O Instituto Federal do Piauí realizou nessa quinta-feira, 6, a socialização integrada dos seguintes programas: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e Residência Pedagógica.
A socialização aconteceu no auditório da reitoria, com transmissão através do canal do IFPI no Youtube.
Durante o evento, os participantes do Pibid e da Residência Pedagógica foram certificados e apresentaram os resultados das ações realizadas.
Nesta quarta-feira (05/06), o auditório do Núcleo de Educação a Distância (NEAD) foi palco de um importante encontro para debater o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR). Criado como uma medida emergencial, o PARFOR visa oferecer formação superior gratuita e de qualidade aos professores da rede pública de educação básica, em colaboração com a Capes, estados, municípios, Distrito Federal e Instituições de Educação Superior (IES).
Implementado conforme o Decreto nº 6.755 de 2009, o programa oferece cursos de licenciatura para docentes sem formação superior ou que desejam se qualificar na área em que atuam, segunda licenciatura para professores que trabalham em áreas distintas de sua formação inicial, e formação pedagógica para graduados não licenciados. Desde 2010, a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) implementou o PARFOR, beneficiando inúmeros professores da rede pública do estado.
A Coordenadora Adjunta do PARFOR Equidade, Profª Dra. Nadja Carolina de Sousa Pinheiro, explicou o objetivo do encontro. “A reunião objetivava um encontro pedagógico com os professores formadores que foram selecionados para editar o PARFOR, tanto o PARFOR Regulado quanto o PARFOR Equidade para que a gente alinhe a atuação desses professores formadores das disciplinas que começam agora na semana que vem”. Ela destacou a participação dos coordenadores de curso, professores formadores e coordenadores locais, que são responsáveis por organizar e operacionalizar as turmas dos cursos nos municípios contemplados pelo PARFOR.
Durante a reunião, foram discutidas as principais orientações da Capes sobre o funcionamento das turmas e como lidar com alunos que já possuem grande experiência, mas estão em processo de formação. “As principais orientações da Capes dizem respeito à parte didática da disciplina, documentação, material, registro, frequência e conteúdo, entre outros aspectos operacionais”, detalhou a professora Nadja Carolina.
A UESPI, que aderiu ao programa em 2009 e iniciou suas primeiras turmas em 2010, é reconhecida por sua cuidadosa implementação do PARFOR. “A UESPI é sempre muito cuidadosa. A Administração Superior tem uma preocupação muito grande com esse programa porque representa o investimento na qualidade da formação dos nossos professores, o que reflete diretamente na educação de nossas crianças e jovens”, afirmou a professora. Ela também mencionou a nova iniciativa de fornecer um curso de graduação em educação especial inclusiva, destacando a UESPI como uma instituição de vanguarda na formação de educadores especializados.
Sobre o PARFOR Equidade, a professora Nadja Carolina explicou que o programa faz parte das políticas de ações afirmativas do governo federal, com o princípio de tratar de forma diferente os desiguais, fornecendo estratégias para populações historicamente vulnerabilizadas alcançarem bens e serviços de forma equitativa.
Os próximos passos após a reunião pedagógica envolvem a implementação das orientações discutidas, com foco em garantir que as políticas de ação afirmativa alcancem o público-alvo da equidade, incluindo pessoas em situação de vulnerabilidade, em um esforço contínuo de reparação histórica
Termina amanhã (7) o prazo para as inscrições no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. A data vale também para pedidos de tratamento por nome social e atendimento especializado. As provas serão aplicadas em 3 e 10 de novembro.
Os participantes que não ficaram isentos, deverão pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 85. O boleto pode ser obtido na Página do Participante e pode ser pago por Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até o dia 12 de junho. Para pagar por Pix, basta acessar o QR code que consta no boleto.
O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior. Com a nota obtida no exame, candidatos podem concorrer a vagas em universidades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), bem como em instituições de ensino particulares. Além disso, é possível participar do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Segundo o Ministério da Educação (MEC), para quem deseja estudar no exterior, o Enem pode ser uma alternativa. “Convênios firmados entre o Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e instituições portuguesas garantem acesso facilitado às notas dos interessados em cursar a educação superior em Portugal”, informou a pasta.
Rio Grande do Sul Este ano, em razão das enchentes que atingem o estado, os moradores do Rio Grande do Sul (RS) terão um prazo extra para se inscrever.
Segundo o Ministério da Educação haverá novo calendário para esse público, que também terá a isenção da taxa de inscrição garantida (inclusive nos casos de justificativa de ausência, na edição de 2023, reprovada).
Em relação aos demais participantes, os resultados de recursos sobre isenção da taxa já foram divulgados em 24 de maio. Nessa data também foram divulgados os resultados dos recursos que tratam das justificativas de ausência no Enem 2023 para candidatos que estavam isentos da taxa.
Pé-de-meia Os estudantes do terceiro ano que participam do programa Pé-de-meia e que comparecerem aos dois dias de prova do exame ganharão R$ 200 extra. O dinheiro será depositado na conta-poupança onde o aluno recebe os demais valores do programa.
Provas Nos dois dias de prova do Enem, a abertura dos portões será às 12h e o fechamento às 13h (horário de Brasília). Os candidatos poderão começar a responder às 13h30.
No 1º dia do exame, as provas são de linguagens, códigos e suas tecnologias, além da redação e ciências humanas e suas tecnologias. A duração das provas no primeiro dia de aplicação terminará às 19h.
No segundo dia, serão aplicadas as provas de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. A aplicação terminará às 18h30.
Segundo o MEC, a divulgação do gabarito está prevista para 20 de novembro. O resultado final será publicado apenas em 13 de janeiro de 2025.
O projeto "Percepção sobre Flora e Fauna Nativa dos Alunos do Ensino Fundamental, Médio e Superior do Meio Norte do Brasil", desenvolvido na Universidade Federal do Piauí (UFPI), teve início no ano de 2019. A coordenadora do estudo, a professora do Curso de Ciências da Natureza, Clarissa Gomes Reis Lopes, destaca que o pontapé inicial para desenvolver o projeto surgiu a partir da necessidade de envolver as pessoas na conservação da flora nativa.
"A ideia do estudo surgiu por acreditarmos que o contato e as experiências com ambientes naturais criam laços de afetividade com a biodiversidade, estabelecendo vínculos, que podem refletir no envolvimento das pessoas na conservação da flora nativa", disse a coordenadora. Segundo a coordenadora Clarissa Lopes, a vida corrida de grandes centros urbanos, o fácil acesso às tecnologia e o contato cada vez maior com telas digitais teve um grande impacto na sociedade, tornando-a cada vez mais desconectada de ambientes naturais. Por isso, surgiu a necessidade de focar na valorização das espécies vegetais locais dentro do contexto escolar.
"Os jovens podem explicar o aquecimento global e o impacto do desmatamento da Amazônia, porém, desconhecem como as plantas crescem, florescem e dão frutos em seus próprios quintais, o que caracteriza a desvinculação com o ambiente em que vivem", acrescentou a professora.
Desenvolvido em colaboração com a professora da Licenciatura em Educação do Campo (CCE/UFPI), Maria Jaislanny Lacerda e Medeiros Nogueira, o projeto parte do pressuposto de que "ninguém pretende conservar aquilo que não conhece". Dessa forma, para contornar esse ponto de vista, o estudo visa analisar se estudantes do ensino fundamental, médio e superior do Meio Norte do Brasil conseguem identificar as espécies de plantas nativas da região e observar os fatores que podem afetar a habilidade de constatar a diferença entre plantas nativas e exóticas.
Metodologia
Para obter informações sobre o reconhecimento das espécies, foram disponibilizadas aos estudantes 20 imagens impressas, em alta resolução, de espécies vegetais nativas e exóticas, acompanhadas de um questionário para verificar a identificação dessas plantas. As perguntas foram semi estruturadas com base na idade e no gênero, além de outras variáveis: (a) convívio com áreas menos urbanizadas e áreas naturais (zona rural); (b) se frequentaram aulas de botânica; (c) Programas de TV que abordam questões botânicas.
Resultados observados
Após a análise das respostas obtidas e dos dados coletados, a professora Clarissa Gomes observou que o contato dos alunos com o ambiente natural contribui diretamente na formação acadêmica, desenvolvendo a capacidade de identificar e conhecer a relevância das espécies da flora, além do papel que elas desempenham na natureza e no meio em que estão inseridas.
Ainda de acordo com a coordenadora do projeto, as espécies vegetais mais conhecidas pelos alunos são aquelas cujos frutos são consumidos em sua dieta, como por exemplo, caju, pitomba, goiaba, manga e acerola. "Isso reforça a importância da experiência direta para adquirir conhecimento sobre plantas e animais", apontou Clarissa.
Contexto Social
O projeto "Percepção sobre Flora e Fauna Nativa dos Alunos do Ensino Fundamental, Médio e Superior do Meio Norte do Brasil" conseguiu identificar que a densidade populacional, Produto Interno Bruto (PIB) e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) são fatores sociais que impactam diretamente no conhecimento sobre espécies de plantas nativas.
"Algumas espécies nativas, como oiti, caneleiro e angico, que são bastante presentes na arborização de Teresina, foram pouco reconhecidas pelos alunos deste estudo. Também, observamos que os estudantes que vivem em municípios mais urbanizados, com maior densidade populacional, Produto Interno Bruto e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, também, apresentaram maiores perdas de conhecimento sobre espécies de plantas nativas", observou a coordenadora.
Contato com áreas naturais
A coordenadora Clarissa Gomes destacou a importância das escolas incentivarem o contato com áreas naturais, por meio de aulas de campo ou práticas ao ar livre, para o reconhecimento de espécies nativas, especialmente para os alunos que vivem em áreas urbanizadas.
"É fato que não é possível voltar atrás no que diz respeito à urbanização no cotidiano, mas é possível recuperar o contato mais significativo com a natureza, sendo fundamental o papel da escola no fortalecimento do vínculo dos estudantes com a natureza, com foco na proteção dos recursos naturais", finalizou Clarissa.