já pega numa colher. Ele já abraça. Cada avanço é uma realização minha”, revelou a professora Raimunda Resende.

O ótimo resultado da escola faz parte de um processo iniciado dez anos atrás. Todos são estimulados a criar, dar ideias e participar.

“Ao mesmo tempo que é gratificante, é também desafiador”, afirmou a vice-diretora da escola Maria Hosana.

 

E desafio é o que não falta. A escola não tem refeitório. A merenda é levada pra sala de aula. O único brinquedo coletivo precisa de consertos. Os ventiladores não amenizam o calor.

 

O espaço para instalação do laboratório de informática está pronto há três anos. Aqui a bancada à espera das máquinas. O problema é que no povoado não tem telefone nem rede elétrica capaz de suportar o uso dos computadores. Resultado: a escola modelo está desconectada do resto do mundo.

 

O total isolamento é vencido no grito. Da varanda da casa da dona Albertina dá pra ver a escola. É bem pertinho, tem até uma passagem aberta pela cerca. A casa da vizinha funciona como um anexo da escola. É pra o telefone celular rural da dona Albertina que as pessoas ligam quando querem se comunicar com a escola.

“Tem dia que é mais de 10 telefonemas, toda hora tão chamando”, disse aposentada Albertina Leonarda.

“E a senhora virou secretária?”, brincou a repórter.

“É o jeito não tem outro telefone, só tem esse mesmo”, respondeu Albertina.

Enquanto a tecnologia não chega, essas brasileiras vão trabalhando com o que têm para formar cidadãos.

“Cidadãos que cresçam, tenham sucesso na vida e transformem sua própria comunidade”, ressaltou Maria Hosana.

“Eu quero ser jornalista”, disse um menino.

“Pediatra”, contou uma menina.

“Médico”, revelou outro menino.

“Nayara quer ser bailarina, Juan quer ser aviador, Jordan quer ser dentista, Cauã quer ser ator”, declamou outra menina.

 

Globo.com

A Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fiocruz, o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Piauí e a Secretaria de Estado da Saúde, tornam público edital para seleção de participação em curso de Especialização em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. No total, serão oferecidas 30 vagas para profissionais de saúde com atuação na área de recursos humanos das secretarias de saúde (estadual e municipal) do Piauí. As inscrições podem ser feitas a partir do dia 15 de outubro e seguem até 15 de novembro, no Núcleo de Estudos de Saúde Pública (NESP/UFPI), no horário de 8h às 17h.

 

Com aulas previstas para começarem em 17 de dezembro, o curso terá duração de oito meses, totalizando uma carga horária de 400h/a, sendo cinco meses de desenvolvimento do curso e três meses para elaboração da monografia . Realizado em parceria com o Ministério da Saúde, o curso visa qualificar as áreas de gestão do trabalho e da educação em saúde nas secretarias municipais e estaduais de Saúde, considerando que a descentralização é o caminho de maior cobertura na potencialização das áreas de recursos humanos.

 

O objetivo é formar especialistas para a área de gestão do trabalho e da educação em saúde, apoiar e orientar o desenvolvimento de habilidades, gerando competências para as ações e atividades do Sistema Único de Saúde- SUS.

 

Para a realização das inscrições é necessário a ficha de inscrição, copia do RG e CPF, Currículum Vitae atualizado, diploma de graduação, carta de intenção na qual o candidato manifesta seu interesse em participar do curso, além da comprovação do vínculo empregatício, já que o curso só é autorizado para funcionários efetivos.

 

O processo de seleção será feito pela análise documental e o resultado será divulgado no dia 27 de novembro de 2012 conforme edital.

 

O curso é uma diretriz política do Ministério da Saúde, que através do Programa de Qualificação e Estruturação de Gestão do Trabalho e da Educação (Progesus) no SUS, visa qualificar as áreas de gestão de trabalho e educação em saúde nas secretarias municipais e estaduais de saúde em âmbito nacional. Nesse sentido, a descentralização é o caminho de maior cobertura e potencialização das áreas  de recursos humanos . As instâncias Conass e Conasems foram pactuantes desse processo que se estrutura com adesão dos estados ao edital do Ministério da Saúde Nº 09 , publicado em DOU N° 46/seção 3/em 10/03/2010.

 

Confira o Edital.

 

 

governodoestado

aluno senadoA Unidade Escolar José Alves Bezerra, localizada na cidade de Monsenhor Hipólito, tem mais um motivo pra comemorar. A escola que foi uma das grandes vencedoras da etapa estadual do Prêmio Gestão Escolar 2012 e recebeu R$ 2.000,00. Agora, ela festeja o 3º lugar nacional no 5º Concurso de Redação do Senado Federal. Rodrigo Brito de Sá, aluno do 3º ano do Ensino Médio, comemora os frutos da dedicação e do esforço dentro e fora da sala de aula. "Estou muito feliz por esse resultado. Não tenho nem o que falar, só agradecer", diz o estudante.

 

A diretora da escola, Josete Bezerra, declara que ver um aluno de sua escola ser reconhecido assim é emocionante. "Ganhar esse prêmio é o resultado conjunto do trabalho de professores, gestores e alunos. É saber que, no fim das contas, toda a dedicação, compromisso e esforço sempre valem à pena".

 

Os primeiros colocados foram escolhidos num universo de 27 redações, uma por unidade da Federação. Os textos passaram anteriormente por dois crivos: uma seleção na escola, quando as instituições de ensino enviaram o trabalho escolhido para representá-las no certame junto à Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), e outra no próprio órgão, que nomeou um finalista para a etapa nacional.

 

Acompanhado pelo professor de língua portuguesa da escola, Satírio, Rodrigo irá para a cerimônia de premiação no Palácio do Congresso Nacional, onde serão premiados com notebook, medalha, certificado e publicação da sua redação no livreto produzido pelo Senado Federal. As escolas dos três primeiros colocados na etapa nacional ainda serão premiadas com computadores para uso coletivo.

 

Além disso, os finalistas participarão do Projeto Jovem Senador, uma simulação de como é o processo de criação de leis no nosso País. A legislatura terá duração de três dias, iniciando-se com a posse dos jovens senadores e a eleição da Mesa, findando-se com a redação dos autógrafos, aprovação dos projetos na Ordem do Dia e a consequente publicação no Diário do Senado Federal.

 

Leia, na íntegra, a redação vencedora:

 

Meu município: uma peça no quebra-cabeça brasileiro

 

Monsenhor Hipólito, meu amado e pacato município é o melhor lugar do mundo e uma peça importante nesse grande quebra-cabeça que forma o meu país. É um lugar pequeno, mas rico pela inteligência e sabedoria de pessoas simples e fortes que lutam, fervorosamente, pelos seus ideais. Assim é o meu lugar, uma gota d?água nesse imenso oceano chamado Brasil, retrato fiel dessa grande nação.

 

Situado no interior do Piauí, polígono da seca do semi-árido nordestino, foi emancipado em 1957 e conta, hoje, com aproximadamente oito mil habitantes, um povo que, ao longo do tempo, vem construindo a sua história e demonstrando a força e o desejo de vencer. Um lugar de gente que, assim como todos os brasileiros, apesar dos obstáculos, insiste em alcançar seus objetivos sempre na perspectiva de progredir.

 

A agricultura e pecuária são as maiores fontes de renda e pilares de sustentação da economia de nosso povo que, mesmo diante das dificuldades causadas pelas frequentes secas que assolam este torrão, não para no tempo, ergue a bandeira da garra e da luta em busca do melhor para sua gente.

 

Meu município é referência em educação, fato que tem nos causado muito orgulho pelas conquistas de vários prêmios a nível estadual e nacional, resultado do potencial cultural e intelectual que emana das pessoas que vivem aqui. Assim é o meu lugar, assim é o hipolitano, gente forte e perseverante que não se cansa de lutar para encontrar a forma perfeita de encaixar-se, corretamente, na construção desse quebra-cabeça brasileiro.

 

Mesmo pequeno e difícil de vê-lo no mapa, aqui se agrega talentos que se revelam na política, na cultura, na educação e na economia. Por isso, somos, sim, importantes. Temos, sim, grandes ideais. Fazemos, sim, parte de um Brasil grandioso. E, temos, sim orgulho de ser peça fundamental e indispensável que completa esse imenso quebra-cabeça que é o meu querido Brasil.

 

 

Ascom/Seduc

O Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP) e o Departamento de Bioquímica e Famacologia promovem a atividade de extensão "I Ciclo de Debates sobre Pesquisa em Atenção Básica" de 17 de outubro a 17 de dezembro. O primeiro debate ocorrerá na quarta-feira, dia 17/10 e os seguintes sempre às segundas-feiras, das 17:30h às 19:00h.

 

O Ciclo de Debates será coordenado pelo Prof. Dr. Osmar, do Departamento de Bioquímica e Farmacologia (UFPI) e os objetivos serão: Fomentar o desenvolvimento de novas potencialidades na pesquisa em Atenção Básica; Aprimorar a capacidade analítico-discursiva e de apresentação de projetos de pesquisa e Contextualizar os projetos de pesquisa no momento político da Atenção Básica.

 

Os interessados em participar devem entrar em contato com o Artur da secretaria do Departamento de Bioquímica pelo fone 3215-5631 para efetuarem o depósito bancário e se inscreverem.

 

Local do evento: Sala 282 do Departamento de Bioquímica e Farmacologia (SG 08), UFPI.

 

 

Ufpi