tjServidores do Tribunal de Justiça do Piauí realizaram um enterro simbólico nesta quarta-feira, 12, segundo dia de manifestação da categoria. Utilizando roupas pretas e caixões, os servidores protestaram contra o nepotismo dentro da instituição, mordomias e às más condições de trabalho. Eles iniciaram a paralisação nessa terça-feira, 11, por 48h.

 

 

“Queremos a realização de concurso público para evitar que pessoas entrem pela porta do favoritismo no Tribunal de Justiça. Estamos enterrando o nepotismo, as regalias e péssimas condições de trabalho para que isso mude nesta instituição pública”, disse o presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário (Sindjus), Carlos Eugênio.

 

Por conta da mobilização quase todas as atividades do Tribunal de Justiça do Piauí estão suspensas, exceto aquelas que são de extrema importância e envolvem questões de saúde. “A expedição de mandados, alvará de soltura, concessões de mandado de segurança, que dizem respeito à saúde e à vida. No mais, audiências, distribuição de processos, estão todos suspensos”, afirmou o sindicalista.

 

O representante dos servidores informou também que os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e a realização de um concurso público em todos os níveis da instituição.

 

“São precárias as condições de trabalho e a jornada é extenuante. São sete horas seguidas de expediente e os servidores não recebem remuneração pelo plantão e não têm folga de compensação pelas horas trabalhadas”, comentou Carlos Eugênio.

 

 

Eugênio ressaltou ainda que a mobilização nos dois dias foi apenas uma advertência, mas a partir de segunda-feira, 17, os servidores irão decidir se entram em greve por tempo indeterminado.

 

G1