Os tributos federais relativos ao Simples de março, abril e maio ganharam um prazo maior de seis meses para pagamento

O pagamento dos tributos federais do Simples Nacional foi prorrogado. Desta forma, o acerto referente aos meses de março, abril e maio deste ano ficou postergado para outubro, novembro e dezembro, respectivamente. Essa é uma das iniciativas do Ministério da Economia, feita com a colaboração do Sebrae.

tributos

A prorrogação vai beneficiar 4,9 milhões de empresas optantes pelo Simples Nacional, bem como 9,8 milhões de Microempreendedores Individuais, num volume total aproximado de R$ 23 bilhões. É uma medida fundamental para garantir o funcionamento dos pequenos negócios e manter os empregos nas suas unidades em todo o país.

“O Sebrae está atuando junto ao governo para minimizar a crise do coronavírus. Estamos atentos as providencias imediatas que precisam ter tomadas”, afirmou o presidente do Sebrae, Carlos Melles, nesta sexta (20).

Os períodos de apuração são mantidos - março, abril e maio de 2020. Os tributos estaduais e municipais, até o momento, não foram contemplados. O Comitê Gestor do Simples Nacional iniciou nova votação pedindo a aprovação de Estados e Municípios para a inclusão do ICMS e do ISS nessa prorrogação. Por enquanto, orienta-se as empresas que em abril, quando forem feitos os cálculos dos valores devidos em março, utilizem uma guia avulsa para pagamento dos tributos de ICMS e ISS, excluindo os de competência federal (IRPJ, IPI, CSLL, PIS, COFINS e CPP). O mesmo entendimento se estende ao Microempreendedor Individual (MEI), optante do Simples Nacional. Terá o diferimento da Contribuição Previdenciária, não contemplando o ISS ou ICMS.

Os efeitos desta medida são aplicáveis apenas às contribuições correntes, não se estendendo a parcelamentos. As informações completas estão na Resolução nº 152, de 18 de marços de 2020.

 

Assessoria de Imprensa Sebrae

Esta semana o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, lançou o e-book “Preparando sua Empresa para Momentos de Crise (Covid-19) – Finanças e Custos”. 

O material, que traz dicas importantes sobre como o empreendedor deve se preparar para lidar com esse novo cenário, está disponível no Portal do Sebrae, no link http://bit.ly/ebookPREPARANDOempresaSEBRAEPI

“São conteúdos exclusivos, produzidos pelos nossos analistas, que estão atentos às demandas dos empreendedores por informação e conhecimento nesse momento de adversidades. A ideia é mostrar alternativas e oportunidades para as pequenas empresas, contribuindo, de certa maneira, para reduzir os impactos que podem ser gerados pelo baixo consumo”, destaca o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda.

Thiago Amaral

A ideia é mostrar alternativas e oportunidades para as pequenas empresas, contribuindo, de certa maneira, para reduzir os impactos que podem ser gerados pelo baixo consumoA ideia é mostrar alternativas e oportunidades para as pequenas empresas, contribuindo, de certa maneira, para reduzir os impactos que podem ser gerados pelo baixo consumo

Ainda segundo Lacerda, os e-books são também parte da estratégia de atendimento exclusivamente on-line adotada nesse momento em que se faz necessário o distanciamento social. “Estamos disponibilizando uma série de opções para os clientes, que vão desde atendimento via portal até 0800 e WhatsApp, além de consultorias on-line”, acrescenta. 

Nos próximos dias serão lançados também outros e-books tratando de diversos assuntos de interesse do universo empresarial, a exemplo do “Seu Negócio em Tempos de Coronavírus – Alimentação Fora do Lar”; e “O Vírus da Reinvenção Afetou a Sua Empresa”. 

A Central de Relacionamento Sebrae (0800.570.0800) está disponível de 8h00 às 20h00. Nesse canal, os interessados podem ter informações sobre as opções de cursos disponíveis, orientações básicas sobre o MEI, funcionamento dos escritórios e outros assuntos relacionados ao dia a dia dos pequenos negócios. 

No WhatsApp (86) 9 9583-4586, o atendimento funciona semelhante ao da Central, sendo que o cliente consegue ter acesso a mais recursos, como links de cursos, arquivos de materiais publicados pelo Sebrae e no caso dos MEI, links para emissão de boletos e da Declaração Anual de Rendimentos. 

Outro canal é o “Fale com o Sebrae”, disponível no Portal Sebrae (www.sebrae.com.br). Por meio dessa ferramenta, o empreendedor ou empresário fala diretamente com um especialista do Sebrae por chat, no horário de 8h00 às 12h00 e de 14h00 às 18h00. Mas o cliente pode acessar o serviço a qualquer tempo, enviando os questionamentos por e-mail, os quais serão respondidos no próximo dia útil, dentro do horário de funcionamento estabelecido. 

O Sebrae no Piauí também está disponibilizando consultorias on-line, que podem ser agendadas via Central de Relacionamento ou pelo WhatsApp. Essas consultorias têm duração de uma hora e são marcadas de acordo com a disponibilidade de data e horário do cliente. No dia e hora agendados, o consultor estará disponível para o atendimento via videoconferência. O link para acesso à ferramenta será disponibilizado por WhatsApp. 

No Portal do Sebrae foi criado ainda o canal especial “Como Sua Empresa Pode Reagir ao Coronavírus”, com muitos materiais e dicas de como enfrentar os desafios atuais. 

Importante destacar que o atendimento presencial está totalmente suspenso até o dia 31 de março, tanto na sede em Teresina, como nas Unidades Regionais de Parnaíba, Piripiri, São Raimundo Nonato, Bom Jesus, Floriano e Picos. 

Estão suspensos também, por tempo indeterminado, todos os eventos presenciais coletivos (cursos, treinamentos, seminários, palestras, entre outros), que seriam promovidos pelo Sebrae. Nossas equipes estão em contato com os clientes já inscritos negociando a melhor solução para cada caso.

ascom 

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), considerando o novo Decreto Estadual n. 18.895 de 19 de março de 2020 que “declara estado de calamidade pública em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas”, adota o trabalho remoto com exclusividade para os servidores em todos os campi da universidade a partir de hoje: 20 de março até o dia 30 de abril de 2020.

A recomendação é que os serviços realizados pelos servidores da UESPI sejam feitos diretamente de suas casas e, em casos de extrema necessidade, se desloquem às unidades e sede do Palácio Pirajá para realizar sua atividade presencialmente.

Quanto ao calendário acadêmico, este também está suspenso também até 30 de Abril.

Permanecem em atividade somente as residências médicas e os internatos.

Tais medidas entram em vigor a partir de hoje, 20 de março de 2020, conforme Portaria Condir n. 001/2020.

Mais uma vez, a Administração Superior recomenda os cuidados necessários para o combate a pandemia provocada pela Covid-19.

SEI_GOV-PI – 0273214 – FUESPI-PI

 

Uespi

Limitações físicas e financeiras não impediram a formatura do carioca Levi Wenceslau

paraplegicO paraibano Levi Wenceslau, 36, tinha o sonho de ser músico ao concluir o Ensino Médio. Tudo mudou no dia do seu aniversário. Na data em que completava 23 anos, foi vítima de um grave acidente automobilístico. Ele retornava para João Pessoa quando um cavalo morto na estrada dividiu sua vida em antes e depois daquele fatídico acidente. Uma fratura na quarta vértebra cervical o deixou tetraplégico.

Dos cinco ocupantes do veículo, Levi foi o único ferido com gravidade. Passou três meses internado com respirador artificial e, após idas e vindas do hospital, teve que se adaptar a viver em uma nova condição: impossibilitado de se mexer do pescoço para baixo. “Virei prisioneiro no meu próprio corpo”, define.

Em longos períodos de internação - boa parte em UTI de hospitais públicos - viu seu corpo definhar, pouco a pouco, durante a dura e longa trajetória de recuperação. O seu estado de saúde agravara-se com quadro de infecções, pneumonias e até desnutrição. Chegou a pesar 35 quilos, muito pouco para uma pessoa com 1,70 de estatura. Tinha crises nervosas de pânico e muitas escaras, feridas profundas na pele por não ser mudado de posição no leito hospitalar. Só dormia sob efeito de medicamentos tarja preta.

“Em uma situação de extrema dor e impotência, achei que fosse morrer e até desejei que isso acontecesse logo”, conta em seu primeiro livro autobiográfico Cadeira Elétrica, Memórias de quem sobreviveu. Sob o cuidado dos irmãos – os pais já haviam falecido na época do acidente – conseguiu voltar para casa mediante assinatura de um termo de responsabilidade. Sua condição de vida era frágil, inspirava muitos cuidados.

O acidente provocou uma mudança radical na vida de Levi e na de toda sua família. “Tive que aprender a viver com muitas limitações, descobrir novas capacidades para estar constantemente me adaptando. Sigo aprendendo a sobreviver”.

Tocar um instrumento musical nunca mais; tocar a vida em frente se tornou seu maior desafio. Além das limitações de movimento, o acidente trouxe outras consequências graves para a vida de Levi. Ele teve depressão, não queria sair de casa e não via mais sentido algum para a vida. Foram cinco anos reclusos, em tratamento psicológico e com muito apoio da família. “Como eu vi que não ia morrer, tive que buscar alternativas para sofrer menos”, conta pragmático.

A cadeira motorizada, fruto de uma campanha de arrecadação entre amigos, era símbolo da deficiência mas passou a garantir um pouco de independência. Estudar foi um projeto de sobrevivência. Um amigo indicou o Educa Mais Brasil e Levi cogitou a possibilidade de se matricular no curso de Psicologia. “Eu já estava desistindo, mas fui aprovado com uma bolsa de 50% de desconto”, fala lembrando que, na época, tinha como renda um salário mínimo, que mal dava para comprar a longa lista de medicamentos. 

Retomar os estudos foi crucial para manter-se vivo. “Ter que sair de casa todos os dias para ir para a faculdade foi fundamental na minha ressocialização”, avalia. Formado há três anos em Psicologia, pela UNIME, Levi atende atualmente em consultório particular. Viver sem conseguir movimentar braços e pernas, preso à uma cadeira de rodas, não impede que ele saia diariamente de casa para amenizar o sofrimento do próximo. “Confesso que, de início, não existia vocação para cuidar do outro, não. Eu queria apenas ocupar o tempo e minha mente para amenizar a dor, o meu sofrimento”.

Com o tempo, seu exemplo de superação foi se tornando mais uma ferramenta de trabalho no set terapêutico. “Hoje, eu me vejo com maior capacidade de me colocar no lugar do outro. A experiência traumática nos torna mais empáticos”. Além do tempo dedicado aos pacientes, Levi descobriu o talento literário. Já escreveu dois livros, uma autobiografia e uma outra publicação de crônicas. No momento, dedica-se à escrita da terceira publicação. “As possibilidades são infinitas”, fala com sonhos de dedicar-se, também, à uma especialização e mestrado. 

Fonte: Fernanda Carvalho – Agência Educa Mais Brasil