A expulsão de Felipe Melo logo aos três minutos da partida contra o Cerro Porteño, na última quinta-feira (30), deixou a torcida do Palmeiras irritada com o volante.
Na internet, um grupo de torcedores criou um abaixo-assinado pedindo a rescisão imediata do contrato do atleta. A petição já foi assinada por quase 1.000 torcedores. Até o momento desta publicação, 832 pessoas assinaram o pedido de rescisão do volante.
O cartão vermelho diante do Cerro Porteño foi o 18º da carreira de Felipe Melo e seu segundo no Palmeiras. Antes disso, o volante já havia sido expulso na primeira partida da final do Campeonato Paulista, após confusão com o atacante Clayson, do Corinthians.
Apesar da expulsão, o Palmeiras superou os paraguaios no placar agregado e passou às quartas de final da Copa Libertadores. Na próxima fase, o time comandado por Luiz Felipe Scolari vai enfrentar o Colo-Colo, do Chile.
O Palmeiras conseguiu nesta quinta-feira complicar uma missão que parecia fácil, ser heroico quando parecia derrotado e ter como vilão um dos jogadores mais queridos pela torcida. Entre tantos paradoxos, pelo menos a lógica prevaleceu no quesito principal e o time está classificado para as quartas de final da Copa Libertadores mesmo depois de perder para o Cerro Porteño por 1 a 0, no Allianz Parque, com nove jogadores em campo. O adversário na próxima fase será o Colo-Colo.
O personagem do jogo foi Felipe Melo. Apelidado de Pitbull e clamado pela torcida, foi expulso de forma infantil logo no começo da partida e complicou as condições de jogo para o seu time. A situação confortável por ter vencido no Paraguai por 2 a 0 deu lugar a uma partida de superação, em que foi preciso contar com o apoio da torcida e apostar na defesa.
DRAMA!
O Palmeiras entrou em campo exibindo uma sequência de nove jogos seguidos sem tomar gol, uma invencibilidade na Libertadores e ainda atuava dentro de casa. Ou seja, era uma lista imensa de ingredientes favoráveis. Pois logo cedo todo esse cenário desmoronou em um só lance. Aos três minutos, o volante Felipe Melo foi fazer um passe e deixou a perna em Victor Cáceres. O árbitro argentino primeiramente deu cartão amarelo, para logo depois mudar de ideia e expulsar o jogador.
A grande reclamação do Palmeiras e a incredulidade do público com a precoce baixa transformaram a partida. Confiante antes do início do jogo, o time passou a ser inseguro. A equipe alviverde recuou e a torcida alterou o comportamento, ao deixar o otimismo e a euforia para passar a comemorar desarmes e chutões.
Em campo o Palmeiras passou a ter duas grandes preocupações. Uma delas era conseguir expulsar alguém do Cerro Porteño. O time alviverde reclamou muito com a arbitragem, procurou forçar cartões amarelos e teve os reservas bastante ativos no banco para tentar colocar pressão. O outro foco era o mais produtivo: os contra-ataques.
ALÍVIO!
A esperada noite tranquila teve outro susto no começo do segundo tempo, quando Rodrigo Rojas caiu desacordado, após jogada aérea e foi levado de ambulância para o hospital. O palmeirense veria uma outra cena ainda pior logo depois. O lateral Arzamendia foi tentar cruzar, mas conseguiu surpreender Weverton e abrir o placar, aos 11 minutos.
O gol fez Felipão mexer. O volante Thiago Santos entrou na vaga do atacante Borja para reforçar a marcação. A tentativa era válida, mas era difícil resolver os maiores problemas do segundo tempo. O time continuava muito nervoso e demonstrava cada vez mais cansaço por precisar correr para compensar a expulsão de Felipe Melo.
Seriam longos minutos de angústia, sustos e foco na defesa. No fim Deyverson ainda seria expulso, junto com um paraguaio, e a defesa se segurou. No apito final a torcida comemorou como nunca, quem diria, uma derrota. Um paradoxo valioso para um Palmeiras que se blindou com o espírito de Libertadores para se classificar.
Com lesão muscular de grau 1 na coxa esquerda, Lucas Veríssimo será desfalque do Santos contra o Vasco neste sábado, no Maracanã, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. A informação foi inicialmente publicada pelo GloboEsporte.com.
O zagueiro sentiu a lesão aos cinco minutos do segundo tempo do empate em 0 a 0 com o Independiente-ARG na última terça-feira, no Pacaembu. Seu substituto deve ser mais uma vez Robson Bambu, já que Luiz Felipe também está no departamento médico.
A expectativa do departamento médico do alvinegro é de retorno de Veríssimo contra o Grêmio, dia 6, novamente no Pacaembu.
O presidente do Santos, José Carlos Peres, disse que o técnico Cuca deve "tocar o futebol", enquanto a diretoria "toca a parte administrativa e financeira".
Durante encontro na Federação Paulista de Futebol, que nesta quinta elege nova diretoria, Peres afirmou ter conversado com o técnico, e cutucou:
– O Cuca toca a parte técnica, e nós tocamos a parte administrativa e financeira. Ele reconheceu que exagerou. Foi no calor do jogo, foi revoltante mesmo – disse o cartola.
A declaração foi motivada pelas críticas do treinador na última terça-feira, quando apontou falta de profissionalismo no clube no "Caso Sánchez". O clube foi punido por escalar o jogador uruguaio de forma irregular contra o Independiente, nas oitavas de final da Libertadores.
Após a eliminação do Santos no Pacaembu, Cuca afirmou que o erro era grave, o "bê-a-bá de situações que não podem ocorrer".
Peres completou:
– Eu não concordo com ele. Nós fizemos tudo o que nós pudemos. Nós fomos para um julgamento em que já estava pré-determinado para (nos) culpar. Há coisas que você fala publicamente e coisas que fala no privado. Ele estava nervoso, tem que dar desconto. Conversamos, ele convenceu o erro, agora é tocar a bola para frente.
O presidente do Santos mais uma vez culpou a Conmebol pelo erro que permitiu que Sánchez entrasse em campo mesmo com uma suspensão a cumprir. Ele se baseia no sistema Comet, usado pela entidade para o registro de atletas, que apontava que o meia não tinha restrições.
A Conmebol não acolheu a tese santista e puniu o clube ao determinar a derrota da equipe por 3 a 0 no jogo de ida das oitavas da Libertadores. Na última terça, no Pacaembu, o 0 a 0 classificou o Independiente.
Essa partida foi encerrada antes dos 45 minutos do segundo tempo por falta de segurança, já que torcedores do Santos atiraram bombas e invadiram o gramado do Pacaembu.
Demissão de funcionário
Peres negou que a demissão de Felipe Nóbrega, do departamento jurídico do Santos, tenha sido motivada pelo erro que causou a punição ao clube pela Conmebol.
Nóbrega foi desligado horas depois de a entidade divulgar a decisão e chegou a ser apontado como responsável pela falha que iniciou o problema. Na última quarta, ao GloboEsporte.com, ele afirmou que checar a situação disciplinar de atletas não era sua atribuição.
Peres disse que a saída de Nóbrega faz parte de uma reformulação do departamento jurídico:
– Aí há uma confusão. Já tínhamos feito uma demissão de outro (funcionário) na sexta, estamos fazendo uma reforma no jurídico, e chegou a vez dele. Estamos arrumando o clube, há demissões todos os dias.