O promotor Arimatéia Dourado, do Ministério Pùblico Estadual e que atua na Comarca de Floriano, numa visita ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), área do bairro Manguinha, ainda no final do mês passado afirma ter presenciado um descaso por parte do poder Público Municipal.
Arimateia disse que a visita foi em razão da demanda e que no local foi constatado uma grave omissão.
"Durante a visita foi verificado um quadro funcionando com 14 servidores, onde sete são dentistas que estão recebendo dinheiro há muito tempo, pois o CEO ainda não funcionou este ano à contento. Só funcionou precariamente na parte de prótese, mas em relação aos canais, pequenas cirurgias isso não funcionou", colocou o representante do MP.
De acordo ainda com o promotor, os profissionais do local reclamam que falta material de trabalho, os gabinetes estão com problemas e isso, são fatores que tem impossibilitado os profissonais em saúde realizarem as suas atividades com normalidade.
O MP afirma que está instaurando um procedimento para garantir que os serviços tenham funcionalidade à contento e que a população seja beneficiada.
"O município foi chamado e reconheceu que realmente precisa fazer funcionar e foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta para que todas as providências sejam tomadas", disse Dourado afirmando que há um prazo de sessenta dias para que os trabalhos funcionem normalmente.
O prazo dado pelo MP encerra dia 26, a partir daí o órgão é para funcionar normalmente.
"Nós já oficiamos para que seja apresentado mensalmente um relatório das ações do órgão e, estamos aguardando os relatórios de outubro e novembro", disse Arimatéia Dourado.
O diretor do CEO, profissonal em Saúde Salomão Oka, foi procurado para se manifestar, mas esse segundo alguns dos servidores, está ausente do municipio. A secretária Thays Braglia, da Saúde, também foi procurada para se pronunciar à respeito, mas também não foi encontrada por motivo de viagem.
OUTRO LADO
Em resposta as denúncias do promotor Arimateia Dourado publicadas nesse portal, o Piauí Notícias, após um contato com o secretário Nilson Ferreira, da Comunicação, recebeu a seguinte nota do Município:
“Em hipótese alguma o município, na gestão de Joel Rodrigues, tem sido omisso no caso do CEO, que aliás, foi implantado por ele em uma de suas gestões, período de funcionamento pleno. Omissão se deu nos quatro anos do gestor anterior, que não deu nenhuma condição de funcionamento do CEO, que em 2017 foi entregue a nova gestão em péssimas condições e com o seu funcionamento interrompido. Em relação as providências tomadas pelo prefeito Joel Rodrigues, se iniciaram com o funcionamento da estrutura disponível, para que não ocorresse o risco de descredenciamento. Além disso o prefeito Joel já conseguiu recursos para ampliar os serviços do CEO e mais 100 mil reais para a aquisição de novos equipamentos, estando, ainda dentro do prazo acertado em Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público.
Da redação