O ex-prefeito Joel Rodrigues na companhia do vereador Maurício Bezerra e dos suplentes Assis Motorista, todos filiados ao PTB, e ainda Pedro Moreira participaram nessa segunda-feira, 16, da última noite de festejo de São Francisco das Chagas que é celebrado na comunidade Amolar ha cerca de 80km da sede da cidade.
A festa de encerramento que estava com grande número de populares teve o artista florianense Hiury Barros, como principal atração. No dia 17, nessa terça-feira, a Celebração Eucarística realizada foi presidida pelo Padre Luis de França, pároco da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, bairro Tiberão, em Floriano.
A partir desta quarta-feira, 18, a cidade de Floriano se transformará no maior celeiro das artes cênicas. Isso por conta do Festival Nacional de Teatro – Pontos de Cultura e Grupos Independentes, que esse ano homenageia o ator e diretor piauiense Francisco Pellé. O evento, que contará com 26 espetáculos de diversas regiões do Brasil, segue até o dia 22 de setembro.
Durante a programação, sete espetáculos do Piauí irão se apresentar, sendo quatro de Floriano e um do Maranhão, além de palestras oficinas e workshop que acontecerão de 19 a 21.
A abertura do Festival acontecerá no Espaço Cultural Maria Bonita com a estreia do espetáculo “A Mais Forte”, montado pelo Grupo Escalet e dirigido por Alisson Rocha. O roteiro se passa na década de 1880, em um café na cidade de Estocolmo, onde duas mulheres se encontram às vésperas do Natal. Ambas são atrizes e estão ligadas ao mesmo homem, uma é sua esposa, Sra X, e outra, sua amante, Srta. Y. A primeira fala o tempo todo, enquanto a segunda permanece em silencio, além de duas atrizes que compõe o cenário para sonoplastia ao vivo, toque especial do diretor.
Durante a noite de abertura ainda serão apresentados mais três montagens: "O fuxiqueiro de Janduís" – RN, que será apresentado na Beira Rio de Floriano; "Fim da Partida de Londrina" -PR, no espaço alternativo do Espaço Cultural Maria Bonita; e ainda "O Encontro das Águas de Aracaju" - SE, que será apresentado em um palco Italiano no Teatro Maria Bonita.
Em todas as edições, o Festival vem mostrando, principalmente aos piauienses, a grande revolução cultural provocada pelo Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, através dos Pontos de Cultura, proporcionando o fazer cultural aos amantes da arte em um local distante dos grandes centros onde existe um apoio pequeno a grupos de teatro independentes e aos Pontos.
Setembro é o mês da primavera no hemisfério Sul e também o mês escolhido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), para a realização da Primavera dos Museus. Em sua 7ª edição, o evento traz como tema “Museu, Memória e Cultura Afro-Brasileira” e acontecerá de 25 a 27 de setembro no Museu do Piauí – Casa Odilon Nunes.
O evento contará com exposições, atrações culturais, palestras, mesas-redondas, exibição de documentários e oficinas. A exposição dos desenhos de Gabriel Archanjo sobre a Religiosidade Afro-Brasileira faz parte da abertura do evento, que contará ainda com apresentação de um grupo de Umbanda de Teresina.
No dia 26 será realizada a oficina “As cores da África”, nos turnos manhã e tarde, além da exibição de filmes, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD). Os filmes terão temática da cultura quilombola e as raízes afro brasis.
Para Dora Medeiros, diretora do Museu do Piauí, a sétima edição da Primavera dos Museus enriquece as ações desenvolvidas na Casa de Odilon Nunes. “É uma forma de repercutirmos a cultura da memória e história de nossa cidade e país. É momento de interação com a comunidade, escolas e instituições construtoras do acervo patrimonial cultural brasileiro”, completa.
Historiadores das universidades federal e estadual do Piauí participarão da Semana do Museu nas discussões sobre memória e história do Brasil e da constituição sócio-cultural afro-brasileira. No interior do estado está sendo estimulada a participação simultânea dos museus regionais ao evento da capital e nacional. Em Amarante, a Casa de Cultura Odilon Nunes realizará uma exposição sobre a Vida e Obra do sociólogo Clóvis Moura, natural da cidade amarantina.
As escolas interessadas em direcionar visitações ao Museu devem procurar a diretoria da Casa e aproveitar a Semana do Museu. As exposições ficam em agenda até o dia 6 de outubro, quando seguem a outros espaços de visitação.
Alguns dos municípios com os menores índices de leitura do Brasil estão sendo percorridos pelo "Circo das Palavras", projeto desenvolvido por um grupo de piauienses que leva, através da linguagem do circo, a motivação para mudar a realidade de comunidades carentes.
O grupo, formado por Fábio Christian (coordenador geral); Rhara Aguiar, que é psicóloga; Hércules de Castro, ator e produtor; Samuel Christian, ator; e Carlos Rai Aguiar, técnico, teve o projeto Circo das Palavras aprovado em edital de fomento à leitura da Fundação Nacional de Arte e da Fundação Biblioteca Nacional. Foram quatro bolsas concedidas para a região Nordeste e o projeto piauiense foi aprovado em primeiro lugar, entre mais de 600 inscritos.
Fábio Christian explica que o espetáculo, que tem uma hora de duração, tem como base textos de poetas direcionados ao público infantil, de autoria de escritores brasileiros. Entre eles, Mário Quintana, Cecília Meirelles, Manoel de Barros, Roseanna Murray, Vinícius de Moraes e Chico Buarque.
"O espetáculo foi concebido com a ideia de que nós precisávamos acionar a criança a abrir um livro no colo. Mais do que falar sobre o quão importante é a literatura, mas quase de transformar o livro num brinquedo. As obras foram adaptadas", afirma.
Dois atores, em cena, são os responsáveis por despertar essa atitude no público, basicamente formado por crianças de escolas públicas. Um dos personagens é um samurai, o detentor do livro. "Pensei num samurai porque ele, além das tradições milenares e da fantasia no imaginário infantil, representa o poder de transformação através da leitura. O livro á a arma do samurai do circo", conta Fábio.
O outro personagem chama-se Mc Hercules. "Trata-se de uma referência tanto ao repente quanto aos cantadores de RAP. Eles constroem seus universos através da força da palavra e da poesia", descreve.
Cada criança que senta na plateia recebe um livro de presente. Esses livros foram conseguidos através de doações. E o resultado é o despertar do que pode mudar a realidade da vida das crianças.
Além do espetáculo e da distribuição dos livros, a equipe ministra oficinas para capacitar os professores locais. "É um trabalho que chamo de multiplicação de conhecimento. No caso do circo, um conhecimento lúdico e subjetivo, que não é considerado dentro do nosso sistema arcaico e antiquado de educar nossas crianças. Tem sido um grande desafio!", ressalta.
O grupo está em viagem com o espetáculo por quatro municípios de Goiás (GO). Atualmente, o Circo da Palavras está na cidade de Cavalcante, onde foram distribuídos 230 livros. Ainda segundo Fábio, a equipe pretende trazer o projeto para o Piauí, mas depende de parceria com prefeituras e governo do Estado. "Notamos que é absolutamente necessário a parceria entre o projeto e instituições educacionais como secretarias de cultura e educação, que é como temos feito aqui", declara.