O prazo para aditamento de renovação dos contratos do Novo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi prorrogado para dia 28 de dezembro de 2018. Até o momento, cerca de 70% dos estudantes já concluíram ou iniciaram o processo de aditamento. Os procedimentos devem ser feitos por meio da página eletrônica do financiamento.

O estudante que precisar alterar informações no contrato, como a troca de fiador, deve comparecer a uma agência da Caixa. Nesse caso específico, o aluno deverá comparecer com o novo fiador e apresentar os novos documentos comprobatórios.

Novo Fies

O Fies concede financiamento em instituições privadas de ensino superior. O novo Fies, lançado no ano passado, tem modalidades de acordo com a renda familiar.

A modalidade Fies tem juro zero para os candidatos com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos. Nesse caso, o financiamento mínimo é de 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é de R$ 42 mil.

A modalidade chamada de P-Fies é para candidatos com renda familiar per capita entre 3 e 5 salários mínimos. Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de desenvolvimento.

 

Agência Brasil

O acesso às faculdades privadas por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) está mais difícil, de acordo com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Segundo a entidade, das 310 mil vagas oferecidas, apenas 80,3 mil foram preenchidas, o equivalente a 26% da meta.

Para o presidente da ABMES, Janguiê Diniz, o desempenho do Fies em 2018 foi um fracasso. “Foi o pior cenário desde que foi instituído o Fies”, disse Diniz. “O programa, que devia ser social, transformou-se num programa financeiro e fiscal. Esta é a nossa maior crítica.”

O Fies está com novas regras desde o início do ano. Na modalidade em que o financiamento é oferecido pela instituição bancária, com taxa de juros determinada pelo próprio banco, foram preenchidas 500 vagas de um total de 210 mil. Já no modelo de financiamento governamental, a que se destina o restante das vagas, o aproveitamento foi de 82,1%.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) diz que é possível analisar apenas os dados do Fies com financiamento pelo governo. “Considerando que o ciclo de contratações do Fies 2018 ainda não [se] encerrou, o aproveitamento observado já é superior ao observado nos anos anteriores (62,6% em 2016 e 78,2% em 2017)”.

De acordo com o MEC, as novas modalidades têm características diferentes das do Fies anterior, o que impede comparações.

Criticas

Na opinião de Janguiiê Diniz, o principal gargalo do sistema é o não financiamento do custo dos cursos em sua totalidade, apesar de o governo ter estabelecido percentual de financiamento mínimo de 50% do curso escolhido.

Para ele, outro ponto controverso é que 60% das vagas sejam destinadas aos cursos prioritários (área da saúde, engenharia e licenciatura). “Isso nem sempre está em consonância com o mercado de trabalho”, disse Janguiê. As regras rígidas exigidas pelos bancos também foram citadas: “O banco trata o financiamento estudantil como uma linha de crédito qualquer.”

Uma pesquisa feita pela entidade com o público-alvo do Fies revela que, para 51% dos interessados, o acesso ao programa do governo federal ficou mais difícil em 2018. O levantamento mostrou ainda que 40% dos entrevistados não têm condições de fazer uma graduação sem bolsa de estudos ou financiamento estudantil. Para 94% dos estudantes, é responsabilidade do governo federal prover políticas públicas de acesso à educação superior.

Diante das dificuldades enfrentadas com o Fies, 48% dos entrevistados responderam que preferem obter uma bolsa ou desconto diretamente com a faculdade; 22% que optam pelo Fies e 24% que não têm preferência ou considerariam qualquer uma das opções. Para 6%, o financiamento privado seria a primeira escolha.

Em nota, o MEC destaca que a reforma do Fies respeita determinação do Tribunal de Contas da União de buscar a redução da dependência do programa dos recursos do Tesouro Nacional e garantir sustentabilidade financeira e a governança do programa. O objetivo é "viabilizar uma política de acesso ao ensino superior mais ampla, que seja eficaz e que atenda melhor o estudante”, diz a nota.

A nota responde às críticas ao Fies com financiamento privado, dizendo que "se trata de uma modalidade de financiamento ainda em desenvolvimento, com alto potencial de crescimento e que tem contado com o apoio do MEC e das instituições financeiras participantes. Para o ano de 2019, espera-se o fortalecimento da modalidade, com a entrada de mais dois bancos financiadores do P-Fies”.

Próximo governo

Janguiê Diniz informou que se encontrará na primeira quinzena de dezembro com o presidente eleito Jair Bolsonaro para debater novas propostas para o Fies. Segundo o presidente ABMES, o objetivo é pedir que o governo financie 100% das mensalidades de todos os estudantes e que inclua a modalidade de ensino a distância. Outra ideia é que as instituições de ensino ofereçam descontos “substanciais e perenes”, que variem entre 20% e 30% do valor do curso.

Não opinião de Diniz, as regras rígidas impostas pelos bancos também têm que ser revistas. A ideia é que o aluno que tenha 100% do financiamento comece a pagar as parcelas de amortização da dívida já durante o curso.

 

Agência Brasil

A Coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia, do Campus Amílcar Ferreira Sobral (CAFS), da Universidade Federal do Piauí (UFPI), torna público aos alunos do Curso de Licenciatura em Pedagogia regularmente matriculados no semestre acadêmico 2019.1, o Edital de distribuição das vagas e as normas para o processo seletivo de monitores.

Confira aqui.

 

Ufpi

Medicina é um dos cursos mais procurados pelos vestibulandos. Conquistar uma vaga para essa graduação é para aqueles que estão dispostos a enfrentar uma disputa bastante acirrada. Por isso, quem pretende ingressar na área médica deve se empenhar bastante nos estudos. 

medicina

Depois de três anos e meio de muito estudo, angústia e aulas intermináveis em cursinhos, Gabriella Santos Pinheiro, 22 anos, teve a certeza de que todo sacrifício valeu a pena. “Sonhei com Medicina desde sempre”, define a estudante da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC). Gabriella ingressou na sonhada graduação utilizando a nota do Enem. “Pelo meu desempenho, nem precisei fazer o vestibular tradicional da faculdade”, comemora.

Uma das formas de conseguir a realização desse sonho é por meio dos programas do governo de acesso ao ensino superior para bolsas de estudo pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies) e também entrar em uma universidade pública pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 

Já o estudante Leonardo Fraga Lima, 20 anos, garantiu uma vaga em Medicina com o apoio do FIES. “Financiei 70% do valor do curso. Seria inviável pagar uma mensalidade de mais de R$ 7 mil”, avalia. Cursando o terceiro semestre, também na FTC, Leonardo e Gabriela têm que se desdobrar para dar conta de uma média de quinze disciplinas por semestre. “É um universo novo e desafiador mas eu estou amando”, define Gabriella. A grade curricular e o contato com pacientes desde o início do curso são diferenciais para uma formação de qualidade. “Gosto muito do curso e acredito que a faculdade tem todo recurso para formar excelentes médicos”, conclui otimista Leonardo Fraga.

Quantos pontos para Medicina no Enem

Afinal, qual a média do Enem para passar em Medicina? Por ter uma grande concorrência, é fundamental que o estudante consiga um excelente desempenho no Enem. Não é possível dizer qual é a média exata, pois a nota de corte varia diariamente enquanto o processo seletivo estiver aberto pelo Sisu, Prouni e Fies. Com o simulador de nota de corte Enem, ferramenta elaborada pelo Educa Mais Brasil, dá para se ter uma ideia de quanto é preciso tirar no Enem para garantir uma vaga para medicina na faculdade de interesse. 

Faculdades de Medicina que aceitam o Enem

Confira algumas universidades de medicina que aceitam a nota do Enem:

Universidade de São Paulo (USP)     

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)    

Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)    

Universidade de Franca (UNIFRAN)    

Universidade Nove de Julho (UNINOVE)    

Universidade Federal Fluminense (UFF)    

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)    

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)    

Universidade Federal da Bahia (UFBA)    

Universidade do Estado da Bahia    

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Universidade Federal do Pará (UFPA)    

Universidade Estadual do Ceará (UECE)    

Universidade Federal do Ceará (UFC)    

Universidade Federal do Semiárido (UFERSA)    

Fernanda Carvalho – Ascom Educa Mais Brasil

Da redação