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Líder do centrão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) diz acreditar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ser candidato ao Palácio do Planalto de novo em 2026, mesmo com uma série de obstáculos jurídicos.

O presidente do PP afirma confiar que Bolsonaro -inelegível por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)- recuperará os direitos políticos. Ou por meio do próprio Judiciário, ou por anistia do Congresso. "Todo mundo acha que o Bolsonaro vai ser candidato", diz em entrevista à Folha de S.Paulo.

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O senador avalia que, se a postura dos ministros do STF não mudar, o impeachment de integrantes da corte será uma das principais pautas na eleição ao Senado em 2026.

Ciro ainda defende o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como futuro presidente da Câmara e diz que Bolsonaro já fez um "apelo" para que ele, se eleito, paute propostas de seu interesse, como a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.

PERGUNTA -  Como presidente do PP, o sr. apoia o nome de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara?

CIRO NOGUEIRA - O [presidente da Câmara] Arthur Lira alertou isso antes, que os três candidatos que estavam colocados, de partidos expressivos, o Marcos Pereira, o Elmar Nascimento e o Antonio Brito [do Republicanos, União Brasil e PSD, respectivamente], entraram na campanha muito cedo. Começou uma disputa muito forte e eu já previa que isso ia dar problema, que ia acabar vindo um terceiro ou quarto nome.

Se o Arthur fosse optar por questão de proximidade, tinha optado pelo Elmar, talvez o melhor amigo dele na Casa. Mas ele achou que era melhor um nome que aglutinasse mais, e eu não tenho dúvida de que o Hugo vai ser candidato único no início do ano.

Mas até agora Elmar e Brito continuam na disputa, e Motta não virou esse candidato de consenso.

Eu tenho 30 anos de Câmara, acompanho os processos, [sei que] vai acontecer. Agora está no processo de decantar.

O Brito e o Hugo, você pode dizer, 'Ah, mas os dois podem se juntar'. É impossível. Eles têm a mesma origem do PFL, saíram completamente rompidos de uma forma irreversível. O [Gilberto] Kassab com os líderes do União [Brasil] são água e vinho, não se toleram.

O sentimento de vitória do Hugo está muito forte na Casa. E, além do mais, o Hugo tem ao lado dele o maior eleitor da Casa, que é o Arthur.

P. - Lira buscou aval do presidente Lula (PT) para a negociação. Isso significa que Motta pode ser um candidato governista?

CN - O que o Arthur deve estar buscando é o consenso. Sem o apoio de Lula, de Bolsonaro, não existe consenso. E os dois, pelo que eu sei, deram aval [ao Hugo].

Mas de jeito nenhum [será governista]. Ele vai ser um candidato da Casa. O perfil dele tem que ser de independência. O Hugo vai ter o mesmo 

P. - O sr. disse que Motta foi atrás do Bolsonaro. O ex-presidente colocou como condição para o apoio a votação da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro?

CN - Não. Defendeu que o presidente da Casa coloque em votação as matérias, independentemente de ser governo ou oposição. E essa matéria de 8 de janeiro é uma delas.

P. - Mas ele falou especificamente desta?

CN - Eu acredito que sim. [Pediu] ao Hugo que não utilize a questão de ser governo ou oposição para evitar que matéria seja colocada em plenário, e nisso está incluído o 8 de janeiro. É o correto, tem que colocar as matérias para serem votadas, independentemente do posicionamento dele. Se não for votada este ano, não tem por que o Hugo deixar de colocar as matérias para serem votadas em plenário.

Alguns parlamentares diziam que esse projeto de alguma forma pode avançar ou imbicar para um perdão a Bolsonaro. O sr. vê assim?

Não. Eu mesmo sou autor de um projeto que anistia o presidente Bolsonaro para que ele possa disputar a eleição. Esse é um processo completamente diferente, porque o presidente Bolsonaro não tem nada a ver com o 8 de janeiro. São processos distintos.

P. - Ele não pede para ser incluído nessa anistia?

CN - Que eu saiba, não. O projeto que está tramitando não tem nada a ver com ele. Ainda bem que ele não está condenado a nada pelo 8 de janeiro.

Apuramos que a tendência é que ele seja indiciado pelo 8 de janeiro.

Aí é uma vontade de alguns. Não tem por que isso acontecer. Indiciá-lo no 8 de janeiro é o mesmo absurdo que tirar os direitos políticos enquanto tem uma reunião com embaixador.

P. - Vê alguma chance de ele ser candidato a presidente em 2026?

CN - Ele vai ser nosso candidato em 2026, se Deus quiser. O próprio processo de anistia é uma opção. E o recurso no TSE, que pode habilitá-lo. As pessoas não vão entender que uma pessoa fica inelegível na reunião com embaixador. Todo mundo acha que o Bolsonaro vai ser candidato. O próprio TSE vai ser compelido a rever essa posição.

P. - O processo de inelegibilidade deve, inevitavelmente, acabar no STF. Vê chance de o Supremo alterar a decisão?

CN - Se os ministros do Supremo se despirem das suas ideologias e forem realmente juízes [sim].

P. - O sr. vê motivos para o impeachment de um ministro nesse momento?

CN Essa discussão de impeachment é mais de posicionamento político, não tem chance de passar um impeachment hoje com essa composição do Senado. É mais discurso político, não tem essa possibilidade.

P. - E a partir das eleições de 2026? Se houver maioria bolsonarista, acha que isso pode avançar?

CN - Eu tenho alertado que, se eles [os ministros do STF] não diminuírem esse excesso de protagonismo, se não encerrarem esse inquérito [das fake news], essa situação [será] a grande pauta da eleição para o Senado. Vai ser muito ruim. Espero que não aconteça. Ninguém vai se eleger senador, fora do Nordeste, sem se manifestar por conta do impeachment. Vai ser uma loucura, você não tem ideia do que vai acontecer.

Não tem sentido um inquérito ficar aberto cinco anos. Ele [o ministro Alexandre de Moraes] tem de encerrar esse inquérito, eu faço um apelo a ele, é bom para o próprio Supremo. Tenho certeza que os ministros não apoiam isso publicamente para não ser contra o ministro Alexandre. Mas eu não conheço ninguém que defenda isso.

P. - É um desejo do sr. ser candidato a vice-presidente em uma chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas?

CN - Ficaria extremamente feliz e honrado. Mas ninguém é candidato [a vice]. Se você me perguntar: Ciro, você vai ser candidato a governador do Piauí, a senador, a deputado federal? Isso é uma decisão minha. Vice-presidente é uma conjuntura, depende da vontade da maioria. Eu ficaria muito feliz de ser candidato a vice ou do Bolsonaro ou do Tarcísio, ou de qualquer candidato dele.

RAIO-X | Ciro Nogueira, 55
Formado em direito, foi deputado federal pelo Piauí por quatro mandatos consecutivos, de 1995 a 2011. É presidente nacional do Partido Progressista desde 2013 e foi eleito senador piauiense em 2018. Ainda, é ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), atuando de 2021 até o fim de 2022.

As pesquisas apontam um crescimento dos candidatos da oposição no Piauí, e o governo já parece se desesperar em Teresina, sua principal disputa e cidade foco para o novo projeto de política nacional do PT no nordeste.

Ganhar nas principais cidades do Piauí é questão de honra para Rafael Fonteles, segundo garantem petistas em revelações para coluna. O governador faz quebra de braço com Wellington Dias e precisa mostrar força e inteligência diante do velho cacique do PT, o ministro desenvolvimento.

Foto: Reprodução

Equipe PT

A virada de Gil

Em Picos, Gil Paraíbano (PP), prefeito que assumiu o pleito ganhando do sogro do governador Rafael, o empresário Francisco da Costa Araújo Filho, derrotado com mais de 51%.

Foto: Reprodução

Gil Paraibano e Pablo Santos

Gil Paraibano e Pablo Santos

Agora, Pablo Santos (MDB) parece ter o mesmo destino, com uma virada surpreendente de Gil. Todas as pesquisas mostravam Pablo na frente, mas agora o jogo se inverte na reta final e parece que assim continuará e poderá até aumentar a diferença com Gil na frente, pois a última pesquisa do Amostragem já mostra que o candidato a reeleição tem 49% e está na frente do Dr. Pablo Santos.

Parnaíba clamou por Francisco 

A deputada Maria das Graças Moraes Sousa, Gracinha Mão Santa, conseguiu montar uma chapa que pegou na população e que ligou o candidato Francisco Emanuel como continuação da gestão de Mão Santa, ao mesmo tempo que trouxe um frescor de renovação.

Foto: Reprodução

O segundo Francisco, sustentando por seus criadores, Mão Santa, Gracinha e Adalgisa.

O segundo Francisco, sustentando por seus criadores, Mão Santa, Gracinha e Adalgisa.

O jovem candidato que foi pensando e trabalhado diretamente por Gracinha já é segundo consta, clamado nas ruas como prefeito e a pesquisa do Instituto Credibilidade que deu-lhe 48,02% e com ampla diferença para o segundo colocado, Hélio Oliveira (MDB), que parece ser um aposta errada e que muito custou para o Governo.

Antônio Reis, “on”

Antônio Reis (PSD) assumiu a prefeitura de Floriano com pouco mais de dois anos de gestão, após Joel Rodrigues (PP) deixar a cadeira para pleitear o senado.

Foto: Prefeitura de Floriano

Joel Rodrigues e Antônio Reis

Joel Rodrigues e Antônio Reis

O candidato parece que fez o que o povo gostaria que fizesse e manteve a aprovação da gestão também na urna, se consolidando agora nos dias mais duros da campanha e passando Marcus Kalume (PT). A diferença se extremou tanta que chegou até mesmo a ter uma diferença de 18 pontos na frente do petista segundo o Opinar, diminuiu na reta final para 9 pontos, mas mantém liderança.

Silvio Mendes, o que não se rende

As pesquisas mostravam ainda na pré-campanha o candidato Fábio Novo (PT) em quase todos os cenários como vitorioso, entretanto as mais recentes dão um resultado diferente e Silvio Mendes (UB) aparece na frente e já com uma margem grande de diferença e que parece que pode continuar a crescer.
 

Foto: Reprodução

Silvio Mendes

Silvio Mendes em Campanha

A pesquisa Quaest/Globo aponta Silvio com 49%, com mais de 5 pontos de diferença do Fábio.

A filha única 

A única cidade onde o PT e seus aliados parecem vencer é em Piripiri, onde Jôve Oliveira (PT) tem grande margem contra Luiz Menese (PSD) e que deixou a vida pública na cidade pela porta dos fundos.

Mudança de discurso

No início da campanha, Rafael dizia que o PT faria inúmeras prefeituras e teria sua grande maioria no Piauí, mas agora o discurso parece adequa-se a realidade e ele agora diz que a base, não mais o PT, fará a grande maioria.

Da base mais não tanto 

Apesar de falar em base, o que Rafael não parece perceber é que a maioria das cidades onde perde tem candidatos em oposição ao PT não do PP de Ciro Nogueira, mas do partido gerido por Georgiano Neto, o PSD, apesar do deputado está atualmente no MDB.

No futuro essa quantidade de prefeitura da base, mas que não são totalmente submissas, terá seu ‘banquete das consequências’, para usar palavras de Robert Louis Steverson.


Progressões

Enquanto anuncia obras e resultados positivos na Educação, o titular da pasta, Washington Bandeira, vai fazendo cara de paisagem para centenas de pedidos de mudança de classe e de nível feitos por professores da rede pública estadual.

Compreensível

Entre os que atuam nesta coluna não há nenhum psiquiatra nem especialista em estrada, como é o senador Marcelo Castro (MDB), mas como se médico e de louco todo mundo tem um pouco, lá vai um laudo: o senador padece de estresse pré-traumático porque ao que parece pensando que fez um giro fez um jirau.

Explicação 1

Castro, um senador da República, era eleitor de Teresina e transferiu seu voto para São Raimundo Nonato para empenhar-se em uma campanha política municipal de um primo. Dobrou uma aposta que para um político da estatura dele deveria valer a metade. O resultado é a que agora se exaspera ante possibilidade de derrota.

Júlio de boa

Enquanto Marcelo Castro atravessou a rua para escorregar em casca de banana eleitoral em São Raimundo Nonato, o deputado federal Júlio César vai evitando bola dividida e reunindo cartas para pôr na mesa daqui a menos de dois anos.
Vai chegar não pedindo, mas exigindo uma vaga de candidato a senador em 2026.

Foto: Reprodução

Marcelo Castro: como psiquiatra ele opera na condição de “especialista em estradas”

Trabalhadores na placa

As placas de inauguração de obras do governo do Piauí terão agora, obrigatoriamente, os nomes dos trabalhadores que a executaram.

Uma gincana solidária está sendo organizada pelo SEBRAE e, conforme o Helder Cronemberger, analista do órgão público, a campanha estará se estendendo por mais uns dias.

hlder

Um sistema de doações de roupas e alimentos faz parte do projeto que é de âmbito estadual. Esses dois tipos de donativos  os produtos são os mais entregues no ponto de arrecadação, mas rações para pet e brinquedos podem ser doados também. Veja a entrevista: 

Da redação

O candidato Antônio Reis, do PSD, e o seu candidato a vice-prefeito, o professor Joab Carvalho Curvina (PP) estiveram no bairro Manguinha, em Floriano-PI, onde realizaram mais um ato político co presença de aliados, apoiadores e populares. 

antooioreis

Na sua fala, o professor candidato Antônio Reis Neto falou sobre o diferencial da cidade e, mais, que estava feliz com a presença do povo no seu evento. Ao saldar o povo, o candidato desejou uma boa noite para Jesus Cristo. Veja: 

Da redação

Subcategorias

A informação sobre como deve funcionar as empresas nessa quinta é da presidente da Classe Comerciária a líder Jocilena Falcão.  Ela recebeu o repórter Ivan Nunes, do Piauí Notícias, para externar sobre como será o funcionamento das empresas no Dia de Corpus Christi.

jocinala

Na entrevista, Jocilana informa que algumas empresas consideradas essências estarão em funcionamento, mas cumprindo o que determina a Lei e o acordo firmado entre as classes de patrôes e empregados do comércio local.

O Sindicato, ainda de acordo com ela, deve agir no caso de algum empreendedor descumprir o acordo. Veja a entrevista com a lider Jocilane Falcão. 

Da redação