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O companheiro de Ana Graziela de Oliveira Montes, 19 anos, morta na noite do último sábado, 4, apresentou-se ontem, 8, à 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo). Arismar Brito Rodriguez, 31 anos, confessou que estrangulou a mulher por ciúme. O corpo da vítima só foi encontrado na segunda-feira, 6.

Em depoimento ao delegado chefe Ricardo Yamamoto, Arismar detalhou o motivo do crime. Segundo ele, há quatro meses descobriu que Ana Graziela o traía com uma mulher de 20 anos. Ao flagrá-la, resolveu perdoá-la mas impôs condições. Alegando-se doente de ciúme, Arismar obrigou a mulher a usar apenas roupas íntimas grandes. Exigiu ainda, que toda vez que ela saísse, filmasse o horário do relógio e o local em que estava e o enviasse.

No dia do crime, Arismar conta que desconfiou da mulher. O acusado resolveu vigiá-la na saída do trabalho, um supermercado em Águas Claras. Segundo o depoimento do acusado, no fim do expediente, às 16:00h, ela ligou para o marido avisando que iria se atrasar. Às 18:30h passou uma mensagem comunicando mais um atraso. Arismar ficou vigiando a saída do supermercado e impaciente, às 20:00h entrou no local e lhe informaram que ela havia saído às 15:30h. Arismar ligou para ela várias vezes e não obteve resposta.

Às 21:00h, Ana Graziela ligou para o marido informando que estava na frente de casa. Ainda de acordo com informações do homem, quando Arismar chegou até o local, o casal discutiu e a mulher confessou que estava com a suposta amante. O homem afirmou em depoimento que perdeu o controle e começou a enforcá-la. O suspeito colocou um pano em sua boca para que os vizinhos não ouvissem e quando viu que ela estava desacordada, pegou roupas da filha, que estava na casa dos sogros e saiu.

Após o crime, ele chegou na casa da sogra e disse que o casal iria passar o fim de semana em Pirenopólis, mas foi dormir na casa da irmã. Na manhã do dia seguinte, pegou um ônibus para Palmeiras, no Piauí, e chegou na cidade às 2h20 da última segunda-feira (6/2). Ao acordar, Arismar contou que estava arrependido e ligou para o sogro, avisando que sua filha estava morta.

Arismar está preso na 29ª DP e aguarda julgamento. Segundo Yamamoto, ele responderá por homicídio triplamente qualificado e poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão.



Piauí Hoje