Em pleno século XXI, ano de 2012, ainda convivemos com políticos medíocres de pensamento curto voltados para a contemplação do próprio umbigo. Existem como se estivessem em constante campanha, quando a estratégia de soma votos é a principal atitude. Sempre é comentado em rodas de discussões política que no Brasil estão parte dos piores políticos do mundo e no Piauí uma perniciosa quantidade tem domicílio eleitoral.
Os problemas crônicos do território piauiense mostram isso: a população padece dia após dia, por longos meses e anos seguidos, com demandas acumuladas nas principais políticas públicas. E para complicar ainda mais o quadro de desgovernos, os atuais políticos piauienses são corporativos e vivem numa coalizão pela governabilidade e sustentação das elites privilegiadas. Mas, porque tal realidade ainda perdura?
Na minha humilde opinião esta situação é causada pela ausência da população, efetivamente, na vida política do Piauí. Compreendendo a política como na verdadeira acepção da palavra: maneira de conduzir o conjunto dos negócios e responsabilidades do Estado. O tempo avança e o que deveria ser instrumento de garantias de direitos, deveres e qualidade de vida ainda continua sendo ferramenta de manobras das elites caducas e carcomidas pela falta de honestidade. Assim, os políticos do Piauí continuam saqueando as oportunidades de consolidação da democracia.
Um exemplo sintomático desta questão colocada aqui é a candidatura da esposa do governador, deputada e secretaria de Saúde, Lilian de Almeida Veloso Nunes Martins, para o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas do Piauí. Mas constrangedor para o cidadão e contribuinte será o referendo dos deputados para tal tentativa, se a “primeira-dama”for proclamada para o cargo de conselheira. Como ficará a moral do governador, Wilson Martins (PSB), se ficar confirmado esta tentativa de conluio oficial? Tudo isso é uma falta de vergonha estatal.
Jalinson Rodrigues – jornalista.
Da redação