O Governo do Estado anunciou ontem, 14, o afastamento dos professores das salas de aula que estão em greve há 78 dias, em primeiro momento foi anunciado à demissão dos professores grevistas pelo governo caso os professores não retornassem às salas de aula.
Para o professor Alisson Ferreira, essa ação do Governador Wilson Martins é mais uma ameaça para enfraquecer o movimento grevista. Todos os professores são concursados, com isso tem a garantia da estabilidade do emprego, não podemos ser demitidos. "A nossa greve não é ilegal, não vamos terminar com a greve se as nossas reivindicações não forem atendidas. Queremos o pagamento linear do piso salarial que teve aumento de 22%, retorno da regência e pagamento do retroativo dos meses de janeiro a abril", diz o professor.
Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Piauí (Sinte-PI), Odeni de Jesus, o governo deveria chamar os professores para negociar o fim da greve, mas o governador Wilson prefere fazer ameaça com o corte do salário ou com a nossa demissão, mas somos concursados, essa demissão não pode acontecer.
"A preocupação do governo é com o cumprimento do ano letivo", afirma Eldina Rocha, diretora de Gestão e Inspeção Escolar da Secretaria de Estado de Educação. Para isso, foi iniciado ontem um levantamento por uma comissão técnica do Estado de quantos e quais são os professores que irão permanecer em greve. "Não temos mais como esperar, a decisão foi de afastamento dos professores, e não de demissão como foi divulgado. A legislação garante ao aluno o direito de ter aula, não podemos permitir atrasar mais ainda o ano letivo", afirma a diretora. A nomeação dos professores vai ser de acordo com a lista de professores substitutos feita em 2009.
Hoje, às 9:00h, a categoria se reuniu em assembléia geral, na Praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak. Em assembléia, os professores discutem as novas estratégias para manter fortalecer o movimento grevista.
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