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salmonelaOs surtos de doenças causadas por alimentos ou água contaminados têm como origem em 36,9% dos casos o ambiente doméstico, segundo dados do Ministério da Saúde.

Em seguida, aparecem os restaurantes ou lanchonetes (15,8%).

O Ministério da Saúde considera surto de DTA (doença transmitida por alimento) casos em que duas ou mais pessoas apresentam sintomas semelhantes após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem, normalmente em um mesmo local.

Em 2018, foram ao menos 597 surtos, número praticamente igual a 2017, sendo que 8.406 pessoas ficaram doentes, 916 foram hospitalizadas e nove morreram. Os dados do ano passado ainda são preliminares.

No entanto, o número de casos não reportados faz com que, segundo médicos, as infecções alimentares sejam mais comuns do que os números oficiais mostram.

A água contaminada é a principal causa (35,8%) dos surtos, seguida de alimentos mistos (16,7%), em que a composição possui mais de um grupo alimentar (por exemplo, uma maionese caseira), segundo o ministério.

Três famílias de bactérias respondem por boa parte dos casos de infecção alimentar: Escherichia coli, conhecida como E. coli (24%); Salmonella spp. (11,2%) e Staphylococcus aureus (9,5%).

A médica infectologista Raquel Muarrek Garcia, do hospital São Luiz Morumbi, em São Paulo, explica que essas doenças estão quase sempre ligadas à higiene pessoal (lavar as mãos), à qualidade dos alimentos, à manipulação inadequada de determinados alimentos e também à água contaminada.

"As bactérias são semelhantes porque provocam doenças diarreicas por ingestão de alimento ou água, inclusive água contaminada usada para lavar alimentos."

Os principais sintomas são: mal-estar, náusea, vômito, diarreia, febre e dores abdominais.

"O problema da diarreia é que você perde de 200 ml a 250 ml de água cada vez que vai ao banheiro. Então, sendo muitos esses episódios, você pode não conseguir ingerir essa água de volta e desidratar rapidamente. Há quadros de desidratação que são graves, com choque [convulsões] e queda da pressão arterial", acrescenta a infectologista.

E. coli
As bactérias E. coli podem provocar sintomas que duram até duas semanas — como é o caso da cepa enteroinvasiva — e incluem disenteria e febre.

Já a E. coli entero-hemorrágica evolui de diarreia aquosa até com a presença de sangue. É raro que o paciente apresente febre, mas o vômito é comum.

A médica do hospital São Luiz recomenda procurar atendimento médico se a diarreia persistir por alguns dias.

"Normalmente, a E. coli faz uma alteração de permeabilidade intestinal e provoca diarreia mais prolongada."
A salmonelose — doença causada pela Salmonella — tem como característica causar diarreia pastosa, aquosa, podendo ter sangue, além de febre e vômito.

Os sintomas duram de cinco a sete dias.

As infecções da pela Salmonella, normalmente, têm cura sem necessidade de intervenção médica. A recomendação é repouso, consumo de água e antitérmicos em caso de febre.

Como evitar
As doenças alimentares são causadas principalmente pelo consumo de água contaminada por esgoto, alimentos que não foram lavados de maneira certa, carne não cozida acima de 70°C (por um período de pelo menos 10 minutos), laticínios não pasteurizados, entre outros.

Raquel cita alguns hábitos rotineiros que podem fazer com que alguém tenha uma infecção alimentar.

"É muito comum em casa as pessoas deixarem a comida fora da geladeira, não limparem a pia, não trocarem as buchas usadas para lavar a louça, usar a mesma tábua de frios para vários tipos de alimentos, não limpar a a geladeira periodicamente."

A Salmonella pode estar em alimentos contaminados com fezes de animais, como no caso das carnes e ovos que não foram cozidos por tempo suficiente. Não lavar as mãos antes de pegar na comida também aumenta o risco de contágio.

A pia da cozinha é um local propício para o que se conhece por contaminação cruzada.

Uma salada de folhas, por exemplo, se colocada sobre a mesma tábua onde se cortou frango cru, pode provocar infecção por Salmonella.

As condutas para evitar as doenças alimentares incluem:

• Utilizar apenas água filtrada, mineral ou fervida para consumo ou para cozinhar;

• Lavar frutas, verduras e legumes que forem consumidos in natura com água e água sanitária;

• Evitar carnes mal-passadas e ovos com gema mole;

• Lavar as mãos antes e durante a manipulação dos alimentos;

• Manter limpos geladeira, pia e utensílios usados para cozinhar.

 

R7

Foto: Freepik

Organizações, sociedades médicas e profissionais da medicina já estão acostumados com dados e estatísticas apresentadas constantemente em todo mundo no que se refere ao câncer de próstata. É ainda uma doença comum entre os homens, sendo o segundo tipo de câncer, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, mais prevalente no sexo masculino.

Apesar de ser considerado como uma “doença da terceira idade”, atualmente, o câncer de próstata acomete pacientes mais jovens, melhor dizendo, que ainda não entraram na chamada melhor idade. Quando relacionados a fatores genéticos, hereditários ou de etnia, a prevenção já começa muito cedo, aos 50 anos de idade, ou até mesmo antes. Ou seja, a idade passa a ser um fator relativo, e não uma característica absoluta.

A prevenção, que inclui um novo estilo de vida, hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física é essencial e recomendada em primeira e última instância. Aliada a isso, há na literatura médica farta documentação sobre a relação entre exames periódicos, diagnóstico precoce e maior tempo de vida após o câncer de próstata. Como se vê, o tempo vale ouro, antes, durante e depois.

Avanço da medicina
À relatividade do tempo, outro ponto importante é a relatividade das palavras. A medicina não comporta muito bem termos como “nunca”, “sempre”, “todos” ou “único”. O benefício da dúvida (e a própria relatividade do tempo) deve se encaixar na fala do médico e na escuta do paciente. E vice-versa, uma vez que o diálogo entre um e outro faz parte do agir no século XXI.
É claro que precisamos discutir diagnósticos, tratamentos e condutas já consolidadas, mas é imprescindível enxergar um pouco mais além, “fora do quadrado”: observar e estudar novas técnicas, medicamentos, procedimentos minimamente invasivos e outros promissores que estão por vir.

Veja também
A medicina avança de forma rápida, exponencial e digital. Não perceber a evolução da medicina (e dos médicos) pode representar retrocessos, lentidão aritmética e processos analógicos, o que tem pouco a ver com os avanços tecnológicos e inovações que estão a nosso dispor nos dias de hoje.

Até bem pouco tempo, a urologia tinha por base fincar os pés em termos e procedimentos conhecidos, postos à mesa como verdades absolutas. Já não é mais assim. A biópsia é um caso clássico: hoje, menos frequente, a biópsia negativa não apresenta 100% de confiança no resultado. É pouco comum, mas pode existir falso negativo. Existem indícios de que a biópsia pode permitir a disseminação de células ou elementos celulares da próstata na corrente sanguínea.

Entretanto, ainda não há evidência científica de que isso tenha importância prática, clínica. Da mesma forma, nem todo exame de toque retal alterado ou PSA (Antígeno Prostático Específico) elevado significa presença de câncer. A conduta pode ser observadora, e o urologista pode optar por formas de tratamentos individualizados, dependendo de cada caso.

Vigilância ativa
Recentemente, participei de um painel no congresso da Sociedade Americana de Urologia, realizado em Chicago, sobre vigilância ativa. A contrário do que pode pensar, a vigilância ativa não é tratamento, mas sim uma conduta observadora em face ao diagnóstico do câncer. Só o acompanhamento ativo do paciente pode ser uma opção válida em muitos casos, mas não pode ser regra porque, às vezes, estamos lidando com uma “bomba relógio”. Uma briga contra o relógio, sobretudo em casos de doenças mais agressivas.

Sem determinismos, mas observando a evolução da ciência para a medicina, o que está por vir é muito promissor no que se refere à relatividade do tempo. A começar pelas novas tecnologias, que poderão tanto diagnosticar com mais precisão quanto aumentar a cura e, tão importante quanto, reduzir os efeitos colaterais nos pacientes submetidos aos mais diversos tratamentos para o câncer de próstata.


As novas ferramentas para o combate ao câncer de próstata abrangem aspectos que já conhecemos hoje, como fatores de risco mais elevados em grupos específicos, por hereditariedade ou etnia. No primeiro caso, homens cujos pais, irmãos, primos e tios já tiveram câncer de próstata, os exames devem começar mais cedo, por volta dos 40 anos, e da mesma forma, no segundo grupo, para os afrodescendentes. Embora os motivos ainda não estejam cientificamente claros, o câncer de próstata é mais frequente em homens de ascendência africana do que em homens de outras raças.

Epigenética entra em campo
Nesses novos tempos, entra em campo a epigenética, área da biologia que estuda mudanças no funcionamento de um gene que não são causadas por alterações na sequência de DNA e que se perpetuam nas divisões celulares. Este talvez seja um dos maiores trunfos da medicina nos próximos anos.

A epigenética pode ser a chave para a detecção precoce do câncer de próstata. Com ela, será possível avaliar a idade biológica do paciente, o que determinará a realização de exames específicos e determinar diagnósticos de forma bem mais precisa do que hoje, quando nossa atenção ainda é baseada estritamente na idade cronológica do indivíduo.

Numa época em que somos mais longevos, evitar os efeitos colaterais, físicos, mentais e psicológicos pode ter incomensuráveis ganhos em uma segunda etapa da vida, que poderá ser tão longa ou mais que a primeira. Por isso, cuidar do paciente como um todo é ainda uma parte que a medicina deve se debruçar com estudos, ampliar conhecimentos de biologia molecular, genéticos e epigenéticos. Porque o tempo poderá ser (ou não) o senhor da razão. Mas o propósito deve ser sempre o de perseguir a assertividade, como foco na essência da medicina, na prevenção, no tratamento, na cura e, principalmente, na qualidade de vida do paciente.

 

Veja

Existe uma variedade enorme de chás e não faltam pesquisas comprovando seus benefícios à saúde. Cada tipo de planta tem características e benefícios, como diminuir a ansiedade, melhorar a digestão, controlar a pressão e acelerar a queima calórica.

Entretanto, ao tomar chá, é preciso também tomar cuidado. Em alguns casos, eles podem provocar efeitos colaterais sérios, como aconteceu com a técnica de enfermagem Valdenice Soares da Silva.

Valdenice sofre com o intestino preso e queria perder vinte quilos. As amigas recomendaram chá de sene. “Eu comecei a tomar com as duas ideias, tanto de emagrecer quanto de regular o intestino. Me falaram que era bom para as duas situações”.

Mas nenhuma delas acontece e pior: ela passou mal. “O primeiro dia foi o pior. Tomei à noite e de madrugada passei mal. Foi um efeito devastador. No segundo dia eu ainda estava com diarreia. Fui começar a melhorar no terceiro dia”.

Ela acha que errou na quantidade de chá de sene. Depois da experiência, decidiu experimentar outras formas para emagrecer. “Estou fazendo atividade física, melhorando a alimentação”. E o chá é só para relaxar! “Tomo um chá de camomila à noite, mas de sachê! Aí não tem risco de errar na quantidade, né”.
A nutricionista Maria Angélica Fiut explica que os chás em sachês podem ser consumidos diariamente. Contudo, os chás medicinais (feitos com partes da planta – flores, talos e sementes) não devem ser usados por tempo prolongado, pois contêm substâncias que, em excesso, podem ser prejudiciais.

Antes de tomar chá com efeito laxativo:

Saiba o motivo da sua prisão de ventre, antes de consumi-los.
Chá laxante não emagrece! Ele só ajuda a eliminar as fezes, mas não elimina gordura.
Não consuma esse chá por mais de 10 dias. O uso prolongado pode causar diarreia.
Veja os riscos do consumo exagerado dos chás medicinais mais consumidos:

 

Efeito dos chás

  AÇÃO PARTE DA PLANTA EFEITO NEGATIVO DICA
CHÁ DE HIBISCO Diurético Flor Diminui a pressão arterial e pode dar tontura Não deve ser consumido por pessoas que tomam alguma medicação
CHÁ DE CAVALINHA Diurético Folha e talo Diminui a pressão arterial Não deve ser consumido por pessoas que tomam alguma medicação
CHÁ VERDE Termogênico, antioxidante, anti-inflamatório, reduz colesterol Folha Aumenta a pressão arterial Não deve ser consumido por hipertensos e pessoas que tomam alguma medicação

Como preparar uma infusão?

A infusão de ervas é a melhor forma de consumir os chás porque são preservadas as partes principais das folhas e os efeitos benéficos de seus componentes.

Coloque a erva em uma xícara de porcelana ou de vidro e acrescente água fervente. Misture e cubra, deixando repousar por 5 a 10 minutos até atingir a temperatura apropriada para consumo. A quantidade é de 1 colher de sobremesa para cada xícara de água fervente.

A técnica de infusão é aplicada para preparação de chás de folhas e flores, exemplo, hibisco, cavalinha e camomila.

Os chás devem ser preparados preferencialmente em doses individuais e ser consumidos imediatamente. Porém, quando as doses são muito frequentes, podem ser preparados em quantidade maior, mas sempre para consumo no mesmo dia. Neste caso, deve-se manter o recipiente com o chá bem fechado e guardado na geladeira para que os benefícios do chá não sejam perdidos.

A maioria dos chás têm cafeína, por isso, o consumo não pode ser exagerado.

 

G1

"As orelhas de abano podem não afetar a saúde de uma criança, mas com certeza podem afetar sua autoestima", afirma a pediatra Célia Bocci, do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo. Segundo a médica, as consequências psicológicas que a condição pode oferecer à criança podem chegar a ser limitadoras, fazendo com que ela não queira frequentar a escola ou sair para brincar com medo de ouvir comentários inadequados.

Felizmente alguns desses traumas podem ser evitados com ações logo no início da vida do bebê. "Nos primeiros 45 dias de vida, as crianças podem usar um molde de silicone na orelha. Esse método costuma apresentar maiores chances de reversão da proeminência, mas só funciona se realizado quando ainda bebê, porque a orelhinha ainda não está completa", diz a pediatra.


orelhaabanoEmbora seja eficaz, o acesso ao molde se dá apenas com o investimento, visto que é considerado um procedimento estético. Por ter de ser trocado a cada duas semanas para refazer a moldagem e acompanhar o crescimento da orelhinha, os preços podem variar de R$ 3 mil a R$ 10 mil.

"Outra opção utilizada é a faixa, que envolve a cabeça da criança, mas não apresenta tanta eficácia quanto o molde e pode causar úlceras de pressão atrás da orelhinha da criança", explica Célia.

Já a correção por cirurgia plástica pode ser realizada a partir dos sete anos, quando a orelha da criança está completamente formada e não crescerá mais. Entretanto, é necessário que a criança queira realizar a cirurgia, que também pode ser realizada depois de adulta.


Célia afirma que a otoplastia é considerada um procedimento estético, assim, não tendo seu valor coberto por convênios ou pelo SUS. A realização da cirurgia varia entre R$6 mil e R$8 mil e precisa de um encaminhamento médico de um otorrinolaringologista ou um pediatra, que indicará o profissional adequado para a criança.

Após a otoplastia, Célia afirma que os pacientes costumam voltar para casa no mesmo dia. O paciente deve tomar cuidado com o curativo e evitar a exposição ao Sol e a realização de atividades físicas durante um mês. "São mínimas as chances de reversão da otoplastia. O efeito dela não é apenas estético, mas traz segurança àquela pessoa", alega.

As orelhas de abano são uma condição genética que altera a formação das orelhas, mas não afeta a audição. Seu aparecimento independe de raça ou sexo e está ligado à hereditariedade, tendo 50% de chances ou mais de a criança ter a orelha proeminente se ambos os pais tiverem a condição, e até 20% de chances se apenas um deles a tiver.

 

R7

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