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Muitas mulheres sofrem com a famosa TPM (Tensão Pré-Menstrual). Segundo o Ministério da Saúde, a TPM atinge cerca de 80% das mulheres brasileiras. Cólica, inchaço, ansiedade, tensão, irritabilidade, dificuldade para dormir, alterações de humor são alguns dos sintomas.

A TPM não é frescura! E para amenizar os sintomas que aparecem nesse período, uma das dicas é fazer atividade física. Os exercícios aeróbicos são os mais indicados, como corrida, caminhada, bicicleta, boxe, dança.

“A atividade aeróbica é mais indicada porque libera hormônios do bem-estar, como a dopamina e endorfina, e diminui os hormônios do estresse, como o cortisol”, explica o consultor do Bem Estar e preparador físico Marcio Atalla.

Além de todos esses benefícios, a perda de líquido e a ativação da circulação ajudam a diminuir o inchaço característico desse período. Outros sintomas que são minimizados: dor de cabeça, irritação e cólica.

Dança vira aliada na luta contra a TPM

Dança x TPM
A produtora de eventos Anne Lisboa encontrou na dança uma aliada contra a TPM. “A dança sempre me salva emocionalmente da TPM. Começa a dançar e desliga o botãozinho”. Nos últimos anos, ela adotou também a prática da ioga para combater o estresse e as cólicas menstruais.

A ginecologista Flávia Fairbanks explica que os inchaços, dores e alterações emocionais da TPM são causados pelo aumento dos hormônios estradiol e progesterona dias antes da menstruação. “A sensibilidade é que vai mudar. Tem mulheres que lidam muito bem com a oscilação hormonal. Outras são mais sensíveis e podem ter a síndrome completa”.

Os exercícios, principalmente os que movimentam o corpo, estimulam a produção de outros hormônios, como a endorfina, que trazem a sensação de bem-estar. É por isso que, quando dança, fica tudo bem para a Anne. “A dança traz um contato comigo mesma, de autoconhecimento, de leveza, de respiração. É quase uma oração”.

 

G1

 

herpesA herpes zoster é mais comum em idosos devido à queda na imunidade que ocorre nesse período da vida, segundo a médica geriatra Maisa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

"É extremamente comum em idosos, principalmente a partir dos 60 anos. O envelhecimento causa uma modificação no sistema imunológico. Estima-se que 1 em cada 3 pessoas a partir dos 75 anos possam apresentar o vírus, mas nem todos vão manifestar a doença", afirma.

Apesar do nome em comum, a herpes simples e a herpes zoster são doenças diferentes. A herpes simples é provocada pelo vírus herpes humano (HSV 1 e 2) e a herpes zoster é causada pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zóster, que é reativado, levando a uma inflamação no gânglio nervoso, onde o vírus se aloja.

Elas também se manifestam de maneiras distintas. A herpes simples se caracteriza por pequenas bolhas, chamadas de vesículas, agrupadas na boca ou em outras partes do corpo.

Já a herpes zoster aparece como lesões avermelhadas, geralmente no rosto ou nas costas, as regiões mais comuns, seguidas de vesículas. As vesículas acompanham um nervo, por isso aparecem só de um lado do corpo e podem causar dor intensa, a chamada neuralgia. Quando se formam crostas, significa que o ciclo do vírus está encerrado.

"Geralmente causa dor. Por isso, costuma ser confundida com alergia ou picada de inseto, o que causa atraso no diagnóstico e grave prejuízo ao tratamento, que deve ser iniciado o quanto antes", afirma.

Segundo a médica geriatra, cerca de 98% da população brasileira têm o vírus da herpes zoster alojado no corpo. "Até os índios do Xingu têm. Não é preciso ter tido tido a doença para ter herpes zoster, basta o contato com o vírus. Quando há queda da imunidade, esse vírus pode se manifestar. Está havendo uma aumento da doença entre jovens devido ao estresse", explica.

Ao se manifestar, a herpes zoster dura de 7 a 10 dias. Nesse período, ela é contagiosa caso haja contado de pele com pele, pois o vírus fica ativo dentro das vesículas - ele não é transmitido pelo ar. Embora a grande maioria das pessoas já tenha tido contato com o vírus ao longo da vida, a médica geriatra ressalta que a pessoa com herpes zoster não deve ter contato com grávidas.

"A gestante é imunodeprimida e a doença é perigosa para ela e para o bebê. Entre os perigos estão a herpes mais alastrada, encefalite e doenças que atingem as meninges", afirma.

Entre os riscos de complicações da herpes zoster estão cegueira, surdez e a chamada neuralgia pós-herpética, uma dor no local durante anos mesmo após o fim da manifestação da doença. O problema também pode evoluir para infecções bacterianas, de acordo com Kairalla.

O tratamento da herpes zoster é feito por meio de antivirais usados para controlar a replicação do vírus, mas eles só fazem efeito se forem utilizados nas primeiras 48 horas do aparecimeno das lesões na pele.  "A eficácia ocorre somente nesse período. O remédio diminuiu o tamanho da lesão", diz.

Quem já teve a doença pode ter de novo, mas é raro. "A herpes zoster é reincidente em 10% das pessoas". Segundo a médica, a melhor forma de prevenção é a vacina própria, chamada Zostavax, indicada após os 60 anos. Essa vacina é oferecia apenas na rede privada e custa em torno de R$ 450.

 

R7

Foto: Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID)/CDC

Acredite na ciência e nos especialistas: não há evidências consistentes de que o uso de suplementos melhore a memória ou a habilidade cognitiva na velhice. Um relatório do Global Council on Brain Health, uma entidade internacional que se dedica ao estudo do cérebro, reuniu avaliações de experts e divulgou os resultados no mês passado. “As pessoas estão desperdiçando seu dinheiro em produtos que equivalem a um placebo”, afirmou o médico Gary Small, diretor do centro de longevidade da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. “Suplementos também podem ter efeitos colaterais e interagir com outros medicamentos, interferindo na sua eficácia”, completou.


Em 2016, apenas em suplementos para o cérebro, foram gastos mundialmente 3 bilhões de dólares, o equivalente a 12 bilhões de reais. Se pensarmos no mercado total de suplementos, o montante foi de 121 bilhões de dólares (R$ 484 bi) em 2018. Nos EUA, eles não são controlados pelo FDA, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) norte-americana, já que seu objetivo não é prevenir ou curar doenças. Mesmo assim, no começo do ano, o órgão processou 17 empresas acusadas de vender produtos que prometiam a cura do Alzheimer. Entre adultos acima dos 50 anos, 81% acreditam que seu uso pode beneficiar o estado geral da saúde e 26% consomem algo com o propósito de estimular o cérebro.


Para o médico Jacob Hall, professor de neurologia na Universidade de Stanford, as conclusões do levantamento estão em linha com o que observa no dia a dia da clínica: “o comércio desses suplementos se aproveita do medo que as pessoas têm de perder a memória. A não ser em condições médicas bem específicas, como deficiências nutricionais e que devem ter a supervisão de um profissional, eles são um desperdício de dinheiro e potencialmente perigosos”, disse ao site Healthline.com.

Os médicos são unânimes em garantir que intervenções no estilo de vida, que englobem atividade física, alimentação saudável e sono de qualidade, são muito mais eficientes para retardar um eventual declínio mental. Além disso, advertem que suplementos representam um risco elevado antes de cirurgias ou para pacientes com câncer, porque podem interferir na ação da quimioterapia.

 

G1

Adolescentes residentes no Brasil, de faixas mais pobres da população, estão mais obesos e ainda sofrem de desnutrição. 

É o que mostra estudo feito por pesquisadores da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz da Bahia (Cidacs/Fiocruz Bahia).

Esta é a primeira vez que uma investigação como essa é feita no Brasil, observando fatores socioeconômicos associados à desnutrição e à obesidade.

Para fazer o trabalho, os técnicos utilizaram dados das edições de 2009, a primeira, e da mais recente, de 2015, da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O trabalho investiga doenças crônicas não transmissíveis entre adolescentes escolares brasileiros.

O estudo comparou os índices nutricionais de alunos de 13 a 17 anos, separados entre os que apresentam somente sobrepeso ou baixa estatura e aqueles que apresentam as duas condições.

Sobrepeso

Na visão dos pesquisadores, houve aumento de sobrepeso entre os adolescentes de todos os níveis socioeconômicos e, ao mesmo tempo, também aparece nesses estudantes a desnutrição, revelada pela baixa estatura.

Segundo o estudo, os adolescentes de escolas privadas têm maior chance de desenvolver excesso de peso em relação aos estudantes da escola pública, mas ao longo do tempo a diferença se reduziu. Entre 2009 e 2015, o índice de adolescentes com excesso de peso na rede privada, que era 28,7%, permaneceu inalterável, mas a taxa entre os da rede pública aumentou de 19% para 23,1%.

Dupla carga

No estudo, os pesquisadores identificaram que a dupla carga de má nutrição, uma característica de desnutrição e obesidade, simultâneas, atinge menos de 1% dos estudantes.

Apesar disso, nem sempre uma melhoria nas condições socioeconômicas vem acompanhada de maior qualidade nutricional.

“O indivíduo que tem dupla carga é aquele adolescente que apresenta baixa estatura, um sinônimo de desnutrição crônica e excesso de peso. A dupla carga pode se manifestar de três formas. Tanto em nível individual, que é o caso do nosso estudo, sendo os dois desfechos no mesmo indivíduo. Pode ser também em nível familiar, por exemplo, uma mãe com excesso de peso e um filho com desnutrição, ou em nível comunitário, onde em um mesmo local temos taxas altas tanto de desnutrição quanto de obesidade. No nosso estudo foi bem específico, com adolescente de baixa estatura e excesso de peso”, disse a pesquisadora da UFBA, Júlia Uzêda, em entrevista à Agência Brasil.

Em 2009, na análise separada, o grupo que apresentou os dois desfechos de saúde, independentemente de sexo, e diferenciando entre estudantes de escola pública e privada, a simultaneidade aparece em 29 estudantes do ensino particular (0,2%) contra 185 do público (0,4%).

Isso significa que a dupla carga é maior entre estudantes da rede pública. Em 2015, a taxa de dupla carga entre os estudantes de escola privada atingiu 0,3% e nos da rede pública permaneceu em 0,4%. As meninas, com 0,4%, ainda são maioria, enquanto entre os meninos ficou em 0,3%.

Fatores

De acordo com o pesquisador do Cidacs Natanael Silva, embora o estudo não tenha se baseado em classes sociais, há variáveis analisadas que indicaram um crescimento de obesidade, atingindo cada vez mais a população menos favorecida socioeconomicamente.

Segundo ele, os alimentos processados podem ser um dos fatores da obesidade, por serem também de preços mais baixos.

“Os alimentos processados acabam sendo mais baratos do que qualquer alimento natural e por terem maior aporte calórico, muitas vezes serem vendidos em grandes quantidades, mais baratos e atrativos, chamam bastante a atenção do público mais vulnerável”, disse.

Além disso, foram selecionadas informações socioeconômicas de adolescentes, como escolaridade da mãe, raça, sexo e tipo de unidade escolar.

Os filhos de mulheres que completaram a educação primária revelaram melhores índices de nutrição, apresentando a metade da taxa de dupla carga do que os estudantes cujas mães não finalizaram essa etapa.

Júlia Uzêda informou que há estudos comprovando que a desnutrição em período intrauterino provoca mecanismos no corpo que aparecem futuramente na vida da criança, por causa de problemas na absorção de gordura, que resultam na obesidade.

“O adolescente é um público vulnerável por todas as mudanças físicas, então, quando o indivíduo tem dupla carga, ele passa a ter riscos tanto de desnutrição quanto de obesidade, por isso o nome de dupla carga”, observou.

Políticas Públicas

Os pesquisadores defenderam que o estudo serve para ajudar na elaboração de políticas públicas.

Para Júlia Uzêda, existem fatores que não foram analisados no estudo, como o consumo alimentar e, principalmente, a qualidade dos alimentos ingeridos, mas as informações encontradas já podem servir para a adoção de medidas com o foco na qualidade da nutrição.

“Muitas vezes as políticas públicas são destinadas isoladamente à obesidade ou à desnutrição e acabam tratando um e esquecendo outro. A transição nutricional tem o perfil que é a diminuição da desnutrição, mas não deixa de existir, enquanto a obesidade e o excesso de peso aumentam. Isso muda o foco das políticas públicas”, disse a pesquisadora.

 

AB

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