Deu empate no primeiro clássico das semifinais do Campeonato Carioca. Jogando no Maracanã, na noite dessa quinta feira, Vasco e Fluminense ficaram no 1 a 1. O resultado acabou sendo bom para o time tricolor, que estará na final se conseguir segurar um novo empate no próximo domingo.
Longe de agradar em termos técnicos, o clássico ao menos foi bastante movimentado e com várias chances de gol no primeiro tempo. Escalado com três atacantes, o Vasco começou melhor, sendo que Douglas colocou a bola na trave de Diego Cavalieri logo aos 4 minutos. Mas a resposta do Fluminense não tardou e, aos 8, Walter só não marcou de cabeça porque a bola desviou na defesa e tomou a linha de fundo.
Os primeiros 45 minutos também foram marcados por vários lances ríspidos e muita reclamação. O árbitro Wagner Magalhães teve dificuldade em conter os ânimos e foi pressionado pelos dois lados. Os jogadores do Vasco pediram dois pênaltis, enquanto que os do Fluminense pediram pela expulsão de André Rocha pela reincidência de faltas. Ninguém foi atendido.
Na etapa final, o time tricolor voltou melhor. Com investidas pelos lados, principalmente o direito, o Fluminense começou a chegar com mais insistência ao gol de Martín Silva. Até que, aos 10, Jean tabelou com Conca, entrou na área e rolou para Fred fazer 1 a 0.
Em desvantagem no placar e precisando vencer pelo menos um dos dois jogos para chegar à decisão, o Vasco foi para cima. O técnico Adilson Batista fez três alterações no time - Diego Renan, Fellipe Bastos e Thalles entraram no segundo tempo -, e os três jogadores acabaram tendo participação no gol de empate.
Aos 21, Fellipe Bastos interceptou a bola no meio quando o Fluminense saía para o contragolpe e rolou na esquerda para Diego Renan, que cruzou na segunda trave para a finalização de Thalles.
A partir daí o jogo ficou franco. O Vasco seguiu com mais volume no setor ofensivo, mas o Fluminense levou perigo nos contragolpes. Nos acréscimos, Jean acabou expulso por dar uma bolada em Everton, que estava caído. E o placar ficou mesmo em 1 a 1.
Na tarde dessa quinta feira, 27, o River Atlético Clube anunciou a saída do técnico Evair Paulino. O nome do novo treinador será divulgado até o domingo, 30, no entanto até lá segue como substituto o auxiliar técnico Lucas Andrade.
Na estreia do segundo turno, o técnico iniciou o campeonato com derrotas. O que no final das contas foi totalizado 5 empates, duas vitórias e uma derrota, sendo a última em casa, contra o Parnahyba, por 2 X 1. O time não passou para a semifinal do primeiro turno. Além disso, o ex-técnico chegou a ser expulso de dois jogos, devido a discussões em campo.
Também foi apresentado mais três esforços para o clube. Luis Henrique (meia), do Esporte Ceará, Rodolfo (atacante), do Ipiranga de Pernambuco e o Amarildo(lateral esquerdo), do Nova Iguaçu.
A previsão é que esses novos jogadores cheguem amanhã, 28, e já participem do treino do time, estreando no próximo jogo do clube, que será no domingo, 30, contra o Caiçara, no estádio Lindolfo Monteiro, em Teresina.
Três amigos que moram em Sydney estão conversando em um pub, começam a falar sobre a Copa do Mundo e decidem que viajarão ao Brasil para o torneio. Até aí, a história de Adam Burns, de 27 anos, David Bewick, de 31 anos, e Pete Johnston, de 29 anos, é parecida à de outros jovens estrangeiros apaixonados por futebol. A diferença é que eles resolveram fazer isso caminhando.
Os três britânicos, que moram juntos na Austrália, começaram a percorrer, no início deste mês, um trajeto de quase 2 mil km a pé. Eles saíram no último dia 3, de Mendoza na Argentina, e vão passar pelo Uruguai até chegar a Porto Alegre.
Andam, em média, 30 km diariamente, mas já chegaram a percorrer 44 km em um só dia em pleno deserto. Costumam dormir em uma barraca de camping em terrenos abandonados ou no quintal da casa de pessoas que se oferecem para abrigá-los.
Em algumas ocasiões, ficam em hotéis para poder tomar banho e lavar roupas. Eles postam informações e fotos sobre a viagem na página do Facebook Walk to the World Cup.
Adam, Pete e David contaram a reportagem que planejaram a viagem durante um ano, período em que também aproveitaram para economizar. “Somos muito fãs de futebol. Todos jogamos em times quando éramos mais novos e assistimos às partidas o máximo que podemos”, diz Pete.
“Argentina, Uruguai e Brasil são três dos países mais apaixonados por futebol no mundo. Achamos que [a viagem] é uma boa maneira de nos animarmos para essa que pode ser a maior Copa da nossa geração”, completa Adam.
Nenhum dos dois conhece a América do Sul. David já esteve por aqui há alguns anos, em uma viagem de mochilão em que dava aulas de inglês em troca de comida e hospedagem, e afirma que agora quer muito conhecer mais da costa do país. “Ouvi dizer que tem praias lindas”, diz.
Eles também estão arrecadando dinheiro para doar para a ONG J de V Arts Care Trust (as doações podem ser feitas neste link).
O objetivo é conseguir 20 mil libras (mais de R$ 76 mil) para construir um poço de água na Bahia. Até agora, atingiram um quarto da meta.
Os três amigos estão ainda na Argentina. Depois que saíram de Mendoza, passaram por Santa Rosa, La Paz, cruzaram o deserto entre La Paz e Desaguadero, e foram ainda para os municípios de Balde, Justo Deract, Washington e Vicuña Mackena.
Em Buenos Aires, outro amigo britânico deve se juntar à aventura – e eles dizem que estão abertos a receberem qualquer pessoa que queira acompanha-los no caminho.
O ponto final da caminhada é o Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. De lá, querem tentar ir para São Paulo na época da abertura da Copa e conhecer um projeto social em Curitiba. O restante do torneio eles ficarão no Rio de Janeiro e, depois do encerramento, pretendem ir para a Bahia.
Apesar da jornada de mais de três meses para chegar ao país da Copa, eles ainda não possuem ingressos para nenhum jogo do torneio. Dizem que estão se esforçando para conseguir algum, mas não deu certo até agora.
Segundo ele, até agora a viagem tem sido uma “montanha-russa de emoções”. “Os primeiros dias correram incrivelmente bem e encontramos muitas pessoas generosas”, diz.
“Seria uma vergonha a gente andar tudo isso e não conseguir assistir aos jogos, mas conseguir ingressos tem sido muito difícil"
Mas o grupo passou alguns momentos de apuro, como uma caminhada de 3 dias pelo deserto entre as cidades de La Paz e Desaguadero, onde tiveram que dormir em estações de trem abandonadas, foram ameaçados por dois touros e encontraram cobras, tarântulas e “os mosquitos mais famintos conhecidos pelo homem”, segundo descreve David.
Outro momento citado pelos três como “um dia infernal” foi quando se perderam entre as cidades de Justo Deract e Washington. Chovia torrencialmente, restava pouca água e comida e eles acabaram perdendo a estrada de vista. “Quando vimos estávamos no meio do campo. Andamos seguindo uma linha de trem por 5 km e a situação foi ficando insegura”, diz Pete.
David e Adam chegaram a ser eletrocutados pela cerca elétrica de uma fazenda, mas eles acabaram conseguindo voltar à estrada principal. Para não ter que caminhar 18 km no escuro até o próximo destino nem acampar com as tendas molhadas na estrada, abriram uma exceção na ideia de fazer toda a viagem a pé e pegaram carona.
“Ficamos decepcionados de termos que ir de carro, mas estávamos em sérios apuros e tivemos que colocar a segurança em primeiro lugar”, diz Adam.
Mas ele emenda que a maior parte do tempo a viagem rendeu boas lembranças. Na cidade de Balde, por exemplo, jogaram bola com um time local que é considerado um exemplo bem-sucedido de como o esporte pode ajudar a melhorar.
“Encontramos o Teto, um homem incrível que fundou esse time para reduzir os índices de criminalidade e abuso de drogas na região. Em dez anos, o time já ganhou 79 troféus e tem mais de 60 jogadores”, diz Adam. Eles também foram convidados para comer um típico churrasco argentino na casa de Teto.
Pete lembra ainda o momento em que eles puderam ver a Cordilheira dos Andes, ao saírem de Mendoza. “A Argentina é um país muito bonito, e as pessoas têm sido generosas e prestativas”, afirma. .
Ele e David falam espanhol e Adam está aprendendo o idioma “devagar”. “Quando chegarmos ao Brasil confiamos em nossa mistura especial de espanhol, português básico e inglês lento”, brinca o britânico.
O atacante Douglas Tanque foi um dos responsáveis por eliminar o São Paulo nessa quarta-feira, ao anotar um dos gols do Penapolense na disputa por pênaltis que terminou 5 a 4 para o time do interior, depois de empate sem gols no tempo normal. Não satisfeito, o jogador - que pertence ao Corinthians, arquirrival tricolor - ainda provocou o goleiro Rogério Ceni.
"Chupa", gritou o corintiano ao goleiro rival, após bater com força o pênalti que culminou no quarto gol do Penapolense. Após a classificação às semifinais garantida, o jogador deu entrevista e explicou o desabafo: "ele (Ceni) falou para mim que ia pegar (o pênalti), então eu falei 'está bom, deixa eu bater primeiro'. Graças a Deus fiz o gol. Aí falei: agora pega aí a bola do seu lado. Agora está lá na rede (a bola) e eu estou na semifinal", avisou.
Douglas Tanque, que ganhou esse apelido por causa do físico avantajado, tem 20 anos e pertence ao Corinthians. Um dos destaques da Copa São Paulo de Juniores de 2012, quando foi campeão, o atleta não vingou no time de cima na ocasião e acabou emprestado a outros clubes para ganhar experiência.
Em 2013, por exemplo, defendeu o Guaratinguetá. Voltou ao Parque São Jorge no fim da temporada e foi novamente emprestado neste ano, desta vez ao Penapolense. E, depois de boa participação com o clube de Penápolis ao longo da primeira fase do Paulista, ajudou o time a eliminar o São Paulo nas quartas de final e se classificar. O próximo rival será o Santos.