Durante uma semana, estudantes, professores, movimentos sociais e a comunidade discutiram temáticas relacionadas a educação no campo, durante o I Festival de Educação do Campo (FESTCAMP) promovido pelo Curso de Licenciatura em Educação do Campo/Ciências da Natureza, do Campus Amílcar Ferreira Sobral, em Floriano.
O evento teve como objetivo gerar espaço para ampliação das pesquisas e discussões sobre os aspectos sócio-históricos, culturais, econômicos e político pedagógicos intrínsecos à formação do educador do campo, visando tanto o fortalecimento da construção dos laços identitários dos acadêmicos no âmbito do curso, quanto nas relações dialéticas com as suas raízes.
O FESTCAMP mira a reflexão acerca da formação inicial e continuada com a interconexão entre etnia, cultura e identidade, associada com a abordagem sobre os eixos da agricultura familiar, desenvolvimento sustentável e sistema de produção e trabalho no campo, no contexto da formação acadêmica do estudante da Educação no Campo.
Eixos esses, imprescindíveis para provocar a sua percepção sobre a relevância da diversidade e suas implicações no conjunto das relações sócio históricas e culturais, estabelecidas consigo mesmo e com seus pares. Enfim, a principal finalidade do evento concentra-se na necessidade de atentar para as articulações entre conhecimentos e saberes apreendidos no Tempo Universidade e no Tempo Comunidade, visando a sua transposição dialética para a práxis na realidade em que se insere.
A Profa. Me. Mônica Dias, uma das coordenadoras, avaliou o evento de forma positiva. “Muito proveitoso e fundamentado, onde todos os sujeitos que participam e fazem a Licenciatura em Educação no Campo com muito compromisso, desde a direção, coordenação do curso, professores e alunos, os movimentos sociais da cidade de Floriano e da Secretaria de Educação de Floriano", afirmou.
O I FESTCAMP teve como tema "Ressignificando os saberes na Educação do Campo" e foi realizado entre os dias 26 de fevereiro e 2 de março, onde foram realizadas discussões, palestras e mesa-redonda com a comunidade.
Mais da metade das brasileiras (56%) já se sentiu em algum momento em desvantagem por conta do gênero e (32%) já sofreu violência física ou sexual
O portal especialista em saúde e maternidade, Trocando Fraldas, realizou uma pesquisa nacional com 14 mil usuárias. O estudo aponta que 4 em cada 9 mulheres desconhecem a origem do movimento a favor dos direitos femininos, o que inclui o significado da data 8 de março, dia internacional da mulher.
O que chamou atenção é que embora as mulheres mais jovens, entre os 18 e 24 anos, defendam e consideram importante os direitos femininos, foram as que mais apresentaram falta de informação histórica sobre o assunto.
Outro dado preocupante é que mais da metade das brasileiras (56%) já se sentiu em algum momento em desvantagem por conta do gênero, independente da idade, região em que mora ou situação maternal.
Existem interpretações distintas do feminismo de acordo com a idade. As adolescentes e jovens receberam as informações pela mídia e meios de comunicação que usam de situações cotidianas para validar essa importância e quase nunca informam sobre a origem histórica.
No estudo, as mulheres que se consideram feministas possuem idade entre 40 a 44 anos e apontaram maior conhecimento histórico e a importância sobre a luta.
Para saber sobre os direitos femininos havia pesquisa e busca pela informação com qualidade. Hoje possuímos informação em quantidade e muitas que deturpam o significado do feminismo e a sua importância para não só as mulheres, como para os homens.
E toda informação que possuímos sobre os direitos femininos estão nos deixando realmente mais informados e engajados na causa?
A informação só faz a diferença se tivermos antes o conhecimento. A internet e o acesso rápido traz a falsa sensação de que somos bem informados, mas estudos como esse mostram que não.
Na democracia, o sucesso do governo depende da credibilidade e apoio que tenha junto ao povo para conceber, aprovar e implementar projetos avançados, por mais impopulares que possam ser ou parecer. O executivo precisa ter o povo do seu lado, porque pela inerência do regime haverá um legislativo, oposição sistemática e negociações que mais emperram do que colaboram.
Propostas e reformas estruturais são geralmente impopulares, preconizam mudança, avanço, modernidade. Sendo impopulares não contam com a boa vontade dos congressistas que dependem das bases, de caciques regionais, de alianças nem sempre legítimas e de votos para reeleição, portanto jamais hão de querer desagradar aos que concederam o mandato, procuram negociar, clamam pela liberação de emendas orçamentárias, querem verbas e obras para suas regiões visando justificar apoio a um projeto visto como impopular.
É oportuno lembrar o governo Collor que, inegavelmente, ao menos no seu primeiro ano tinha o apoio popular. Fora o primeiro presidente eleito após o regime militar e concentrou a campanha em propostas populares e ataques ao status quo político, econômico e social: marajás, inflação, injustiça social... Tendo o povo a apoiá-lo, Collor apresentou e conseguiu aprovar no Congresso medidas impopulares, como o confisco da poupança, sem necessitar negociar ou praticar o conhecido ‘toma lá, dá cá’. Os parlamentares não haveriam de querer contrariar uma administração nacional respaldada pela vontade popular.
Na sequência, o governo Itamar Franco elaborou e implantou o Plano Real, fato marcante, pois os brasileiros não acreditavam mais em planos ou pacotes após tantos fracassos. No Real acreditaram e apoiaram, pois o aval era de Itamar, político íntegro, passado limpo e firmeza de decisões. O povo acreditava em Itamar e o apoiava, por isso acreditou e apoiou o Plano Real.
Hoje, vemos um governo com dificuldades, sem respaldo popular, alto e persistente índice de reprovação e tendo sua legitimidade questionada. Tudo isso dificulta o entendimento com o Congresso, os parlamentares costumam tirar proveito quando o governante está enfraquecido. Michel Temer tem tentado acertar, é verdade, porém esbarra em obstáculos políticos e pessoais, sendo alvo de investigações que embora ainda não provadas produzem desgastes, advindo daí problemas para aprovar medidas importantes e necessárias, como as reformas, entre as quais a da Previdência, cujo projeto original está mutilado por tantas alterações para atender líderes, grupos e partidos inclusive da própria base governista. (A votação dessa reforma acabou prejudicada constitucionalmente devido ao decreto de intervenção na segurança pública do estado do Rio de Janeiro)
Entendo que um dos obstáculos à plena governabilidade de Temer resida no compreensível questionamento de sua legitimidade. Afinal, deveria ter sofrido idêntica penalização aplicada a então presidente Dilma Rousseff, pois era integrante da mesma chapa e fazia parte do governo com a participação de ministros de seu partido. Ficou a impressão de haver existido traição e isso a opinião pública não perdoa.
Entretanto, acredito que as eleições deste ano podem trazer algum alento e esperança, principalmente se houver consciente renovação do Congresso e a investidura de um presidente consagrado pelo voto, legitimado nas urnas, provavelmente em dois turnos. E que então decida atacar os problemas estruturais, gestar projetos de modernização e igualmente fazer as reformas aproveitando inclusive que não sendo eleitoral o próximo ano, inexistirá a necessidade de barganha com um Congresso viciado.
A expectativa de superação é também baseada na potencialidade do Brasil, país que já deu provas de recuperar-se de crises criadas por maus políticos e incompetentes gestores públicos.
Nosso país é agraciado em riquezas naturais, formado por povo de índole pacífica e senso de trabalho sério. Conta com setor empresarial empreendedor, moderno e tecnologicamente avançado parque produtivo. Esse fato é visível, pois apesar dos desequilíbrios e desgastes políticos e administrativos, o agronegócio garante o êxito da balança comercial, desemprego está em processo de redução, PIB em crescimento, ainda que lento, juro básico em patamar aceitável, inflação sob controle – além de outros indicadores. Tudo isto ocorre independentemente de tropeços do governo, onde até a simples e natural troca de ministro vira crise.
Tenho certeza que dificuldades têm seu lado positivo porque aguçam a criatividade e conduzem a uma reflexão madura sobre erros cometidos. Espero que reforcem o que tenho pregado no sentido de que os brasileiros em geral entendam a importância e o valor da participação política para mudar. A política em si é boa e base essencial na democracia, o problema são os maus políticos, os quais o povo pode defenestrá-los legítima e soberanamente pelo instrumento mais icônico da democracia: o voto. Todavia, para tanto é necessário participar ativa, efetiva e positivamente.
*Luiz Carlos Borges da Silveira é empresário, médico e professor. Foi Ministro da Saúde e Deputado Federal.
O projeto cultural “Mares, Flores e Estrelas Guia”, com curadoria de Angela Oliveira, já está há três anos rodando o Brasil e o mundo, tendo passagens por São Paulo, Rio de Janeiro, Estados Unidos, Portugal e outros países. Porém, é a primeira vez que a promotora de artes irá apresentar o trabalho de artistas brasileiros no Nordeste; mais precisamente na Montmartre Arte e Galeria, em Teresina, no Piauí, com a exposição Circuito Arte Brasil. O Vernissage será no dia 7 de março às 19h.
“Sempre foi um sonho levar o talento dos artistas brasileiros ao Nordeste, uma região recheada de culturas peculiares e que representam muito bem o nosso país. Tenho certeza de que não somente os artistas, mas toda a população de Teresina vai se inspirar com os trabalhos que serão expostos durante a mostra”, comenta Angela.
Ela completa dizendo que o grande objetivo do projeto é justamente atravessar os mares e regiões apresentando o trabalho de artistas emergentes e também daqueles que já possuem carreira consolidada. “Eu quero, justamente, divulgar os novos talentos, alguns emergentes, e outros em início de carreira mesmo. Porém, há sempre participações de artistas especiais que já tem seus nomes cravados na arte brasileira”. E completa: “através da divulgação, os artistas mostram o seu trabalho, são vistos e posteriormente reconhecidos. Vão compondo seu currículo e aprimorando o seu trabalho”.
Para Gina Castelo Branco, proprietária da Montmartre Arte e Galeria, espaço que irá receber a exposição, não há alegria maior em fazer parte de um trabalho tão importante e essencial para a cultura brasileira. “Tenho o objetivo de fomentar a cultura e receber o Circuito Arte Brasil, com curadoria de Angela Oliveira, reforça esse compromisso. Além das exposições que realizamos para valorizar a arte local, também recebemos mostras com obras de fora. O projeto será um sucesso, pois irá proporcionar ao público e artistas locais conhecer novos trabalhos, ver de perto outras tendências e técnicas. Para mim, é essencial proporcionar essa troca. Como galerista, trazer esse evento é contribuir para o fomento da cultura em nosso estado”.
Os artistas que participarão da mostra são Amanda Coelho, Christiane Fontenelle, Larissa Palha Dias e Gina Castelo Branco, todas do Estado do Piauí; Alex Állen, da Bahia; Luciana Severo, do Ceará; Renata Cabral, da Paraíba; Deca Torres, Henrique Piantino, Carla Senna, Lenice Pitanguy, Mauro Kersul, Regina Moraes e Rodrigo Castilho, todos de Minas Gerais; Maria Lúcia Urban e Maurício Gonçalves, de São Paulo; Mariá Mallmann, do Rio Grande do Sul; e Monica Pailo, do Paraná.