O presidente do Santos, José Carlos Peres, manifestou nesta terça-feira o interesse na contratação dos ídolos Diego, hoje no Flamengo, e Robinho, do Sivasspor, da Turquia. O dirigente, porém, se mostrou preocupado com o custo das negociações.
– Diego e Robinho são nomes interessantíssimos, ídolos. Imagina reunirmos os dois? Mas não podemos fazer loucuras. Temos de montar um time forte para Copa do Brasil, Brasileiro, Sul-americana – afirmou Peres, em entrevista ao Bandsports, onde também revelou que Flamengo e São Paulo querem o goleiro Vanderlei.
Robinho, de 34 anos, tem contrato com o Sivasspor até o fim de junho de 2019. Nesta temporada, o atacante atuou em 12 partidas e marcou quatro gols.
Diego, de 33, vive um momento ruim no Flamengo e não sabe se permanecerá no próximo ano – o contrato vai até 31 de julho de 2019. Em 44 partidas até o momento, ele anotou nove gols.
Formados nas categorias de base, Diego e Robinho foram as estrelas do Santos nas conquistas do Campeonato Brasileiro de 2002 e 2004. O atacante ainda voltou ao Peixe por mais duas vezes (2010 e 2014), quando conquistou o Paulistão (2010 e 2015) e a Copa do Brasil (2010).
Ainda sonhando com o título do Campeonato Brasileiro, o Flamengo enfrenta o Grêmio no Maracanã sem poder contar com Henrique Dourado, internado no hospital Samaritano com infecção no rosto, e Lucas Paquetá, expulso na vitória por 1 a 0 para cima do Sport, em Recife.
lado, o técnico Dorival Júnior ganhou o retorno de Uribe, que havia sido preservado diante do Sport. Já para a vaga de Paquetá, o escolhido foi Diego, suspenso na última rodada. O ex-meia da seleção brasileira formará o trio com Cuéllar e Willian Arão.
BRIGA PELO TÍTULO No entanto, a situação não é das mais fáceis. O time carioca está na vice-liderança, com 66 pontos, cinco atrás do Palmeiras.
“Sem dúvidas o jogo vai ser muito grande. O que fica de lição é que temos que estar ligados o tempo inteiro, um ajuda do o outro. Essas vitórias marcantes nos ensinam muito. Assim como as derrotas não deixam lições”, avisou César.
O provável Flamengo tem: César; Pará, Léo Duarte, Réver e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Vitinho, Éverton Ribeiro e Uribe.
A Seleção Brasileira tem, nesta terça-feira, seu último compromisso do ano. Às 17h30 (de Brasília), em Milton Keynes, na Inglaterra, Tite e companhia encaram um amistoso contra a equipe de Camarões, primeiro adversário africano da gestão do comandante brasileiro. As principais atrações do duelo, porém, estarão no banco de reservas: o treinador Clarence Seedorf e o auxiliar técnico, Patrick Kluivert.
Ambos os integrantes da comissão técnica têm ligações especiais com Brasil. Especialmente Seedorf, que encerrou sua carreira como jogador, em 2014, justamente no país verde e amarelo, defendendo a camisa do Botafogo.
A identificação entre Seedorf e Brasil vem de muito tempo. Nascido em 1976 no Suriname, país colonizado pela Holanda, o icônico meio-campista tinha um pôster colado na parede de seu quarto quando era criança e chegou a chorar com a eliminação da seleção canarinha na Copa do Mundo de 1986.
A conexão com o país ficou ainda mais forte depois de ter se casado com Luviana, brasileira e torcedora do Botafogo, no fim dos anos 90. Por ela, ele deixou a Europa depois de quase 20 anos para retornar à América do Sul.
Se a história fora de campo já é interessante, dentro dele também não deixa a desejar. Revelado pelo Inter Moengotapoe (hoje o maior campeão do campeonato nacional do Suriname), Seedorf encantou o mundo com sua habilidade e chegou ao Ajax em 1992, se tornando o jogador mais jovem a vestir a camisa do time profissional do clube.
Três anos depois, o meia se transferiu para a Sampdoria, onde apesar de não ter ganhado nenhum título, conseguiu chamar a atenção de nada mais que o Real Madrid. Na Espanha ficou quatro anos e conquistou quatro títulos, entre eles uma Liga dos Campeões, antes de retornar a Itália, desta vez para defender as cores da Internazionale e mais tarde do rival Milan. Neste último, foram 10 anos de história. Somou 432 partidas e 62 gols, além de 10 títulos.
Depois da Itália, o destino foi o querido Brasil. Em 2012, apoiado pela esposa e pelas lembranças da infância, Seedorf assinou por dois anos com o Botafogo. No clube carioca, o holandês disputou 81 jogos e anotou 24 gols, antes de anunciar sua aposentadoria em 2014.
Apesar de pendurar as chances, Seedorf não iria deixar o futebol tão cedo e logo voltou ao Milan, desta vez como treinador. Quatro meses depois, porém, ele foi demitido do cargo. Quase dois anos mais tarde, ele voltou à ativa, agora para comandar o chinês Shenzhen F.C. Mais uma vez, no entanto, o trabalho durou somente cinco meses.
Um ano depois, o Brasil voltou à cena na vida de Seedorf. Mas também durou pouco, após uma tentativa falha do Atlético-PR em contratá-lo como coordenador e técnico. Em fevereiro deste ano, o ex-jogador assumiu o comando do espanhol La Coruña, o qual deixou ao fim da temporada depois de não conseguir evitar o rebaixamento da equipe. E um mês depois, enfim, foi anunciado como treinador da seleção de Camarões.
“É um talento incrível, um técnico buscando o início para transpor todo o talento que ele tinha”, Tite sobre Seedorf
Trabalho, tabu e história
E agora, à frente da equipe africana, é o momento em que Seedorf tenta se consolidar como técnico. Em partida classificatória da Copa Africana de Nações, sua seleção vem de derrota para Marrocos por 2 a 0. Este foi, inclusiva o primeiro revés com os Leões Indomáveis: antes, foram dois empates, com as fracas equipes de Ilhas Comores e do Malawi, e apenas uma vitória também contra Malawi. E que pode ser melhor do que vencer justamente o Brasil para dar aquela empolgada no time camaronês?
“Para nós é uma grande oportunidade poder enfrentar times de expressão da Europa e da América do Sul, pois eles podem acrescentar demais ao nosso futebol. Enfrentar o Brasil é ter um grande teste nas mãos para analisar em que estágio estamos. Por isso mesmo a minha expectativa é muito positiva”, declarou Seedorf.
A missão, no entanto, é bastante complicada. Dos 87 confrontos em que defendeu a seleção da Holanda, quatro deles o adversário foi o time canarinho. E em todas as oportunidades – três amistosos e uma semifinal de Copa do Mundo – a partida terminou empatada. Ou seja, Seedorf precisará quebrar um tabu e vencer o Brasil pela primeira vez em sua carreira. Seedorf tenta sua segunda vitória à frente da seleção de Camarões (Foto: Fadel Senna/AFP)
Para tanto, terá ao seu lado o ex-companheiro de vestiário, Patrick Kluivert. E é exatamente esta semifinal de Copa que une todos.
No dia 7 de julho de 1998, o Estádio Vélodrome, em Marselha, na França, recebeu o duelo entre Brasil e Holanda, válido pela semifinal da Copa do Mundo. Ronaldo abriu o placar e ia garantindo a vaga brasileira até os 42 minutos o segundo tempo, quando justamente ele, Kluivert, subiu mais alto que todo mundo para balançar as redes e forçar a prorrogação. No fim, a partida acabou sendo decidida nos pênaltis e o foi o Brasil quem assegurou a vaga na final, quando perdeu para a equipe da casa, a grande campeã França.
E agora, ambos reencontram o Brasil, anos depois e em condições diferentes buscando enfim sair de campo com um resultado positivo. Um fator que joga a favor de Seedorf, porém, é que nas três oportunidades, ainda como jogador, em que enfrentou o técnico Tite, empatou duas e venceu uma. E o comandante brasileiro não poupou elogios ao seu hoje colega de profissão na coletiva de imprensa prévia ao duelo desta terça-feira.
“Falar antes como atleta que ele foi e enfrentei no Botafogo. Falei para o time que ele é muito talentoso, não pode deixar pensar, disse que a marcação tem que ser curta, rápida e forte. Ele achou uma bola, dominou na frente do Pacaembu, com o radar ligado. Ele faz o movimento para dominar na bola, dá um toque só, ficaram dois ou três da defesa olhando. É um talento incrível, um técnico buscando o início para transpor todo o talento que ele tinha”, finalizou. Fique por dentro do mundo do esporte!
O ano de 2018 tem tudo para se tornar especial para Luiz Felipe Scolari, que retornou ao futebol brasileiro para liderar o Palmeiras rumo à liderança do Campeonato Brasileiro e ao iminente título nacional, que pode ser coroado já na próxima quarta-feira, no Allianz Parque. E no meio do caminho, justamente o América Mineiro, rival da 35ª rodada, pode simbolizar dois momentos significantes da passagem do experiente treinador.
Foi contra o Coelho, no dia 5 de agosto, que Felipão fez sua reestreia pelo Palmeiras. No Independência, o gaúcho esteve à beira do campo pela primeira vez desde que foi anunciado, no fim do mês anterior, e deixou Minas Gerais com um empate por 0 a 0, que poderia ter se transformado em um triunfo caso Jean tivesse convertido o pênalti marcado a favor do Verdão ainda na primeira etapa.
Na época, o Palmeiras ainda vivia com as atenções divididas entre Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. A partida, inclusive, teve apenas dois titulares escalados, o goleiro Weverton e o meia Moisés, e marcou o início do que seria o time “B” utilizado pelo treinador apenas na competição de pontos corridos. Com empate, o hoje líder do campeonato chegou ao seu 27º ponto e encostou no G-4.
Desde então, o Verdão seguiu a passos largos rumo ao primeiro lugar do Brasileiro, principalmente após as eliminações na Copa do Brasil para o campeão Cruzeiro e na Libertadores para o finalista Boca Juniors. Aos poucos, o time comandado por Felipão não apenas manteve a liderança, como conseguiu vantagem para minimizar tropeços, como aconteceu contra o Atlético Mineiro e, mais recentemente, com o lanterna Paraná.
Para o duelo desta quarta-feira, as circunstâncias são completamente diferentes e o momento também é outro em relação à estreia do treinador. O jogo, agora, pode valer o título para Scolari e seus comandados, desde que vençam o Coelho e contem com tropeços de Internacional e Flamengo, que medem forças com Atlético Mineiro e Grêmio, respectivamente.
gazetaesportiva
Dono de 71 pontos, o Palmeiras depende apenas de si para conquistar o decacampeonato nacional e, caso não confirme nesta quarta, terá a oportunidade de coroá-lo em São Januário, no próximo domingo, na partida contra o Vasco da Gama. Algo em comum aos dois próximos rivais, aliás, é a situação na tabela, já que tanto os cariocas quanto os mineiros lutam pela permanência na elite.