Antes concentrada apenas em Teresina principalmente pelo fato de ser a maior cidade e a capital do Estado, a violência começa a se espalhar por outros municípios do Piauí, do interior ao litoral. Em dezembro a maioria dos assassinatos ocorridos no Estado foi registrada fora da Capital. No total o Piauí registrou 44 homicídios dolosos no mês de dezembro de 2012, sendo 19 em Teresina e 25 nas demais cidades.

 

Os dados são de uma pesquisa mensal realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Piauí (Sinpolpi) para mostrar o crescimento da violência no Estado. Segundo o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, poucas vezes durante a realização da pesquisa foi registrado um número maior de crimes nos outros municípios.

 

Segundo a pesquisa, os municípios onde ocorreu o maior número de assassinatos foram Parnaíba com cinco crimes, Campo Maior com três, Santa Filomena e Cocal da Estação, com dois casos cada. Em Santa Filonema, município localizado a cerca de 960 quilômetros ao sul da Capital, a população nunca havia presenciado dois homicídios dolosos no mesmo mês, até mesmo em um ano o fato era raro.

 

Um dos fatos atribuídos a este “interiorização” da violência é o trafico de drogas que está se espalhando pelos mais longínquos municípios do Estado, sempre levando à tira-colo os envolvidos, principalmente os ex-detentos.

 

Pessoas que já estiveram presas em algum estabelecimento penal do Estado, ou mesmo em delegacias, são o segundo grupo de vítimas que mais perdeu a vida em um homicídio dolosos no mês passado. No total foram seis crimes neste grupo ficando atrás apenas das pessoas que eram lavradores ou estudante.

 

O mesmo número se dá quanto o analisado é o item “suposto motivo do delito”. De 44 pessoas assassinadas em dezembro no Piauí, seis delas tiveram como motivos, a briga de gangue pelo controle dos pontos de drogas. Se forem contados os casos de assassinatos por rixas, vinganças ou mesmo acerto de contas, motivos que estão ligados ao tráfico de drogas, aumenta consideravelmente o total de casos onde o tráfico foi quem determinou a execução e comprovando que, percebendo que a Polícia na Capital está mais ligada a este tipo de delito, até mesmo porque já conhece o “modus operandi” das quadrilhas, os traficantes começam ao levar a violência para lugares antes tidos como paraísos da calmaria.

 

180graus  

Um acidente no trecho que liga Timon a Caxias na BR-316 envolveu dois ônibus e um caminhão que transportava botijão de gás.

 

O proprietário dos dois ônibus, Ramon Alves disse que o ônibus da empresa  RA Viagem, que ia transportando passageiros de Timon para Imperatriz tombou no acostamento da rodovia, às 19: 15h depois do motorista desviar o veículo de animais que estavam na pista.

 

Ramon Alves disse que a pista da rodovia fica sempre cheia de animais. ‘’O motorista tentou desviar o ônibus dos animais e não chegou a colidir com nenhum deles, e como estava chovendo muito ele tentou frear e o veículo perdeu o controle e tombou’’, disse.

 

Ele declarou que depois que o ônibus tombou, vários veículos pararam na rodovia e o motorista do caminhão para não passar por cima dos carros freou, perdeu o controle e colidiu com o ônibus da empresa Transbrasil, que vinha de Osasco (SP) para Natal (RN).

 

O ônibus tinha mais de 40 passageiros, que iam passar para Teresina e nenhum deles ficou ferido.

 

Os passageiros do ônibus, que ia de Timon para Imperatriz também não ficaram feridos.

 

O motorista do caminhão, Francisco das Chagas, disse que só lembra que estava passando na BR-316 quando foi atingido pelo ônibus que vinha de Osasco. ‘’Eu só vi o carro atingindo o meu e mais nada’’, disse ele, que foi retirado das ferragens pelo Corpo de Bombeiros.

 

Na colisão, a porta do caminhão do lado do motorista ficou totalmente danificada junto com o pára-lama. Francisco das Chagas ficou ferido no rosto e na perna esquerda. ‘’Sobrevivi por um milagre’’, disse.

 

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Meio Norte

abdoral812013O secretário de esportes do município de São Francisco do Piauí, Abdoral Pimentel da Silva, 30 anos, foi detido por acusação de porte ilegal de armas nesta terça-feira, 08.

 

De acordo com o delegado Genival Vilela, o secretário comparecia a uma audiência como vítima quando foi acusado pela outra parte, Maylson Rodrigues de Sousa,20 anos, de portar uma arma em seu veículo.

 

"Eles estavam prestando esclarecimentos sobre o crime de danos materiais, pois o secretário acusava o jovem de chutar e amassar o seu veículo após uma partida de futebol. Em depoimento, Maylson disse que ele andava com uma arma, fomos até o veículo e encontramos no porta-luvas. A vítima acabou saindo como acusado por outro crime", explica  Vilela.

 

Após o incidente, os dois desistiram da ação de danos morais, e o secretário foi autuado por porte ilegal de armas e liberado após pagamento de fiança de dois salários mínimos.

 

cidadeverde

Um crime chamou a atenção no município de Barro Duro no Piauí. Enquanto comparsas distraíam os funcionários de um supermercado, uma mulher entra calmamente no escritório do estabelecimento e subtraiu aproximadamente R$ 12 mil. Para o coronel Edson, Comandante do policiamento no interior da Polícia Militar, os bandidos certamente receberam informações para efetuar o furto.

 

A ação dos bandidos foi flagrada pelas câmeras do sistema de segurança do supermercado. O mais impressionante é a tranqüilidade com que a acusada entra e sai do local, levando a grande quantia em dinheiro. Os suspeitos ainda não foram identificados, mas para o coronel, “não tem como terem feito um crime assim sem saberem da rotina dos funcionários, e o local onde o dinheiro estava guardado”.

 

O caso, entretanto, levantou a discussão sobre a quantidade de policiais nestas cidades do interior do estado. Barro Duro, por exemplo, conta com quatro militares, e nem chega a ser o município com menor efetivo. Algumas cidades, como Angical, contam apenas com três, e por conta das folgas dos soldados, podem ficar com apenas um policial em serviço.

 

“A questão da falta de efetivo nós já nem falamos, pois nem é preciso, todos sabem. O que tentamos fazer agora é otimizar o sistema de escalas, para que nenhum município fique sem policiamento”, explicou o coronel Edson.