Como foram realizadas as provas do classificatório do Instituto Federal do Piauí, Campus de Floriano, na manhã de hoje?
Quem se manifesta a respeito é o Aldir Rodrigues, servidor do órgão em Educação.
Da redação
Como foram realizadas as provas do classificatório do Instituto Federal do Piauí, Campus de Floriano, na manhã de hoje?
Quem se manifesta a respeito é o Aldir Rodrigues, servidor do órgão em Educação.
Da redação
A professora Paulina Almeida (foto), presidente regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação - SINTE-PI, fez uma avaliação das ações que foram realizadas em Floriano, durante dois dias de encontro.
Cerca de 250 profissionais se reuniram e uma das líderes presentes foi a professora Léa Almeida, presidente da classe em Floriano e região.
Não posso viver sem escrever, talvez seja mais fácil deixar de viver, do que me esquecer de escrever. A literatura é minha forma mais predileta de ignorar a vida, e o direito é a maneira com que a mantenho viva. Meu maior patrimônio é uma ilusão invisível da qual questiono a existência do homem e sua desagregação social. Portanto, nunca quis saber de bens materiais e, jamais, tomarei qualquer iniciativa em conseguí-los.
Quando ainda criança, nas localidades Caldeirão e Mandacarú, ambas na zona rural de Amarante, freqüentava diariamente o Rio Parnaíba e, diante daquelas águas, tirava lições de vida, e sabia distinguir os mistérios da natureza, uma vez que eles trilham junto com as águas, mostrando a existência de qualquer ser vivo do inicio ao final de sua trajetória. Sendo assim, as águas do rio foram e continuam sendo um denominador na minha escrita, até porque elas são as mesmas, como qualquer outra de qualquer recanto do universo, apenas sua composição química é alterada em decorrência de sua viagem em direção ao mar, como acontece com tudo que existe na fauna e na flora.
Comparo as águas com a vida humana que embala as artes visuais, animam as artes vivas, entretendo os obstáculos. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono, a segunda, contudo, não se afasta da vida – uma, porque usa de fórmula visível e, portanto, vital, a outra, porque vive da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi, e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de idéias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois ninguém fala em versos e a maioria das pessoas ignoram a poesia, o romance e o conto.
O direito é as leis que regem a vida dos homens, e tais leis são feitas por humanos, cheios de vícios, ignorâncias e todos os tipos de preconceitos inadmissíveis e interesses financeiros. Na literatura não existe injustiça, porque a literatura vive de fatos imaginários e dramas que dão vida a algo inexistente. O direito é criado e executado pelos humanos, daí vem a injustiça, a insegurança jurídica e a maldade objetiva, que cada homem traz consigo. O direito, embora beba o mesmo líquido que dá vida à literatura, no entanto, não possui sentimentos e não enxerga, é míope e sem coração. Enquanto a literatura possui sensibilidade em cada partícula molecular, chora e se desagrega de dor, quando vê a injustiça palmilhar a passos largos em sua frente. Mesmo assim, asseguro sem qualquer esforço raciocinativo, que aquele que pretenda trilhar na seara do direito, deverá primeiramente amar a literatura, pois, não existe um bom jurista sem antes ser um bom literato. É igualmente como a corrente sanguínea de um ser vivo, sem ela o coração é impedido de pulsar. Posso aqui definir a relação congênita do direito com a literatura, ambos alimentam-se de leitura, invenções humanas escritas por longos textos complexos, que da vida à literatura, sentido e razão ao direito na exatidão e fundamentação de determinadas decisões.
Por esse motivo, vejo num jurista a reencarnação de um literato, e em um literato o símbolo perfeito de um jurista vocacionado. Ninguém é capaz de desenvolver uma profissão sem a existência de um liame entre a vocação e a relação de interesse pessoal e o perfil do labor.
Da redação
Não posso viver sem escrever, talvez seja mais fácil deixar de viver, do que me esquecer de escrever. A literatura é minha forma mais predileta de ignorar a vida, e o direito é a maneira com que a mantenho viva. Meu maior patrimônio é uma ilusão invisível da qual questiono a existência do homem e sua desagregação social. Portanto, nunca quis saber de bens materiais e, jamais, tomarei qualquer iniciativa em conseguí-los.
Quando ainda criança, nas localidades Caldeirão e Mandacarú, ambas na zona rural de Amarante, freqüentava diariamente o Rio Parnaíba e, diante daquelas águas, tirava lições de vida, e sabia distinguir os mistérios da natureza, uma vez que eles trilham junto com as águas, mostrando a existência de qualquer ser vivo do inicio ao final de sua trajetória. Sendo assim, as águas do rio foram e continuam sendo um denominador na minha escrita, até porque elas são as mesmas, como qualquer outra de qualquer recanto do universo, apenas sua composição química é alterada em decorrência de sua viagem em direção ao mar, como acontece com tudo que existe na fauna e na flora.
Comparo as águas com a vida humana que embala as artes visuais, animam as artes vivas, entretendo os obstáculos. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono, a segunda, contudo, não se afasta da vida – uma, porque usa de fórmula visível e, portanto, vital, a outra, porque vive da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi, e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de idéias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois ninguém fala em versos e a maioria das pessoas ignoram a poesia, o romance e o conto.
O direito é as leis que regem a vida dos homens, e tais leis são feitas por humanos, cheios de vícios, ignorâncias e todos os tipos de preconceitos inadmissíveis e interesses financeiros. Na literatura não existe injustiça, porque a literatura vive de fatos imaginários e dramas que dão vida a algo inexistente. O direito é criado e executado pelos humanos, daí vem a injustiça, a insegurança jurídica e a maldade objetiva, que cada homem traz consigo. O direito, embora beba o mesmo líquido que dá vida à literatura, no entanto, não possui sentimentos e não enxerga, é míope e sem coração. Enquanto a literatura possui sensibilidade em cada partícula molecular, chora e se desagrega de dor, quando vê a injustiça palmilhar a passos largos em sua frente. Mesmo assim, asseguro sem qualquer esforço raciocinativo, que aquele que pretenda trilhar na seara do direito, deverá primeiramente amar a literatura, pois, não existe um bom jurista sem antes ser um bom literato. É igualmente como a corrente sanguínea de um ser vivo, sem ela o coração é impedido de pulsar. Posso aqui definir a relação congênita do direito com a literatura, ambos alimentam-se de leitura, invenções humanas escritas por longos textos complexos, que da vida à literatura, sentido e razão ao direito na exatidão e fundamentação de determinadas decisões.
Por esse motivo, vejo num jurista a reencarnação de um literato, e em um literato o símbolo perfeito de um jurista vocacionado. Ninguém é capaz de desenvolver uma profissão sem a existência de um liame entre a vocação e a relação de interesse pessoal e o perfil do labor.
Da redação