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flabotDe um lado, Réver, 33 anos, 1,92m, e Juan, 39 anos, 1,83m. Do outro, Igor Rabello, 22 anos, 1,90m, e Marcelo Benevenuto, também de 22 anos e 1,80m. É com esse antagonismo na zaga que Flamengo e Botafogo decidem a primeira vaga na final do Campeonato Carioca nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Maracanã. O Rubro-Negro, que joga pelo empate por ter sido campeão da Taça Guanabara, aposta na experiência de seus defensores, enquanto o Alvinegro dá um voto de confiança à velocidade de suas promessas.

 

Apesar da distância da idade e de tempo de clube (considerando só o período no profissional), a diferença de jogos das duas duplas é pequena. Os veteranos rubro-negros formaram a zaga em 30 oportunidades desde 2016, sendo 26 como titulares e nove clássicos. Enquanto isso, os jovens alvinegros atuaram juntos como zagueiros em 26 partidas do ano passado para cá, tendo começado desde o início em 21 delas e disputado oito clássicos. Mas, afinal, quem tem os melhores números? O GloboEsporte.com checou:

 

   Réver & Juan:

 

 Jogos: 30 (26 como titulares)

 Gols sofridos: 26

 Média: 0,86 gol por partida

 Aproveitamento: 55,5% (12 vitórias / 14 empates / 4 derrotas)

 - em clássicos: 55,5% (3 vitórias / 6 empates / 0 derrotas)

 - contra o Botafogo: 60% (2 vitórias / 3 empates / 0 derrotas)

 Marcelo Benevenuto & Igor Rabello

 Jogos: 26 (21 como titulares)

 Gols sofridos: 24

 Média: 0,91 gol por partida

 Aproveitamento: 47,3% (10 vitórias / 7 empates / 9 derrotas)

 - em clássicos: 29,1% (2 vitórias / 1 empate / 5 derrotas)

 - contra o Flamengo: 25% (1 vitória / 0 empates / 3 derrotas)

 Marcelo Benevenuto & Igor Rabello

 Jogos: 26 (21 como titulares)

 Gols sofridos: 24

 Média: 0,91 gol por partida

 Aproveitamento: 47,3% (10 vitórias / 7 empates / 9 derrotas)

 - em clássicos: 29,1% (2 vitórias / 1 empate / 5 derrotas)

  contra o Flamengo: 25% (1 vitória / 0 empates / 3 derrotas

 

E o antagonismo se refletirá até mesmo no banco dos rivais no Maracanã. Só que agora não em características, mas sim pelo momento de seus principais reservas. No Flamengo, Réver e Juan têm a sombra do também experiente Rhodolfo, de 31 anos, que é um dos mais regulares do elenco e vem sendo bastante utilizado por Carpegiani. Já no Botafogo, o ex-capitão e argentino Carli, também de 31 anos, foi barrado e vem perdendo espaço. Jogou só duas vezes em 2018 e, mesmo com clamor das arquibancadas, segue sem perspectivas de ser aproveitado.

 

GE

jornal7a1Os discursos dos jogadores e comissão técnica da Alemanha, deixando um pouco de lado a goleada na Copa de 2014 ao falar sobre o amistoso contra o Brasil desta terça-feira não é repetido por parte da imprensa do país. O caderno de esportes do jornal “Bild”, um dos principais diários germânicos botou o dedo na ferida em sua capa:

 

“Bem-vindo ao país do 7 a 1”, diz o título da publicação.

 

No texto, o jornal deixou claro que o jogo tem mais apelo para o Brasil: "Para nós, o clássico é apenas um último difícil teste antes da convocação do 15 de maio (lista final para Copa do Mundo). Para os brasileiros é tudo mais: As estrelas do técnico Tite querem esquecer a vergonha do 7 a 1 com uma vitória. Eles não conseguem apagar completamente a nossa histórica glória”, frisa um trecho do artigo.

 

O Metrô de Berlim também relembrou o 7 a 1, e estampou uma foto de duas linhas que cortam a cidade (u1 e u7):

 

- Só uma foto de Möckernbrücke que veio à mente hoje - diz o texto publicado na rede social do serviço de Metrô da capital alemã.

 

Brasil e Alemanha se enfrentam no estádio Olímpico de Berlim a partir das 15h45.

 

•Escalação do Brasil: Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Fernandinho, Paulinho, Willian e Coutinho; Gabriel Jesus;

 

•Desfalques brasileiros: Neymar (fratura no quinto metatarso do pé direito), Filipe Luís (fratura na fíbula da perna esquerda) e Alex Sandro (lesão muscular na coxa direita);

 

•Provável escalação da Alemanha: Leno (Trapp), Rüdiger, Boateng e Ginter; Kimmich, Gündogan, Khedira (Goretzka) e Plattenhardt; Stindl, Werner e Sané;

 

•Desfalques alemães: Neuer (em recuperação de cirurgia no pé esquerdo), Müller e Özil (poupados) e Emre Can (dores nas costas);

 

•Arbitragem: Jonas Eriksson (SUE), auxiliado por Mathias Klasenius e Daniel Wärnmark (ambos da Suécia);

 

GE

Foto: Alexandre Lozetti

selçJoaquim Löw não disputa apenas mais um jogo nesta terça-feira, em sua "casa". O técnico da Alemanha, de fato, comandará a seleção pela 160ª vez em doze anos e se aproxima de bater um recorde de longevidade na equipe.

 

Nesse período, renovou a seleção em pelo menos duas ocasiões e, seja qual for o resultado na Rússia, a percepção é de que cabe ao treinador decidir se, depois do Mundial, ele quer ou não continuar.

 

Enquanto Löw esteve no comando, o Brasil, por sua vez, passou por quatro técnicos diferentes. Para Tite, existem "culturas diferentes" entre Brasil e Alemanha quando se fala em trabalho de treinadores no futebol.

 

"Temos que respeitar as culturas. São culturas diferentes na paciência. É utopia pensar que eu possa chegar perto", disse o brasileiro.

 

De fato, quando Löw assumiu o time em 2006, ele já havia sido o auxiliar técnico desde 2004. Para a DFB, a Federação Alemã de Futebol, o treinador fazia parte de uma estratégia de longo prazo para tornar o futebol alemão no melhor do mundo. Dez anos depois, na Copa de 2014, isso foi obtido.

 

Mas a renovação não vai terminar. No jogo desta terça-feira, a federação alemã levará ao estádio de Berlim cem treinadores de times juvenis do país para que entendam a importância de um grande clássico.

 

Desde 2003, a federação já treinou 14 mil pessoas para que possam atuar como técnicos de times amadores. O treinamento, segundo a DFB, é grátis.

 

Agência Estado

danielalvesChegou a hora do reencontro. Na próxima terça-feira, Brasil e Alemanha vão se enfrentar pela primeira vez depois do 7 a 1. Capitão da vez, Daniel Alves deixou claro que o mais importante é a Seleção focar no presente de deixar a semifinal da Copa do Mundo de 2014 de vez no passado.

 

- É um clássico mundial, e sempre há uma certa dificuldade quando você enfrenta equipes desse nível.

 

   - Tenho falado muitas vezes quando sou questionado sobre isso. Se não podemos mudar o passado, temos que tentar mudar o presente. Estamos aqui para fazer isso.

 

- Também temos boas recordações de jogos contra a Alemanha, mas são desafios novos e totalmente diferentes do que aconteceu. O grau de dificuldade existirá tanto para uma parte como para outra. Esperamos estar à altura dessa ocasião e botar em prática todo o trabalho requerido por parte da nossa comissão.

 

Convocado em 2014, Daniel Alves perdeu a vaga durante a Copa e foi reserva no 7 a 1. Novamente titular, o lateral ressaltou a evolução da Seleção após a chegada de Tite, no meio de 2016.

 

- Acredito que será um grande jogo, houve evolução nítida na nossa Seleção desde que o professor assumiu. Mas elogios e críticas às vezes debilitam, você não pode absorvê-los se não ajudar a crescer, ser melhor do que somos. O professor é bastante experiente para saber absorver elogios quando eles chegam. Expectativa é ter um grande desempenho e fazer um grande jogo, nos preparamos todos os dias para isso. É um grande teste, são esses adversários que vamos enfrentar no futuro.

 

A Seleção seria uma das favoritas à Copa com Dunga?

 

- Isso é colocar areia no trabalho dos outros e não fazemos isso. Valorizamos todas as pessoas com quem trabalhamos, elas tentam fazer seu melhor e muitas vezes não conseguem.

 

   - A diferença do professor para o trabalho que tínhamos antes são ideias novas, o futebol evoluiu com ele, e nós evoluímos com ele nesse período.

- É o grau de maturidade que precisamos para competir e sermos fiéis ao nosso trabalho. Pelo histórico, temos um grau de favoritismo em qualquer competição. Mas temos que fazer por onde para que essa possibilidade aumente.

 

Linha de cinco defensores da Alemanha

- Sinceramente, só posso dizer que estamos preparados para enfrentá-los. Se eu falar como vamos fazer, facilitamos a vida dos adversários. Nossa comissão estudou bem e os conceitos nós temos guardados, temos certeza de que vamos por em prática nossa forma de enfrentar adversários assim, sem perder nossas características. O que nos difere de outras seleções é nossa qualidade técnica individual, mas não podemos facilitar.

 

Relação famíliar

- É inevitável levar a família onde quer que esteja, é o mais importante que temos na vida. Em todos os momentos, bons ou não tanto, sempre será nosso alicerce. Aprendi com meu pai a dar seu melhor, aconteça o que acontecer, você vai poder descansar bem. Às vezes nosso melhor não é suficiente, mas nem por isso vamos deixar de continuar fazendo.

 

Reserva no 7 a 1

- Eu sempre me preparo para aceitar os momentos que a vida me oferece. Não acredito que tenha sido injustiçado, se o Maicon jogou é porque mereceu, respeito bastante a história dele na seleção brasileira. Na nossa profissão, sempre geramos debates. Acredito que não é demérito nem mérito ficar fora ou dentro, se tiver qualidade do seu lado. Querer estar dentro eu sempre vou querer, mas acredito que a única sensação que tenha ficado daquele momento é a de não poder ajudar de alguma forma, as substituições já tinham sido feitas. Na vida temos que estar preparados para tudo.

 

Falou com Neymar sobre o jogo?

 

- Não, conversamos sobre várias coisas, mas sobre isso não. Acredito que nem precise, o próprio jogo diz o quanto é importante, a dificuldade que teremos. O mais importante é enfrentar as situações e competir com elas.

 

Mudanças pessoais

 

 

- O único privilégio que tenho é poder fazer parte de um grupo sensacional. Não me sinto absoluto e não me sentirei em nenhuma posição, profissional ou pessoal. Sempre me vejo como alguém que luta bastante pelas coisas e tenta fazer o melhor que pode para estar li. Todos os nomes que vierem servir à Seleção serão bem-vindos e terão sua importância. A fortaleza de um grupo é ter jogadores qualificados dentro dele, acredito que temos, e bastante. Não mudou nada na minha vida, não. Sou só um pouco mais experiente do que era, pela minha idade e pelas coisas que vivi. A vontade segue a mesma, de competir e fazer o melhor que eu posso. Isso é o que me mantém firme, estável na carreira, minha constância. É a única diferença de antes para agora, sou um pouco mais experiente.

 

Maior lateral-direito do Brasil se vencer a Copa?

 

- Nem pretendo ser o maior ou o melhor. Eu quando saí da minha casa, deixei minha família, meu único objetivo era ser alguém nessa vida tão disputada e dura. Esse prêmio, meu pai já tem esse orgulho de mim, é suficiente para mim. Todos os jogadores têm essa etapa, esse histórico, todos são respeitados, é muito difícil ser jogador de futebol e abdicar de tanta coisa por uma profissão. Acredito que minha família está muito orgulhosa e tudo que eu pretendia fazer, eu fiz. Independentemente de ganhar um título mundial. É um sonho e temos que lutar por eles, estamos tentando de todas as formas. Sonhar junto é melhor, executar é melhor ainda.

 

GE

Foto: Reuters