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Enterro do cantor está previsto para a quinta-feira, 9, 11:00h. Wando morreu na quarta-feira, 8, vítima de parada cardíaca e tinha 66 anos. Ele foi mais uma vítima de uma parada cardíaca, fato que ocorreu às 8:00h desta quarta-feira.

O cantor  estava internado no hospital Biocor desde o dia 27 de janeiro deste ano, com problemas cardíacos graves.

 

 

 

Conhecido por sua coleção de calcinhas, Wando reuniu cerca de 17 mil peças ao longo de sua carreira. No velório, a fã Rosana Silva de Oliveira prestou sua homenagem levando uma lingerie.




R7

 

Situado há mais de 200km da capital Teresina, Floriano é uma cidade localizada ao sul do Piauí, na divisa com o Maranhão, onde desde 1987 o Grupo ESCALET participa e organiza festivais e mostras de teatro, desenvolvendo também atividades sócio-culturais na comunidade.
 
Selecionados no primeiro Edital do Lab Cultura Viva, a equipe do ESCALET, assim como os outros vinte Pontos de Cultura também aprovados, produzem uma série de documentários que serão reunidos neste ano na Revista Eletrônica Cultura Viva.
 
O primeiro documentário narra a história da maior mestre da cultura popular maranhense, Dona Teté. Teté, que morreu em dezembro de 2011, criou o Cacuriá, dança tradicional que faz parte do calendário junino do Estado e possui mais de 60 grupos espalhados por São Luís. "Os documentários realizados pela Escalet Produções têm origens na cultura tradicional, no imaginário popular nordestino e cria elos com o contemporâneo", disse o coordenador do grupo Escalet, César Crispim.
 
O tradicional carnaval maranhense estrela o segundo documentário. Este vídeo acompanha uma viagem do bloco "Os Feras", que sai de São Luís rumo à cidade de Morros, no Maranhão. De forma descontraída “Os Feras” mostra a alegria contagiante dos foliões, o encantamento da criançada e a descontração dos participantes, seja no ônibus da viagem, nos alojamentos ou nas quadras onde acontecem as apresentações", comentou César Crispim.
 
"Com o objetivo de criar paralelos entre o ontem e o hoje, através da 'feira' como personagem, o vídeo 'Trocando em Miúdos' revela as pessoas típicas daquele local, os vendedores ambulantes, os bêbados, os compradores, etc", explica Crispim. Filmado em Juazeiro do Norte no Ceará, o vídeo mostra a arquitetura do local, a forma de comércio e as mudanças sofridas ao longo dos anos. Segundo Crispim, o vídeo é feito usando somente o recurso da imagem e dispensando palavras para retratar uma das culturas mais antigas da humanidade, a feira livre.
 
O último projeto mostra para o Brasil o Mestre Clarindo Silva, conhecido como "Anjo da Guarda do Pelourinho". Mestre Clarindo construiu sua vida entre os casarões do centro histórico da Bahia. Ele nos conta sua história, de como ali chegou e como criou paralelos entre a Cantina da Lua, o Pelourinho e seu 'Eu', disse Crispim. Carismático, Clarindo caminha entre os prédios e de forma natural falando de sua importância para a cidade e relembra as figuras ilustres que ali viveram. "É um verdadeiro mergulho na história de nosso povo", conta Crispim.
 
"Um ponto interessante foi como a produtora optou por temas que envolvem a cultura popular tradicional ao mesmo tempo em que criou pontes com a cultura contemporânea, isso fica claro na linha de edição, com rupturas de narrativas, intervenções de elementos não figurativos ao documentário e uso do silêncio como quebra da forma tradicional de ver e fazer cinema", comentou Crispim, evidenciando o que ele considera como alguns dos destaques dos documentários.
 
Para Crispim os temas diversificados deixam o documentário ainda mais rico e interessante. "Os personagens dos vídeos são múltiplos, às vezes falamos de uma senhora que mudou a história da dança popular no Maranhão, às vezes mostramos um homem que é responsável pela revitalização do maior centro histórico do Nordeste, o Pelourinho na Bahia. Outras vezes os personagens são entidades, como o bloco "Os Feras" ou espaços físicos geográficos como a Feira de Juazeiro do Norte no Ceará".
 
A maior dificuldade enfrentada pela equipe foi o tempo curto para realização dos trabalhos. "Ficamos limitados para fazer uma pesquisa mais ampla, mas foi o tempo suficiente para desenvolvermos um trabalho que revele uma porção desse Brasil", disse Crispim.
 
Aprendizado e troca de experiências não faltaram durante o processo de produção, com o contato com outros Pontos de Cultura do país e com profissionais de renome do cinema. "Todos estamos aprendendo, desde como elaborar um projeto até sobre o 'fazer cinematográfico' de forma profissional. As oficinas no Rio de Janeiro, oferecidas aos participantes gratuitamente, abriram portas para outras realidades da produção de documentários, mostrando que é possível fazer vídeo e cinema de qualidade e com bons argumentos no Brasil", afirma Crispim. "Foi uma grande oportunidade para nós do Escalet, pois tivemos a oportunidade de estar com pessoas capacitadas na área e que deram orientações para nosso trabalho. Pessoalmente destaco a professora Joana Collier, que revelou um mundo diferente na forma de ver e fazer montagem".
 
"O Lab Cultura Viva é uma usina de fazer arte e cultura, um modelo a ser seguido por quem realmente ama e quer ver nosso cinema crescer. Seria um sonho a implantação de um Lab por Estado, onde movimentasse a produção local, ao mesmo tempo em que articulasse no nível nacional. Acho que o MinC deveria olhar com carinho essa possibilidade, pois se o LAB/RIO está mudando a história do vídeo no Brasil imagina como seria se existissem 30 ou 40 ou mais Labs pelo país?", comenta Crispim.
 
"A grande verdade é que estão sendo produzidos 80 documentários que serão a cara, a identidade e a diferença desse Brasil. Agora todos poderão se ver e se encontrar em diversos momentos e lugares, em um ladrilho de imagens que não se repetem, mas que se completam e se refletem. Será fantástico poder assistir tudo isso depois.” finaliza Crispim.
 

Escalet

O Bloco das Virgens que está confirmado de ter sua participação na sexta-feira de carnaval deve reunir mais uma vez  centenas de pessoas, e muitas delas, vão como espectadoras do evento, onde o foco são homens vestidos de mulher. O evento criado há mais de dez anos, reúne pais de familiares, estudantes universitários, empresários, médicos e outros profissionais.

 


Muitos foliões que não querem se vestir com roupas femininas se juntam em grupo e acompanham a movimentação deste a concentração no Bar do Zé Gatão,  em todo o percurso e no encerramento da brincadeira que termina no Cais da Beira-rio. Criado em 2009, um dos grupos que vem fazendo parte dessa manifestação cultural é o Clube da Luluzinha, formado  por meninas e o  Clube do Bolinha, que  tem cerca de 25 jovens

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O estudante Anderson (imagem) é um dos organizadores do Clube do Bolinha e por duas vezes já esteve visitando o piauinoticias.com  neste mês de fevereiro. Segundo ele, existe um grupo de amigos que vem preparando a manifestação deste ano, e citou: Rônio, Bekembauer e Iury.


Anderson citou que entre as participantes do Clube da Luluzinha estão: Thalyta, Marcelle, Lory e Cletânia.

 


Antes de irem para a concentração do Bloco das Virgens os jovens do Clubes do Bolinha e Luluzinha estarão na casa de amigos também em concentração.

 

Da redação

IMAGEM: piauinoticias.com

 

wando-12O cantor Wando morreu aos 66 anos na manhã desta quarta-feira, 8, no Biocor Instituto, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde estava internado desde o dia 27 de janeiro. A informação é do médico particular dele, João Carlos de Souza Dionísio. Segundo o médico, ele teve uma parada cardiorrespiratória às 8:00h de hoje.


Dionísio informou que foram feitas manobras de ressuscitação, mas o paciente não resistiu. Segundo boletim médico divulgado na terça-feira, 7, ele apresentava quadro estável e melhora progressiva, mas a recuperação ainda era considerada de alto risco.

 

 

 

No domingo, 5, o cantor enviou um bilhete para os fãs.  "Eu estou na oficina de Deus arrumando a turbina. Me aguardem!”. Ele lutava contra o entupimento das três artérias coronárias. O cantor chegou a ser submetido a duas cirurgias e havia tido um infarto agudo dentro do hospital.

 

 

 

Wando foi hospitalizado com quadro de angina de peito, e exames apontaram que as artérias do coração estavam entupidas por placas de gordura. Ele estava com 110 quilos no momento da internação, 30 a mais do que o recomendado, segundo o cardiologista particular.

 

 

 

Cantor romântico

 

Como letrista, Wando ficou célebre por composições de teor romântico e erótico. Sua marca registrada era a calcinha. Em depoimento disponível em seu site oficial, o próprio cantor conta como tudo teria começado, explicando que a peça foi uma espécie de fonte de inspiração para seu álbum “Tenda dos prazeres” (1990). “Uma calcinha de cabeça pra baixo, ela vira uma tenda, não é? Aí, coloquei uma calcinha na capa do disco, e essa coisa fez tanto sucesso, que até hoje eu não consigo tirar do show. Eu distribuo calcinhas e recebo, tenho uma coleção muito grande, de todas as formas, jeito, cores e tamanhos.”

 

 

 

No mesmo depoimento, Wando aborda outras estratégias que adotou ao longo da carreira: “Teve uma época [em] quewando1 eu mordia a maçã no palco, e continuo mordendo ainda, porque conta a história de como é que começou o pecado, não é?”. As alusões ao sexo prosseguiram, com distribuição de convites de motel – sempre durante apresentações ao vivo. “Teve uma época no Canecão [casa de shows do Rio de Janeiro, atualmente inativa] que a gente botou uma banheira no palco, eu botava uma mulher nua no palco. Eu sempre gostei desses negócios.”

 

 

 

Vanderley Alves dos Reis nasceu em 2 de outubro de 1945 – “num arraial chamado Bom Jardim [em Minas Gerais]”. Lá, ficava a fazenda que teria pertencido aos seus avós. Seu registro, no entanto, foi feito na cidade de Cajuri, no mesmo estado. Ele conta que, ainda criança, mudou-se para Juiz de Fora (MG), onde concluiu o antigo primário. Mais tarde, ele foi para Volta Redonda (RJ), “onde eu entreguei leite nas casas, vendi jornal, virei feirante, dirigi caminhão na estrada”. Na mesma época, passou a se interessar por música, tendo inicialmente se dedicado ao estudo do “violão clássico”.

 

 

 

“E aí eu descobri que não era legal o violão clássico para o que eu queria: eu queria tocar pras moças, né?”, afirma. “O violão clássico é bacana, mas elas [as mulheres], acho que ficavam um pouquinho entediadas. Descobri que eu tinha que fazer umas canções de amor. Comecei a sentir que era legal, que a música socialmente com a parte feminina dava muito certo, me apaixonei por aquele negócio.”

 

 

 

Após deixar a profissão de feirante, Wando mudou-se para Congonhas (MG). Lá, começou a “viver de música”, como integrante de um conjunto chamado “Escaravelhos” – “escaravelho pra quem não sabe, é um besouro, a mesma coisa que Beatles”. Cinco anos mais tarde, decidiu tentar a sorte no “eixo Rio de Janeiro – São Paulo”. Frustrada a passagem pelo Rio, chegou a São Paulo, onde teve gravado seu primeiro sucesso, na voz de Jair Rodrigues. A composição, “O importante é ser fevereiro”, teria sido “uma música muito tocada no carnaval de 1974”, lembrou-se Wando.

 

 

 

A canção integra o disco de estreia de Wando, “Gloria a Deus e samba na Terra” (1973). De acordo com ele, aquele trabalho seguia a linha “do formato do Caetano Veloso, do Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil”. A guinada em direção ao repertório romântico foi simbolizada pela música “Moça”, do disco seguinte, “Wando” (1975). A justificativa: “Cantando na noite em São Paulo, eu descobri que a parte feminina adorava quando eu tocava música romântica.”

 

 

 

Ao longo da década seguinte, Wando consolidaria a reputação, como ele mesmo lista, de “obsceno, o cara da maçã, o cara da calcinha”. É desse período, quando o cantor já vivia no Rio de Janeiro, sua música mais conhecida, “Fogo e paixão”, do disco “O mundo romântico de Wando” (1988), o 14º da carreira, segundo a contagem do site oficial. Ele foi precedido por trabalhos como “Gosto de maçã” (1978), “Gazela” (1979), “Fantasia noturna” (1982), “Vulgar e comum é não morrer de amor” (1985) e “Ui – Wando paixão” (1986). Na sequência, viriam, dentre outros, “Obsceno” (1988), “Depois da cama” (1992) e “O ponto G da história” (1996).

 

 

 

Entre álbuns de estúdio e registros ao vivo, o site de Wando contabiliza 28 trabalhos, ao todo. O cantor acreditava ter vendido dez milhões de discos – “até na época que a gente contava”. “Depois [houve] a história da pirataria, que acabou me fazendo muito mais popular. Eu acho que a pirataria é ruim para um lado, para o lado compositor, mas para o lado intérprete, o cara que faz show, eu acho que ela favoreceu muito.”

 

 

 

Em entrevista à Agência Estado, em 2007, Wando comentou sua imagem de “sedutor”: “Na verdade, eu sou como um ator. Até porque eu estaria morto hoje se fosse mesmo assim. Isso é um personagem, naturalmente. É normal que as pessoas pensem que eu sou desse jeito, mas não deixo que as pessoas alimentem muito essa imagem”. Sobre a fama de brega, ele respondeu que incomodou e seguia incomodando.

 

 

 

“Quando as pessoas falam de brega, sempre se referem a uma coisa ruim. Então eu brigo por isso. Agora, eles até quiseram colocar o brega como uma coisa bacana, mas eu acho que é uma forma de pedir desculpa, e isso é mau. Se for ver, você tem que chamar o Chico Buarque de brega, a Maria Bethânia, o Caetano Veloso, o Gilberto Gil. Eles gravaram as músicas que a gente grava. Eles gravam melhor? Não. Isso foi uma coisa cruel que eles fizeram.”

 

 

 

Na entrevista, Wando também comentava a música “Emoções”, gravada em 1978, que ele dizia versar sobre a relação entre dois homens: “Fiz isso porque acho que o relacionamento masculino é uma coisa válida. Não por ter aderido, mas porque eu tenho amigos que vivem esse tipo de coisa”.

 

 

 

Recentemente, o nome de Wando vinha sendo lembrado graças ao documentário “Vou rifar meu coração”, de Ana Rieper, que vem frequentando o circuito dos principais festivais de cinema do país desde alguns meses atrás. Há pouco tempo, teve boa recepção na Mostra de Cinema de Tiradentes, encerrada no último dia 28. O filme trata justamente da música tida como “brega” e traz depoimentos de cantores como Amado Batista, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo, Peninha, além de Wando e de ouvintes que contam suas histórias com obras do “gênero”.


G1