Na manhã desta quinta-feira, 2, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais, promoveu a culminância do Projeto Escola Seletiva, na Escola Nivaldo Júnior. O projeto é desenvolvido em parceria com a Secretaria de Educação e apoio da empresa Ggás.
O projeto é uma iniciativa do Departamento de Educação Ambiental, que surge como ferramenta forte de transformação e mudança cultural em toda a sociedade. O projeto teve início no mês de junho, na Semana do Meio Ambiente, ficando vigente durante 5 meses.
O principal intuito foi a implantação de pontos de entrega voluntária, tendo como pontos de arrecadação três escolas municipais: Getúlio Vargas, Antônio Nivaldo e Eleutério Rezende, para que toda a comunidade, alunos e colaboradores das escolas pudessem levar materiais recicláveis que foram encaminhados à empresas da cidade que trabalham com a reciclagem, entre elas, a Cooperativa Cocamflor.
"A preservação do meio ambiente está diretamente relacionada com a conscientização e mudança de hábitos, e só conseguimos isso através da educação. Agradeço a diretora Antônia, Silvana, assim como a Ana Cristina que abraçaram a causa, assim como a Secretaria de Educação e empresa Ggás", disse, Haila Oka, secretária de Meio Ambiente.
Segundo Haila, foram arrecadados cerca de 500 kilos de materiais recicláveis somando os três pontos de coleta. Uma ação de Educação Ambiental sendo desenvolvido na prática e com isso, tendo resultados positivos na comunidade e levando bons exemplos às nossas crianças através do cuidado e preservação do meio ambiente.
Em razão do significativo aumento do número de inscritos para o concurso público da Polícia Militar do Piauí para o cargo de Soldado PMPI, inclusive com a prorrogação do período de inscrições entre 06 a 25 de outubro deste ano; a obrigatoriedade de cumprir os protocolos sanitários a fim de garantir a segurança à saúde de todos no certame diante do contexto da pandemia do Coronavírus (COVID-19), ainda mais neste momento que uma nova variante é confirmada no Brasil e, como consequência, a emergência de uma reorganização da quantidade de inscritos em cada sala onde terá aplicação de provas no sentido de manter o distanciamento exigido nos protocolos sanitários do Estado e o aumento da quantidade de Centros de Aplicação de Provas para atender a demanda, tudo isso foi levado em consideração para informar a todos, em especial, aos inscritos que a Prova Escrita Objetiva para o cargo de Soldado PMPI, marcada para o dia 05 de dezembro (domingo), foi suspensa.
Posteriormente, uma nova data será divulgada pelos órgãos competentes e publicizada no site do Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos – NUCEPE, responsável pela execução do Cronograma de Execução do Concurso Público para o Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Estado do Piauí.
“Onde houver trevas, que eu leve livros”. Esse é o tema do Salão do Livro do Piauí 2021, o Salipi, maior evento cultural do Piauí, que está de volta depois de uma pequena pausa, devido à pandemia de Covid-19. O Salipi, organizado pela Fundação Quixote e pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) chega este ano em dose dupla, concentrando as edições 18 e 19, e com um formato híbrido recheado de Talk Show, palestras de forma presencial e virtual. O evento acontece entre os dias 13 e 19 de dezembro, no Espaço Rosa dos Ventos, na UFPI.
“A UFPI tem um especial carinho pelo Salipi e não poderíamos deixar de chancelar um evento tão importante para a cultura do estado”, disse o reitor Gildásio Guedes. Os detalhes da realização passaram pelas discussões do presidente da Fundação Quixote, Kássio Gomes, e do Superintendente de Comunicação da UFPI, Fenelon Rocha. “Teremos todas as nossas atrações. A diferença é que este ano seguiremos todos os protocolos sanitários, devido à pandemia”, disse Kássio. Kássio considera como um grande desafio, para a realização do evento em 2021, o fator tempo. Em poucos meses, muitas coisas tiveram que ser decididas e pensadas de maneiras diferentes. “Já superamos esse desafio, e em grande estilo: teremos lançamentos nacionais de livros, como o sobre a semana de arte moderna, do escritor José de Nicola; estamos em contato com Rafael Montes, que está com uma série em algumas plataformas de streaming, com “Bom Dia, Veronica”; a professora Socorro Acioli, que tem prêmio Jabuti de Literatura; assim como muitos outros nomes. Com isso, iremos o colocar o Piauí novamente no cenário nacional de cultura”.
O Salipi, com edição dupla, trará dois homenageados: os escritores piauienses Graça Vilhena e Climério Ferreira. A programação completa, incluindo as atrações culturais locais e nacionais que serão divulgados nos próximos dias.
Ainda nesta quarta-feira (02/12), o Superintendente de Comunicação, Fenelon Rocha, e o Prefeito Universitário, Alexandre Rhadamek, estiveram vistoriando o Espaço Rosa dos Ventos. “Estamos com os ajustes finais para que o espaço possa receber o Salipi da melhor forma”, disse Fenelon. Os stands e o auditório do Salipi começam a ser instalados neste final de semana para a recepção dos eventos do Salão.
Estimativa é que de cada 15 mil nascidos vivos, um bebê nasce com algum dos 400 tipos de nanismo
Inclusão social é, numa tradução livre, “enxergar o mundo em todas as perspectivas, permitindo a liberdade e boas condições de convivência para todos”. Em tese, era para ser assim. Porém, na prática isso é muito diferente. Pelo menos para a auxiliar administrativa Jaciara Silva Magalhães a diferença é grande. A profissional tem 1,34m de altura, os membros encurtados e pés pequenos (calça sapatos de número 30), mas isso não a impede de ter sonhos grandes. Jaci, como gosta de ser chamada, sonha com um mundo onde o respeito pelo outro vá além do discurso.
Mesmo com todas as dificuldades de mobilidade que enfrenta todos os dias, ela considera o preconceito das pessoas o maior desafio a ser enfrentado quando sai de casa. “Muita gente dá risada na rua quando eu passo. Como já tenho muita maturidade eu encaro isso com leveza, mas já tive momentos de me sentir muito triste por isso”.
Recentemente, além de todos os obstáculos do dia a dia, Jaci precisou travar uma luta com o pedreiro que reformava sua casa por conta da altura das janelas. Ele não entendia que a obra não podia seguir o padrão. "As janelas da minha casa são bem baixinhas que é para eu poder enxergar o mundo!".
Assim como Jaci, outros brasileiros com potencialidades incríveis têm nanismo, transtorno que se caracteriza por uma deficiência no crescimento, que resulta numa pessoa com baixa estatura se comparada com a média da população da mesma idade e sexo. O Brasil não tem dados estatísticos oficiais, mas a estimativa é que de cada 15 mil nascidos vivos, um bebê nasce com algum tipo de nanismo. E são mais de 400 tipos.
Mãe de um menino que nasceu com nanismo, Vélvit Severo se tornou uma ativista da causa. Formada em Tecnologias em Sistemas para Internet, ela voltou a estudar para se munir de conhecimento para lutar pela inclusão e combater o preconceito. “É doloroso demais ter que conversar com um filho de sete anos sobre suicídio porque outras crianças riram dele na rua e o chamaram de anão”, lamenta Vélvit, que integra a diretoria da Associação Nanismo Brasil (Annabra). Graduanda em Educação Inclusiva, Vélvit é autora da cartilha Escola para Todos: Nanismo, lançada em 2018, em uma audiência pública no Senado Federal com objetivo de conscientizar pais e educadores sobre como acolher crianças com nanismo.
Além de adaptações simples na estrutura física das escolas, como apoio para os pés nas cadeiras e bebedouros e banheiros adaptados, a mudança principal é fruto de conversas que fomentem o respeito à diversidade. “Não queremos romantizar a deficiência, mas com diálogo, podemos trabalhar a aceitação, o respeito às diferenças porque cada ser humano é único nas suas especificidades”, defende lembrando que a cartilha pode ser acessada no site por apenas R$ 10. O conteúdo é apresentado de forma lúdica no YouTube, também legendado e com tradução para a linguagem de Libras.
Literatura Inclusiva
Viver diferente do padrão é para os grandes. Em uma sociedade que ainda precisa avançar muito nos quesitos respeito à diversidade e inclusão, quem nasce com nanismo ou alguma outra condição que compromete o crescimento tem que aprender desde cedo a se enxergar além dos olhares curiosos e de chacotas. O pequeno Tião, protagonista do mais novo livro de literatura inclusiva de Celina Bezerra, aprendeu rápido a lição. “Gosto de, através das minhas histórias, quebrar paradigmas e contribuir para que as pessoas olhem, não para as deficiências, mas sim para as potencialidades do outro”, explica a autora carioca que mora na Bahia há duas décadas.
O pequeno grande Tião, o menino com nanismo integra a série Amigos Especiais da Editora InVerso e tem ilustrações assinadas por Kitty Yoshioka. A baixa estatura não comprometia a felicidade do menino que vive em uma cidade do interior com sua família. As peraltices eram as mesmas de toda criança, com a vantagem de que ele podia se esconder nos lugares mais inusitados onde mais ninguém cabia. Nada o impedia de fazer o que queria. Em casa, seus pais adaptaram sua cama, os móveis, a pia e até o vaso do banheiro. Todos adoravam o pequeno amigo de coração enorme. Ninguém o tratava diferente por conta da sua altura.
Tião não sabia o que era Bullying até que precisou se mudar com a família para uma outra cidade, onde foi recepcionado por olhares curiosos, gargalhadas e até piadas. “Por ter sido criado em uma comunidade que o aceitava, Tião conseguiu enfrentar a situação. Se não fosse seguro de si, poderia se fechar para o mundo como acontece com muita gente”, avalia a autora. Formada em Letras e pós-graduada em Educação Inclusiva e em Educação da infância com Ludicidade, Celina tem se destacado na cena literária pela escrita necessária dedicada às temáticas da diversidade e inclusão. “O livro Tião traz esclarecimentos para as crianças e para os pais também, sobre a importância do respeito às diferenças”, avalia Jaciara Magalhães, que se sentiu representada pela obra literária.
Tião, Bruna, Sabrina, Charles... personagens até bem pouco tempo invisíveis na literatura infantil protagonizam histórias de inclusão que brotam do imaginário da escritora Celina Bezerra. O livro de estreia foi “Bruna, uma amiga Down mais que especial”, lançado em 2017. Dois anos depois, “Sabrina, a menina albina” ganhava os holofotes. Em 2021, Charles, a estrela autista chegava ao mercado. “Tenho 12 temáticas listadas para escrever. Ainda pretendo lançar livros com personagens que representem crianças com deficiência auditiva, visual, paralisia cerebral”, lista a autora cujos livros podem ser adquiridos nas livrarias, no site da editora (www.editorainverso.com.br) ou nas redes sociais da autora @celina_bezerra.