O prefeito Gleydson Resende, de Barão de Grajaú-MA, anunciou o nome do vereador que está como pré-candidato a vice-prefeito e que vai acompanhar o pre-candidato a prefeito Antonio Carlos.
Num acordo polítíco ficou definido que o nome do pré a vice sairia do grupo dos vereadores que formam a bancada de situação na Câmara, são sete que dão sustenção a gestão municipal.
Veja a entrevista com o prefeito Gleydson que externa mais sobre a decisão da bancada..
Nota de esclarecimento – Reportagem do Portal Política Dinâmica
A Secretaria de Saúde de Floriano, em face da reportagem “PANDEMIA DE SUSPEITAS EM FLORIANO” publicada no site Política Dinâmica vem a público esclarecer alguns pontos:
1. Lamentamos e vemos com bastante preocupação o fato de o site não ter cumprido uma regra básica do jornalismo, que é ouvir todas as partes envolvidas na denúncia, pois, mesmo sendo citada por diversas vezes, a Prefeitura de Floriano não foi procurada em nenhum momento para dar a sua versão dos fatos.
2. Exercendo o seu direito de resposta, a Secretaria de Saúde de Floriano esclarece em nota que o Termo de Cooperação Técnica entre o município, Hospital Regional Tibério Nunes e hospitais particulares foi celebrado de acordo com o processo de Inexigibilidade de Licitação, previsto na Lei de Licitação, com parecer jurídico e o acompanhamento, desde sua idealização até sua assinatura, pelo Ministério Público do Piauí e Conselho Municipal de Saúde, além de servir como modelo para outras prefeituras e governos.
3. O termo prevê como descrito na CLÁUSULA PRIMEIRA a manutenção e ampliação de leitos clínicos para atender pacientes que NECESSITEM DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR, em decorrência do contágio por Covid-19. E na CLÁUSULA SEGUNDA, informa-se o motivo pelo qual o termo foi celebrado. Visando a necessidade de estrutura e ampliação de leitos para internação hospitalar do município de Floriano e reforça o acompanhamento do Ministério Público desde as tratativas, até a formalização do termo, cabendo ao órgão fiscalizar o cumprimento das medidas estabelecidas no documento. Em outras palavras, o Termo previu a transferência de pacientes não acometidos pela Covid, para os hospitais privados, para liberar a Ala C do Hospital Tibério Nunes que passou a abrigar pacientes clínicos com Covid. Os valores do leito/dia estimado ficaram em R$ 233,33, valores bem abaixo dos custos de um leito na rede hospitalar do Piauí e muito mais baixo ainda que os custos de um leito de hospital de campanha.
4. Quanto aos insumos, está claro na CLÁUSULA QUARTA - DAS ATRIBUIÇÕES E OBRIGAÇÕES no parágrafo II sobre a competência do Hospital Regional Tibério Nunes o seguinte: Fornecer todo o apoio técnico e operacional, EXCETO HOTELARIA E LIMPEZA, bem como receber e transportar pacientes que serão internados juntos ao estabelecimento hospitalar privado. Ou seja, o paciente é internado na estrutura hospitalar privada que oferece acomodação climatizada, seguindo normas e padrões sanitários e com equipe multidisciplinar, é tratado com insumos disponibilizados pelo HTN de onde ele veio e insumos do hospital que o acolheu, necessários ao pleno funcionamento do sistema e tratamento dos pacientes durante a internação.
5. Por fim, o jornalista esqueceu de citar que a mesma cidade onde ele se refere como “umas das situações mais preocupantes com relação à pandemia do novo coronavírus no Piauí”, foi a primeira a oferece tratamento precoce a seus pacientes tendo inclusive recebido reconhecimento nacional, criou um dos primeiros centros de referência para síndromes gripais do país que já realizou mais de 10 mil atendimentos e tem um dos maiores índices de testagem da população ultrapassando mais de 13700 testes realizados, ou seja, mais de 20% da população, número muito além do recomendado pela OMS. Floriano é hoje referência no enfrentamento ao novo coronavírus, principalmente na eficiência de um tratamento que tem evitado o agravamento de saúde de quase todos os positivados, e vamos continuar sendo.
Lamentamos que, coincidentemente na proximidade do período eleitoral materiais jornalísticos coloquem sob suspeita uma gestão reconhecida pela transparência e compromisso com a missão de cuidar das pessoas. Por isto, prevendo que mais matérias possam vir a ser publicadas, nos colocamos SEMPRE à disposição para sermos ouvidos, como prima o jornalismo imparcial, cuja função de fiscalizar e bem apurar os fatos é essencial.
A pandemia do novo coronavírus tem feito governos estaduais, municipais e federal usarem grande aporte de recursos para garantir atendimento à população. Mas ao mesmo tempo em que aumentam os esforços contra a pandemia, também crescem as denúncias e suspeitas de corrupção com verbas destinadas ao enfrentamento da crise de saúde.
No Piauí, uma das cidades mais castigadas pela Covid-19 é Floriano, na região Sul. O município chegou a ganhar destaque nacional quando a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, esteve na cidade para acompanhar o protocolo adotado no Hospital Regional Tibério Nunes para tratamento da Covid-19.
Sede da Prefeitura Municipal de Floriano (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)
Mas é justamente em Floriano que uma parceria entre Prefeitura, Hospital Tibério Nunes e duas clínicas particulares desperta alguns questionamentos. Em 30 de abril, um Termo de Cooperação Técnica foi firmado. Os entes envolvidos na parceria são a Secretaria de Saúde do Município, o Hospital Tibério Nunes e as clínicas Clinicor e João Paulo II.
ASSISTA A REPORTAGEM:
A parceria tinha vigência inicial de três meses. Por cada mês, as duas clínicas recebem R$ 175 mil, o que totaliza o valor de R$ 525 mil para cada uma nos três meses de contrato.
O objeto do contrato diz que a “finalidade é assegurar as condições financeiras, técnicas e estruturais para ampliação de leitos clínicos para atender os pacientes que necessitarem de internação em decorrência do contágio de Sars-cov 2 (coronavírus) em Floriano”. No texto não fica claro se o Hospital Tibério Nunes mandaria pacientes com Covid-19 para as clínicas ou se elas receberiam pacientes comuns para abrir espaço de leitos Covid no Tibério Nunes.
No entanto, a nota de empenho de pagamento de uma das parcelas de R$ 175 mil mensais para as clínicas dá a entender que as unidades particulares receberiam pacientes com Covid-19 enviados do Hospital Tibério Nunes. Na descrição da nota, o texto com a seguinte justificativa.
O prefeito Joel é testemunha que assina contrato da prefeitura com clínicas que recebem R$ 175 mil por mês (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)
“Valor que se empenha referente a termo de cooperação técnica celebrada entre o Hospital Regional Tibério Nunes e a Clinicor - Clínica do Coração Eirelli - através da Secretaria Municipal de Saúde, com finalidade de receber os pacientes que necessitarem de internação hospitalar em decorrência do contágio sars-cov 2”.
Nota de empenho emitida pela Prefeitura de Floriano sugere que Hospital manda pacientes com Covid-19 para a rede privada.
Mas, de acordo com a médica Márcia Dias, coordenadora da área de isolamento Covid-19 do Hospital Tibério, as clínicas particulares não recebem os pacientes com Covid-19. Segundo ela, o objetivo da parceria é mandar pacientes comuns para as unidades parceiras e dessa forma abrir espaço para leitos de atendimento Covid no Hospital Regional Tibério Nunes.
Médica explica parceria com clínicas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)
“Essa parceria acontece a nível de Secretaria Municipal de Saúde de Floriano e Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). São essas instituições, em parceria com o município e com a rede privada. Tem dois hospitais que prestam essa assistência. Hoje temos em média 25 leitos em cada clínica. Essa parceria é feita para pacientes que não têm Covid”, diz.
A SUSPEITA SOBRE OS INSUMOS
A falta de clareza na descrição do objeto do contrato não é o ponto mais grave em torno das suspeitas que rondam a parceria com as clínicas. A questão mais delicada é sobre as atribuições que cabe a cada um dos entes envolvidos no Termo de Cooperação Técnica.
No item III da Cláusula Terceira está claro: “Compete às clínicas fornecer estrutura de 25 leitos clínicos, através de estrutura com acomodação tipo enfermaria climatizada, bem como os insumos para tratamento dos pacientes durante a internação”.
Cláusula no Termo de Cooperação define atribuições de cada ente.
O Política Dinâmica recebeu denúncia de que, embora o contrato diga que as clínicas são responsáveis pelos insumos, o Hospital Regional Tibério Nunes estaria mandando insumos para as unidades privadas. O que era suspeita virou afirmação de quem atua na parceria.
Questionada pela reportagem se o Hospital Regional Tibério Nunes manda insumos para as clínicas particulares, o que contraria as regras do contrato, a médica Márcia Dias, coordenadora da área de isolamento Covid do Tibério Nunes, afirmou que sim.
“Sim. A contrapartida do hospital foi manter essa questão do insumo relacionado ao atendimento de pacientes das enfermarias clínicas, que agora não é mais feito aqui no Hospital Tibério Nunes e sim nos hospitais da parceria pública-privada” confirmou a médica.
Na prática, as clinicas recebem R$ 175 mil por mês e deveriam garantir os insumos, como manda o contrato, mas mesmo assim recebem os produtos do hospital público.
A reportagem esteve na Clinicor e no Hospital João Paulo II, as duas unidades privadas que participam da parceria. Na Clinicor, que é conveniada com o SUS, o dono Dr. Marcus Vinícius Kalume foi evasivo ao ser questionado sobre os insumos. Ele evitou responder especificamente sobre insumos, embora tenha sido perguntado duas vezes.
Médico Marcus Vinicius Kalume, dono da Clinicor (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)
“A parte dos recursos humanos ficou com o hospital. A gente tem, além da equipe nossa que trabalha aqui com a gente, a parte de recursos humanos do Hospital Tibério Nunes. Sobre insumos, a parceria foi feita dentro de um acordo de colaboração assinado por mim, pela direção do Hospital Tibério Nunes, com apoio da Promotoria Pública, em que a parte de toda a estrutura física dos leitos é cedida pela empresa”, falou.
No Hospital João Paulo II, ninguém da direção foi encontrado para falar sobre o assunto. Uma funcionária na recepção informou que nenhum representante da empresa estava no local no momento em que a reportagem esteve na unidade.
PROMOTOR ASSINOU COMO TESTEMUNHA
Ao Política Dinâmica, o promotor de Justiça José de Arimatea Dourado Leão, que assina o Termo de Cooperação Técnica como testemunha, disse que o MP acompanhou as tratativas que resultaram na assinatura do termo, cujo objeto foi a disponibilidade de 50 leitos clínicos (25 em cada clínica) para atendimento de pacientes do Hospital Tibério Nunes, a fim de ampliar os leitos clínicos, no próprio hospital, para enfrentamento da covid-19.
Hospital João Paulo II, um dos parceiros (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)
O promotor disse ainda que o MP está acompanhando e fiscalizando a execução do Termo de Cooperação. No entanto, o próprio representante do Ministério Público fala em distribuição de insumos, o que sugere afronta à Cláusula Terceira do contrato.
“O MP está acompanhando a execução do Termo de Cooperação. O acompanhamento e fiscalização é feito através de visitas in loco no Hospital João Paulo II e na Clinicor, entrevistando pacientes, verificando a ocupação, profissionais da saúde plantonistas, bem como a distribuição de insumos.”, informa o promotor.
Enquanto o contrato é bastante controverso e as versões do envolvidos não batem, a cidade de Floriano vive umas das situações mais preocupantes com relação à pandemia do novo coronavírus no Piauí. Neste mês, o médico Justino Moreira, diretor clínico do Hospital Tibério Nunes, disse que a sensação no município é de descontrole da doença.
O empreendedor Aroldo Máximo, de um restaurante que fica no bairro Manguinha, em Floriano, esteve na reunião e afirmou que vai começar a se preparar para a reabertura da sua empresa.
O empreendedor é um dos representantes do seu setor de negócios. "Esperamos que seja reaberto logo, pois precisamos trabalhar", externou o Aroldo.
A informação sobre como deve funcionar as empresas nessa quinta é da presidente da Classe Comerciária a líder Jocilena Falcão. Ela recebeu o repórter Ivan Nunes, do Piauí Notícias, para externar sobre como será o funcionamento das empresas no Dia de Corpus Christi.
Na entrevista, Jocilana informa que algumas empresas consideradas essências estarão em funcionamento, mas cumprindo o que determina a Lei e o acordo firmado entre as classes de patrôes e empregados do comércio local.
O Sindicato, ainda de acordo com ela, deve agir no caso de algum empreendedor descumprir o acordo. Veja a entrevista com a lider Jocilane Falcão.