Um suspeito de atirar no sargento da Polícia Militar Marcos Roberto Freitas, 49 anos, procurou atendimento médico na UPA do bairro Promorar, na zona Sul de Teresina, dez dias após o latrocínio do policial. O caso aconteceu no último dia 4, no bairro Porto Alegre. O PM realizava a entrega de uma encomenda na casa de uma familiar quando foi surpreendido pela chegada dos dois suspeitos em uma moto.
Durante a ação, o policial reagiu e atirou na perna de Samuel Rodrigues Leite de Sousa, 19 anos. Com medo de ser preso, ele só buscou atendimento médico nesta quinta-feira (13). Na UPA, o suspeito disse que foi baleado por um comparsa na segunda-feira (10). No entanto, o médico que lhe atendeu constatou que o ferimento estava em necrose e não teria ocorrido apenas há três dias. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Reservado da PM foram acionados.
O delegado Genival Vilela ouviu o suspeito na UPA e disse que o jovem confirmou que participou do latrocínio do sargento Marcos Roberto. Ele teria sido o atirador.
"Foi interrogado por mim no final da manhã, confessou a autoria delitiva e disse que atirou porque o policial atirou primeiro nele. Disse que a intenção era só roubar, não matar. Ele não deu informações sobre o outro individuo e nem sobre o paradeiro da arma. Disse que não sabe o nome e nem o endereço dele", contou o delegado ao Cidadeverde.com.
Apesar de ter confessado o crime, Samuel Rodrigues não foi preso porque o prazo da prisão em flagrante excedeu.
A Polícia Civil está investigando o caso e tenta confirmar, por meio de outras provas, que o jovem foi o atirador e chegar a um segundo suspeito para acionar a Justiça e conseguir um mandado de prisão para prender Samuel.
Ainda segundo as investigações, Samuel é egresso do sistema prisional. Ele foi liberado da Cadeia Pública de Altos para cumprir prisão domiciliar após ser diagnosticado com uma infecção no presídio, supostamente causada por água contaminada.
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