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A Assembleia Legislativa do Estado realiza na próxima terça-feira, 13, no plenarinho, uma audiência pública para discutir a suspensão do repasse do Seguro Safra aos municípios piauienses atingidos pela seca. A deputada estadual Liziê Coelho (PTB), autora da proposta, explicou que durante o encontro também será discutida a implantação de políticas públicas de assistências aos agricultores piauienses atingidos pela estiagem.


O Ministério do Desenvolvimento Agrário negou o pedido de liberação do benefício para 35 dos 38 municípios do Estado que solicitaram a ajuda, mesmo com a intensificação da seca nessas cidades devido à falta de chuva. Liziê explicou que a situação é ainda mais grave nas cidades do Sul e Sudeste do Piauí, onde as chuvas tem sido escassas e não localizadas. “Posso citar como exemplo a cidade de Paulistana, as chuvas dos últimos dias não foram suficientes para que o agricultor familiar pudesse garantir uma boa colheita. Essas pessoas já estão tendo prejuízos e necessitam do dinheiro do Seguro Safra”, disse.


O Governo Federal negou o repasse dos recursos depois de analisar os relatórios de perdas dos municípios e constatar que os prejuízos não tiveram a dimensão necessária para o repasse do Seguro. Segundo Liziê, isso ocorre porque os Governos desconhecem a realidade e dificuldades enfrentadas pelo homem do campo. O Ministério do Desenvolvimento Agrário só realiza o repasse do Seguro Safra para os agricultores que comprovarem que as perdas foram superiores a 50%.  “Para essas pessoas que vivem da agricultura familiar qualquer perda representa um prejuízo sem tamanho. O Ministério tem que rever esse método utilizado para avaliar os relatórios enviados pelas prefeituras”, criticou.


O Governo do Estado, a APPM, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Estado e a Secretaria de Defesa Civil participarão da audiência. Das 38 cidades piauienses que realizaram o pedido apenas Caridade do Piauí, Itaueira e São Raimundo Nonato serão beneficiadas. Mas segundo informações do ministério, ainda há dúvidas a respeito dos prejuízos nesses municípios, o que poderá levar a reavaliação do relatório.


“O tempo está passando e nada está sendo feito de concreto. Enquanto isso o homem do campo está sofrendo as consequências, precisamos agir. Mas para isso é preciso reunir todos os envolvidos nesse assunto e mobilizar e sensibilizar o Governo Federal sobre a situação desses municípios piauienses”, comentou.
 

Da redação