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rodrigocaetanoAntes de assumir o cargo de diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano teve passagens destacadas por Grêmio e Vasco. Em ambos os trabalhos, o contexto era o mesmo: a montagem de um elenco para resgatar o orgulho de dois grandes feridos por um rebaixamento na temporada anterior. Tanto no Olímpico como em São Januário, o resultado foi o título da Série B. Nas Laranjeiras, porém, o desafio é completamente diferente de tudo o que ele já viveu na função.


A poucos dias de completar três semanas no clube, Rodrigo Caetano reconhece que está diante de um dos mais difíceis desafios de sua carreira. O investimento foi alto, assim como é a expectativa para que tudo dê certo neste Fluminense considerado por muitos como o melhor elenco do futebol brasileiro.


Mostrando a costumeira segurança, o diretor se diz pronto para o desafio e confiante de que seu trabalho renderá os sonhados frutos.


- É um desafio novo, certamente difícil, mas que espero ultrapassar. Não vejo nenhum fantasma nisso. Chego em um clube em um bom estágio e vou implementar a filosofia de trabalho. Sei que a cobrança será grande, mas estamos preparados para tudo - afirmou.


Numa  entrevista,Rodrigo não fugiu de um assunto sequer. Falou sobre a adaptação ao clube, a qualidade do elenco tricolor, projeto do CT, a idolatria inesperada e admitiu que ficou muito preocupado com a própria imagem ao deixar o Vasco e, em seguida, assinar com um rival. No entanto, reconheceu que era o momento certo para uma guinada.


O primeiro momento já passou e você está perto de completar um mês de Fluminense. Como vem sendo a adaptação?

Rodrigo Caetano: Na próxima segunda completo três semanas. E tudo vai andando muito rapidamente. A aceitação foi muito boa entre os funcionários e os atletas. Além disso, facilita ter vindo de dois bons trabalhos. Traz mais confiança. Agora é conhecer mais a rotina do clube. Nos últimos dias, procurei estudar muito o estatuto e a história para sempre respeitar as tradições do clube. Isto é fundamental para qualquer funcionário. Se vai dar certo o meu trabalho? O tempo que vai dizer, mas a adaptação está sendo muito boa.


E a relação com o gerente de futebol Marcelo Teixeira e o vice-presidente de futebol Sandro Lima? Está funcionando o organograma planejado?

É uma trinca muito tranquila. Antes de eu chegar, foi dado muito destaque para isso. Mas funciona aqui como nos demais clubes. Temos um presidente, um vice-presidente de futebol institucional e os demais membros do departamento. Com a minha chegada, demos uma mexida na estrutura. O Marcelo conhece bem a base e vai fazer esse link com os profissionais. Mas ele também vai prestar serviços ao futebol normalmente. Isso tudo foi muito conversado. Já fui chamado também de centralizador. Mas não vejo desta maneira. Eu simplesmente não fujo de nada e faço de tudo para proteger o departamento de futebol assumindo certas posições. Acabam confundindo, porque nunca tive medo de colocar minha cabeça a prêmio.


Dizem que em time que está ganhando não se mexe. Teme que, em caso de insucesso, você seja responsabilizado, já que a sua contratação representou uma mudança após o fim de ano positivo com a vaga na Libertadores?

Não acho que vou ser responsabilizado nem pelo sucesso, nem pelo insucesso. Já passei por momentos ruins no Vasco também. Vejam o Fluminense em 2011, por exemplo. O ano passado todo foi bom? Turbulências podem acontecer. Se fosse assim, não me deixariam sair do Vasco, porque a última temporada foi muito boa por lá. O time conquistou um título inédito, quebrou um longo jejum e terminou como vice-campeão brasileiro. Mas ninguém faz nada sozinho. Por isso que não me preocupa esse tipo de comparação.


O fato de o Fluminense ter tentado a sua contratação em outras oportunidades, sempre mostrando vontade de contar com o seu trabalho, ajuda na adaptação?

Ajuda, sim. A minha chegada foi consenso no clube. O Peter, o Sandrão e o Celso Barros conversaram muito comigo. Não ter resistência em um momento inicial é importante. Espero que continue assim.


Por que não veio antes para o Fluminense?

Tivemos uma conversa lá atrás quando renovei com o Vasco. De resto, foram apenas sondagens. Naquele momento não me sentia confortável em sair do Vasco por acreditar que o ciclo não estava completo. Mas ele se fechou nesse ano de 2011. Aí teve também o desgaste natural de três anos de convívio. Acho que pelo momento foi à decisão correta. Agora espero que a decisão de vir para o Fluminense seja a mais correta também.


Você sempre foi um profissional que cuidou muito da própria imagem. Chegou a temer que seu nome pudesse ficar arranhado ao sair do Vasco e assinar com o Fluminense?

Pensei muito nisso. Em 2013, completo dez anos em gestão esportiva. Hoje estou com 42 anos e, somando a carreira de jogador, tenho 32 de futebol. Preservar a imagem se faz necessário porque o nosso trabalho está diretamente ligado ao resultado, e isso acontece em um ambiente de emoção e paixão. Por onde passei, construí identificação com os clubes. Nada foi imposto. A torcida espera comprometimento de quem trabalha no futebol. E por isso tive vida longa nas duas funções. Cortar vínculo nunca foi minha virtude. É difícil. Do Grêmio para o Vasco também foi difícil. Levei mais de um mês para definir. Agora aconteceu o mesmo. Apesar das sondagens anteriores, a tomada de decisão tinha motivos pessoais e profissionais. Quando fiquei livre, o Fluminense me procurou e acabou acontecendo um encontro de interesses. Vim para trabalhar em uma grande marca, em um clube que desejava contar com o meu trabalho e ainda pude permanecer no futebol do Rio.


A tristeza da torcida vascaína mexeu com você?

Com certeza. Qualquer mudança tem os seus contras também. Ninguém sai ileso. Mas dentro do possível o próprio torcedor vascaíno entendeu bem isso. Hoje acontece uma situação curiosa comigo nas ruas. Sou abordado por vascaínos lamentando a saída, mostrando gratidão, e agora por tricolores comemorando a minha chegada e pedindo o mesmo sucesso.


Como vê esta idolatria em relação ao seu nome? Você já disse em outras oportunidades que tem feito mais sucesso como diretor do que como jogador...

Isto está creditado aos bons resultados. Assumi Grêmio e Vasco em momentos semelhantes. Nos dois casos os clubes se preparavam para a disputa de uma Série B.

A torcida vivia com a autoestima baixa, com uma certa carência... Aí eles aceitam mais facilmente um profissional que se propõe a implementar mudanças visando o resgate do clube. E consequentemente criam uma identificação. E a torcida do Fluminense pode acreditar que eu terei a mesma característica aqui. Vou defender sempre o meu clube. Acredito também que a minha profissão caminha para isso.

A função de um diretor, diferentemente do que muitos pensam não se resume somente a montar o elenco. Temos de gerir pessoas. De nada adianta ter a estrutura e o elenco qualificado se o mesmo não for bem gerido.


Você citou a semelhança nos dois trabalhos anteriores. Agora, chega não com a imagem de salvador, e sim para manter um trabalho que vinha evoluindo e está em busca da consagração. É ainda mais complicado?

Existe um jargão no futebol que diz que chegar ao auge é difícil, mas que é ainda mais complicado se manter por lá. Sempre é complicado montar e remontar um elenco com uma situação financeira difícil. Mas acaba se tornando também uma grande oportunidade.

O Vasco e o Grêmio me deram essa oportunidade. Agora o Fluminense quer manter um nível de excelência. É um desafio novo, certamente difícil, mas que espero ultrapassar. Não vejo nenhum fantasma nisso. Chego em um clube em um bom estágio e vou implementar a filosofia de trabalho. Sei que a cobrança será grande, mas estamos preparados para tudo.

Costumo dizer que a preparação tem de ser para a situação adversa. É para isso que me preparo. As coisas boas são consequência do trabalho.

 


Mas sabe que a pressão por resultados vai ser grande...

A cobrança existiu em outros clubes e aqui vai existir da mesma maneira. Mas digo que para um clube se manter entre os grandes precisa estar disputando o título todos os anos. Aí a conquista vira consequência. Costumo comparar com o futebol europeu. São sempre os mesmos disputando. O Fluminense vem neste caminho nas últimas temporadas. Campeão brasileiro, da Copa do Brasil, vice da Sul-Americana e da Libertadores... Na base é a mesma história. Chegamos em todas as finais recentes dos juniores. Se as conquistas virão ou não, é outra história.


O elenco tricolor é apontado por muitos como o melhor do Brasil. Concorda com esta análise?

Jamais vou externar este tipo de opinião. Nem vantagens, nem desvantagens. O nosso diagnóstico vai ser passado internamente. O que posso dizer é que vejo um grande elenco, uma comissão técnica de alta qualidade e contamos também com o apoio da diretoria e da patrocinadora do clube, que sempre acatam as nossas sugestões e brigam pelo que queremos implementar.


Mas, em comparação com os demais elencos que você trabalhou em sua carreira como diretor, este é o mais qualificado?

Jamais comparo elencos. Jamais. Faço uma análise do que tenho. E em termos de trajetória vencedora, qualidade e experiência, estamos muito bem servidos. Nas duas últimas experiências, no Grêmio e no Vasco, ambas com relativo sucesso, os elencos foram sendo construídos ao longo do tempo. E, além da qualidade, os jogadores mostraram comprometimento com o clube.

Esse foi o diferencial. Cada um deu resultado com as suas características, e eu acabei criando uma relação pessoal com todos. Acredito muito em ambiente e comprometimento.

E sei que vou ter isso aqui também. Esse elenco já deu provas no passado de total dedicação, e espero que isso seja mantido. Mas sou grato aos meus clubes anteriores e por isso não comparo.


No ano passado o Fluminense iniciou as conversas para tirar do papel um velho sonho do clube: um centro de treinamento. Em que pé está este projeto?

Esse é um projeto do clube tocado pelo presidente. Vamos esperar ele voltar de viagem para continuarmos. Eu e o Sandrão conversamos muito, mas quem está liderando este assunto é mesmo o presidente. Na hora do parecer final, todos ficarão sabendo.


Como avalia a estrutura do clube hoje? É muito diferente da que você tinha em São Januário?

No Vasco, por exemplo, muitas melhorias aconteceram. O patrimônio melhorou muito e agora falta pouco para finalizar. O que falta é o campo anexo, para diminuir o desgaste do gramado de São Januário. Laranjeiras tem uma característica peculiar. É uma construção tombada, que acaba nos limitando em termos de ampliação. Mas hoje ela nos atende perfeitamente. Melhorias foram feitas no vestiário, na academia e no gramado. Fora isso, tudo o que puder ser feito nós vamos tirar do papel. Mas o que temos de exaltar no Fluminense é a estrutura humana e profissional. Isto é fundamental. Temos bons funcionários e bons profissionais em todas as áreas. Isso supera uma falta de estrutura física ideal. Cada clube com suas características e bons projetos.


Você falou na base. Como vê os resultados recentes do clube? Aprovou o desempenho na Copinha?

A base do Fluminense é referência hoje porque está sempre disputando os títulos. Isso é demonstração do bom trabalho que a equipe de Xerém faz. E vamos fazer de tudo para tentar melhorar sempre. O próximo passo é ter um maior aproveitamento dos destaques da base. E isso não é uma imposição e sim uma consequência deste bom desempenho.


E o elenco, está fechado? Muito se fala em trazer mais um zagueiro, e o nome de Miranda (ex-São Paulo) já foi ventilado. Existe esta possibilidade?

Trazer uma peça que supere a qualidade do que temos em nosso elenco é muito difícil, requer um investimento grande que não temos como fazer neste momento. Por isso estamos satisfeitos com o que temos e, a princípio, o elenco está fechado. Se alguém oferecer algo, vamos sempre ouvir. Mas não está nos planos. Falaram no Miranda, mas ele vai sair do Atlético de Madri-ESP como? A que preço? Esta é mais uma entre tantas especulações.


E as saídas? Alguém ainda pode deixar o clube por agora?

É muito difícil alguém sair antes do fim da Libertadores. O elenco é esse, e confiamos nele. Marquinho e Ciro foram emprestados. Hoje temos 36 jogadores, sendo seis recém-promovidos das categorias de base. Se pensarmos no grupo com 30, é um bom número. Ainda mais porque temos três competições importantes pela frente em 2012.

 

 

Globo Esporte

 

loverioO mês de janeiro tinha tudo para ser esquecido no Flamengo. A crise no departamento de futebol e a derrota no duelo de ida da Pré-Libertadores deixaram o clima para lá de pesado. Contudo, a simples chegada de Vagner Love, que será recebido com muita festa na Gávea nesta sexta-feira, 27, fez a diretoria “virar” o jogo.

 

 

 

Ignorando o péssimo momento atravessado pelo futebol rubro-negro, os dirigentes promoverão uma festança para apresentar o atacante, que já atuou pelo clube em 2010.

 

 

 

 

O desejo é fazer com que a torcida esqueça a crise e fique ao lado do time, que enfrentará o Real Potosí na próxima quarta-feira, 1º, pelo confronto de volta da Pré-Libertadores, precisando vencer. Na Bolívia, houve derrota por 2 a 1.

 

 

 

Para isso, os portões da sede de remo serão abertos aos torcedores. Será lá que Vagner Love terá seu primeiro contato com os flamenguistas ao lado do funkeiro Buchecha, que cantará para os rubro-negros. Também estarão presentes a bateria da Portela, os sambistas Dudu Nobre e Diogo Nogueira e a equipe de funk Furacão 2000. Os torcedores serão agraciados com trancinhas de Vagner Love.

 

 

 

A presidente Patrícia Amorim, questionada pela torcida ao perder Thiago Neves para o Fluminense, deverá aparecer com o cabelo pintado, no estilo Vagner Love. Tudo para aumentar sua popularidade.

 

 

 

Desta forma, é provável que apenas depois da partida de quarta-feira, no Engenhão, a diretoria tome alguma atitude em relação ao técnico Vanderlei Luxemburgo. O treinador mal fala com Ronaldinho Gaúcho e dificilmente ambos continuarão juntos.



R7

 

 

rogerioceniMesmo após ter confirmado que o goleiro Rogério Ceni vai precisar passar por uma cirurgia no ombro, o São Paulo anunciou o interesse de renovar o contrato do jogador. O atual vínculo do capitão tricolor com o clube acaba no fim de 2012. A previsão é de que Ceni fique mais seis meses sem jogar após a operação. O diretor de futebol Adalberto Baptista aposta na classificação do time para a Libertadores 2013 para convencer o goleiro a ficar no clube.

 

 

 

“O entusiasmo do Rogério é igual ao de um menino. Isso nos traz a certeza de que ele vai voltar bem, em grande nível. Inclusive já demos início a uma conversa para renovação, porque nosso objetivo é vê-lo disputar a Libertadores em 2013”.

 

 

 

O vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, salienta que Rogério continuará a ser importante para o São Paulo mesmo sem poder jogar nos próximos meses.

 

 

 

“Mesmo fora dos gramados ele é o atleta que mais motiva o elenco e procura sempre dar sua preciosa contribuição. Contamos com o Rogério tanto em campo, como nos bastidores nesse período de afastamento dos gramados”.


R7

 

aeroportoUma cena curiosa e um tanto que corajosa aconteceu no desembarque do atacante Vagner Love, na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Sozinho e com a camisa do Botafogo, um torcedor de 17 anos apareceu no aeroporto Internacional do Galeão para recepcionar o novo reforço do rival Flamengo.


Mateus Borges disse que fez questão de acordar cedo para desejar “tudo de ruim” para o jogador nas partidas, principalmente contra seu time do coração.


- Vim para recepcionar o Vagner Love e desejar tudo de ruim, principalmente nas partidas contra o Botafogo. Não gosto do Flamengo e esse ano só vai dar Fogão. Já sequei o Flamengo ontem (derrota por 2 a 1 para o Potosí na Libertadores) e vou continuar. O Vagner Love é presepeiro e não vai fazer nada - disse ele, que prefere Loco Abreu.


Mesmo sendo encarado de perto por alguns torcedores do Flamengo, ele disse que não temia ser questionado pela presença no local. Mateus foi acompanhado pelo tio, que é policial civil e já trabalhou no aeroporto.


- Eles estão me olhando de cara feia, mas não tenho medo. Qualquer coisa pago um refrigerante e fica tudo bem. Meu tio é policial e veio comigo. Não vou sair de perto dele. Minha segurança está garantida – brincou.

 

 

Globo Esporte