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Tratamentos hormonais aos 40 ou 50 anos têm ajudado homens e principalmente mulheres a aliviar os efeitos do envelhecimento. Com a reposição de estrógeno e progesterona, por exemplo, o corpo feminino passa melhor pela menopausa, sem tantos sintomas indesejáveis.



Esse assunto, porém, provoca muitas dúvidas. Muitas mulheres têm medo de desenvolver câncer de mama ou útero. Segundo os ginecologistas José Bento e Nilson Roberto de Melo, cada caso deve ser avaliado individualmente sobre as eventuais indicações ou contraindicações.



A reposição hormonal pode ser feita com dosagens relativamente baixas, por via oral ou transdérmica (adesivos sobre a pele, gel ou cremes). Neste último, os hormônios são absorvidos pela pele, caem na corrente sanguínea e se espalham pelo corpo. A vantagem do hormônio não-oral, segundo José Bento, é que ele não agride o fígado. Já os cremes e géis penetram na pele, caem na circulação e percorrem o organismo.



O sistema hormonal é o “maestro” do corpo. Portanto, um desequilíbrio pode desencadear doenças e acelerar o processo de envelhecimento.



Função de cada hormônio:

- DHEA: regula o estresse
- Testosterona: regula a libido, a potência sexual, o coração, o tecido gorduroso e a musculatura
- Estrógeno e progesterona: regula a libido, o coração, o tecido gorduroso e a densidade óssea
- Pregnenolona: regula a memória e o metabolismo neuronal
- T3 e T4: regula o metabolismo corporal, o peso, a energia, a pele, os cabelos, as unhas e o funcionamento intestinal
- Melatonina: regula receptores hormonais, o sistema imune e a qualidade do sono



As taxas hormonais não caem porque envelhecemos, mas envelhecemos porque o corpo para de produzir as quantidades suficientes de hormônios. E eles não começam a cair ao mesmo tempo.



Esse nível nos homens começa a cair oito anos antes das mulheres, mas neles a redução é mais lenta. A mulher passa praticamente três quartos da vida sob forte influência do sistema endócrino e se torna bem mais suscetível a flutuações hormonais.



O estrógeno reduz 30% aos 50 anos, com flutuações na menopausa. Já a progesterona tem queda de 75% entre os 35 e 50 anos, com contínuo declínio. Após a menopausa, ela praticamente desaparece. Tem a finalidade de manter a gravidez, além de proteger contra o câncer de endométrio (interior do útero).



A testosterona baixa 40% entre os 40 e 60 anos e, aos 80 anos, é praticamente zero. O DHEA diminui 50% entre os 25 e 50 anos. E, aproximadamente aos 75 anos, ele cai mais 50%.



Na menopausa, as mulheres ganham mais gordura na barriga e consequentemente aumentam as chances de ter um infarto. Muitas mantêm o mesmo peso, mesmo tendo menos músculos e mais gordura.



A queda do estrógeno causa uma “masculinização” no corpo da mulher. Ela deixa de ter curvas acentuadas, no formato pera, e passa a ter o corpo mais quadrado, em forma de maçã.



O metabolismo mais lento também propicia o aumento da massa gorda. Mulheres que não podem fazer reposição devem seguir uma dieta com baixa caloria e muita atividade física para controlar o peso.



Dicas de hábitos saudáveis:

- Tenha uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, vegetais, cálcio e peixes
- Limite o consumo de carne vermelha a uma ou duas porções por semana
- Aumente o consumo de soja, tofu, linhaça e semente de abóbora
- Evite frituras, gorduras, massas, doces, sal e café
- Beba muito líquido: no mínimo oito copos de água por dia
- Faça atividade física
- Procure um médico para acompanhar suas taxas hormonais
- Pare de fumar e diminua o consumo de bebida alcoólica
- Durma bem, de sete a oito horas por dia




G1