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O governador do Piauí, Wellington Dias participou na manhã desta quarta-feira (22), de solenidade para oficialização da compra direta de doses da Coronavac entre cinco estados brasileiros e o Instituto Butantan. Na ocasião foi anunciado que o Piauí deve receber 500 mil doses da vacina, com entrega imediata de 200 mil.

O governador Wellington Dias está em SP com o secretário Florentino Neto, onde assinou o termo de cooperação com o governador João Dória. Também serão entregues 2,5 milhões de doses para os estados do Pará, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso e Piauí. A compra não envolveu o Ministério da Saúde.

“Foi um passo que sonhamos e trabalhamos há muito tempo que é garantir um aumento dessa remessa, que é abaixo da proporção, para ampliarmos a vacinação. Independente de partidos e das disputas políticas, buscamos nos integrar num único objetivo que é de salvar vidas, o pacto pela vida. Escolhemos corajosamente seguir a ciência”, disse o governador Wellington Dias.

Ainda segundo o chefe do executivo, outros estados também darão esse passo. “O Plano Nacional de Imunização tem uma defasagem com vários estados, nós ainda temos muita gente que precisa tomar a primeira dose, outros que precisam tomar a segunda ou reforço. Fizemos várias tentativas de suprir essa falha e encontramos várias barreiras, por isso hoje é um dia histórico”, explicou.

O contrato de 100 milhões de doses do Butantan ao Governo Federal foi finalizado no dia 15 de setembro. A partir de agora os estados podem efetuar a compra de vacinas diretamente com o Instituto Butantan.

“A razão que traz governadores de diferentes regiões do Brasil a São Paulo, é a mais nobre: é celebrar a compra da vacina Coronavac produzida pelo Instituto Butantan para salvar vidas e proteger a saúde das suas populações”, destacou o governador de São Paulo, João Dória.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) quer destinar parte da Coronavac para incrementar a vacinação dos adultos e idosos e usar o imunizante Pfizer para os adolescentes de 12 a 17 anos. Segundo o secretário Florentino Neto, a vinda desse lote de vacinas vai trazer mais tranquilidade para imunizar a população piauiense. “A chegada dessas doses vai permitir uma maior celeridade à nossa campanha de vacinação”, diz o gestor.

Também participam da solenidade em São Paulo, os governadores Camilo Santana (Ceará), Helder Barbalho (Pará) e Renato Casagrande (Espírito Santo). Durante coletiva, o governador Wellington Dias destacou que o objetivo de todos os estados é alcançar um percentual acima de 80% da população vacinada.

Em sua fala, o governador do Ceará, Camilo Santana agradeceu a todos que fazem o Instituto Butantan. “Hoje estamos aqui consolidando esse processo de compra direta e vamos receber 300 mil doses que irão fortalecer o programa de imunização no estado do Ceará”, disse.

Sesapi

naovacinadosUma pessoa não vacinada contra a covid-19 não coloca em risco apenas a própria saúde, mas também a de todos, já que se torna foco para o surgimento de variantes. A mutação do coronavírus ocorre em infectados e a vacina reduz o risco de infecção, conforme explica o infectologista Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

“A vacina faz com que o corpo tenha defesas contra o vírus. Uma pessoa vacinada até pode apresentar sintomas, porque o vírus é rápido, mas as defesas que já possui serão ativadas e dificilmente possibilitará que o vírus evolua de forma grave. Assim, uma pessoa vacinada, na maioria das vezes, não terá grande replicação viral, dificultando o surgimento de variantes, diferentemente de quem não recebeu o imunizante e não possui proteção contra o vírus”, afirma.

Grinbaum ressalta que o surgimento de novas variantes se dá durante o período de infecção pelo vírus, mas que a pessoa que serviu de desenvolvimeno para essa mutação provavelmente não experimentará suas consequências, apenas as que se infectarem na sequência.

“Se uma pessoa infectada desenvolver uma cepa mutante, provavelmente não sofrerá as consequências desta variante, mas poderá transmiti-la para outras pessoas”, aponta.

A infectologista Andyane Tetila, presidente da SIMS (Sociedade de Infectologia de Mato Grosso do Sul), explica que as mutações de um vírus são um evento natural e esperado dentro do seu processo evolutivo. A maioria não provoca grande impacto na doença, mas podem surgir cepas mais transmissíveis e letais.

“Quando um vírus está circulando amplamente entre a população, a probabilidade de sofrer mutação aumenta. Quanto mais oportunidades um vírus tem de se espalhar, mais ele se replica", afirma.

"A maioria das mutações virais têm pouco ou nenhum impacto na capacidade do vírus de causar infecções e doenças. Mas, dependendo de onde as alterações estão localizadas no vírus, podem afetar as suas propriedades, como a transmissão ou gravidade", acrescenta.

R7

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

anvisaA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de alguns lotes da vacina CoronaVac, contra a covid-19, que foram interditados após constatação de que “dados apresentados pelo laboratório não comprovam a realização do envase da vacina em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação”.

A determinação foi anunciada hoje (22) por meio da Resolução (RE) 3.609, que determinou o recolhimento dos lotes da CoronaVac que já haviam sido interditados de forma cautelar pela Resolução (RE) 3.425, de 4 de setembro de 2021.

No dia 3 de setembro, a agência foi comunicada pelo Instituto Butantan que o parceiro na fabricação vacina CoronaVac, o laboratório Sinovac, havia enviado para o Brasil 25 lotes na apresentação frasco-ampola (monodose e duas doses), totalizando 12.113.934 doses, que foram envasados em instalações não inspecionadas pela Anvisa.

Diante da situação, e “considerando as características do produto e a complexidade do processo fabril, já que vacinas são produtos estéreis (injetáveis) que devem ser fabricados em rigorosas condições assépticas”, a Anvisa adotou medida cautelar com o objetivo de mitigar um potencial risco sanitário.

Em nota divulgada há pouco, a agência informa que, desde a interdição cautelar, avaliou todos os documentos encaminhados pelo Instituto Butantan, “dentre os quais os emitidos pela autoridade sanitária chinesa”.

“Os documentos encaminhados consistiram em formulários de não conformidades que reforçaram as preocupações quanto às práticas assépticas e à rastreabilidade dos lotes”, detalha a nota.

A Anvisa acrescenta que também fez a análise das documentações referentes à análise de risco e à inspeção remota realizadas pelo Instituto Butantan, “e concluiu que permaneciam as incertezas sobre o novo local de fabricação, diante das não conformidades apontadas”.

Os lotes interditados “não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa nos termos da Autorização Temporária de Uso Emergencial (AUE) da vacina CoronaVac”, uma vez que foram fabricados em local não aprovado pela agência e, conforme informado pelo próprio Instituto Butantan, “nunca inspecionado por autoridade com sistema regulatório equivalente ao da Anvisa”.

“Portanto, considerando que os dados apresentados sobre a planta da empresa Sinovac localizada no número 41 Yongda Road, Pequim, não comprovam a realização do envase da vacina CoronaVac em condições satisfatórias de boas práticas de fabricação, a Anvisa concluiu, com base no princípio da precaução, que não seria possível realizar a desinterdição dos lotes”, completa a nota.

A Anvisa concluiu também que a realização de inspeção presencial na China não afastaria a motivação que levou à interdição cautelar dos lotes, por se tratar de produtos irregulares, uma vez que não correspondem ao produto aprovado pela Anvisa, por terem sido envasados em local não aprovado pela agência.

Diante a situação, ficará a cargo dos importadores adotar os procedimentos necessários para o recolhimento das vacinas restantes de todos os lotes que foram interditados.

A agência enfatiza que “a vacina CoronaVac permanece autorizada no país e possui relação benefício-risco favorável ao seu uso no país”, desde que produzida nos termos aprovados pela autoridade sanitária.

Confira os lotes impactados

Segundo a Anvisa, 12.113.934 doses de lotes cujo recolhimento foi determinado pela Anvisa já foram distribuídos. São eles: IB: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H e L202106038.

SES/SP: J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202107044, J202106039, L202106048.

Outras 9 milhões de doses estão em lotes ainda em tramitação de envio ao Brasil. São eles:

IB: 202108116H, 202108117H, 202108125H, 202108126H, 202108127H, 202108128H, 202108129H, 202108168H, 202108169H, 202108170H, 2021081701K, 202108130H, 202108131H, 202108171K, 202108132H, 202108133H, 202108134H

Agência Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 A OMS (Organização Mundial da Saúde) informou em seu relatório semanal sobre a covid-19, divulgado nesta terça-feira (21), que a variante Delta do coronavírus já é predominante "na maioria das regiões do mundo".

A entidade salienta ainda que a cepa, identificada na Índia em outubro de 2020, representou 90% de todas as sequências genéticas submetidas ao banco de dados global GISAID com data de coleta de amostra entre 15 de junho e 15 de setembro.

No Brasil, dados da Rede Genômica Fiocruz mostram que a Delta também já é prevalente no Brasil, com 74,5% de todos os genomas sequenciados no mês de agosto. No mês anterior, a prevalência era de 25,4%.

A Delta é classificada pela OMS como uma VOC (variante de preocupação), especialmente por ser muito mais transmissível do que as outras cepas, como Alfa, Beta e Gama.

A variante também tem uma capacidade maior de reduzir a atividade de anticorpos neutralizantes conferidos pela própria covid-19 e pela vacinação.

Todavia, a imunização completa continua a ser a melhor forma de evitar quadros graves da doença, independentemente da variante.

R7