As declarações do magistrado foram enviadas ao Carlos Iran, do Portal Piauí Notícias, no final de semana passada, quando o repórter o procurou para mais uma entrevista. O magistrado generalizou a sua opinião, com base em insatisfações relacionadas a postura de um dos profissionais de comunicação da região, que tem emitido no ar opiniões relacionadas a atuação do juiz, em relação a soltura de bandidos.
O caso específico a que se referiu o magistrado trata-se das matérias, que foram noticiadas pela imprensa, sobre a liberação das pessoas que tinham sido presas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Floriano, com cerca de 150 kg de drogas (maconha). A decisão do juiz provocou uma ação do Ministério Público.
MPPI recorre de decisão do Dr. Noé que concedeu liberdade a acusado de transportar 150kg de maconha
Os 150kg de maconha apreendidos em FLO tinha como destino Teresina, diz Bruno
Novas informações sobre os 150kg de maconha que foram apreendidas pela PRF
Ouça o áudio do magistrado.
Por ter sido citado pelo juiz, o Portal Piauí Notícias decidiu, através deste editorial, se manifestar. É citado pelo Dr. Noé Pacheco, da Vara das Execuções Penais, que o representante do MP recebe elogios, que temos como foco “denegrir a sua imagem”, “que a imprensa não deve procura-lo mais”, que a “imprensa não quer saber de Juri (de quem foi preso)” e mais: que falta profissionalismo nas pessoas que fazem comunicação em Floriano.
Ouça áudio.
Nesse segundo áudio, o magistrado afirma que a imprensa florianense somente notícia os fatos selecionados e cita a sua terra natal, Oeiras, como exemplo de um bom jornalismo.
O Piauí Notícias, como forma de esclarecimento, em respeito aos seus internautas, afirma que o trabalho desenvolvido por este departamento de jornalismo tem sido sempre pautado em fatos reais, de forma imparcial, e tem sido parceiro da Justiça, do Ministério Público e de outros órgãos e instituições que prestam serviço à população, no tocante às informações que interessam ao todo. No jornalismo feito pelo Piauí Notícias não há aversão, nem tratamento diferenciado, seja para o com juiz em questão, seja para qualquer outro personagem. Temos mostrado a manifestação da sociedade em relação aos constantes casos de solturas, mas o espaço sempre foi aberto para as justificativas, relacionadas às motivações dessas decisões judiciais, com base na lei ou no trabalho oriundo dos advogados de defesa desses suspeitos e acusados.
É infeliz a afirmação do juiz Dr. Noé Pacheco, ao dizer que o Piauí Notícias, só leva ao público fatos negativos em relação ao seu trabalho como magistrado, como podemos ver em alguns links de reportagens nas quais o juiz Noé Pacheco é parte:
A compra de votos continua acontecendo, diz Noé, juiz eleitoral de Floriano
A afirmação de que a Polícia prende e a Justiça solta, estimula o crime, diz Juiz
Juiz Noé faz reconstituição, com um celular, do acidente que lhe envolveu na segunda
Em entrevista ao PN o Juiz Noé Pacheco, de FLO, fala sobre ações da Justiça
FLO terá investimento de mais de R$ 9,6 milhões em um novo Fórum
Juiz Noé avalia serviços da comarca de Floriano e fala das dificuldades no município.
Dr. Noé Pacheco está de volta as suas ações no Fórum de FLO
Aposentadorias de dois promotores de Justiça em FLO dificultarão ações
Por fim, lembramos que Floriano sempre teve seu destaque como uma cidade de imprensa séria, desde o início de sua história, sendo, inclusive, pioneira na região em vários veículos de comunicação, tendo exportado muitos profissionais de alto nível e que no caso do Piauí Notícias, são 13 anos de credibilidade e respeito a pauta, aos envolvidos nas reportagens, mas principalmente a verdade dos fatos, ainda que doa a muitos.
É fato que, como em todas as profissões, inclusive na magistratura, existam os bons e os maus profissionais, e não é diferente com a imprensa. O que nunca será justo é a generalização de uma opinião negativa, que atinge a todos os veículos, repórteres, jornalistas, produtores, fotógrafos, cinegrafistas e outros profissionais que compõem o todo.
Mesmo com o pedido do Dr. Noé Pacheco em não procura-lo mais para prestar informações e entrevistas, continuaremos o procurando, não só por ele ser um agente público, que presta serviço à população, mas pela continuidade de um processo ético e correto do jornalismo, buscar a informação, esclarecer fatos, prestar serviço à sociedade, ainda que o juiz não nos atenda.
Da redação