A seleção brasileira desembarcou na manhã deste domingo no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com Neymar, que fez a imigração junto com o grupo, mas acabou não passando pela torcida que esperava pelos jogadores.
De acordo com a segurança do local, o craque do Paris Saint-Germain preferiu pegar seu jatinho particular direto da pista, logo após deixar o avião que trouxe parte da delegação.
A reportagem procurou a assessoria do jogador para confirmar a informação, mas ela não respondeu às ligações.
Já no embarque do ônibus da seleção brasileira em Kazan, após a eliminação na Copa do Mundo da Rússia, Neymar foi um dos que demonstravam maior abatimento.
Sua família chegou por volta das 13h ao hotel e o astro brasileiro deu um abraço emocionado na mãe, no filho e na irmã no saguão ao encontrá-los.
Após deixarem a Rússia, às 9h45 (de Brasília) de sábado, os atletas fizeram primeiramente uma conexão em Madri, onde alguns deles permaneceram.
Outros se dividiram para o retorno ao Brasil ou outros lugares de férias.
Jogadores como Fagner e Cássio viajarão a São Paulo para se juntarem aos companheiros de Corinthians, enquanto que o gremista Pedro Geromel voa para o Rio Grande do Sul.
O Brasil foi eliminado após a derrota por 2 a 1 para a Bélgica nas quartas de final.
Apesar de bons momentos na Copa do Mundo da Rússia e de não ter passado vexame na eliminação diante da Bélgica nas quartas de final, o planejamento desenvolvido pela comissão técnica mostrou falhas dentro e fora de campo. Veja sete motivos para a seleção brasileira não ter conquistado o hexacampeonato:
Superproteção a Neymar. A defesa veemente de Neymar em todas as situações – individualismo e choro dentro de campo, e privilégios como sair para jantar com a namorada e hospedar o pai no mesmo hotel da seleção – foi considerada por dirigentes da CBF um erro fatal. O craque nunca foi decisivo como se esperava.
Muita liberdade. Alguns jogadores trouxeram, além de parentes, amigos que fizeram muita bagunça. O fato de terem ficado próximos registrou aspectos negativos, como o treinamento fechado filmado por um colega de Gabriel Jesus. O atacante deixou a desejar contra a Bélgica. Não marcou um golzinho.
Concentração longe. Apesar de a infraestrutura de Sochi ter sido considerada uma das melhores, pela qualidade dos campos de treino e dependências, o fato de o Brasil não ter jogado um jogo sequer na cidade mostrou que a escolha não foi a mais correta.
Intensidade dos treinos. A opção por treinos fortes, intensos, com os atletas se entregando como se estivessem disputando um jogo, foi demais. Vários jogadores se machucaram ou sentiram contusões.
Falta de controle. Por mais que Tite e seus pares de comissão técnica tenham negado, foi visível que a seleção demonstrou falta de controle emocional durante a Copa do Mundo.
Ausência de um líder. O rodízio de capitães mostrou que a seleção não tem um líder claro, que possa tomar as rédeas dentro do grupo e mesmo xternamente, em momentos mais complicados. A desculpa de Tite de que o grupo tem vários tipos de liderança foi entendida como falha no trabalho de formar um verdadeiro líder.
Insistência com atletas. Tite manteve no time o volante Paulinho, desgastado por não ter tido férias, e Jesus, que não fez gol na Copa. Firmino, apesar de render bem, não foi efetivado. Willian também não se saiu bem, exceto contra o México. Todos foram mal.
A Seleção Brasileira lutou, criou chances, mas não conseguiu virar o placar diante da Bélgica, que abriu 2 a 0 no primeiro tempo. Na frente a partir de uma infelicidade de Fernandinho, que fez gol contra de cotovelo, os belgas exploraram muito bem os contra-ataques e aumentaram com Kevin de Bruyne. O Brasil até diminuiu, com Renato Augusto, no segundo tempo, após belo passe de Coutinho, mas parou por aí.
O primeiro dia de quartas de final da Copa do Mundo não foi feliz para os sul-americanos no geral. O outro representante do continente, o Uruguai, também caiu ao perder por 2 a 0 para a França. Sendo assim, este será o quarto Mundial seguido vencido por uma equipe europeia.
BRASIL ELIMINADO
O sonho do hexa foi adiado. A Seleção Brasileira perdeu por 2 a 1 para a Bélgica, em Kazan, e foi eliminada da Copa do Mundo da Rússia. Os europeus abriram o placar com gol contra de Fernandinho, em escanteio da direita da defesa, e Kevin de Bruyne aumentou ainda no primeiro tempo, completando contra-ataque mortal puxado por Romelu Lukaku. Esta foi a primeira partida sob o comando de Tite que o Brasil sofreu dois gols. Apesar disso, a equipe seguiu pressionando, criando chances e diminuiu, aos 31 do segundo tempo, com Renato Augusto, mas foi só.
A Copa do Mundo da Rússia conheceu a sua primeira seleção semifinalista durante a tarde desta sexta-feira. Em Níjni Novgorod, apesar da aclamada defesa do Uruguai, a talentosa e jovem equipe da França dominou o jogo e o venceu por 2 a 0, com gols de Raphael Varane e Antoine Griezmann.
Sem contar com o lesionado Edinson Cavani, herói da vitória sobre Portugal, a Celeste não manteve a força ofensiva com o substituto Cristhian Stuani, que fez companhia ao isolado Luis Suárez no ataque. Desse modo, liderados por Griezmann, os europeus aproveitaram para abrir o placar no primeiro tempo e ampliá-lo contando com uma grave falha do goleiro Fernando Muslera na etapa complementar.
De volta às semifinais da Copa do Mundo após 12 anos, os “Bleus” enfrentarão o vencedor do confronto entre Brasil e Bélgica. O duelo por uma vaga na decisão está marcado para a próxima terça-feira, às 15 horas (de Brasília), em São Petersburgo.
O bicampeão Uruguai, por sua vez, se despede do torneio e provavelmente do técnico Óscar Tabárez, por quem é dirigido desde 2006 e que deve encerrar o seu ciclo na seleção após ser diagnosticado com uma rara doença que afetou seus nervos e músculos.
França domina e sai na frente
O Uruguai começou ligeiramente melhor, chegando com perigo em cruzamentos por ambas as laterais. Aos 13 minutos, o goleiro francês Lloris foi exigido em cabeçada de Giménez após cobrança de escanteio.
Foi a França, no entanto, quem criou a primeira chance clara de gol na partida. Aos 15 minutos, após bola levantada na área, Giroud ajeitou para o meio e encontrou Mbappé livre. O jovem atacante, porém, errou o cabeceio e mandou por cima da meta de Muslera.
A partir de então, trocando passes rápidos, os europeus passaram a ter o controle da partida e abriram o placar aos 40 minutos. Em cobrança de falta, Griezmann levantou a bola na área, Varane ganhou de Stuani por cima e desviou de cabeça, sem chances para Muslera.
Pouco depois, em jogada parecida, o Uruguai quase empatou a partida. Após bola levantada na área, Cáceres testou no canto direito de Lloris, que se esticou todo para evitar o gol. No rebote, Godín isolou por cima na última chance da Celeste antes do intervalo.
França conta com ‘frango’ para garantir vaga
O Uruguai voltou para a etapa complementar tentando pressionar, mas sem atacar de maneira consistente. Em busca do empate, Óscar Tabárez promoveu duas mudanças simultâneas: entraram Maximiliano Gomez e Cristian Rodríguez nas vagas de Stuani e Bentancur.
Logo em seguida, contudo, o treinador uruguaio viu a situação ficar ainda mais crítica. Aos 16 minutos, após contra-ataque, Griezmann recebeu na intermediária e arriscou. A bola foi em cima de Muslera, mas o experiente goleiro espalmou para dentro do próprio gol.
Com a boa vantagem da França, o jogo ficou nervoso. Mbappé tocou de letra no campo de defesa uruguaio e foi levemente atingido pelo braço de Cristian Rodriguéz, instaurando uma pequena confusão entre os jogadores. Passado o tumulto, o atacante europeu e o meia sul-americano foram advertidos com cartão amarelo.
O segundo gol abateu veementemente o ímpeto uruguaio, que deixou de atacar de forma consistente. Na base do abafa, os comandados de Tabárez não conseguiram ameaçar a meta de Lloris. A França, por sua vez, valorizou a posse de bola para administrar o placar e confirmar a vaga nas semifinais da Copa.
FICHA TÉCNICA
URUGUAI 0 X 2 FRANÇA
Local: Estádio de Níjni Novgorod, em Nizhegorodskaya (Rússia)
Data: 6 de julho de 2018 (sexta-feira)
Horário: 11 horas (de Brasília)
Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)
Assistentes: Hernan Maidana (Argentina) e Juan Pablo Belatti (Argentina)
Público: 43.319 torcedores
Cartão Amarelo: Rodrigo Bentancur e Cristian Rodríguez (Uruguai);Lucas Hernández e Kylian Mbappé (França)
Cartão Vermelho: –
Gols:
FRANÇA: Raphael Varane, aos 40 minutos do 1º tempo, e Antoine Griezmann, aos 16 minutos do 2º tempo
URUGUAI: Fernando Muslera; Martin Cáceres, José Giménez, Diego Godín e Diego Laxalt; Lucas Torreira, Matías Vecino, Nahitan Nández (Jonathan Urretaviscaya), Rodrigo Bentancur (Cristian Rodríguez) e Cristhian Stuani (Maximiliano Gomez); Luis Suárez
Técnico: Óscar Tabárez
FRANÇA: Hugo Lloris; Benjamin Pavard, Raphael Varane, Samuel Umtiti e Lucas Hernández; N’Golo Kanté, Paul Pogba e Corentin Tolisso (Steven N’Zonzi); Antoine Griezmann (Nabil Fekir), Kylian Mbappé (Ousmane Dembélé) e Olivier Giroud