Notícias e reportagens com temas ligados à educação chamam mais atenção dos brasileiros. É o que mostrou uma pesquisa do Instituto Datafolha. Realizada a pedido da Jeduca, associação de jornalistas que produzem matérias sobre educação, a pesquisa ouviu 2.084 pessoas de classes sociais distintas e maiores de 16 anos, em 129 municípios do país no mês de junho. Dos entrevistados, 80% disseram ter muito interesse pelo tema. Já os que têm quase nenhuma atração representaram 4%. No ano passado, a temática também ficou entre os 10 assuntos mais pesquisados no Google – Enem ocupou o terceiro lugar do ranking, já o Sisu ficou com o sétimo.

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Os dados apresentados pelo Datafolha mostram ainda que quanto maior o nível de escolaridade dos brasileiros, mais alta é a busca por conteúdos educacionais. O levantamento apontou que 74% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental têm muito interesse pelas notícias sobre educação. Quando se trata de quem concluiu o ensino médio ou possui o nível superior, os números sobem para 81% e 86%, respectivamente.

O desafio para os profissionais da comunicação é fazer com que as notícias abordem a temática da forma mais próxima possível de quem está lendo. Termos mais específicos, por exemplo, causam recusa dos leitores. “Quando se trata de educação, é importante que as matérias aproximem o assunto da realidade de quem está lendo. Por isso, tentamos tornar o conteúdo o mais atrativo possível para os diferentes públicos”, afirma a editora de um dos maiores jornais do Nordeste, Mariana Rios. Até novembro, o jornal publicará uma matéria especial sobre o Enem, todas às quartas-feiras. Na versão online, para aproximar o leitor, o conteúdo é apresentado de maneira mais interativa, com vídeos e simulados.

A receita é trazer para o assunto histórias de pessoas que gerem identificação. Com isso, o retorno do público é garantido. “Temos um programa que acompanha a audiência do site e as matérias da editoria de educação costumam ficar entre as três mais lidas do dia”, comenta Mariana.

Atento à necessidade de fomentar notícias relacionadas à educação, o Educa Mais Brasil, programa pioneiro na oferta de bolsa de estudos em diversas modalidades de ensino, investe constantemente no segmento. A empresa, que já possuía um blog com conteúdo sobre educação, o E+B Educação, transformou a página em um novo portal de notícias.

Agora, no portal E+B, é possível ter acesso gratuitamente às novidades sobre assuntos relacionados a todas as modalidades de ensino e carreira. Na página, os conteúdos mais acessados são os relacionados ao Enem e aos programas de governo, como FIES, Sisu e Prouni. “Temos no nosso DNA o compromisso com a educação. E a base da educação é a informação. Por isso, investimos para que os bolsistas e a população em geral estejam bem informados e motivados para seguir com seus estudos”, declara o Gerente de Marketing do Educa Mais Brasil, Renato Dias.

Além da educação, outros temas também foram apontados como sendo de interesse da população brasileira na pesquisa do Datafolha. A saúde ficou em segundo lugar com 78%, a cultura correspondeu a 54%, economia 45%, ciência 44%, esportes 40%, política 23% e, por fim, o entretenimento com 18%.

Roberto Paim – Ascom Educa Mais Brasil

Os professores da rede estadual de ensino decidiram suspender a greve, que já durava 77 dias, e aguardar o pagamento do retroativo na folha de setembro. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), a categoria vai cumprir a decisão judicial e retornar as aulas nesta sexta-feira (24).

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"Vamos continuar em alerta para que o governo cumpra a decisão judicial e pague o retroativo em setembro, caso contrário, vamos retornar a greve. Todos os trabalhadores vão retornar às salas de aula nesta sexta-feira e reformular o calendário escolar", declarou o vice-presidente do Sinte, Kassyus Lages.

Para o sindicato, a reposição das aulas depende de cada escola. A previsão é que as unidades mais afetadas pela greve tenham aula até março.

Entenda o caso

Desde terça-feira (21), os professores iniciaram um acampamento da resistência em frente ao Palácio da Karnak até que a decisão do Tribunal da Justiça do Piauí (TJ-PI) fosse cumprida pelo governo. A justiça decretou o pagamento do reajuste de 6,81% aos professores e 3,95% para os funcionários das escolas, mais o retroativo.

No entanto, o governo pediu que o TJ reconsiderasse o tempo determinado para o pagamento do retroativo e adiasse para o mês de setembro devido a 'impossibilidades técnicas para implantação'. O desembargador Joaquim Dias de Santana Filho, da 6ª Câmara de Direito Público da comarca de Teresina, aceitou o pedido e determinou o imediato retorno dos professores para as salas de aula, sob pena de multa diária no valor de R$ 15 mil em caso de descumprimento, além de desconto dos dias não trabalhados.

Na mesma decisão, o desembargador estabeleceu multa de R$ 30 mil para o governador Wellington Dias caso descumpra o pagamento de reajuste.

Votação de reajuste

Em março, o governo encaminhou à Assembleia a proposta de reajuste de 6,81%. A casa aprovou, mas quando a proposta voltou ao Karnak para sanção, foi vetada pelo governador Wellington Dias. No início de junho, a casa aprovou a derrubada dos vetos do governo. Em 14 de junho, o reajuste foi publicado no Diário Oficial do Estado.

No entanto, no dia 20 de junho, os projetos de reajustes retornaram para nova votação na Alepi, desta vez, os parlamentares mantiveram os vetos do governador e no dia seguinte realizaram uma votação simbólica para aprovar o reajuste de 2,95% para servidores estaduais, entre eles os professores.

 

G1 PI

Foto: Lucas Barbosa/G1

Pela primeira vez, professores do ensino infantil, que abrange creche e pré-escola, poderão escolher os livros didáticos que usarão a partir do ano que vem. A etapa de ensino passa, em 2019, a fazer parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Os livros serão destinados aos professores, para orientar o ensino de crianças de até 5 anos de idade. A escolha das obras pode ser feita a partir de hoje (23). O prazo vai até dia 10 de setembro.

O conteúdo dos livros, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), segue a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento aprovado no ano passado pelo Ministério da Educação (MEC) que define os conteúdos mínimos que deverão ser ensinados nos ensinos infantil e fundamental.

Os livros foram selecionados este ano por meio de edital. As obras deverão ser fonte de atividades para os professores desenvolverem, baseadas em interações e brincadeiras. Deverão também servir de referência para o acompanhamento do desenvolvimento das crianças.

Além da educação infantil, os professores dos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, deverão escolher os livros didáticos a partir de hoje. Também no ensino fundamental, essa é a primeira leva de livros que já está alinhada à BNCC. Para o ensino fundamental, deverão ser escolhidos também os livros que serão usados pelos estudantes.

Escolha

As escolas, do ensino infantil ao fundamental, já podem consultar o Guia do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2019, disponível online. O FNDE orienta as escolas a envolver todos os educadores no processo de escolha dos livros.

A escolha será realizada no Sistema PDDE Interativo. Por meio do sistema, os diretores de cada escola receberão uma chave de acesso e, durante o período de escolha, os envolvidos poderão analisar, na íntegra, o conteúdo das obras. Os professores, diretores e coordenadores pedagógicos têm até o dia 10 de setembro para informar as escolhas ao governo.

Segundo o FNDE, a escola que ainda não tem acesso ao sistema deve entrar em contato com a Secretaria de Educação local e solicitar a liberação. O acesso ao sistema é feito com o CPF do diretor de cada escola e com uma senha pessoal.

Instituições sem fins lucrativos

Nesta edição do programa, foram incluídas as instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público, que atendam à educação infantil e às escolas do campo. Até então, apenas as escolas públicas recebiam livros didáticos.

O PNBL fornece gratuitamente livros didáticos, obras pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa às escolas. Será oferecido ainda, nesta edição, material digital em DVD. A cada ano, o FNDE adquire e distribui livros para todos os alunos de determinada etapa de ensino – do ensino infantil ao ensino médio.

 

Agência Brasil